Segredos Reais escrita por Lena


Capítulo 13
Dez


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, aqui está o capítulo, prometo que assim que der respondo o reviews de vocês, muito obrigada por comentarem... Agora, eu preciso ir para o Kumon.



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Bella PDV

Eu estava de corselet com uma echarpe de cetim – que eu usava para tentar me cobrir de todos os olhares. As anáguas me deixavam um pouco mais confortável. Por baixo delas estavam minha pantaloon, minhas meias finas e brancas 7/8. E os sapatos de salto brancos. Meus cabelos estavam soltos.    

Atrás de mim estavam Esme, Rosalie, duas empregadas, um cardeal e um padre. Sem contar as outras quatro pessoas que abriam as portas; era costume que as mães dos recém casados passassem a noite em frente às portas do quarto. Eu já deveria saber que não estaria sozinha.

Parei em frente às portas do meu quarto. Olhei para Esme, que sorria, encorajando-me. Rosalie sorria também, mas percebi que havia um pouco de hesitação.

Minhas mãos mexiam na echarpe, como se houvesse modo de eu me acalmar. Dei dois passos a frente, lembrando-me de que era apenas Edward. As portas foram abertas para mi. Ainda mexendo na echarpe, entrei no quarto.

Edward estava parado em frente a cama, com seu uniforme militar, assim que cheguei mais perto, ele abriu as mãos para mim e eu fui ainda mais perto, sem encostar nele, para dar-lhe as mãos. Fecharam as portas atrás de mim.

— Pareces nervosa. – Edward disse com um meio-sorriso torto.

— Com dez pessoas lá fora não há como eu me acalmar. Tenho a sensação de que não estamos sozinhos. – sorri sem graça.

— Bella, eu não acho que seja só por isso.

— Tem razão, não é. – Edward soltou minhas mãos por um momento, inclinou-se e pegou um pedaço de papel.

— Pouco antes de morrer, sua mãe me entregou esta carta, para que eu lesse, mas não tive coragem de abrir. Estava esperando para que lêssemos juntos – ele mexeu no envelope, tentando tirar o selo.

— Não abra – adverti  e ele parou de mexer – se tu tivesses aberto antes estarias enfeitiçado. É o que as Swan têm feito com seus maridos há séculos, quando passam a primeira noite juntos. – engoli em seco, encarando-o, mas a expressão de Edward parecia não mudar.

— Vocês hipnotizavam seus consortes? – Edward perguntou, jogando a carta de lado.

— Esse seria o objetivo, mas só porque nenhuma de nós se casou com quem amávamos, até eu. Por favor, não se assuste com o que eu vou lhe mostrar. Eu não aguento mais mentir para ti, Edward, que tem sido tão bom comigo.

Edward PDV

Isabella havia pedido para me não me assustar e eu estava conseguindo fazer isso bem.

— Edward, desde Maria Teresa – disse Bella, de repente de cabelos louros e olhos azuis – meu país tem sido governado pelas Swan. E todas as Imperatrizes só tiveram meninas – Bella/Maria Teresa fez um gesto com as mãos e todas as Imperatrizes apareceram em pequenos retratos a minha frente, em poses oficiais. – porque nenhuma de nós teve coragem suficiente para enfrentar a “voz”. Maria Teresa, Flávia, Alessandra, Raquel, Sofia – conforme ela ia dizendo os nomes “interpretava” a cada uma das Imperatrizes, transformando-se nela – Júlia, Larissa, Elizânia, Cláudia, Vera, Helena, Lisa, Barbara, Denise, Gianna, Amanda, Rosana, Henrietta, Nanda, Genevive, Fernanda, Reene e Isabella. – então eu enxerguei a mãe de Bella em minha frente. – Todas nós, Edward, querido, sofremos as consequências de sermos Imperatrizes, abrimos mão de amores para o bem do Império que construímos. Isabella foi a única que conseguiu o mérito de se casar com quem ela ama; e você, filho, tem muita sorte por isso. Um consorte das Swan tem muitos privilégios, e você tem o amor de Isabella. A única coisa que eu te peço é: não a dispense. Isabella tem pose de forte, mas não é Edward. Ela precisa tanto de você quanto você precisa dela. Acredite, quando criança ela me perguntava sempre de você, que se me lembro bem ficava rondando o palácio.  – Bella/Reene abriu a mão e nela havia um frasco pequeno – Entregue isso a Isabella, ela merece ter escolha, uma escolha, que devo dizer é dolorosa para nós.

