Dados Pessoais:

Nome: Haruno Sakura.

Idade: 17 anos.

Altura: 172 centímetros.

Peso: 58 quilos.

Aparência: Cabelos longos e de cor rosa, olhos verde esmeralda e pele branca.

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Eu nunca fui do tipo corajosa, ou destemida. Nem ao menos cara de pau.

Mas por uma noite, eu deixei de pensar nas consequências, e fiz o que queria.

Dizem que erros sempre geram consequências desastrosas, e eu comprovei este fato.

Mesmo sem querer, matei meu melhor amigo, e o único homem que amei na minha vida.

E matei indiretamente, porque fui covarde e corri. Ele veio atrás, e morreu por isso.

É por coisas como essas, que eu sempre disse que chorar não resolve, e amar, é inútil.

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Cinco anos atrás, um garoto entrou na escola. Não era muito comum alunos novos, e ele chamou a atenção de todos.

Por ser novo, por ser bonito. Mesmo assim, eu nunca liguei muito para novidades, e quem falou dele para mim, foi Ino.

Ele era da 5ª série, e nós da 6 ªsérie, mas assim que Ino disse seu nome, eu percebi que ela estava apaixonada. De novo.

Meses depois, eu estava lá, o vendoele conversar com Ino e Tenten. Eu apenas observava ao longe e, devo confessar, com vergonha de Ino. Era óbvio que ela gostava dele. Estampado em neon na sua testa com um letreiro piscante.

Ela se insinuava demais também.

Mas mais óbvio que ela gostava dele, era que ele gostava de Tenten. O tempo passou rápido, sempre foi assim. Eu acabei cedendo, me aproximei. Às vezes, ele brincava comigo. Me surpreendia o fato dele saber meu nome. Nós apenas trocávamos um bom dia pela manhã e algumas vezes, um até amanhã no fim do dia.

Algumas vezes, eu chegava cedo na escola, e nesses dias, ele parecia saber disso, e estava lá na porta da minha sala, encostado no batente. Nunca soube o que ele queria lá, mas Neji dizia não era todo dia que ele aparecia. Mas eu não me importava. Já sentia meu coração bater mais forte quando ele estava perto. Eu sorria, e ele não me deixava passar. Ele dava seu sorriso, o mais lindo que eu já vi, e conversava um pouco comigo e, quando eu cansava de suplicar, ele me deixava entrar na sala.

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Contudo, foi em agosto que as coisas começaram a ruir. Duas meninas entraram na minha sala, e no início, devo dizer que gostei delas, Eram Hinata e Temari. Ambas rapidamente fizeram amizade com o garoto que eu percebi estar gostando, e com Naruto. Naruto era o melhor amigo do menino que eu amava.

Mas eu conhecia o Naruto desde a 1ª série, quando ele ainda estava no pré.

O que me chocava, era como o meu amor agia quando estava perto delas. Ele brincava de um modo que eu nunca havia visto ele fazer. Apesar dos raros sorrisos e do bom humor, ele não era muito aberto. Mas ele estava sempre sorrindo para Temari, conversando com ela. E eu sentia certa inveja dela, conseguindo se dar tão bem com ele, enquanto eu mal era capaz de trocar meia dúzia de palavras com o mesmo.

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No final de Outubro, foi o aniversário de Temari. Fizemos uma festa surpresa, e foi divertido. Mas eu me sentia destruída por dentro, porque eu vi eles se beijarem na minha frente. E Temari comentou, pouco depois, que ele não beijava tão bem quanto Shikamaru, um amigo dela.

Enquanto isso, eu via o lento desenrolar de Hinata e Naruto. Eles se gostavam, isso era óbvio, mas não ficavam, por vergonha.

Me lembro de Naruto me dizer com todas as palavras, com um olhar melancólico, que Hinata não o amava.

Ele, o garoto que eu gosto, ficou muito chateado com Temari no fim. Eu tentei consolá-lo e naquela noite, conversamos consideravelmente. Me sentia bem perto dele. E ao mesmo tempo me sentia mal por estar ali tentando diminuir a dor que outra garota havia lhe causado.

