A Garota do Cabelo Verde-azulado escrita por Matheus-Apfel


Capítulo 2
Capítulo 2 - Wake up, Agreement and Surprise...


Notas iniciais do capítulo

Espero que esse capítulo os prendam a historia...



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Cap.2

Acordei temendo que tudo aquilo fosse um sonho. Olhei em minha volta ainda estava no camarim, mas a minha menina do cabelo verde azulado desaparecera, a única coisa que restara dela, foi seu sutiã jogado do meu lado fazendo peso para um pequeno pedaço de papel, peguei-o e o li.

Obrigada pela tarde. Seja bem vinda ao mundo da aids. – arregalei os olhos. – Brincadeira. –Soltei um suspiro de aliviado. – enfim... Tive que ir resolver um assunto de urgência, deixei a chave na porta, ao sair tranque tudo, e coloque-a em baixo de uma pedra falsa do lado de fora.

Beijos e ate a próxima, quem sabe...

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 Segui as instruções do papel e sai. Vi as horas, vendo que era 7 horas não me apressei pra chegar em casa, apenas fiquei vagando pelas ruas, Talvez na esperança de vê-la, esquecê-la ou ambos. Ate que fui interrompido por uma voz familiar.

-Pedro! Chega mais! – disse Simon, um amigo meu, por sinal o mais engraçado. Ele estava assentado e uma mesa de bar com duas meninas. – Vem cá “bro” não me deixe sozinha com essas gatas – disse ele gritando.

 Retribui o aceno com um sorriso, e fui a sua direção.

-Olá! - Disse eu puxando uma cadeira.

-Deixe me apresenta-los. – disse Simon se levantando. – Pedro, essas são Barbara e Bia, elas são novas na cidade fiquei de mostrar uns lugares legais pra elas. - uma delas se levantou em quanto a outra me olhou com desdém.

-Prazer, Pedro.  – estendi a mão, ela fez que ia retribuir o gesto, mas não prosseguiu de um jeito meio atrapalhado. Ela era linda tinha um longo cabelo loiro, seus olhos tinham um tom amarelado.

-Bianca. – disse ela com uma voz doce, pude notar um pouco de vergonha no tom de voz dela. Ela se sentou rapidamente. Pela primeira impressão ela parece ser uma ótima pessoa

-Então você deve ser a Barbara! – estendi a mão em sua direção. Fazendo como se não me visse não fez questão nem de falar comigo. – Vejo que você é bem simpática! – dei um sorriso amarelo, deixando claro o sarcasmo. O jeito dela realmente me deixou nervoso. E olha que não é qualquer pessoa consegue me deixar nesse estado.

- E esqueci-me de te avisar que a Barbara pode ser meio... Rabugenta às vezes, digo a maioria das vezes. – disse ele sem graça. – A Pedro, podia me ajudar com as bebidas.

-Claro! – me levantei lentamente mais não sai da mesa antes de fitar a Barbara com curiosidade.

Nós dois fomos em direção a bancada do bar. Chegando lá Simon se aproximou de mim e começou a falar.

-Cara eu preciso da sua ajuda! – disse Simon em um tom de voz baixo de modo que as garotas não nos ouvissem. Achei desnecessário já que estávamos em uma distancia razoável delas.

-Simon, você só me mete em roubada... o que é dessa vez?

-Sabe a bia, a loirinha? – fiz que sim com a cabeça – Então, bem eu quero sair com ela!

-Legal ela parece ser “gente fina”!

-É... O problema é que ela só sai se a Bárbara for junto. Achei que você podia me quebrar esse galho. Que tal? – fez uma pausa - A Bárbara e uma gata! – Disse ele como se fosse um daqueles garotos propaganda.

- Cara a “Miss simpatia” me odiou só de olhar! – respondi fazendo uma cara de pouco caso.

- Eu sei, mas de repente vocês só precisam se conhecer melhor!

- Não cara! – disse com intensidade deixando o mais claro possível a minha negativa.

-Por favor... pela nossa amizade! E se eu te desse os ingressos do show dos “kamikaze’s piece”.

-Você conseguiu os ingressos. Mas como? Estava esgotado a mais de um mês! – disse surpreso.

- E pegar ou lagar!

- Beleza eu topo, mas se ela me matar a facadas a culpa e sua! – disse pegando os ingressos!

-“Belê”! – ele deu um grande sorriso e voltamos para a mesa.

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O som do despertador ecoava em meu quarto. Em dias normais faria pouco caso e o desligaria, mas porém não era um daqueles dias. Bebi tanto na noite passada que os “beers” do despertador pareciam varias bombas atômicas explodindo uma atrás da outra. Peguei o despertador e arremessei-o na parede, não sei se eu o quebrei ou não, nem tive curiosidade, para mim o simples fato dele ter parado de tocar era o suficiente.

Sonhei com a pequena garota de cabelo verde azulado, foi muito bom, bom, mas estranho! Digo isso, pois apareciam tantas coisas nesse sonho que não me lembro de quase nada, além dela e de um prédio desmoronando.

Meus pais não se encontram em casa, estão em um cruzeiro marítimo, um daqueles que tem uns cantores velhos como atração principal que as velhinhas adoram.

Tentei voltar a dormi mais minha cabeça não deixava. Depois de muita briga com os lençóis resolvi levantar e tomar um café pra ver se conseguia sair da ressaca e tirar o cheiro de álcool que impregnava minha boca. Meu bafo era tamanho que era capaz de deixar qualquer um que chegasse perto de mim bêbado em poucos segundos.

