Nyappy Valentines Day! escrita por Mandy Lua


Capítulo 1
Nyappy Valentines Day


Notas iniciais do capítulo

Não passou por betas, mas tentei beta-la o melhor possivel... Espero que gostem e era para ser para ontem a fic, mas tive problemas e só pude postar hoje...
Boa leitura!



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Era uma tarde fria, um jovem olhava a vitrine da doceria atrás de um chocolate que o agradasse, ele não sabia cozinhar, por isso decidiu comprar um chocolate para entregar para ele.

Após meia hora de indecisão, achou um perfeito, era um coração médio feito de chocolate ao leite, recheado com morango e em cima deste estava escrito com chocolate branco “Happy Valentine’s Day!” com confeitos em formato de coração e estrela em volta.

O moço pediu para a atendente embrulhar a caixa em que estava o chocolate, pegou o pacote, pagou e saiu. O seu próximo destino era uma papelaria, precisava comprar um belo cartão para colocar junto ao presente. Não andou muito e encontrou uma, após 10 minutos olhando cartões achou um perfeito, pagou e seguiu até seu apartamento.

X~X

Do outro lado da cidade, dois homens estavam conversando em um restaurante, enquanto almoçavam, já era tarde para almoçar, mas eles não se importavam com isso, conversavam calmamente.

- E aí? Você vai sair com ele está noite? – perguntou o mais velho, entre um gole e outro da sua cerveja.

- Ele me ligou pedindo para eu encontra-lo no centro da cidade para jantarmos juntos, mas não sei se eu vou – responde confuso.

- Kanon, vocês estão nesta história faz quantos meses? Desde que você terminou o seu namoro ano passado, você está sozinho, e mesmo quando ele estava namorando, vocês acabaram saindo juntos e... – parou um momento olhando para o outro que estava corando – Não preciso concluir, certo?

- Nós estávamos bêbados naquele dia e ele não estava bem, não tem como considerar aquilo como se tivesse acontecido algo de a mais, Teruki – suspirou o baixista – E depois daquilo, nós não saímos mais sozinhos, era como se ele estivesse com medo de que eu fosse fazer algo com ele.

- Você tem que entender que ele estava comprometido, não podia ter nada com você naquela época, mesmo porque até então vocês dois eram heteros, certo? Agora ele está solteiro, agora vocês podem conversar sobre isso – explica depois volta a comer.

- Já faz duas semanas que eles terminaram, e ele demorou a me procurar—

- Ele te chamou para sair no aniversário dele, mas você disse que tinha trabalho—

- E eu tinha, já estava programado para eu ir para o estúdio, não podia desmarcar, assim como você não pode falar nada, pois você teve ensaio e não pode sair com ele também.

- Eu pelo menos já havia me encontrado antes com ele para dar o presente, você, saiu com ele para beber e ver o jogo do Japão, mas não entregou nada para ele, e nem sequer ligou desejando parabéns – olhou de forma irritada para o amigo – Ele ficou chateado com você—

- Ele foi se queixar com você? Ele te falou mais alguma coisa? – interrompe mais uma vez, entretanto de uma maneira mais desesperada.

- Não interessa – fez uma pausa, para depois de um tempo de silêncio continuar – Você tem que falar com ele sobre isso, e acho bom você comprar algo para dar de presente de aniversário para ele.

- Eu já comprei, na verdade estou com o presente dele faz um tempo já – voltou a ficar calmo – Mas não estou muito a vontade para me encontrar com ele ainda.

- Você vai ficar fugindo até quando dele? Shinya, por favor, você não é mais criança, precisa enfrentar logo seus problemas, se você tem uma nova oportunidade de ser feliz, aproveite!

- Eu sei, mas—

- Chega de ‘mas’, você vai se encontrar com ele essa noite, aproveita que é dia dos namorados e se resolve logo com ele.

- Não é assim tão fácil, pode ser que as intenções dele não sejam essas, ele acabou de sair de um namoro, talvez só queira sair para espairecer.