— Escolha? – eu perguntei pela primeira vez.

— Edward a razão para as Imperatrizes serem todas Imperatrizes reinantes é que a linha de sucessão das Swan atende as ordens de alguém superior a nós, que chamamos de voz. Mas eu soube desde o início que Isabella seria diferente. Ela iria quebrar todas as barreiras, tudo o que já era costumeiro por nós. Não culpe Isabella, Edward, o que ela fez foi pra proteger a todas nós. Mas ela confia em você o suficiente para não fazer o que fazíamos todos os anos em que nos casamos. Perdoe-a e seja feliz com ela. Assim que a decisão for tomada, o ciclo será quebrado e vocês se verão livre dessa maldição que nos segue e então Bella poderá ser quem ela sempre sonhou.

— Está bem, senhora. – eu peguei o frasco da mão de Reene e ela desapareceu, como todo o resto, sobrando apenas Isabella e eu. Ela desmoronou no chão, caindo sentada. E, parecia não ter noção do que havia acontecido.

Bella PDV

Olhei ao redor, percebendo que estava sentada no chão. Levantei-me cambaleante e Edward me pegou nos braços. Como ele não disse nada, ficou apenas me encarando, eu comecei.    

     — Eu tenho medo, Edward – admiti. Eu havia conseguido ser forte e contar tudo a ele, sem reservas. Antes do casamento, havia a ideia de que ele fosse me abandonar se soubesse e essa ideia me deixava mal. Eu queria Edward como nunca quis alguém, e por mais que eu lesse alguns romances, nunca havia entendido o verdadeiro significado da palavra amor, até que pedi para Edward me beijar na biblioteca.

— Medo de quê, Bella? – ele perguntou olhando para mim.

— Tenho medo de você não me aceitar agora, Edward. Eu morro de medo de não ser o suficiente pra você, de ter que fazer você dividir a coroa comigo. Tenho medo que me odeie Edward. Porque eu te amo com todas as minhas forças e tenho muito a agradecer-te por ter me salvado de ser corrompida duas vezes, porque, Edward, a única coisa que eu posso te dar é o meu amor. Não sei o que fazer aqui, agora. Você sempre esteve ao meu lado, sempre achou que eu fosse forte o bastante, mas eu não sou. Aqui dentro Edward – coloquei a mão em cima do coração – eu estou em pedaços, pela morte dos meus pais, por me sentir suja ao lembrar que Mike chegou tão perto de me desvirtuar. Eu não sou forte sem você Edward. Tudo o que faço fora deste quarto, quando estou sozinha, é teatro. Todas as falas influentes da Imperatriz são teatro. Eu não sou tão forte como pensa Edward – repeti. – E me envergonho por não ter sido direita e ter lhe contado antes que o senhor me desposasse. Mas, por favor, Edward! – eu disse, sabendo que as lágrimas haviam me traído e desciam por meus olhos – eu me arrependo disso. Perdoe-me, perdoe-me, tudo o que quero é ao menos uma vez ser feliz. Tudo o que quero é poder ter uma escolha diferente. Essa maldição persegue toda minha família há 396 anos, desde Maria Teresa...  

