Só umas duas da manhã foi que eu consegui dormir. Acordei no dia seguinte tarde. À tarde resolvi fazer tipo umas pesquisas só pra organizar meus pensamentos, que estavam totalmente bagunçados. Procurei na internet sobre Hogwarts, nada. Sobre abortos, só o que realmente é um aborto, comum. E sobre o mundo da magia, só essas histórias que todo mundo conhece.

            Revolvi pegar o correio todo dia para ver se chega alguma carta do tal de Zach, pelo jeito meu tio. E deu certo, alguns dias depois eu achei uma carta de pergaminho que foi ele que mandou.subi para o meu quarto e guardei a carta longe dos meus pais antes de ir tomar café. logo depois que terminei meus ovos, subi as escadas, entrei no meu quarto e olhei pelas janela: meus irmãos estavam brincando lá em baixo, não iam querer vim pegar nada ou ficar aqui dentro, o dia estava lindo. Então, tranquei a porta, ninguém vai entrar , então ninguém vai saber que está trancada e ninguém vai desconfiar de mim.

            Sentei na cama e  comecei a ler: ‘ Josh, eu sei que você quer seus filhos longe do nosso mundo, mas só por que você e a Julia são abortos? Isso não é motivo para manter eles longe do mundo deles, da realidade. Pense bem se você quer mesmo que eles nunca saibam da verdade sobre si mesmos.’’

            Nossa, esse homem parecia saber mais sobre mim sobre eu mesma. Ele queria que eu soubesse da verdade, seja lá qual for. Então, eu pensei que se eu perguntar, talvez ele me responda. Até por que se eu me interessar, vou insistir com meus pais.

            Geralmente é fácil falar com a família ( pelo menos é isso que eu acho), mas responder à aquela  carta estava ficando cada vez mais difícil. Li de novo pra ver se ajudava, mas só piorou: tinha uma observação falando que era para responder mandando por corujas. Finalmente comecei: ‘’ meu nome é Judy, eu recebi a carta de Hogwarts á alguns dias, mas não entendi muito bem o que era. Depois ouvi meus pais dizendo que eles eram abortos, que me queriam fora do mundo e que você, que pode ser meu tio mandou essas cartas mesmo com os meus pais não querendo. Então fiquei esperando a sua carta para ver se encontro respostas, mas ainda contunuo sem entender. Você pooderia me explicar tudo em uma carta por favor?’’

            Parecia boa. No dia seguinte eu deci para tomar café e tinha uma coruja na janela da cozinha. Antes que meus pais a vissem e espantassem, corri para o meu quarto, pegeui a carta e fiu na jenela para mandar a coruje. Eu não  estava acreditando muito que isso ia dar certo, mas nada ultimamente tem sido muito normal. Fui chgando mais perto devagar, com medo dela me bicar ou fazer alguma coisa. Vi que ela era mansa e prendi a carta em sua pata. Assim que acabei ela voou. ‘’ Tomara que dê certo ‘’ pensei.

            No dia seguinte vi outra carta de pergaminho se destacando entre as outras. Logo peguei e fui ler. Era do meu tio. ‘’ Judy, meu nome é Zach, e realmente sou seu tio. Vou te contar a verdadeira história de como você acabou no mundo dos trouxas. Seu pai e eu somos irmãos, somos bruxos. Crescemos no mundo da magia,o mundo dos bruxos, tem feitiços, varinhas, poções a várias outras coisas. Quando eu completei onze anos, recebi a carta de Hogwarts, uma escola onde se aprende tudo sobre magia. Seu pai tinha dez, e ficou esperando a carta no ano seguinte. Mas ela não veio, por que seu pai é um aborto, quem tem família de bruxos, mas não é. Desde esse dia seu pai ficou com muita raiva, e quando fez dezesete anos, saiu de casa e foi viver como trouxa. Então ele encontrou sua mãe, que também é um aborto. Eles se casaram e tiveram vocês, que são bruxos, mas por raiva de seus pais, nunca souberam disso. Já eu penso que a verdade não deve ser escondida. Queria muito que você viesse, sou professor de Hogwarts, ensino história da magia.’’

            Então era isso, eu era uma bruxa. Não conseguia acreditar. Sará que devia falar para os meus pais? Eles ficariam bravos comigo, eu fiz tudo escondido. Bom, mas acho que se eu quiser ir para hogwarts esse era o jeito.

            A noite bati na porta dos meus pais, e entrei.

            -Posso falar com vocês? – Falei.

            -Claro. – disse minha mãe.

            Respirei fundo, tomei coragem e finalmente disse:

            -Eu quero ir para Hogwarts.