- Ele ainda está fragilizado com tudo – mudou seu tom para um mais sério que o normal – Não foi fácil o fim daquela maneira, ele gostava muito dela, você sabe muito bem—

- Viu? Por isso essa não é uma boa hora para discutir sobre isso, ele pode achar que estou só tentando me aproveitar da situação.

- Se fosse assim, ele não te ligaria para vocês saírem – ele olhou dessa vez direto nos olhos do mais novo – Ele precisa de você, não vire as costas para ele você também, se não ele vai acabar desistindo de você também – falando isso o baterista pegou sua carteira, tirou algumas notas e deixou sobre a mesa – Preciso ir, se não vou me atrasar para o ensaio, até mais– se levantou e antes de sair olhou uma ultima vez para o amigo e disse – Pensa bem no que você vai fazer, para ninguém sair ferido nessa história.

- Droga – praguejou enquanto via o melhor amigo sair do restaurante, pegou o celular e reparou que havia novas mensagens:

Kanon, você irá hoje? Você ainda não respondeu...” – 10h30.

Preciso confirmar a reserva no restaurante, por favor, responda...” – 11h40.

Kanon, sei que depois de tudo não posso cobrar nada de você, mas queria ao menos conversar... Mas se você não quiser pelo menos avisa!” – 13h00.

Pelo visto, a situação ficou tão difícil, que você não consegue nem ao menos responder que não quer, você somente me ignora...” – 14h20.

O moreno olhou para o relógio, marcava 14h29, não fazia muito tempo dá ultima resposta, ouviu um barulho no celular, outra mensagem havia chegado.

Eu cancelei o restaurante, não precisa mais se preocupar comigo, não vou mais te procurar!

A única coisa que ele sentiu ao ler essa mensagem foi um aperto no peito, e percebeu que não deveria mais fugir, pois algo lhe dizia que se esperasse mais um pouco iria perdê-lo também.

X~X

Chegou ao seu apartamento, por volta das 14h, olhou o celular e nada, nenhuma resposta, nenhum indicio que alguém havia ligado para ele, nada. Suspirou, colocou o celular sobre a mesa e foi até a geladeira guardar o embrulho. Escreveu uma mensagem e enviou. Pensou seriamente, por cinco minutos, após isso pegou o telefone e ligou para o restaurante que havia reservado cancelando a reserva, depois de desligar enviou outra mensagem.

- É... parece que nem com ele vai rolar – suspirou e olhou para o cartão que estava na mesa – Mas já que comprei o chocolate, vou enviar para ele.

Depois de meia hora escrevendo, finalmente terminou. Pegou o celular e discou rapidamente:

- Alô? Teruki? Não, ele não vai... Eu sei que você sente muito... Você poderia me fazer um favor? Eu vou enviar pelo um motoboy o presente que comprei para ele, mas gostaria que você descobrisse a hora que ele estará em casa. Ok, eu espero a mensagem, muito obrigada. Até mais – desligou o celular e foi tomar um banho.

O banho que é para ser relaxante, o fez derramar mais lágrimas, saiu do banho, colocou uma roupa e foi até o celular, o Teruki tinha respondido. Após isso, pegou o embrulho que já estava com o cartão, desceu e foi em uma agência de entregas que havia na frente de sua casa, fez todos os procedimentos e voltou para seu apartamento. O pouco que faltava para o dia acabar seria triste.

X~X

Não tivera coragem de responder a mensagem do outro, do restaurante voltou direto para seu apartamento, foi direto para o banho, precisava pensar no que faria, não desistiria dele, mas não possuía coragem para ir até o menor e conversar. Interrompeu o banho, pois o telefone tocava insistentemente.

- Alô? Teruki? O que você quer? Se eu vou sair? Na próxima hora não, por quê? Me responde—

O baterista desligou o telefone na cara do outro, que voltou para o banho, confuso. Ficou mais meia hora na banheira, mas resolveu sair, colocou uma roupa simples e ligou o vídeo game, até que a campainha tocou.

- Olá? Pacote – ele assinou e pegou o pacote – Obrigado.