— Bella – Edward pegou meu queixo com a mão, levantou meu rosto para que eu o olhasse nos olhos. – pare de chorar, odeio ver-te chorando, isso acaba comigo, porque eu quero ser o lugar em que você se sinta segura. Isabella Cullen – ele disse e sorriu, eu também sorri, entre lágrimas, ao perceber que meu nome ficara tão bem junto ao sobrenome dele. – eu não me importo com esses segredos. Eu me importo com a sua sinceridade ao me contar tudo, e dizer que aquela carta podia me hipnotizar, porque isso prova que o que eu sinto é retribuído por ti. Bella, amor – ele passou a mão por minha face, afastando meus cabelos soltos da testa – tudo o que quero é te fazer feliz, quero que seja feliz todos os dias em que estiver comigo. Estarei ao seu lado para amparar-te, amar-te, para dar-te filhos, para fazer tudo o que você quiser, porque amor, você me deixa louco, tu não tens noção do quanto. – ele sorriu para mim e passou a mão delicadamente por baixo de meus olhos, limpando as lágrimas – não choras – pediu de novo.

 — Então, o senhor também me ama? – eu sorri.

— Amo-te com todas as minhas forças. – ele pegou meu rosto entre as mãos – Bella você é a razão pela qual eu tenho vivido desde os cinco anos de idade, rondando esse palácio, fazendo o impossível e o possível para ter apenas um vislumbre de ti. Tu és tudo, Isabella. Já lhe disse isso, mas a senhora não pareceu acreditar da primeira vez que eu lhe disse.

 Edward estava com a mão direita em minha cintura, e tinha um frasco na mão esquerda. Ele estendeu-o para mim.

— Vossa mãe disse para entregá-lo a ti. – eu assenti. No frasco havia uma frase: beba-me. Abri o frasco e bebi-o, sem sentir qualquer efeito diferente.

— Obrigada. – eu sorri para ele, limpando algumas lágrimas que pingavam por ultimo.

— Minha mãe já deve ter dormido, lá fora, assim como todos os outros. – Edward disse a mim.

— Edward, você acha mesmo que eu gastaria todo este tempo lhe contado sobre meus segredos? Não, senhor. Ninguém lá fora sabe que já conversamos, porque eu parei o tempo, como fiz daquela outra vez. Quando eu deixá-lo andar novamente, você terá todo o tempo para fazer comigo o que quiser. Eu não sou tão descuidada assim, senhor.

 — Bella, o que eu faria sem ti? – ele perguntou, sorrindo, aquele meio-sorriso torto, que me deixava desconexa e muito mais apaixonada.

— Eu não sei o que eu faria sem ti. – respondi, olhando para o chão, corando.  

— Isabella... – ele disse, aproximando-se de mim devagar, com calma. Deslizou a mão por meus ombros e retirou a echarpe, jogando em um canto qualquer do quarto. Deu-me as mãos e eu desci dos saltos, deixando-os de lado. Enquanto isso, Edward tirava a espada e os sapatos e meias. Por ultimo abriu a farda.  

— Eu sinto muito por não ser o que você gostaria que eu fosse, Edward. – eu disse, olhando para o chão novamente.

— Bella, isso já foi esquecido. Sente na cama. – ordenou ele com voz rouca. Eu me sentei aturdida, com as mãos ao lado do corpo. Edward pegou minha perna direita, por debaixo das anáguas e retirou a meia branca 7/8, deslizou a mão por minha perna devagar, o rastro de fogo estava ali, a cada centímetro percorrido. Pegou minha perna esquerda e retirou outra meia, fazendo o mesmo com ela. – levante-se, Bella – disse ele outra vez. Eu fiz o que ele havia pedido, de costas para ele. Edward me pegou pelos ombros, eu engoli em seco e virou-me de frente pra ele, que desceu minhas anáguas e enquanto estava agachado eu coloquei as mãos em seus ombros, por ultimo, ele puxou as saias e jogou-as em um canto do quarto.

