Charlote Delacour Ii escrita por Aline_leite, JuhMbeck


Capítulo 7
A pichação na parede


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ;D



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- Que está acontecendo aqui? Que está acontecendo?Atraido, sem duvida, pelos gritos de Draco, Argo Filch, abrindo o caminho com os ombros pelos alunos aglomerados. Então ele viu Madame Nor-r-ra e levou a mão ao rosto, horrorizado.

-Minha gata! Minha gata! O que conteceu com Madame Nor-r-ra?

Seus olhos saltados pousaram em Harry.

- Você! - gritou - Você assassinou minha gata! Você a matou! Vou mata-lo!

- Argo! - Dumbledore chegara a cena, seguido de varios professores. Em segundos, passou pelos quatro e soltou Madame Nor-r-ra do porta-archote.

-Venha comigo, Argo - disse a Filch. - Vocês também Sr Potter, Sr Weasley, Srta Granger e Srta Delacour.

Lockhart deu um passo à frente pressuroso.

- A minha sala fica mais próxima, diretor, logo aqui em cima, fique à vontade.

- Muito obrigada, Gilderoy - disse Dumbledore.

Os presentes se afastaram para os lados em silencio para deixa-los passar. Lockhart, com ar agitado, acompanhou Dumbledore, apressado. O mesmo fizeram a Professora McGonagall e o Professor Snape.

Ao entrarem na sala escura de Lockhart, ouviram uma agitação passar pelas paredes, Charlote viu vários Lockharts nas molduras se esconderem, com os cabelos presos em rolinhos, o verdadeiro Lockhart acendeu as velas sobre a escrivaninha e se afastou um pouco. Dumbledore pois Madame Nor-r-ra na superfície polida e começou a examiná-la.  Os quatro amigos trocaram olhares tensos e se sentaram, observando, em cadeiras fora do círculo iluminado pelas velas. 

A ponta do nariz comprido e curvo de Dumbledore estava a menos de três sentímetros do pêlo de Madame Nor-r-ra ele a examinou atentamente atravéz dos óculos de meia lua. A professora McGonagall estava curvada quase tão próxima. Snape esticava-se por atrás deles, meio na sombra, com uma expressão estranhíssima no rosto, era como se estivesse fazendo força para não sorrir. E Lockhart andava em volta do grupo oferecendo sugetões.

- Decididamente foi um feitiço que a matou, provavelmente a tortura transmogrifiana. Que pena que eu não estava presente, conheço exatamente o contrafeitiço que a teria salvado.

Os comentários de Lockhart eram pontuados pelos soluços secos e violentos de Filch. Ele se afundara em uma cadeira, incapaz de olhar para Madame Nor-r-ra o rosto coberto com as mãos por mais que detestasse Filch, Charlote não pode deixar de sentir uma certa pena dele, pois sabia como um gato era importante na vida das pessoas, lembrava de sua Prin.

Dumbledore agora murmurava palavras estranhas para si mesmo tocando Madame nor-r-ra com a varinha, mas nada aconteceu, ela continuava parecendo que fora empalhada.

 -... lembro-me de algo muito parecido em Ouagadogou. - disse Lockhart - uma série de ataques, naquela ocasião pude oferecer aos habitantes vários amuletos que resolveram o problema.

As fotografias de Lockhart concordavam com a cabeça enquanto ele falava, uma delas se esquecera de tirar a rede dos cabelos.

Finalmente Dumblerode se ergueu.

- A gata não está morta, Argo - disse ele baixinho.Lockhart parou imediatamente de contar o número de assassinatos que evitara. 

- Não está morta? - engasgou-se Filch - então porque é que ela está toda... toda dura e gelada?

- Ela foi petrificada - disse Dumbledore ("Ah! eu bem que achei!", disse Lockhart) - mas de que forma eu não sei dizer...

- Pergunte a ele! - gritou Filch, virando o rosto manchado e escorrido de lágrimas para Harry.

- Nenhum aluno de segundo ano poderia ter feito isso - disse Dumbledore com firmeza - seria preciso conhecer magia negra avançadissima...

- Foi ele, foi ele! - cuspiu Filch o rosto balofo congestionado -  O senhor viu o que ele escreveu na parede! Ele encontrou no meu escritório... Ele sabe que eu sou um... Sou um... Ele sabe que sou um aborto!

