A Garota de Edmundo escrita por Srta Claudia


Capítulo 4
A primeira aula de italiano


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que não ficou tão grande, desculpa, mas acho que vão gostar desse.



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Minha irmã me falou que a garota iria hoje lá em casa nos ensinar Italiano, estava quase na hora dela chegar, havia separado um pedaço do meu caderno de latim para italiano e esperava ansiosamente pela aula. A campainha tocou, fui atender a porta, era ela.

-Oi, eu sou o Edmundo, irmão da Lucia, seja bem-vinda!

-Obrigada, meu nome é Elisabeth, prazer em conhece-lo.

-O prazer é todo meu.

-Então, você já se curou da gripe? – disse ela meio envergonhada.

-Sim, só fiquei mal uma tarde hoje já estou bem. Entre!

-Claro – e riu timidamente, um sorriso maravilhoso.

-Aceita uma xícara de chá?

-Claro.

-Quer me acompanhar até a cozinha para você não ficar sozinha?

-Claro, com licença – disse se levantando, engraçado, quando ela se levantamexe o pé direito ligeiramente antes de andar.

Fomos até a cozinha e enquanto eu fazia o chá ela me olhava.

-Então, minha irmã me disse que você não é daqui.

-Sim apesar do meu nome sou da Itália, mas meu pai é daqui, por isso ele me deu esse nome – disse sorrindo mais abertamente mostrando ainda mais sua beleza.

-Legal, sua mãe é daqui também ou ela é italiana.

-Ela era italiana.

-Era?

-Ela morreu no parto – disse olhando para baixo tristemente.

-Sinto muito – disse ao mesmo tempo em que dava o chá a ela.

-Está tudo bem – disse sorrindo cordialmente.

-Mesmo.

-Porque se preocupa tanto?

-Nada, só quero que nossa hóspede se sinta bem – disse sem olhar nos olhos dela.

-Serio Edmundo, até quando vai durar isso? Até quando vai ficar mentindo para si mesmo?

Sorri sem graça, ela já sabia, será que sou tão ruim assim em fingir que não estou perdidamente apaixonado por ela. Ergui os olhos e me aproximei dela.

-Tudo bem está certa – vendo o sorriso dela sorri também e completei – vem comigo.

Fomos nos fundos da casa até uma grande árvore e disse.

-Você não se importa em subir uma árvore?

-É claro que não, quem você pensa que eu sou para ser jacu assim, A Rainha?

Sorri e subimos na árvore.

-Sabe minha irmã não sobe nessa árvore, não mais.

-Ela não sabe o que está perdendo, é incrível aqui em cima – disse olhando para a paisagem, exatamente o que eu queria mostrar a ela.

-É.

-Edmundo?

-Sim?

-Você pode me ajudar a descer até o seu galho? – disse olhando para baixo, ela havia subido enquanto falava para olhar melhor.

-Sim.

-Segure na minha cintura.

-Ta.

-Agora eu vou colar meu pé ali – apontado para outro galho – não me solta!

-Pode deixar.

-Agora vou me virar, isso, continue segurando.

-Você não confia em mim? – agora ela estava de frente para mim.

-Confio, só que você está muito distraído tenho medo que se esqueça de continuar segurando.

-Tem razão, mas eu não faria isso com você – ela chegou ao meu galho – Nunca deixaria você cair.

Ela se aproximou de mim e nos beijamos, um delicioso beijo, pela primeira vez me senti realmente amado. Sabe palavras são poucas para descrever o beijo e só alguém que beijou uma pessoa que verdadeiramente ama, pode entender o que eu estou falando, não é apenas na guerra que os homens se mostram iguais, no verdadeiro amor também somos todos pobres criaturas que dependem um do outro para ser feliz, ambos necessitamos de algo que só o outro pode dar. Amor.

Descemos da árvore, pois logo minha irmã ia voltar e começaríamos nossa primeira aula. Em cinco minutos Lucia entra e encontra-me e a Elisabeth conversando e diz.

-Começou sem mim?

-É claro que não – Elisabeth disse calmamente – estávamos-te esperando.

-Vamos, hoje vou ensinar as cores, os dias da semana e as partes do corpo, sabem, não vejo a hora de eu poder ensinar os tempos verbais, são os mais divertidos – e olhou para nó com um olhar de louca por gramática.

-Okay, professora.

E tivemos nossa primeira aula, é difícil, mas para nós que temos latim na escola era um pouco mais fácil.

-Bom, vocês estão muito bem – e se levantou indo para a porta – agora terei que ir.

Me levantei, abri a porta para ela e cochichei em seu ouvido.

-Até a próxima aula?

-Quem sabe antes – ela me respondeu sorrindo  - nunca se sabe o que pode acontecer.

-Adeus.

-Adeus, Ed.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews, ok. Logo tem mais, mas não na próxima semana. Será semana de prova hehehe, me desejem sorte ;*