Assim que o entregador saiu, o moreno fechou a porta e sentou no sofá logo abrindo a caixa. Na caixa tinha um lindo chocolate e do lado um envelope. Abriu o envelope, no meio da carta, que veio junto ao cartão, não já não conseguia mais conter as lágrimas, ao final, a única coisa que fez foi ir correndo para o seu quarto, pegando o primeiro par de roupas com que pudesse sair na rua, vestiu, pegou um pacote que estava no seu guarda roupa, saiu do quarto correndo, passando pela sala e pegando as chaves, saiu pela porta e foi para o seu carro, sem ao menos desligar a televisão e o vídeo game.

Ele começou a dirigir o mais rápido que podia, mas infelizmente para o azar dele, o transito estava complicado, finalmente percebeu o frio que fazia aquele dia e ele estava vestido com uma regata e uma calça fina, mas isso não importava, o frio não importava, se os aparelhos quebrassem não importava, nada importava para ele, somente se encontrar com o garoto que nos últimos meses lhe tirava o sono e que agora estava sofrendo por si em qualquer outro lugar, provavelmente bebendo e quem sabe não se entregaria a outro, como fez consigo naquela noite.

X~X

– Alô, Kanon? Vamos sair? Eu não estou bem. Ok, estou te esperando.

Após meia hora, a campainha tocou, o ruivo abriu a porta.

- Kanon, que bom que está aqui – se jogou nos braços dele, recebendo um abraço.

- Takuya... Está tudo bem? Eu fiquei preocupado quando você ligou e vim o mais rápido que eu pude – falou acariciando os cabelos do mais novo – O que aconteceu?

- Vamos sair daqui, por favor – disse baixo e triste.

- Ok – eles desceram até o carro dele.

O caminho foi rápido, eles foram até um karaokê que tinha perto do prédio do guitarrista, o local tinha salas pequenas e reservadas. Eles pediram algo pra comer e beber.

- Agora me conta o que aconteceu – falou com o menor deitado no seu colo.

- Nós brigamos de novo, ela acha que na viagem que fiz para a Europa há pouco tempo eu não estava só trabalhando, que sai com fãs de lá – suspirou – E disse que não iria me perdoar, depois saiu com ex-namorado dela.

- E você a deixou sair com ele? – questiona incrédulo.

- Não consegui detê-la. Eu a amo Kanon – sua feição ficou mais triste – Não quero terminar com ela – neste instante o garçom serviu o que haviam pedido.

Depois de horas comendo, conversando e principalmente bebendo, os dois já não estavam mais tão sãos como quando haviam chegado, e agora não estavam apenas bebendo e sim se beijando. Os carinhos só aumentavam, o que fez ambos quererem mais, pagaram a conta, foram para o carro e só Deus sabe como chegaram no apartamento do ruivo sem sofrer nenhum acidente ou serem parados por algum guarda de transito.

A noite foi extremamente quente, chegaram ao ápice e logo adormeceram. O membro mais tímido da banda acordou primeiro. Estava com muita dor de cabeça e estranhou estar deitado nu sobre alguém que estava igualmente nu, levantou assustado fazendo com que sua dor ficasse ainda pior, e olhou para o Kanon, aos poucos foi se lembrando de tudo, da briga que tivera com a namorada, de ligar para o Kanon, dos dois irem ao karaokê, deles beberem, do beijo que começou tímido depois se tornou avassalador, de voltarem e da noite de amor, sim, amor, não conseguia chamar o que havia feito com o baixista de uma simples transa, foi mais que isso, o Takuya não sabia porquê, mas se entregou por inteiro para o amigo e não se arrependia disso.

- Takuya? – o moreno acordou e teve um susto igual ao do outro – Ai minha cabeça – falou colocando as mãos sobre a cabeça ao se sentar – Acho que a gente não deveria ter bebido tanto.

- Sim – e foi até o criado-mudo do lado da cama e pegou dois compridos e uma garrafa de água, bebeu um e entregou um comprido ao outro – Bebe, vai fazer a dor sumir em 5 minutos.