- Jamais encostei um dedo em Madame Nor-r-ra! - disse Harry - Nem mesmo sei o que é um aborto.

- Mentira! - rostnou Filch - ele viu a carta do feitiçexpresso!

- Se me permite falar, diretor - disse Snape de seu lugar nas sombras - Talvez Potter e seus amigos simplesmente estivessem no lugar errado na hora errada. - disse ele, um ligeiro trejeito de desdêm lhe encrespando a mão - mas temos um conjunto de circunstâncias suspeitas. Porque é que estavam no corredor do andar superior? Porque não estavam na festa das bruxas?

 Harry, Rony, Hermione e Charlote, todos desataram a dar explicações sobre a festa do aniversário de morte.

- ... Havia centenas de fantasmas na festa, poderam confirmar que estávamos lá...

 - Mas porque não foram depois para a festa das bruxas? - perguntou Snape - Porque subir aquele corredor?

Rony, Hermione e Charlote olharam para Harry.

- Porque... Porque - disse Harry - Porque estávamos cançados e queriamos nos deitar.

- Sem jantar? - disse Snape, um sorriso vitorioso passou pelo seu rosto magro. - Eu não sabia que nas festas os fantasmas ofereciam comida própria para o consumo de getne viva.

- Não estávamos com fome - disse Rony em voz alta ao mesmo tempo em que sua barriga dava um enorme ronco.

O sorrizo maldoso de Snape se ampliou.- Suspeito, Diretor, que Potter não esteja dizendo toda a verdade. Pessoalmente, acho que deveria ser suspenso do time de quadribol da grifinória até que se desponha aser honesto.

- Francamente, Severo - disse a Professora McGonagall com aspereza - não vejo razão para impedir o menino de jogar quadribol. Esta gata não foi enfeitiçada por um golpe de vasssoura, não há qualquer evidência de que Potter tenha feito algo errado.

- Inocente até que se prove ao contrário - disse Dumbledore com firmeza.Snape pareceu furioso e Filch também.

- Minha gata foi petrificada! - Gritou, os olhos esmugalhados - quero ver alguém ser castigado!

- Vamos curá-la Argo - disse Dumbledore paciente. - A professora Sprout recetemente obteve uma mandrágora. Assim que elas crescerem vou madar fazer uma poção que ressuscitará Madame Nor-r-ra.

- Eu faço - Lockhart entrou na converça - devo ter feito isso centenas de vezes, seria capaz de preparar um tônico restaurador de mandrágora até dormindo...

- Desculpe-me - disse Snape num tom gelado - Mas creio que eu sou o professor de poções aqui nesta escola.

 Ouve uma pausa muito incômoda.

- Vocês podem ir - disse Dumbledore aos quatro

.Os quatro saíram o mais depressa que puderam sem chegar a correr. Quando estavam um andar acima da sala de Lockhart entraram em uma sala de aula e fecharam a porta silenciosamente. 

- Vocês acham que eu deveria ter falado a eles daquela voz? - perguntou Harry.

- Não - respondeu Rony sem hesitar - ouvir vozes que ninguém mais ouve não é um bom sinal, mesmo  no mundo da magia. 

- Você acredita em mim não é? - perguntou Harry.

- Claro que acredito - respondeu Rony depressa - mas... Você vai concordar que é estranho.

- Eu sei que é estranho - disse Harry - E afinal o que é um aborto? 

Rony e Charlote sufocaram uma risadinha.

- Bem... Non é realmente engrraçado... Mas é o que Filch é - disse Charlote - Um aborrto é alguém que nasceu numa família de bruxos, mas non tem poderes mágios, de certa forma é o oposto do bruxo que nasceu trouxa, mas os abortos son muito raros.

- Se Filch está tentando aprender magia em um curso feitixespresso, imagino que ele seja um aborto. Isso explicaria muita coisa. Por exemplo, a razão porque ele odeia tanto os alunos

- Rony deu um sorriso de satisfação. - É um amargurado.Um relógio bateu as horas em algum lugar.

- Meia noite - disse Harry - É melhor irmos deitar antes que Snape apareça e tenta nos culpar de outra coisa qualquer. 

