100 Pessoas e Um Poema escrita por M1Sayuri


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

-Espero que curtam!♥

Para quem é fã de Akb48 ♥
Enjoy



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/129367/chapter/1

-Eu a desafio para um à um, Oshima Yuko!

    A baixinha na poltrona dourada inclinou o rosto para frente, abrindo um sorriso torto. Shibuya, mais ao lado, olhou apara a desafiante à porta com desprezo em seus lábios brilhosos levantados. Black continuava indiferente à ler sua “sentença de morte”, sentada ao banco das rainhas. Torigoya segurava a neurótica Gekikara, cujos risos ecoavam pelo ambiente, frenéticos. A rainha de preto parecia um animal ansioso por sua refeição, Torigoya, enquanto a segurava, mexia no celular, olhando de canto para a desafiante. Com a esfera do bilboquê pendente, Sado também a olhava atentamente, com um sorriso muito próximo ao que a presidente sentada na poltrona dourada demonstrava.

“Fracas…”pensou a garota alta de queixo levantado parada à porta.”Parecem todas fracas!”

-Quem é esse tipo, hun? – perguntou Shibuya, desencostando-se de sua parede e aproximando-se com as mãos no bolso da jaqueta rosa de rainha. –Quem você pensa que é pra desafiar diretamente a presidente do Rappapa, we?!

    Aquela coisinha miúda à sua frente balançou a cabeça para cima como se a chamasse para a briga. Como podia aquilo ser uma das quatro temidas rainhas do Rappapa?! Parecia tão…

“Fraca!” afirmou em sua mente.

    A garota à porta franziu o cenho para demonstrar que não se intimidava. Ergueu ainda mais o corpo de porte grandioso, magra, postura confiante, a perna robusta exposta pelo corte na lateral da saia do uniforme.

-Eu sou Chokoku! –anunciou com a voz grave e sublime. –Saia da frente!

-Ora, como ousa…

-SHIBUYA!

    A voz estridente de Yuko controlou o temperamento da rainha de rosa. Suas mãos apertaram os braços da poltrona dourada, o sorriso estendeu-se de uma orelha a outra.

-Você está na frente. –disse levantando-se lentamente. –Saia!

    Shibuya pareceu revoltada, mas obedeceu imediatamente as ordens da presidente.

-Yuko-san, não lute contra essa insignificante! –exclamou Sado, surpresa.

-Ora, Sado. Hoje eu estou com vontade de lutar. –disse a baixinha, alongando os ombros e o pescoço.

    Chokoku mostrou os dentes. Insignificante?!

    Yuko girou o pescoço e encarou-a direto nos olhos estreitos. Seus enormes orbes pareciam zombar dela, tal como o sorriso infantil. A presidente passou a mão pelos cabelos ondulados.

-Vai ser divertido! –exclamou com entusiasmo.

“Divertido?!” um berro ecoou pela cabeça de Chokoku.

    Seus punhos fecharam-se num instante.

“Divertido?!”

    Os pés se afastaram na preparação.

-Não me subestime!!!

    Chokoku correu para cima da baixinha.

    A risada de Gekkikara foi a única coisa que se sobrepôs ao silêncio que veio em seguida.

    Chokoku desabou, atingida pelas costas por um chute certeiro da presidente, que ainda pairava no ar com um sorriso de alegria. Na mente da desafiante de longos cabelos negros, a imagem congelou no momento em que caia ao ser pega de surpresa.

“Quando… ela desviou o meu soco? Eu… eu não vi…”

    O estrondo de seu corpo se fez e os sons retornaram junto às risadas das outras membros do Rappapa.

-Que divertido! –exclamou Yuko. –É só isso?

    Chokoku levantou-se rápido e a atacou novamente com um chute aéreo, direcionado a cabeça de sua adversária. Yuko cruzou as mãos sobre ela e segurou-lhe o pé com facilidade.

-Mas como…?!

    A baixinha pulou, forçando seu golpe frustrado para cima e atingiu-a no peito com a sola da bota. O chute exerceu sobre Chokoku um impacto descomunal e atirou-a contra a parede. Por sorte viu-a aproximar-se com um soco e girou para o lado, desviando-se.