- Você guarda remédio de dor de cabeça do lado da cama – bebeu o remédio – E como você sabe que a dor passa tão rápido?

- É o melhor, já tenho experiência nisso – os dois riram e após isso ficou um silêncio incomodo – Errr... Acho que a gente não devia ter feito o que fizemos.

- Sim – concordou e falou contra sua vontade – É melhor esquecermos o que se passou ontem, o que acha?

- Sim, é melhor – respondeu levantando-se com um lençol envolto da cintura, indo atrás de suas roupas.

Após ambos se vestirem, o otaku foi embora do apartamento.

X~X

Depois daquele dia nunca mais havia ido ao apartamento do menor, apesar disso, nunca mais pisaria naquele lugar, pois depois que o guitarrista terminou com a namorada, ele mudou de apartamento, alias, está seria a primeira vez que veria esse novo apartamento. Ele estava perto e seu coração agora começava a acelerar.

X~X

Após deixar o presente na empresa de entregas, o ruivo resolveu jogar vídeo game, talvez isso o distraísse. Entretanto não jogou por mais de meia hora, pois o jogo lhe fez lembrar do moreno que provavelmente não veria mais, mais lágrimas desceram, a banda que ele tocava junto ao baixista havia acabado, na verdade estava com pausa nas atividades, só que os membros não sabiam se voltariam ou não a tocar juntos no An Cafe. E agora depois disso, a única escolha do Takuya, seria não voltar mais, mesmo se a banda voltasse como poderia voltar, estando naquela situação com o Kanon? Impossível. Resolveu que o melhor seria beber, foi até a geladeira e pegou uma caixa com 12 latinhas geladas de cerveja, estava muito frio lá fora, mas ele não se importava com isso. Seguiu para o quarto e começou a beber, depois da quarta latinha, afundou a cabeça no travesseiro desejando que aquele dia infernal acabasse, pegou o celular e entrou no twitter. Digitou: “Hoje a cidade está cheirando chocolate, meu quarto está cheirando álcool”. Enviou e logo recebeu muitas mensagens, muitas cafekkos dando atenção a ele, enquanto alguns amigos o zoavam.  Isso o distraiu um pouco, logo abriu mais uma latinha, de repente lembrou-se da noite que mudou sua vida e tudo por causa da quantidade de álcool que havia ingerido naquele dia, suas lágrimas voltaram e ele novamente deitou no travesseiro.

A campainha tocou, insistentemente, mas o dono do apartamento se recusou a levantar. Contudo o silêncio voltou a reinar sobre o local, o garoto achou que a pessoa tinha desistido, até que sentiu o colchão abaixar levemente e braços o circundarem, o que o assustou, mas ele nunca esqueceria daquela voz.

- Até no apartamento novo você deixa a chave reserva no mesmo lugar? Mas fico feliz por isso, afinal só assim para eu ter conseguido entrar – pronuncia no ouvido do outro com a cabeça apoiada em seu ombro.

- O que você está fazendo aqui, Kanon? – se virou bruscamente e empurrou o mais velho que quase cai da cama.

- Eu recebi seu presente e li sua mensagem, eu—

- Vai embora – olhava para baixo, mas sua voz era firme, voz que não parecia ser de alguém que estava um pouco bêbado e chorando poucos minutos antes.

- Desculpa, nós precisamos conversar – se sentia triste, e sabia que não seria fácil.

- Precisamos? Eu achei que sua resposta tinha sido bem clara—

- Eu não respondi nada—

- E essa foi sua resposta, não dar atenção, eu só queria esclarecer tudo Kanon – a firmeza sumia pouco a pouco e as lágrimas voltavam – Eu não queria te colocar contra a parede ou te obrigar a ficar comigo—

- Eu sei disso, me desculpa, eu estava confuso—

- E você acha que eu não estou confuso? Esses meses foram os piores para mim, eu achava que ainda a amava, mas depois daquela noite tudo mudou para mim—

- Para mim também mudou Takuya, eu não queria te magoar – moreno que há muito tempo não chorava, voltava a derramar aquele liquido quente sobre suas bochechas.