Durante alguns dias, a escola praticamente não conseguia falar de outra coisa a não ser do ataque a Madame Nor-r-ra. Filch manteve vivo na lembrança de todos, perambulando pelo lugar onde ela fora atacada, como se achasse que o atacante poderia voltar. Charlote ouvira esfregando a mensagem na parede com removedor mágico multiuso skower, mas sem resultado, as palavras continuavam a brilhar na pedra. Quando Filch não estava guardando a cena do crime, esquivava-se pelos corredores, os olhos vermelhos investindo contra estudantes distraídos e tentando impingir-lhes uma detenção por coisa do tipo respirar fazendo barulho e parecer feliz.

Gina Weasley parecia ter ficado muito pertubada com o destino de Madame Nor-r-ra segundo Rony ela adorava gatos. 

O ataque também afetou Hermione. Tornou-se comum ela passar muito tempo lendo, mas agora ela não fazia quase mais nada. Nem Harry, Rony ou Charlote obtinham alguma resposta quando lhe perguntavam o que pretendia fazer, e somente na quarta feira seguinte ficaram sabendo. 

Charlote estava na biblioteca ao lado de Rony que estava medidindo seu dever de história da magia. O professor Binns tinha pedido uma redação de um metro sobre o congresso medieval de bruxos Europeus.

- Não acredito que ainda falta 20 centímetros... - disse Rony furioso, largando o pergaminho - e Mione escreveu 1 metro e 28 e a letra dela é miudinha.

- Onde é que ela está agora? - perguntou Harry, que acabara de chegar.

- Ali a diante - disse Charlote indicando as estantes - procurando outro livro. Acho que está tentando ler a biblioteca inteira antes do natal.

Hermione saiu do meio das estantes. Tinha um ar irritado mas parecia, finalmente, disposta a falar com eles.

- Todos os exemplares de Hogwarts: uma história foram retirados - anunciou ela, sentando-se - E tem uma lista de espera de duas semanas. Eu gostaria de não ter deixado o meu exemplar em casa, mas não conseguia enfiá-lo no malão.

 - Para que você quer a história? - perguntou Harry.- Pela mesma razão que todo mundo quer, para ler a lenda da Câmara Secreta.

- Que venha a ser isso? - Perguntou Harry depressa.

- Está é a questão. Não consigo me lembrar - disse Mione mordendo os lábios - Não consigo encontrar a história em lugar nenhum...

- Mione, me deixe ler a sua redação - pediu Rony desesperado consultando o relógio de pulso.

- Não, não deixo - disse a garota com severidade. - Você teve dez dias para terminá-la.

- Só preciso de mais 5 centímetros, deixe, vai...

A sineta tocou. Rony, Mione se dirigiam a aula de história da magia discutindo, com Harry e Charlote atrás. 

A História da Magia era a matéria mais sem graça do programa, apesar de Charlote gostar de história. O que ela realmente não gostava era o professor Binns, Que era o único professor fantasma, e a coisa mais exitante que acontencia em suas aulas era ele entrar em classe atravessando o quadro negro. Velhíssimo e enrugado muita gente dizia que ainda não percebera que estava morto. Um belo dia ele simplesmente se levantará para dar aula e deixará o corpo sentado numa poutrona diante da lareira da sala dos professores, sua rotina não se auterara nem um pingo desde então. 

O professor Binns abriu seus apontamentos e começou a ler num tom monótomo como um aspirador de pó velho até que quase todos os alunos na sala caíram num estupor profundo, de que emergiam ocasionalmente o tempo suficiente de copiar um nome ou uma data e, em seguida, tornar a adormecer. Estava falando havia meia hora quando aconteceu uma coisa que nunca acontecera antes. Hermione levantou a mão.

O professor Binns ergueu os olhos no meio de um discurso mortalmente maçante sobre a Convenção Internacional de Bruxos de 1289. E fez uma cara surpreza.

- Senhorita... Ah...? - Granger, professor. Eu gostaria de saber se o senhor poderia nos contar alguma coisa sobre a Câmara Secreta - pediu Mione com voz clara.

Dino Thomas, que estivera sentado coma boca aberta, espiando para fora da janela, acondou de repende do seu transe, a cabeça de Lilá Brown deitada sobre os braços se ergueu e o cotovelo de Neville Longbotton escorregou da carteira.