Edward me puxou pela nuca, beijando-me, como nunca havia feito antes, eu aproveitei para puxar a farda e tirá-la, quando ele abaixou o braço. Tirei também a camisa branca. Edward se distanciou de mim e me virou, soltando o laço do corselet e passando as mãos por baixo dele, retirando-o do meu corpo, eu suspirei ao sentir suas mãos em minha pele.

Ouvi a fivela das calças batendo no chão, Edward deve tê-la empurrado com o pé para o canto. Então, eu me virei lentamente para ele, sem respirar. Olhei-o pela primeira vez, aquele peito musculoso parecia não se mexer também, como eu, ele estava prendendo a respiração.

 Eu fitava-o, focando-me naqueles olhos para não pensar que estava praticamente nua na frente dele; mas não havia motivo para nervosismo, afinal, Edward era meu marido. E perguntei a mim mesma, por que ficara fantasiando sobre isso, se agora estava tão preocupada? No final das contas, eu lembrei a mim mesma, era apenas o Edward de sempre.

Ele passou os braços por minhas costas trazendo-me para perto, eu me encolhi ao seu toque, antes que me encostasse ao peito dele.

— Bella? – Edward me encarou. – Não queres? – perguntou abaixando as mãos. Eu segurei as minhas, envergonhada.

—Não é isto, Edward. Mas sim o medo que me consome. – corei olhando para ele.

— Não vou tocar-te enquanto não queiras. – ele disse a mim.

— Não é isso, senhor! – eu disse exasperada. – Quero-te, respondi. – No entanto, tenho medo. Não sei por que estou assim agora, senhor, mas eu quero ser sua. Faça comigo o que quiser, Edward. Mesmo que eu me encolha, por favor. – pedi.

 Edward puxou a manta de crochê, que cobria a cama, depois o lençol branco.

— Sente-se e depois se deite. – disse ele a mim. Os olhos dele percorreram meu corpo, enquanto, eu, lentamente, fazia o que ele havia mandado, tentado relaxar. – Feche os olhos. Amor seria mais prudente se eu apagar as velas?

— Eu não sei, respondi tremendo, talvez eu prefira que elas fiquem acessas.

— Está bem – ele sorriu, antes que eu fechasse os olhos. Edward beijou delicadamente meus lábios e eu não me contrai, estava sentindo o doce gosto da pressão dos lábios dele contra os meus. Quando percebi, ele já estava em cima da cama, deslizando a mão por minha pantaloon. Eu inclinei o corpo instintivamente, ainda de olhos fechados, não pensando no que ele faria. Ouvi o som de dois tecidos diferentes caindo num mesmo lado do quarto. Ele tocou com as mãos minhas pernas, separando-as. – Bella? Confias em mim? – murmurei “hum hum”. – Então, apenas sinta comigo. – Edward inclinou-se sobre mim, beijando-me, ao mesmo tempo em que eu sentia uma pressão desfavorável e dolorosa contra mim. Estreitei meus lábios contra os dele, implorando que aquela dor acabasse, mas ela ia percorrendo-me devagar e com cuidado.

— Edward – eu gemi, apertando a borda da cama com a mão direita, controlando-me para não gritar.

— Já vai passar – disse ele, distribuindo beijos por meu pescoço e meus lábios. – Relaxe, meu amor. Relaxe, Sra. Cullen. – foi a ultima coisa que me lembrei de ouvir, antes de desfalecer completamente, nos braços de Edward, que estavam ao meu redor. E por fim adormecer completamente sobre o peito dele.


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Notas finais do capítulo

E então parte do segredo foi revelado. O que acharam? ^^ Era pra esse capítulo ter ficado maior e particularmente eu não gostei do final, mas se eu fosse melhorar não conseguiria postar pra vocês hoje, então. Também não garanto quando vou postar o proximo, porque esse mês tenho trabalho de redação pra fazer, resolver a feira cultural e ainda estudar para outra recuperação (de Geografia - que horror!). Emfim, beijos a vocês. Espero que tenham gostado (: Lena



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