- Eu não queria que nossa conversa fosse assim – falou mais baixo – Os nossos sentimentos parecem claros um para o outro, mas nesse momento eu não vou querer ter nada com você – terminou de uma forma com que ele não queria.

- Eu não quero perder você, como a perdi, pois não tive forças de lutar contra a vontade dela, dessa vez será diferente – ele se aproximou do moreno mais novo, sim moreno, após um tempo mudar a cor do cabelo é normal.

- Eu não quero— foi calado com um beijo, que não durou muito pois ele se soltou logo dos braços do dono do Studio Blue 3 e saiu correndo do quarto.

- TAKUYA, ESPERA – saiu correndo atrás dele, só que este já estava descendo as escadas, sem nenhum agasalho por cima.

Depois de chegar ao térreo, o rapaz saiu correndo só com uma fina camiseta pela rua cheia neve, sentia frio, mas ele não se importava com isso. Sentia medo, não que achasse que o maior fosse fazer algo de ruim a ele, mas ainda se sentia machucado, não queria que a parte romântica da história deles começasse assim, logo chegou a uma praça perto do prédio dele.

Havia duas garotas na praça, ambas bem agasalhadas, mas ele pode notar que usavam algum acessório do An Cafe, eram cafekkos, era só o que lhe faltava, o baixista da banda estava atrás dele e ele encontrava fãs.

- Takuya-san? Está tudo bem? – uma delas percebeu que ele estava desprotegido contra o frio  – O que houve?

- Nada – respondeu rispidamente frio – Me deixem em paz—

- Kanon-san? – para seu azar o otaku era bem rápido – Você está só de regatas? Não está com frio?

- Cafekkos? – começou a praguejar internamente – Estou bem, vocês poderiam deixar-nos sozinhos?

- Mas—

- Vamos – disse a outra, mas tirou uma das blusas e entregou ao mais velho – Use por favor – e se virou para a amiga que entregou ao guitarrista um cachecol e uma blusa.

- Obrigado, mas não precisa – falou mais docemente do que tinha falado quando chegou.

- Por favor – as duas saíram.

- Me deixa Kanon – ele falou de costas para o outro que em resposta só o abraçou por trás, ficando assim por alguns minutos que mais pareciam horas – Por favor – se desvencilhou do abraço, entretanto voltou a sentir frio, afinal não colocara a blusa que a jovem fã havia lhe dado.

- Takuya, me dá mais uma chance? – começou a nevar – Vamos entrar está frio aqui fora, você ficará doente – ofereceu a mão a ele.

- Não, eu estou bem – mentiu, sentia frio até nos ossos.

- Você está tremendo. Vamos Takuya – se aproximou do outro e o puxou para si – Deixa de ser teimoso – pronunciou de forma carinhosa.

- Certo, vamos entrar – se aconchegou mais nos braços do outro que pegou as duas blusas e colocou sobre si – E você? Você está de regata – repreendeu preocupado.

- Está tudo bem comigo – começaram a caminhar juntos para o apartamento próximo ao local onde estavam, não andaram muito até que nele entraram – Você precisa tomar um banho, está gelado—

- Você deve estar sentindo mais frio – se soltou dos braços do moreno mais velho e seguiu cambaleando pelo corredor.

- Você está bêbado? Por que até agora você parecia estar bem, correndo e na praça—

- As aparências enganam – deitou no sofá, a cabeça dele ainda raciocinava perfeitamente – Vai tomar banho, que eu espero você terminar.

- Não – se aproximou de onde o ‘bêbado” estava deitado e ajoelhou-se na frente deste – Vem tomar banho comigo – usou seu tom de voz mais sexy.

- Eu já disse que não quero nada agora—

- Mentira, Takuya, a quem você quer enganar com isso?

- Eu não quero que uma noite como aquela se repita – sua voz era baixa e triste.

