(Kyo)

Seria a hora da verdade chegando? Ou mesmo a idéia de perder Misao para sempre...? Eu estava com medo, muito mais mias não só de fazer besteiras, mas também perder Misao.

Estávamos indo para o clã e quando iríamos partir, Misao chega correndo. O que ela queria?

-Me levem com vocês! – ela gritou. Olhei Sagami dizendo “não”. Sagami negou a ela. – por favor! Eu tenho esse direito! – todos ficaram em silêncio.

-Nii-san, por favor... – Houki resmungou á Sagami. Ele bufou.

-Certo... Eu te levo Hime-sama. – Sagami falou. Eu o olhei perplexo, com raiva. – Kyo-sama, seria mesmo injusto não levá-la. Ela também está no meio da história... – Sagami indagou. Eu abaixei a cabeça a assenti. – venha Hime-sama. – Misao foi correndo aos braços de Sagami e ele começou a levantar vôo. Todos nós fomos juntos.

-Misao-chan, avisou sua mãe e pai sobre isso? – Houki perguntou. Misao assentiu.

-Falei que iria fazer um trabalho na casa de uma amiga e iria ficar lá uns dias. – Misao sorriu. Todos riram menos eu. Eu não a queria lá! Mas havia algo diferente em Misao, ela parecia mais... Séria...

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Depois de duas horas, chegamos ao clã e fomos recebidos pelos outros moradores. Misao pisou na nossa terra de novo, mas não foi bem recebida.

-O que esta adúltera está fazendo aqui? – um morador perguntou. Misao abaixou a cabeça.

-Huhu... Que idiota! – outro morador exclamou. Meus punhos iam se fechando aos poucos. E que eu ia exclamar algo ao clã...

-Ei, parem de falar assim dela, eu também tive culpa. – veio uma voz em direção á Misao, era Buzen, sem blusa, só com o kimono dobrado, suando e machucado, parecia estar treinando. Ele pegou Misao pelos braços e a abraçou, bem na minha frente.

Maldito...!

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(Buzen)

Senti de novo aquele aroma intenso de Misao do meu lado. Minha confiança voltou, minha vida voltou, eu amava tanto ela...

-Que bom que veio Misao... – sussurrei em seu ouvido, ela corou e sorriu. – achei que iriam te proibir... Mesmo eu indo perder, queria ver você na platéia... – ela me abraçou forte.

-Buzen, você e nem Kyo iram lutar, irei dar um jeito, te prometo... – ela falou baixo. Eu sorri meio sem jeito.

-Misao, não há mais como voltar uma palavra. Quando eu prometo, eu cumpro. Agora vamos nos soltar, todos estão vendo... Huhu. – eu ri, ela corou de imediato e me soltou, desviando o olhar de meu corpo quase nu. – bem vindo de volta rapazes! – falei fazendo reverência aos outros que haviam chegado. Cheguei perto de Kyo. – bem vindo Kyo-sama... – ele me fuzilou com o olhar, mas eu ignorei e fui ao meu treinamento novamente.

Aiai... Que droga! Queria ficar mais conversando com Misao! Mas tenho que treinar muito, para acharem que estou me esforçando pela luta, mas eu quero perder, não só pelo bem de Misao, mas o meu bem e o de Kyo...

-Hum... É aqui que você treina Buzen? – ouvi uma voz feminina e delicada atrás de mim, me virei e vi que era Misao.

-O-O que faz aqui? Se te pegarem aqui, vão achar que você está fazendo algo errado! Fique do lado de seu marido! – indaguei. Ela negou e veio mais pára perto de mim.

-Buzen, eu tenho uma coisa para te falar... – ela falou quase inaudível. Fiquei curioso.

-O quê? – perguntei. Ela me olhou já com uma lágrima caindo. Senti que era algo de terrível.

-Buzen, eu estou... Grávida. – Misao falou séria. Emudeci completamente. Grávida?!

