—Parece que ela está bem. —Joe fingiu um sorriso

Nick se aproximou e colocou uma das mãos em seu ombro

—Se essa tal de Wilmer é só um cara bêbado mesmo, ela vai retornar sua ligação. Fica tranquilo.

—Ah não! Eu quero saber quem é esse cara. Porque ele está falando essas coisas? — Sterling tirou o telefone das mãos de Joe.

—Ster, deixa ela em paz! — Selena resmungou

—Deixar ela em paz? Sel, aquele cara está bêbado e dando em cima dela e pelo visto ele não vai desistir tão cedo. E se ele fizer alguma coisa?

—Relaxa Ster, você tá nervoso. —Selena tentou pegar o celular da mão dele em vão

—Não Sel! Ele está certo. — Tiff falou

—Acho que você não deveria ligar. Tenho certeza de que ela está bem com o cara. — Joe se sentou

—Mas e se ele machucar ela? — Sterling estava quase para desistir

—Liga Ster. —Tiff ordenou e Sterling rapidamente procurou a última chamada.

Nada. Ela não atendeu e caiu na caixa de mensagens. “Ótimo” Sterling pensou e salvou o numero do celular dela no seu.

—Esquece isso velho, amanhã a gente liga pra ela — Joe esfregava as mãos no rosto

“Sábado... o melhor dia da semana” — Demi pensava ainda de olhos fechados. Sentiu uma forte dor de cabeça e abriu os olhos com dificuldade por causa da luz que vinha da janela. “Você não devia estar assim, garota, não se lembra nem de quantos copos bebeu?” — ela sorriu enquanto lutava contra seus olhos que queria se fechar. Mexeu-se um pouco e notou que estava semi-nua, ela não se lembra nem de como havia ido para a cama. A situação era mais séria do que ela pensava.

—Não, não, não — levantou-se assustada quando viu Wilmer estirado sobre a cama — Calma Demi. Lembra. O que aconteceu ontem?

Andou de um lado para o outro se lembrando das coisas que fizera até o momento onde tudo some.

—Ah merda. Depois que o Joe ligou, o Wilmer escondeu meu celular e depois fomos pra festa. Ok, até aí está tudo claro. — ela se enrolou num lençol que estava caído no chão — Dançamos, bebemos, e depois ficamos felizes porque Dallas e Derek estavam se entendendo. Depois disso o Wilmer me devolveu o celular, vi uma chamada não atendida do Joe e resolvi não retornar. Continuamos bebendo... e é agora onde tudo some. Ai meu Deus, o que eu fiz? — ela olhou novamente Wilmer que só estava de cueca na cama.

Procurou seu vestido e... nada. Pegou o celular que estava caído perto da porta do banheiro e ligou para Dallas. “Ela vai me matar” — pensou

—Demi cadê você?Já estou te procurando há uma hora e você não atendia a merda desse celular. — Dallas resmungou

—Ele estava no silencioso — Demi explicou

—Ok. Agora me fala onde você está.

Fudeu.

— Dallas, você não vai gostar de saber. — Demi falava baixo não querendo acordar Wilmer, ela não queria encará-lo praticamente pelada, se bem que naquela situação ela sabia que ele tinha visto muito mais.

—Ai Deus. Fala Demi, eu to ficando nervosa.

— Eu estou num dos quartos de hospedes da vovó. Pra ser mais sincera, eu estou no quarto do Wilmer.

—Por favor, me diga que você não fez nada.

—Eu ficaria muito mais feliz se soubesse o que fiz, pode acreditar. Eu não me lembro de nada.

—E porque você me ligou? —Dallas estava irritada e Demi sabia que não seria fácil pra ela ouvir o que iria falar

—Eu não sei onde foi parar minha roupa.

—Estou indo aí.

Ela desligou. Merda. Ela vai me matar.

Demi estava esperando na porta quando Dallas bateu. “Não aconteceu nada” ela repetia a si mesma. Dallas esticou uma peça de roupas evitando olhar para a irmã. Depois de se vestir Demi saiu do quarto e Dallas ainda estava lá.

—Pro quarto, Demi — ela ordenou e Demi a seguiu

Demi sabia que ela lhe daria uma lição de moral e não era pra menos, se fosse o contrário ela faria e mesma coisa. Quando entraram do quarto, Dallas trancou a porta enquanto Demi se sentava em um pequeno sofá perto da cama.

—Você enlouqueceu? — Dallas começou — Porque a única palavra que define o que você fez é loucura.

—Mas eu nem lembro o que fiz — Demi tentou explicar

—Pior ainda. — Dallas se controlava pra não gritar, respirando fundo — Demi, você foi inconseqüente, infantil, e agiu que nem uma puta — ela jogou na cara

—Ei Dallas, me respeita. — Demi se levantou para encará-la

—Me respeita você e abaixa o tom pra falar comigo — Dallas apontou o dedo na cara dela — E senta na porra desse sofá.

Dallas nunca falava palavrões a não ser que estivesse muito nervosa. Demi sentou-se novamente e Dallas continuou:

—Usou camisinha?

Demi não havia pensado nisso

—Eu já disse que não lembro — respondeu resmungando

—Puta que pariu — xingou — Eu vou sair daqui porque senão eu te bato.

Dallas bateu a porta ao sair e Demi sentiu seus olhos encherem de lágrima e num turbilhão de raiva foi correndo até o quarto de Wilmer. Ele ainda estava lá na mesma posição. Ela encheu um copo d’água e jogou nele.

—O que aconteceu? — ela gritou

Wilmer esfregou os olhos numa tentativa de secá-lo.

—Fala — Demi ordenou ainda gritando

—Eu não sei. Aconteceu alguma coisa? — ele parecia sincero

—Não brinca de novo comigo. Me conta o que aconteceu ontem. — Ela se sentou na cama ao lado dele e começou a chorar

—Não, não chora — ele secou uma lágrima que caiu — Olha, até onde eu me lembro à gente não fez nada.

—Sério? — ela perguntou sentindo um pouco de alivio.

—É. A gente veio pra cá e começamos a...

—Não. — ela o interrompeu — Não entre em detalhes

—Ok. — ele concordou — Você dormiu

Ela respirou aliviada, sentindo toda a tensão ir embora e o abraçou

—Obrigada por me contar — ela sorriu levantando-se

—É o mínimo que eu poderia fazer, depois de todo mal que te fiz.

—Agora eu preciso ir embora daqui. Quero ir pra minha casa. — antes de sair perguntou — Sabe onde está o meu vestido?

—Você não estava conseguindo tirar ele ontem e pediu pra eu rasgar — ele deu um sorriso malicioso

—Você rasgou meu vestido?— ela o encarou nem se preocupando com o que antecedera o acontecimento.

—Você que pediu e depois você jogou ele no cesto de lixo do banheiro.

—Droga. Ele custou caríssimo. — ela saiu resmungando tentando encontrar a irmã