- Não se repetirá, desta vez estarei do seu lado e não vou mais partir no dia seguinte, eu quero uma relação com você—

- Porque você estava fugindo de mim então?

- Eu também estava confuso, mas agora quero você – levantou o rosto do outro e olhou em seus olhos – Me dá mais uma chance? Eu te amo.

- ... – ele não respondeu nada, aproximou seus lábios aos do amado, iniciando um beijo carinhoso e quente, que ambos ansiavam há tempos – Eu também te amo – disse após o momento ser interrompido pela necessidade de terem que respirar, logo se levantou.

- O que você vai fazer? – confuso.

- Vamos tomar banho, não é isso que você queria? – os dois riram e foram para o banheiro aproveitando o momento – Kanon, vamos sair? – disse depois de poucos minutos.

- Mas já? Queria fazer outras coisas – insinuou maliciosamente – Mas acho que na cama é mais confortável—

- Nós não vamos para cama hoje—

- O que? – surpreso pela fala do amado.

- Eu quero fazer amor novamente com você quando ambos estivermos sóbrios – explica sério.

- Mas você está bem—

- Eu já bebi demais – se levantou da banheira – E acabei o banho – pegou um roupão e seguiu ao quarto.

- Ok – fez o mesmo – Então pelo menos posso dormir aqui com você?

- Pode - disse ligando a televisão e indo se deitar na cama embaixo dos edredons, ainda de roupão.

- O que vamos assistir? – se deitou ao lado dele – Está passando noticiário? – notou que a reportagem era de Tokyo.

- Parece que a neve está muito forte – pegou o celular e escreveu: “Nevando!”.

- Deslizamento? – repetiu o ato do menor: “Nevando muito! Deslizamento!”.

- Estou com sono – o visitante o aconchegou em seus braços – Você não vai dormir? – notou que ele ainda estava com o celular na mão.

- Não, mas fique a vontade – ficou conversando com os staffs Spark e Wakui, para depois fechar o celular e resolver ir dormir – Te acordei?

- Não, mas perdi o sono – falou manhoso – Podemos conversar?

- Claro – depois disso ficou um silencio, pois ambos não sabiam sobre o que falar - Desculpe por não ter estado no seu aniversario – lembrou do ocorrido.

- Tudo bem – respondeu um pouco triste pelo assunto.

- Ah! – se levantou e foi até a sala, logo voltando com algo nas mãos - Mas acho que você vai gostar do que eu trouxe – entregou um pacote.

- Não precisava – ele pegou e já ia guardar no criado mudo.

- Quero que você abra agora – sem muita escolha o membro que entrara na segunda formação da banda apenas assentiu e abriu – O que você achou?

- São lindas, obrigado – pulou nos braços dele – Amei, é uma sua e uma minha?

- Claro, ou você achou que ficaria com as duas? – ambos riram e logo trocaram as alianças – Eu não mereço nenhuma recompensa?

- Merece – iniciou um novo beijo, só que desta vez era mais quente que o havia dado horas antes, neste ele queria demonstrar sua paixão, além de que já não estava mais tão mal pela bebida quanto antes de dormir, os dois após isso tiveram uma gostosa noite de amor – Kanon?

- Fala – responde acariciando o outro após uma ótima noite que tiveram.

- Ainda é dia 14 de fevereiro – deu um selinho nele – Nyappy Valentine’s Day!

- Nyappy Valentine’s Day my dear!

Após isso, os dois viveram felizes por um bom tempo que nunca saberemos qual foi. Mas eles com certeza se uniram por causa do presente e principalmente da carta que estava nele, que assim como eu, vocês devem estar curiosos para saber o que estava escrito, correto? Deixo a vocês que acompanharam esse desastroso Dia dos Namorados deste belo casal, que imaginem o que o Takuya escreveria em uma situação dessas para resgatar o Kanon.

~Fim~


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Deixem reviews...
Fazia tempo que não escrevia, sinto falta da banda, e para quem acompanha o twitter do Kanon e do Takuya, notaram que os tweets que coloquei de fato eles tweetaram...
Obrigada...

bye nyappy



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