O professor Binns pestanejou.

- Minha matéria é História da Magia - disse ele com uma voz seca e asmática.- Lido com fatos, srta. Granger, não com mitos nem com lendas - ele pigarreou e continuou - em semtembro daquele ano um subcomitê de bruxos sardos...O professor gaguejou antes de para a mão de Mione estava mais uma vez no ar.

- Srta. Grant?

- Por favor, professor as lendas não se baseiam sempre em fatos? 

O professor Binns olhou-a com tal espanto, que Charlote teve certeza que nenhum aluno jamais o interrompera antes.

- Bem - disse o professor lentamente - é um argumento válido, suponho. Contudo, a lenda de que a senhorita é tão sensacionalista e tão absurda que... A classe inteira ficou pendurada em cada palavra que o professor dizia, ele percorreu um olhar míope por todos, rosto por rosto virado em sua direção. Charlote percebeu que ele estava completamente desconcertado por aquela manifestação incomum de interesse.

- Ah,muito bem - disse vagarozamente - vejamos... a Câmara Secreta... 

" Os senhores todos sabem, é claro, que hogwarts foi fundada a mais de mil anos... a data exata é incerta... pelos quatro maiores bruxos e bruxas da época. As quatro casas da escola foram batizadas em homenagem a eles: Godrico Gryffindor, Helga Hufflepuff, Rowena Ravenclaw e Salazar Slytherin. Eles construiram este castelo juntos, longe dos oralhes curiosos dos trouxas, porque era uma época em que a magia era temida pelas pessoas comuns, e os bruxos e bruxas sofriam muitas perseguições. "

Ele fez uma pausa, percorreu a sala com os olhos lacrimejantes e continuou:

 - Durante algus anos, os fundadores trabalhavam juntos, em harmonia, procurando jovens que revelassem sinais de talento e magia trazendo-os para serem educados no castelo. Mas então surgira os desentendimentos. Ocorreu uma cisão entre Slytherin e os outros. Slytherin queria ser mais seletivo com relação aos estudantes admitidos. Ele acreditava que o aprendizado da magia devia ser mantido no âmbito das famílias inteiramente mágicas. Desagradava-lhe admitir aluno de pais troxas, pois achava poucos dignos de confiança. Passado algum tempo ouve uma séria discução sobre o assunto entre Slytherin e Gryffindor, e Slytherin abandonou a escola. 

O professor Binns parou de novo, contraindo os lábios, parecendo uma tartaruga velha enrrugada.

- É o que nos contam as fontes históricas confiáveis. Mas estes fatos honestos foram obscurecidos pela lenda fantaziosa da Câmara Secreta. Segundo ela, Slytherin construiu uma Câmara Secreta no castelo, da qual os outros nada sabiam.

" Slytherin teria selado a Câmara Secreta de modo que ninguém pudesse abrir até que seu legítimo herdeiro chegasse a escola. Somente o herdeiro seria capaz de abrir a Câmara Secreta, libertar o horror que ela encerrava e usava para expurgar a escola de todos que não fossem dignos de estudar magia."

-  A história inteira é um perfeito, é claro. Naturalmente a escola foi revistada a procura de provas de existências dessa Câmara, muitas vezes, pelos bruxos e bruxas mais cultos. Ela não existe. Uma história contada para assustar os crédulos.

A mão de Mione voltou a se erguer.

- Professor... O que foi exatamente que o senhor quis dizer com "O horror que a Câmara encerra" ?

- Acredita-se que haja algum tipo de monstro, que somente o herdeiro de Slytherin pode controlar - respondeu o professor Binns com sua voz seca e esganiçada.

 Os alunos trocaram olhares nervosos.

- Afirmo que a coisa não existe - disse ele folheando suas anotações - não há Câmara alguma e monstro algum. 

- Mas, professor - perguntou Simas Finnigan - , se a Câmara só pode ser aberta pelo verdadeiro herdeiro de Slytherin, ninguém mais seria capaz de encontrá-lo, não é? 

- Bobagem - disse o professor Binns, num tom irritante - se uma longa sucessão de diretores e diretoras de Hogwarts não encontraram a coisa... 

- Mas , professor - ouviu-se a voz fina de Parvati Patil - A pessoa provavelmente terá de usar magia negra para abri-la... 