-Ai minha mão!! –resmungou Yuko inclinando o corpo para o lado e atingindo Chokoku com um chute no quadril.

    Avançou sobre ela e acertou outro em seu rosto, como se chutasse uma bola de futebol. Chokoku chocou-se contra a parede, girou e caiu, enquanto Yuko afastava-se para o meio da sala.

-Isso é tudo? –perguntou a baixinha, soltando um riso que contagiou as outras Rapappa.

    A desafiante vacilou em suas tentativas de levantas, escorregando pela parede, em cada uma delas deixou um rastro de sangue.

    Gekikara apontou e começou a gargalhar com ainda mais vontade, assustando até mesmo Torigoya ao seu lado.

    Aquele som de risos se fixou nos ouvidos de Chokoku, que já via boa parte da sala embaçada. Tudo girou até que seu único foco se tornou Yuko, sorrindo ao centro da sala com uma das mãos à cintura.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!! –berrou erguendo-se num salto. –CALADAAAAAAA!!!!!!!

    Ao ver a desafiante avançar como um tigre selvagem, Yuko montou guarda para barrá-la, mas não foi necessária a intervenção. Chokoku passou direto por seu lado, vindo a bater a cabeça contra o quadro de eventos à parede, partindo-o ao meio.

-Eh? –fizeram todas, abismadas.

    Ela caiu desacordada.

-Acho que chutei forte demais. –disse Yuko, coçando a nuca com um sorriso amarelo.

-

    O Time Hormone aproveitava o intervalo para assar sua carne especial, de vaca japonesa, no corredor. Os olhos das cinco integrantes brilhavam em contraste às faíscas gordurosas, saltitantes na chapa. A boca calada de Mukuchi parecia não conter a saliva. Unagi batia os hashis, ansiosamente. Bangee e Akicha encaravam Wota, com os seus parados no ar. A líder estava suspeita, tremendo ao olhar para a carne.
            -Não agüento mais esperar!! –berrou Wota, avançando seus talheres na carne.
            -NÃO! –exclamaram Bangee e Akicha, impedindo-a com os seus.
    Surgido do alto das escadas, um corpo veio em sua direção, indo bater justamente contra sua chapa ardente, arremessando-a por cima de suas cabeças, direto para a janela aberta.
            -NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!!! –gritaram as quatro (Mukichi quase não fala) correndo para tentar resgatar sua preciosa refeição.
            -Vaca japonesaaaaaaaaaaaaaa!!! –Wota tentou atirar-se atrás dos pedaços esvoaçantes, mas foi impedida pelas outras Hormone. –Deixem-me ir com ela!! Waaaahaaaaa!!!
            -Calma Wota... cal... wa... waaaa... waaaahaaaaa!!! –choramingou Unagi.
    As cinco fizeram barulho de choro, apoiando umas as outras por sua grande perda.  Quando se deram por satisfeitas as lamentações, viraram-se, iradas, para a responsável por seu almoço ter criado asas.
            -Vamos matar a vadia que…
 Wota tapou a boca atrevida de Unagi e apontou. As cinco petrificaram.
 Chokoku tentava, sem sucesso, erguer-se no corredor imundo. Conseguiu apenas forças para olhar o topo da escada, onde as inferiores do Rappapa, mais as rainhas e a vice-presidente Sado, a olhavam com zombaria.
            -Isso… -balbuciou, tossindo compulsivamente.-Isso…
“Yuko… Oshima Yuko.”
            -Ainda…
“Eu…”
            -Isso ainda… ainda…
“…Vou acabar com você!!”
            -Isso ainda não acabou!! –gritou apontando para o centro, com ódio explodindo em seus olhos.
    Da curva do lance de escadas, Yuko surgiu com um sorriso de lábios. Clap!Clap! Ela batia palmas, devagar.
    Chokoku gravou aquela cena na memória, nas entranhas de sua mente.
“Guarde bem o que eu digo… “ pensou enquanto, aos poucos, desfalecia. “Eu ficarei tão forte que serei capaz de derrotar 100 oponentes!! Oshima Yuko, você será minha centésima adversária!”
    100 pessoas e um poema.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Em sua jornada por derrotar 100 adversários, Chokoku nem imagina as diferentes situações que vivenciará