Eu procurei minha roupa. Ela estava toda rasgada, mais do que ela já estava. Eu não me importava, só queria chegar em casa logo, antes que minha mãe me inferniza-se com os discursos de paginas imensas dela.

Peguei o lapis preto de olho,e passei pelo meu olho esfumaçando. Meu cabelo estava gigante, mas eu nunca gostava dele mesmo.

- Vamos ! - Tom falou me apressando.

Eu olhei para ele com um tanto faz, e passei por ele sem olhar para trás nem vendo sua reação.

Ele correu para o meu lado, tentando me acompanhar.

- voce não fala muito. - Ele falou tentando puxar assunto. Eu o olhei pelo canto dos olhos, e depois virei para prestar atenção no caminho.

Estavamos em direção do elevador. Eu estava mancando com uma muleta de baixo do braço tentando caminhar para sair mais que depressa disso.

- Vou pegar uma cadeira de rodas. - Ele falou correndo na minha frente para pegar uma.

- voces não pensam muito. Se eu vim fazer uma cirurgia plastica, como voces disseram para eu mentir, porque vou sair daqui com a perna com gesso, toda arranhada com pontos ? - E u falei observando tudo a minha volta.

- É, eu não pensei nisso ! - Ele falou surpreso e desanimado.

- Estou chocada. - Eu falei revirando os olhos e indo até a cadeira de rodas.

- Nos falamos que voce caiu de algum lugar, inventamos algo. - Tom falou indo para trás da cadeira, e me empurrando.

- Se eu te bater, voce pode falar para eles, que caimos juntos, fazendo um sexo animal ! - Eu falei mal humorada, odiando tudo isso. Eu só queria ir para casa.

- Gostei da idei ...

- Nem pense ! - Eu falei revirando os olhos.

- Como é seu nome mesmo ? - Ele perguntou me levando no elevador.

- Me chame de Eff. - Eu falei.

- E cade o J ? - Ele falou rindo.

- Provavelmente tentando achar a sua inteligencia. - Eu falei rindo dele.

- Olha eu te fiz ri. - Ele falou feliz.

- Eu ri de voce, e não com voce ! - Eu falei rindo mais ainda.

- voce é má ! - Ele falou saindo do elevador.

A recepção inteira me olhava estranhamente.

Eu revirei os olhos de novo e fiz de conta que não os via.

- É só assinar aqui senhor. - A moça falou para o Danny entregando uma prancheta com muitos papeis.

Eu olhei ao redor... cade todos os fotografos que eles falaram exageradamente que tinha ?

Não via nenhum.

- Vamos, Harry esta no carro já. - Dougie falou tirando Tom de trás da minha cadeira de rodas e me guiando.

Danny e Tom estavam logo ao lado.

Nos demos a volta na imensa sala de recepção até chegar nas portas de vidro do hospital. 

Havia milhares de fotografos, parecia que ele brotavam do chão, todos com cameras, e aquelas mulheres reporter idiotas, com aqueles microfone e as saias justas rosa. Blog de fofoca !

- Vamos Lá Effy . Sorria por favor ! - Dougie falou gentilmente, ele parecia não falar muito.

Eu abri um imenso sorriso que surgiu na hora que ele falou comigo. 

Eu respirei fundo e contei algumas vezes até 10.

Saimos lá fora e agora não tinha como voltar. A imensa multidão veio em nossa direção, mais a imensa multidão de fãns.

Aquilo me sufocava. Dougie tentava chegar até o carro. E eu quase morria de vontade de berrar quando chegavam perto do meu pé. 

Por fim chegamos no carro depois de pousar para milhares de fotos, da qual eu tentava me esconder.

Dougie me colocou gentilmente no banco de trás do carro e se sentou logo ao lado.

Tom estava no carro de trás com Danny.

Eu queria chegar em casa logo.