- Só porque um bruxo não use magia negra não significa que não possa, senhorita Pennyfeather - retrucou o professor Binns - eu repito, se uma pessoa como Dumbledore...

- Mas talvez a pessoa tenha que ser aprente de Slytherin, por isso Dumbledore não poderia... - começou Dino Thomas, mas para o professor aquilo já era demais.

- Basta - disse com rispidez - é um mito! Não existe! Não a mínima prova de que Slytherin tenha algum dia construído se quer um armário secreto de vassouras! arrependo-me de ter contado aos senhores uma história tçao tola. Vamos voltar, façam-me o favor, a história aos fatos sólidos e verificáveis!

 Em cinco minutos a classe voltara a mergulhar em seu torpor habitual. 

- Eu sempre soube que Salazar Slytherin era um velho maluco e tortuoso - contou Rony aos outros três enquanto tentavam passar pelo corredor apinhado de gente - mas não sabia que ele é quem tinha começado toda essa história de puro sangue. Eu não ficaria na casa dele nem que me pagassem. Francamente, se o Chapéu Seletor tivesse tentado me mandar para Sonserina, eu teria tomado o trêm de volta para casa.

 Enquanto se deslocavam pela multidão Colin Creevey.

- Oi Harry, Oi Charlote!

- Olá Colin - responderam os dois.- Harry, Harry, um garoto da minha classe anda dizendo que você...Mas Colin era tão pequeno que não conseguiu resistir a maré de gente que o empurrava em direção ao salão principal, eles ouviram sua voz pequenininha: 

- Vejo você depois, Charlote, Harry - e desapareceu.- O que será que um garoto da classe dele anda dizendo de você? - perguntou Mione.

- Que sou o herdeiro de Slytherin - disse Harry.

- Porque pensam isso? Se não era só você que estava lá - disse Charlote - era todos nós.

- Eles têm obsessão pelo Harry - disse Rony, e Harry fingiu não ouvir.A multidão foi-se esgarçando e eles puderam subir a escada seguinte sem dificuldade.

 - Você realmente acha que existe uma Câmara Secreta? - Perguntou Rony a Hermione.

- Não sei - respondeu ela franzindo a testa - Dumbledore não conseguiu curar Madame Nor-r-ra e isso me faz pensar que aquilo que a atacou talvez não fosse... bem.... humano.

 Ao falar, eles dobraram um canto e se viram no fim do mesmo corredor em que ocorrera o ataque. A cena era exatamente a mesma, exceto que não havia nenhum gato duro pendurado num porta-archote.

- É onde Filch tem estado de guarda - murmurou Rony.

Eles se entreolharam. O corredor estava deserto. 

- Não faria mal algum dar uma expiada por aí - disse Harry, largando a mochila e ficando de quatro de modo a poder engatinhar a procura de pistas.

- Marcas de fogo - disse - aqui... e aqui...

- Venham só dar uma espiada nisso - chamou Charlote - que coisa engraçada.Harry se levantou e foi até a janela junto a mensagem na parede. No caixilho superior na janela havia umas vinte aranhas correndo para entrar numa pequena fenda.

- Vocês já viram aranhas se comportarem assim? - perguntou Mione pensativa.

- Non - repondeu Charlote.

- Também não - disse Harry - e você Rony? Rony? 

Rony estava parado bem longe e parecia lutar contra o impusso de correr. 

- O que aconteceu? - perguntou Harry.

- Eu... não... gosto...  de aranhas - disse Rony muito tenso.

- Eu nunca soube disse - comentou Mione olhando para Rony surpresa - você usou aranhas na aula de poções um monte de vezes

.- Não me importo quando estão mortas - explicou Rony - não gosto do jeito como elas andam...

Hermione riu.

- Não tem graça - disse Rony furioso - se precisa mesmo saber, quando eu tinha três anos, Fred transformou o meu... meu ursinho numa enorme aranha nojenta porque eu quebrei a vassoura de brinquedo dele... você também detestaria aranhas se estivesse segurando um urso de repente ele ganhasse um monte de pernas e... 

Ele estremeceu sem terminar a frase. Mione continuava obviamente a fazer força para não rir, junto com Charlote.

