escrita por Winchester B


Capítulo 1
I - Conspiracy


Notas iniciais do capítulo

Olá, quem quer que seja que está lendo :D Espero que goste do capítulo, deu muita risada escrevendo.
Música: I wanna be sedated - Ramones
ps: relevem erros de ortografia, não tive tempo de revisar.



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Capítulo 1 - Conspiracy

–         Onde você está? - questionei autoritariamente, sabendo que iria irritá-la.

–         Desde quando te devo satisfações? - ela replicou, indignada – Onde VOCÊ está? O aniversário é seu!

–         Se você não me deve satisfações, porque eu deveria...

–         Fala logo, porra – me cortou, delicadamente.

–         Ok, ok; eu diria mesmo que você não perguntasse. Não tenho segredos para a dona do meu coração – quase pude vê-la na minha frente, rolando os olhos – Estou indo para a casa da minha amada, no meu lindo carrinho.

–         Ótimo. Quando chegar toque a campainha, tenho visitas – ela disse.

–         Mas quem disse que a pessoa é você? - questionei brincando.

–         Seu completo idiota! - ela berrou e desligou o telefone na minha cara. Ah, como é bom irritá-la.

 21 de Julho. Acontecimento: Meu Aniversário de 18 anos.

Meu amor platônico e sinônimo de delicadeza (vulgo Elizabeth) tinha me chamado para assistir um filme; como não queria ficar em casa (teria de aturar minha mãe com um bolo do Tarzan – que ela afirma ser meu personagem favorito, quando na verdade é o Capitão América -  cantando parabéns, chorando e dizendo que está ficando velha; meu pai daria algumas fungadinhas e depois bateria nos meus ombros alegremente ) e estava sem perspectivas de fazer algo melhor, aceitei o convite e saí de casa antes mesmo que minha mãe pudesse soletrar aniversário.

Estava em meu carro, indo para a casa da Liz, mas decidi passar no mercado e comprar algo para levar; biscoitos ou outra coisa qualquer. Estacionei o Cobra e entrei no Wallmart. Me posicionei na fila dos pães e fiquei esperando para fazer o pedido. Duas meninas bonitinhas estavam sentadas em algumas mesas da lanchonete local, a poucos metros de onde eu estava; apontavam para mim e davam risadinhas afetadas. É óbvio que ninguém resiste a mim; um ser tão lindo e gostoso nunca consegue passar despercebido

Suspirei ao ver que ali se encontravam mais duas que não conseguiam se controlar diante de tanta beleza, mesmo sendo tão novas.

Peguei alguns pães recheados e uma torta de limão (favorita da Liz) e fui até as garotas, para exalar todo o meu sex appeal.

–         Ola meninas – disse e exibi o meu melhor sorriso galanteador, tentando equilibrar os pães e a torta nas mãos.

–         Oi tio – elas realmente me chamaram de tio? - Sabia que o seu zíper tá aberto? - e deram mais risadinhas.

Depois disso, saí dali praticamente correndo. Cheguei no carro e fechei a porcaria da braguilha tão rápido que quase prendi meu... ah, você sabe. Aquelas crianças estúpidas não sabem admirar uma beleza tão pura quanto a minha. Dei a partida no carro e finalmente dirigi até a casa da Liz.

Parei meu digníssimo carro na garagem – tenho prioridades, tá – e fui entrando na casa, nem ligando se ela tinha visitas. Para minha surpresa, dei de cara com ela, que se assustou.

–         Eu não te disse para tocar a campainha, imbecil? - ela disse irritada – Feliz Aniversário! - seu rosto desanuviou e ela me abraçou fortemente.

–         Ah, eu sei que você me ama – rodei ela no ar e depois a soltei – Trouxe a sua torta favorita – disse e pude ver seus olhos brilhando – Quais filmes você alugou?

–         Bem, achei melhor nós sairmos para jantar antes – ela disse, aparentemente sem graça.

–         Mas eu nem estou vestido pra isso! - disse, tentando me livrar do jantar.

–         Você fica bonito de qualquer jeito – ela respondeu sorrindo e o meu ego inflou – E de qualquer modo, iremos jantar com Tom na casa dele, não precisamos de roupas.

–         Não precisamos de roupas? - questionei com um sorriso incrédulo e ela percebeu o quer tinha dito, ficando corada.

–         Você entendeu, idiota! - ela murmurou.

–         Mas eu achei que ele fosse dar uma festa, ou algo assim – no dia anterior ele tinha dito que não poderia sair conosco.

–         Bem – ela começou, aparentando nervosismo – Ele disse que o aniversário do melhor amigo não poderia passar em branco; então ele cozinhou algo pra você. - ela deu de ombros.