-C-Como Misao? – perguntei pasmo.

-Eu estava no meu ciclo menstrual quando você fez... Tudo aquilo e sem prevenção, foi inevitável... – ela falou cabisbaixa. Eu estava sem ter o que falar ou fazer. Não sabia se estava feliz que iria ter um filho ou triste por não estar perto quando ele crescer. – mas há um problema, eu não sei de quem é. – como assim?! – você transou comigo á noite, mas Kyo depois de um tempo, obrigou a eu fazer com ele.

-Mas foi bem depois, então, provavelmente esse filho ou filha é meu Misao... – indaguei. Ela pensou e assentiu surpresa.

-É-É mesmo! Mas e se Kyo descobrir, ele vai... – Misao falou, mas a interrompi com um abraço.

-Se ele tocar num fio de cabelo seu ou do meu filho, eu juro, EU O MATO! – gritei. Ela ficou surpresa e me abraçou também. – Misao, fuja. – ela me olhou confusa.

-N-Não pode! Eles iriam me achar, esqueceu? – Misao retrucou. É mesmo, mas posso dar um jeito.

-Já sei o que fazer. – falei. Ela me olhou confusa. Abri minhas assas negras e vi-a maravilhada. – Misao, arranque uma. – falei. Ela negou, parecia saber da lenda das assas. – ARRANQUE MISAO! – gritei. No susto ela o fez e arrancou. Senti uma perda de força estranha, mas depois eu recobrei os sentidos. Fechei minhas assas.

-M-Mas o que você quer fazer? – ela perguntou. Olhei aquele colar que Kyo havia dado á ela para espantar Youkais. O arranquei. – B-Buzen! – ela reclamou.

-Calma, em território Tengu, eles nem pensam em fazer algo com você, hehe. – sorri. Peguei uma corrente qualquer e então, coloquei minha pena em seu pescoço. – essa pena fará um tipo de sombra em você, assim ninguém te achará. Agora Misao, se algum perigo lhe afligir, por favor, fuja, entendeu? – falei. Ela me olhava com medo. Abracei-a. – Calma, eu sempre estarei com você Misao, para todo o sempre, certo? – ela assentiu.

Nós nos olhamos amorosos e aos poucos fomos ficando perto um do outro. Encostamos nossos lábios novamente, deixando um beijo caloroso acontecer, intenso e feroz, mas delicado ao mesmo tempo. Já era quase noite, os outros deveriam estar a procurando.

-Buzen... – ela suspirou, recobrando o fôlego. Deitei-a no chão e fui a beijando o corpo, retirando suas roupas como um leão.

-A-A criança... – exclamei. Ela negou.

-Não fará mal nenhum Buzen. Eu quero sentir o que você sentiu quando o fez, naquela noite chuvosa... – ela falava roxa de vergonha. Sorri sapeca e comecei a beijá-la de novo o corpo. Pareciam mais intensos meus sentimentos a ela. Agora ela estava sã e consciente do que faríamos. Tirei-lhe a roupa toda e a minha também.

-Te amo Misao... Te amo... – repetia sempre. Ela sorria. – seja minha... Por favor, porque talvez seja a última vez que faremos isso... – ela ficou triste.

-Não será não... P-Porque Buzen, eu... Eu te amo também. – ela falou. Aquelas palavras badalaram como mil sinos em meus ouvidos. Amava-me? – quero ser sua, para sempre... – ela me abraçou, fechando os olhos.

Eu sorri e então fui a penetrando aos poucos, ela parecia ainda com medo depois do que Kyo fez, mas eu ia afagando seus cabelos e ela ia acalmando... Nós fizemos o que qualquer casal que se ama faz, nós fizemos até o prazer nos embriagar, até desmaiarmos de tanto que fizemos aquilo tudo...

Eu te amo Misao... É maior do que qualquer desejo isso que eu sinto por você...