Foi difícil. Porque dias depois, ele se afastou, até mesmo de Naruto. Ele passou a andar com a turma dos mais populares, e a agir como eles. E eu me senti estúpida, por achar que algum dia eu seria o suficiente para ele. Eu nunca conseguiria fazê-lo esquecer de Temari.

E eu não falei mais com ele. E ele parou de aparecer na porta de manhã.

Eu também evitava vê-lo.

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 Chegou o final do ano, e as férias.

E então, em Janeiro, eu o reencontrei, e me lembro claramente do seu sorriso de canto e de seu murmurar: Finalmente apareceu, japinha.

É, ele me chamava de japinha, porque segundo ele eu tinha cara de japonesa. O que eu sou. Eu também havia faltado toda a semana anterior, o que justificava o finalmente.

E eu sorri para ele. Ele se levantou, caminhando até o grupo dele, porque estávamos em gincana.

Eu o vi várias vezes durante esse ano e o ano seguinte.

Também conversamos algumas vezes.

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Último ano, da formatura. Logo depois, 1º colegial.

Lembro-me das lágrimas, das promessas de contato com minhas amigas. E ele também estava lá. Abraçou Temari, Tenten, Hinata e Ino. Logo depois, sorriu para mim, e me abraçou.

- Vou sentir sua falta, japinha.- ele murmurou enquanto me abraçava.

Inalei o seu perfume, tentando guardá-lo em minha memória. Suspirei.

- Também vou sentir a sua.

Nós nos afastamos, e eu me fui.

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 O ano passou depressa, estudando e tentando fazer novas amizades. Estar em um colégio novo é diferente e difícil. No primeiro dia de aula, no 2º colegial já, eu senti meu mundo parar enquanto caminhava pelo pátio deserto do colégio, devido o fato de ser cedo.

Lá estava ele, distraído, vindo do lado oposto.

- O que faz aqui?- eu senti que soei rude. mas não me importei. Porque meu coração disparou e eu me senti entorpecida.

Mas ele sorriu.

- Eu estudo aqui.- ele respondeu.

- Boa sorte.- eu murmurei, sem palavras.

- Pra você também, japinha.- eu o encarei, muda, enquanto o meu velho apelido ecoava em minha mente. O pátio começou a encher, com as pessoas chegando, mas não me importei.

Naquele momento, muitas coisas não importavam mais.

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 E então, naquele ano e no seguinte, nós conversamos.

Conversamos muito, e nos tornamos melhores amigos. Apesar de tudo, tínhamos a mesma idade por eu ser adiantada no colégio. O ano correu, e o próximo também. Eu ia para a faculdade e mais uma vez, ele ficaria para trás.

Duvidava muito que houvesse outra coincidência como essa em minha vida.

Eu estava partindo, e o amava. E nunca disse nada. É incrível como às vezes estamos tão perto, e ao mesmo tempo tão longe.

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A festa de formatura foi marcante. Eu não tinha tantas amigas com as quais chorar. Eu passei a festa com ele, rindo, conversando, e com uma ideia na mente. Era minha última chance.

- Eu te amo.- eu murmurei em seu ouvido ao fim da última música que eu dançaria naquela noite. E então eu me virei e corri.

Eu não queria uma resposta.

Eu ia embora para outra cidade, e não me despedi, não dei meu novo telefone ou o novo endereço de e-mail.

Porque eu fugi e tentei esquecer o que havia acontecido naquele dia. Talvez, o tempo não possa curar todas as feridas.

Dizem que o amor é eterno.

Não sabem o quão certos estão.

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- Você está tão longe, e tão perto...- a garota de cabelos róseos murmurou, deixando as lágrimas caírem e se misturarem com as pesadas gotas de chuva que caíam.

“Aqui eternamente dorme, o garoto que morreu por amor.

Ele viveu por ele, e pelo mesmo morreu.

Sasuke Uchiha - 17/02/1997-21/05/2014”

- Me perdoe Sasuke...- ela sussurrou par ao vento.- Porque eu ainda te amo.