 - Vocês se lembram daquela água toda no chão? De onde terá vindo? Alguém a enxugou. - disse Harry

 - Estava mais ou menos por aqui - disse Rony, recobrando-se para andar até um pouco além da cadeira de Filch e apontar - na altura desta porta.Ele levou a mão a maçaneta de latão mas, de repente puxou a mão como se tivesse se queimado. 

- Que foi?  - perguntou Harry.

- Não posso entrar aí - explicou impaciente - É o banheiro das garotas.

- Ah, não vai ter ninguém aí - disse Mione se aproximando.

- É o lugar da Murta Que Geme. Vamos, vamos dar uma olhada - disse Charlote

.E desconsiderando o grande aviso de INTERDITADO, ela abriu a porta.

O piso estava molhado e refletia a luz fraca dos tocos de vela que brilhavam nos castiçais: As portas de madeira dos boxes estavam descascadas e arranhadas e uma delas se soltara das dobradiças.Mione levou o dedo aos lábios e se encaminhou para o último box. Ao chegar, disse:

- Olá Murta, como vai? Harry, Rony foram olhar. A Murta que Geme estava flutuando acima da caixa de descarga do vaso, cutucando uma manchinha no queixo.

- Isto aqui é um banheiro de garotas - disse ela olhando desconfiada para Harry e Rony

- Eles não são garotas.- Não - concordou Charlote - é que... 

- Só queriamos mostrar a eles como... é bonitinho aqui - Hermione disse indicando o velho espelho sujo e o piso molhado.

- Pergunte a ela se viu alguma coisa - perguntou Harry disfarçando

- Que é que você está cochichando? - perguntou Murta, encarando-o .

- Nada - disse Harry depressa - queríamos perguntar... 

- Eu gostaria que as pessoas parassem de falar as minhas costas! - disse Murta numa voz engasgada de choro - eu tenho sentimentos, sabe, mesmo que esteja morta.

- Murta, ninguém quer aborecê-la - disse Charlote - Harry só...

- Ninguém quer me aborrecer! Essa é boa! - uivou Murta - minha vida foi uma infelicidade só neste lugar, e agora as pessoas aparecem para estragar minha morte!

- Nós queríamos perguntar se você viu uma coisa esquisita ultimamente - falou Mione depressa - porque uma gata foi atacada bem ali na porta de entrada, no dia das bruxas.

- Você viu alguém por aqui naquela noite? - perguntou Harry.

- Eu não estava prestando atenção - respondeu Murta teatralmente - Pirraça me aborreceu tanto que entrei aqui e tentei me matar. Depois, é claro lembrei-me que já estou... que já estou...

- Morta - disse Rony querendo ajudar.

Murta soltou um soluço trágico, subiu no ar, deu uma cambalhota e mergulhou de cabeça no vaso, espalhando água neles e desaparecendo de vista. 

Harry e Rony ficaram boquiabertos, mas Mione e Charlote não ligaram muito.

- Francamente, vindo da Murta isso foi quase animador... Vamos, vamos em bora - disse Hermione.

Harry mal fechara aporta abafando os soluços de Murta, quando uma voz alta fez os três darem um salto.

- RONY!

Percy Weasley tinha estacado de repente no alto da escada, a insígnia de monitor reluzindo em uma expresão de absoluto choque no rosto.

- Isso é um banheiro de garotas.. o que é que você...

- Só estava dando uma olhada - Rony deu de ombro - pistas, sabe?

Percy inchou loucamente, ele ficou muito vermelho, parecia muito o Rony.

- Suma... daqui... - disse Percy caminhando em direção a eles e começando a afugenta-los, agitando os braços. - Vocês não se importam com o que isso parece? Voltar aqui enquanto todos estão jantando.

- Porque não deveriamos estar aqui? - retrucou Rony exaltado, parando de repente para encarar Percy - Olhe aqui, nunca pusemos um dedo naquela gata!

- Foi o que eu disse a Gina - respondeu Percy com ferocidade -, mas ainda ela parece pensar que você vai ser expulxo, nunca a vi tão perturbada, chorando de se acabar, você podia pensar nela, todos os alunos do primeiro ano estão excitadíssimos com essa história...

- Você nem se importa com a Gina - disse Rony, cuja orelhas estavam vermelhas - você só está preocupado que eu estrague suas chances de virar monitor-chefe.