Levantei sem fazer questão de vestir uma roupa, fiquei apenas com a cueca e a meia que ainda estavam em meu corpo. Fui para a cozinha, coloquei a agua pra ferver e comecei a fuçar as gavetas, a fim de encontrar pó de café. Seria bem mais fácil se eu tivesse uma cafeteira.

Quando ia começar a beber o meu café. Fui interrompido por batidas na porta. Fui em direção a mesma e a abrir sem pensar duas vezes, só queria saber quem estava me incomodando àquela hora da manhã.

-Bom dia! – disse uma moça com um sorriso estampado no rosto. Ela vestia um macacão surrado, manchado com o que parecia ser tinta.

- Ah, Bom dia! – respondi em quanto esfregava os olhos de sono, segurando minha caneca de café. – Pois não? Você não tá vendendo nada não néh?! – perguntei desconfiado

-Não! Só queria me apresentar, sou a nova moradora do “301”.

-Prazer Pedro! – estendi a mão. – seja bem vinda ao o prédio!

-Prazer Alana! – disse ela em quanto dávamos um aperto de mão . – Tem como você me ajudar com uma coisa? E que eu preciso de ajuda pra arrumar os móveis da sala, minha filha ficou de me ajudar, mas ela ainda não chegou.

-Claro! Não tem nada melhor pra fazer! – disse fazendo um tom de piada.

- Obrigada! Ah, e só pra te avisar. É... Como eu posso dizer isso? Você está sentindo frio nas pernas não? – Disse ela apontando para baixo, de modo que eu entendesse.

- Ai meu Deus! – berrei com uma voz que ficava entre o susto e a vergonha. Eu tinha esquecido completamente que estava apenas de cueca. – Mil desculpas, só um momento!

Corri pra dentro e vesti qualquer calça e blusa o mais rápido possível e fui ajuda-la.

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Em cerca de umas duas horas, completamos a mudança. Desempacotamos os pratos, copos, talheres e afins. Colocamos os móveis nos lugares desejados, em resumo fizemos tudo.

-Eu acho que acabamos! - disse ela com as mãos na cintura, fazendo aquela pose de trabalho bem feito. – que comer alguma coisa? já é uma hora da tarde, você deve estar faminto.

- Com certeza – disse sentado no chão em quanto ela se dirigia pra cozinha.

-Espero que goste de macarrão instantâneo, E tudo o que tenho aqui! – disse ela da cozinha.

-Depois desse trabalho escravo qualquer coisa e lucro! – respondi rindo. – vocês são novas na cidade? Digo você e sua filha. – me sentei no sofá exausto.

-Não já moramos aqui faz tempo, morávamos lá no centro. – ela fez uma pausa. – por falar nisso ela já devia ter chegado?

Dirigi-me a cozinha para conversar com ela.

-Sua filha tá fazendo faculdade? – perguntei puxando assunto.

-Ela? Não. Lilá ainda vai fazer 15 anos!

-Se tiver festa pode me convidar! – disse com um sorriso.

Repentinamente ouvi a porta da sala se bater, junto ao som de alguém tirando os sapatos e jogando algo no chão.

-Mãe. Cheguei! Terminou a mudança sozinha? – Disse a filha da moça em voz alta.

-Não filha! Tive ajuda do vizinho do lado. – disse ela me dando um pote de macarrão pronto. – vem se apresentar. – me levantei para me apresentar.

- Mãe... Se mal se divorciou do papai direito, e já foi flerta com o vizi... 

As palavras ficaram presas em sua boca quando me viu. Eu fiquei igualmente surpreso, minha surpresa era tamanha que deixara o pote que segurava cair no chão o sujando. Minha cabeça começava a trabalhar a “mil por hora”, fazendo com que vários flashbacks referentes ao dia anterior se formassem como se fosse um curta metragem.

-Você! – dissemos em coro, a menina e eu, e por um breve segundo ouve um pesado silêncio.

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Era ela! Aquela voz, aquele jeito, o tamanho. Seus cabelos estavam castanhos, mas não tenho duvidas é ela! A garota com quem transei ontem à tarde.

-Vocês dois se conhecem? – perguntou a mãe dela com um misto de confusão e curiosidade.

-Nunca vi mais gordo! – Disse ela rapidamente, direcionando seu olhar ao meu.

-Desculpe senhora Alana. Eu me confundi com uma amiga minha. – disse me recuperando do baque inicial. - Desculpe pelo o macarrão que deixei cair no chão. Mas acabei de me lembrar que tenho uma coisa pra fazer! Ah, e prazer Pedro Coffi!

-Lilá Rain! – ficamos nós encarando por alguns segundos ate que ambos desviassem o olhar.

-Ah tudo bem! Lilá acompanha o Pedro ate a porta! – disse a mãe dela

- Ah mãe... Ele já deve conhecer a saída mãe!

-Eu não perguntei se ele conhece ou não. Só o acompanhe! – dessa vez ela usou um tom autoritário típico de mãe.é incrível como esse tipo de argumento sempre derruba os filhos.

Assim como sua mãe mandara, Lilá me levou ate a porta. Nenhum dos dois disse nada, apenas ficamos calados deixando o incomodo silencio pairar. Estava nervoso, pressentia que em qualquer momento um de nós falaria algo, mas acho que para ambos faltava coragem.

Chegando a porta nos viramos, ficando um de frente para o outro, vendo que nenhum dos dois iria falar nada girei a maçaneta.

-Segundo ano da faculdade de teatro... – falei, mas por algum motivo não conseguia completar a frase só deixei isso no ar e fui em direção ao meu apartamento. Pude ouvir a porta do 301 se fechando lentamente, o ranger dela parecia o fechar de uma cela de prisão ecoando em minha mente, que nessa altura estava mias confusa do que nunca...


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