Coroa de prata escrita por Eleanor Blake


Capítulo 5
Tudo novo,de novo?




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"Você não é quem pensa que é",aquela mulherzinha me disse,nada me parecia mais estranho,mais o que eu podia fazer?

—Bem senhorita,se me permite,eu quero propor um trato;você toma banho e se troca,e depois eu lhe conto o que eu puder contar certo?

—Talvez,mas quem são eles?

—Certo,aquele ali é Richard,o mais velho;aquele mais novo é David e eu sou Nelli,e fomos designados para te servir.E bem,aquela ali é Dill.

—Certo Dill,me desculpe pela explosão,mas como disse eu não tolerarei insultos desse tipo entendido?

—Sim senhora-ela disse resignada

—Agora cumpra sua parte no trato e vá tomar banho-mandava Nelli.

As roupas estavam nas mãos de Nelli embrulhadas,torci o nariz vendo que até o que me deram pra vestir era rosa.

—Tá brincando né?eu não vou vestir isso nunca!

—Posso perguntar o porque?

—Eu odeio rosa!Olha,você tem um ferro de passar? - perguntei exasperada.

—Pra que senhorita?-perguntou Richard

—Olha,eu já disse que não vou vestir isso,então só me traga o ferro tá bom?

—Num instante senhorita.

E o homem se curvou e lá ficou,ela não entendeu nada.

—Por que você tá assim? Está passando mal?

—Espero por sua autorização para sair senhorita-disse ele ainda curvado.

—Mas hein?Pode ir então.

Todos menos Nelli saíram do quarto,ela ficou no quarto enquanto fui até o banheiro.

—Droga,até o sabão e o shampoo são rosa! isso já é sacanagem!-Esbravejei.

Entrei na banheira cheia d'agua e pela primeira vez relaxei um pouco,mas aquele garoto invadiu minha mente.

Seus olhos imensamente verdes e sua pele de marfim agora tomavam conta de meus pensamentosQuem era?O que estava fazendo ali?O que quer de mim?

Levantei rápido dali e comecei a esfregar minhas roupas agora imundas e ensanguentadas,eu as esfregava em agonia por não saber o paradeiro dela,e o meu é claro, eu chorava desesperada e discretamente.

Mas tinha que ser forte.

Pegueia roupas e as torci furiosamente,repetindo o ciclo de lavar e torcer mais do que o necessário,eu as sequei com o ferro e as desamassei.

Me troquei e voltei ao quarto sedenta por respostas.

—Certo,eu estou aqui,que tal me contar o que tá acontecendo hein?

—Que tal amanhã?coma algo e descanse-Me pedia ela.

—Você me diz que eu não sou o que penso que sou,agora me vem com essa de comer e dormir,mas não mesmo!

—Espero que me perdoe senhorita,mas não o farei.Boa noite já que não comerá,até amanhã.

Independente dos meus esforços a porta não cedia,meu estômago queimava,minha cabeça doía e minhas lágrimas corriam salgadas caindo aos meus pés.

Sem outra escolha,deixei que o cansaço me vencesse e adormeci.


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