- Cinco pontos a menos para Grifinória - disse Percy concisa e autoritamente levantando a mão à insignia de monitor - Espero que isso seja uma lição para vocês, nada de trabalho de detetive ou eu ligo para a mamãe.

E saiu a passos firmes, a nuca tão vermelha quanto as orelhas de Rony.

Àquela noite, Charlote, Harry, Rony e Mione escolheram poutronas na sala comunal o mais afastado possível de Percy. Rony continuava de muito mal humor e não parava de borrar com a pena o dever de feitiços. Quando ele esticou a mão distraídamente para remover os borrões, ela tocou fogo no pergaminho. Fumegando quase tanto quanto o seu dever, Rony fechou com estrondo o Livro padrão de feitiços, segunda série. Para surpresa de Charlote, Mione fez o mesmo.

- Mas quem é que pode ser? - perguntou ela baixinho, como se estivesse continuando uma conversa já iniciada. - Quem iria querer afugentar todos os abortos e troxas de Hogwarts?

- Vamos pensar - disse Rony fingindo-se intrigado - quem é que conhecemos que acha que os que nascem trouxa são escória?

- Se você está pensando no Draco... - começou Charlote fechando o livro.

- Claro que estou! - exclamou Rony - você ouviu quando ele disse: "Você será o próximo, sangue ruim!", vem cá, a gente só precisa olhar para aquela cara nojenta de rato para saber que é ele...

- Draco, o herdeiro de Slytherin? - disse Charlote cética

- Olha só a família dele - disse Harry, fechando os livros também - todos foram da Sonserina, ele está sempre se gabando disso. Podiam ser muito bem descendentes de Slytherin. O pai dele decididamente é bem malvado.

- Eles poderiam ter guardado a chave para a Câmara Secreta durante séculos - disse Rony - passando-a de pai para filho...

-  Bem - disse Mione, cautelosa -, suponhamos que seja possível...

- Mas como vamos provar isso? - disse Harry deprimido.

- Talvez haja um jeito - disse Mione pausadamente, baixando a voz ainda mais e lançando um breve olhar a Percy do outro lado da sala - claro que seria difícil. E perigoso, muito perigoso. Estaríamos desrespeitando umas cinquenta normas da escola, acho...

- Se, dentro de mais ou menos um mês, você tiver vontade de explicar, você nos avisa, não é? - disse Rony irritado.

- Muito bem - disse Mione friamente - o que precisamos é entrar na sala comunal da Sonserina e fazer umas perguntas ao Draco, sem ele perceber que somos nós.

- Mas isto é impossível - disse Charlote - só se embebedarmos ele! E acho que isso é bem difícil de fazer.

- Não, não é - disse Mione só precisaríamos de um pouco de Poção Polissuco.

- Que é isso? - indagaram Rony, Charlote e Harry juntos.

- Snape mencionou essa poção na aula a umas semanas...

- Você acha que não temos nada melhor a fazer na aula de Poções do que prestar a tenção a Snape? - resmundou Rony.

- Ela transforma você em outra pessoa. Pense só nisso! Poderíamos nos transformar em alunos da Sonserina. Ninguém saberia que somos nós. Draco provavelmente nos contaria qualquer coisa. Provavelmente anda se gabando disso na sala comunal sa Sonserina neste instante, se ao menos pudéssemos ouvi-lo.

- Essa história de Polissuco me parece meio suspeita - disse Rony, franzindo a testa - e se a gente acabasse parecendo quatro alunos da Sonserina para sempre?

- Sai depois de algum tempo - disse Mione, fazendo um gesto de impaciência - mas conseguir arranjar a receita vai ser muito difícil. Snape falou que estava em um livro chamado Poções muy potentes e vai ver está na Seção Reservada da biblioteca.

Só havia um jeito de retirar um livro da Seção Reservada: o aluno precisava de uma permição escrita do professor.

- Vai ser difícil entender porque queremos o livro - disse Charlote -, se non temos intenson de preparar uma das posons.

- Acho - disse Mione - que se fizermos parecer que só estamos interessados na teoria, talvez haja uma chance...

- Ah, qual é, nem um professor vai cair nessa - disse Rony - teria que ser muito tapado.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam dos reviews.