Caractacus Burke estava em seu escritório, ocupando-se em preencher alguns formulários de entrega de alguns artefatos das trevas que estava querendo adquirir para a sua loja. Seu parceiro, Edward Borgins, estava no St. Mungo’s, tratando a febre de dragão que havia contraído.

A porta da sala do Sr. Burke foi aberta e, no batente, estava parado o seu funcionário, Tom Riddle. O Sr. Burke tinha que admitir que Riddle era bem encantador, sem contar que ele havia ajudado a levar a Borgin & Burke’s ao seu ápice. Caractacus até pensou em deixar a loja para o rapaz depois que ele e Borgin morressem, mas ainda não havia colocado isso em seu testamento.

Hoje, porém, o tão conhecido sorriso carismático de Riddle havia sumido e, em seu lugar, estava uma expressão fria e séria. Aquilo deixou o Sr. Burke meio desconfortável, mesmo que ele nunca fosse admitir isso em alto e bom som.

“Bom, Tom, como foi a troca com Hepzibah Smith? Ela aceitou nos vender aquela armadura forjada por duendes?”

“Sim...” Riddle deu um passo a frente. “Senhor, você se lembra de uma noite fria de dezembro há alguns anos atrás? Quando uma mulher grávida desesperada entrou na sua loja, querendo vender um dos artefatos mais preciosos do mundo bruxo?” O rapaz agora estava parado na frente da mesa do outro.

“Sim... Ela me vendou o medalhão de Salazar Slytherin,” o homem falou. “E ele era autêntico... Por que pergunta?”

“Ela era minha mãe. E mesmo assim, o senhor deu a ela dez galeões por uma peça tão valiosa. Dez galeões. Você poderia ter lhe dado mais para assegurar-se de que ela poderia viver e, mesmo assim, não o fez.” Riddle tirou a varinha de suas vestes.

“Eu... Eu não sabia...” Agora o Sr. Burke estava realmente assustado. “Mas isso... Isso está tudo no passado, não?”

“Não,” Riddle falou com a voz fria, erguendo a varinha. “Não está. Avada Kedavra.”

Em um clarão verde, o Sr. Burke estava morto e com uma expressão de puro terror no rosto.

Pouco após o assassinato, Tom Marvolo Riddle deixou a pequena loja para sempre, deixando-a aos cuidados do Sr. Borgins.

E, desde aquele dia, ninguém realmente soube a razão da morte do Sr. Burke, ou quem cometera o assassinato.