Conversa entre Ness e Bells escrita por StephHoel
Chego em casa, da escola, largo minha mochila no chão e corro para o colo de mamãe, que me pega sorrindo.
– Como foi de aula gatinha? – pergunta.
Ponho minha mão no pescoço de mamãe e lhe amostro como foi meu dia: tinha ido para a diretoria por causa de me terem pegado fora da aula. Mamãe me fita e me pede explicações. Faço que não com a cabeça.
– E por que você saiu da aula? – continua questionando, ainda me fitando.
Ainda com a mão em seu pescoço, lembro que a aula era chata. Mamãe me olha e suspira.
– Filhota... Tem que assistir igual, e estudar, não importa o quanto ache chato... Porque é importante... – balanço a cabeça, sinalizando não. – Filha, – olha séria para mim – tem que estudar...
– Mas a aula é chata – falo.
– Mas é importante você estudar gatinha. – amostro-lhe que irei dormir, ou fugir, de todas as aulas.
Vejo mamãe revirar os olhos e me fitar.
– Filha, se não começar a assistir direito às aulas, a mãe vai ter que conversar com a família... – mamãe começa a falar.
– ... para eu não ter que estudar mais, eee – falo, pulando do colo dela e me jogando no chão de joelhos, fazendo a dancinha da vitória.
– Eu não disse isso... – mamãe fala e olha séria para mim. – E se você não for mais para escola, nós mesmos vamos ensinar a você em casa... – fala e me fita muito séria.
– Não – falo e paro imediatamente a dancinha.
– Filha, é lei... Você precisa estudar... Não importa onde...
– Mas, mas... – falo, fazendo biquinho.
– Sem mas mocinha... – mamãe fala, me fitando – Você até pode escolher onde quer estudar, mas vai ter que estudar igual... – mamãe levanta uma sobrancelha.
– Então eu posso estudar em Albuquerque? – pergunto, como quem não quer nada.
– Por que em Albuquerque? – mamãe me pergunta, curiosa.
– Nada... – falo e olho para o teto, deitando no chão.
Vejo, de esguelha, mamãe se sentar no sofá, olhando para mim, confusa.
– Sabe Nessie, você herdou esse olhar de “não é comigo” da sua tia Alice...
– E você podia dar aulas lá também – falo baixo.
– Eu dando aulas? – fala rindo. – Filha você realmente iria querer isso? Mamãe me fita, rindo.
– Não vejo problemas, mãe. – falo séria, sem prestar atenção na risada da mamãe.
– Está bem então gatinha... Mas ai você vai ter que dar duro nos estudos, ta?
– De repente eu ache algo interessante por lá – falo rindo.
– Como o quê? – pergunta-me mamãe.
– Pensei auto demais. – falo, bocejando.
– Quer o que de janta filha? – mamãe pergunta.
– Hum... Sangue? – peço rindo e bocejando novamente – Humano, porque o de animal é horrível.
– Estamos em falta disso... – mamãe fala rindo. – As opções são: Macarrão ou arroz e bife...
– Então fico com sede, até vovô Carlisle comprar mais – viro de lado e começo a dormir, roncando.
Ouço mamãe sorri e sinto ela me cobrir, beijando minha testa em seguida.
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