–         E você não tem visitas? - questinei, aquela história estava muito estranha.

–         Eles já foram, eram só alguns investidores amigos de vovô – ela respondeu, enquanto atravessávamos a rua.

–         Sei...

Ela tocou a campainha e logo Tom abriu a porta, todo sorridente, como de praxe. Me deu um abraço e praticamente berrou o Parabéns na minha orelha. Entramos e eu me surpreendi; a casa estava totalmente diferente de quando eu tinha entrado com James.

–         Eu mudei um pouco – Tom disse, provavelmente vendo a surpresa estampada no meu rosto – Vovó Dul me ajudou com a decoração.

–         Ficou... bonito – respondi sem graça e segui até a cozinha.

–         Então – Elizabeth começou – O que você fez de bom?

–         Fiz a minha especialidade – Tom disse e levantou a tampa de uma panela que estava no fogão, mostrando três salsichas boiando na água quente.

–         Salsichas? - ela questionou quase rindo.

–         Salsichas não minha cara, hot dogs. - falou e foi buscar algo na dispensa.

–         Wow, e você fez bacharelado em hot dog? Doutorado? - falei sarcasticamente – Realmente, é preciso muita inteligência para fazer esse prato tão complicado.

–         Calado, ser desprovido de inteligência – ele disse, voltando com pães, molhos e mais um monte de coisas. - E ainda tem uma sobremesa maravilhosa que eu mesmo fiz. - ele disse e realmente parecia orgulhoso de ter “preparado” a salsicha sozinho. Aff...

–         Vamos comer logo então – ela disse sorrindo, no que acenamos com a cabeça afirmativamente.

Sentamos na mesa da sala e esperamos Tom, que disse que ia preparar pessoalmente o “prato especial”. Liz foi buscar o refrigerante e eu fiquei sentado sozinho, pensando na vida. Antes eu sempre passava o meu aniversário com meu irmão, caçando monstros ou bebendo até cair em um lugar qualquer. Agora, pela primeira vez na vida, tinha amigos e iria passar o dia com eles, nem que fosse pra fazer uma coisa simples como ver filmes ou comer hot dog, aquilo me deixava extremamente feliz.

-Tá pensando no quê? - Tom disse, entrando na sala e batendo na minha cabeça – Tá com cara de quem comeu e não gostou.

–         Em nada.

–         Sei, só espero que não seja na Liz de biquíni tomando sol na Califórnia – ele disse possessivamente.

–         Claro que não – respondi sorrindo ironicamente – Só penso nela como veio ao mundo, nunca com roupa! - falei para irritar.

–         Idiota – ele murmurou e não fez nada, porque Elizabeth estava entrando com copos e uma garrafa de Coca.

Comemos em silêncio e rapidamente; quer dizer, eu comi rapidamente. Tom e Liz comiam lentamente, e eu tive de esperar pelo menos uns quinze minutos até que eles acabassem. Ele buscou a sobremesa – uma torta gelada de abacaxi  - que aparentemente ele mesmo tinha feito, e nós comemos ela inteirinha.

–         Hora de ir, acho que já está tudo pronto – Liz disse, levantando da cadeira e me puxando pela mão.

–         O que está pronto? - perguntei.

–         Ahnn... A pipoca que vovó Dul disse que ia fazer, temos de ir logo para que ela não murche – ela falou nervosamente e deu um sorriso amarelo.

–         Sei – falei e me deixei levar.

Tom nos levou até a porta e me deu uma caixa pequena, dizendo que era um presente simples. Agradeci e fui embora com a Liz, sendo praticamente arrastado pela rua.

A casa estava extremamente silenciosa e não havia nenhum sinal de vida ali dentro. Ficamos na sala e eu deitei no colo dela para ver o filme Christine, adaptação de um livro do Stephen King.

–         Você ouviu isso? - ela perguntou sussurrando.

–         Isso o quê? - fiquei alerta e quieto para ouvir o que quer que fosse.

Ouvi barulho de vidro se quebrando de encontro ao chão e logo peguei minha faca de prata do cinto.

–         Talvez sejam só gatos, não precisa de faca – ela disse e arrancou a faca da minha mão – Acho que veio do quintal lá atrás.

Sem fazer barulho, me dirigi para a cozinha, onde ficava a porta que dava para o jardim dos fundos. Elizabeth vinha logo atrás.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? *----*
Deixem reviews, cartas, notinhas, indicações e tudo mais o que quiserem HUSHUSHAESA sério, comentem.
Beeijos.
ps: os personagens só ficarão na 1ª temporada, conforme forem surgindo mais, postarei lá.