Acordei no outro dia me sentindo a pior pessoa do mundo depois de ter passado a noite em claro e pensado tanto em Andy, ele não merecia tudo aquilo eu era a culpada eu sabia que o cara estava bêbado devia ter ficado distante, mais que porra eim odeio quando eu não estou certa, levantei e tomei uma banho quente para ver se acordava porque eu não gosto de banho nem friozinho ou morno tem que ser aquela coisa quente Like The Fire sakaste? Vesti uma roupa quente qualquer passei a maquiagem e fui até a casa de Andy e comecei a bater na porta loucamente.

—Quem é? – Ele perguntou antes de abrir a porta.

—Sou eu Andy.

—Ah oi você, que bom que veio me visitar tchauzinho, traídora.

—Andy por favor eu preciso falar com você por favor eu suplico. – Eu conseguia escutar a respiração pesada dele atrás da porta como se ele estivesse chorando.

—Não. – Ele disse seco.

—Ok então, eu não saio daqui até você abrir pra mim, algum dia você vai ter que sair daí não é? – Escorreguei minhas costas na porta e lá fiquei a tarde inteira até que a noite começou a esfriar e eu me encolhi.

Quando olho para o lado vejo uma mãozinha saindo da janela junto com uma coberta do Batman eu sorri peguei a coberta me cobri e fiquei sentada lá, se passaram algumas horas.

—Não vai sair mesmo? – Ele perguntou encostado na porta.

—Não. – Eu disse me encolhendo mais.

—Ok então. – Ele disse e eu escutei os passos dele, nada pra fazer, comecei a cantar.

—I open my lungs dear, I sing this song at funerals… no rush. This lyrics heard tousand times just plush… - Eu cantava calmamente com a mão no rosto secando cada lágrima teimosa que caia dos meus olhos.

—A baby boy you’ve held so tightly, this pain it visits almost nightly – Eu escutei ele cantando do outro lado da porta.

—Missing hotel beds I feel your touch. - Nós cantamos juntos e ele abriu a porta e eu abracei ele chorando.

—Senti sua falta Andy. - Eu disse ainda abraçando ele.

—Eu também pequena. - Ele disse dando um beijo no topo da minha cabeça. - Agora para de chorar, por favor, entra você deve estar com frio.

—Nem tanto o Batman me protegeu. - Eu disse sorrindo e ele deu risada eu entrei e o recinto tinha muito, mais muito papel jogado no chão e todos amassados. - O que é isso?! - Eu perguntei surpresa.

—É que eu estava tentando escrever uma música nova só que uma certa pessoa não saia da minha cabeça sabe? - Ele disse chutando aquele monte de papel e eu sorri.

—Tava preocupado é?

—Sim.

—Porque me perdoou?

—Uma certa pessoa chamada Enoe me ligou e disse a verdade.

—Me lembra de dar uma cesta de café-da-manhã pra ela depois ok? - Eu disse dando risada e ele também riu.

—Mas antes de qualquer coisa eu quero que você me conte a sua versão da história e se for diferente eu vou saber que você está mentindo. - Ele disse se sentando na mesa e mandando eu sentar também, me sentei em uma cadeira que estava de frente para ele.

—Ok... eu fui lá ensaiar foi tudo bem conheci a banda eles são muito legais, mais daí o Jack começou a beber, beber e beber e daí depois ele ficou dando em cima de mim e eu falava pra ele parar porque eu era comprometida e ele ficava e daí e eu falava e daí porra nenhuma, daí zuaram ele porque ele tomou um fora e ele me beijou e você chegou daí eu empurrei ele e bati nele e você foi embora, o resto você sabe. - Eu disse dando um meio sorriso e encarando o chão.

—Que bom que foi a mesma história pequena. - Ele disse sorrindo eu levantei o rosto e sorri também. - Eu não conseguiria viver sem você. - Ele disse.

Ele se aproximou segurando meu rosto e me dando um beijo eu levantei e ele me sentou na mesa, eu passei a mão pelo pescoço dele e ele segurava minha cintura cada vez mais forte, uma hora ou outra ele passava a mão no meu rosto para limpar as lágrimas, ele segurou a barra da minha camiseta e começou a erguer ela quando campainha tocou.

—Shit. - Ele disse soltando seus lábios dos meus e virando a cabeça para o lado, preciso dizer que eu estava muito vermelha? Eu levantei da mesa me arrumei e passei a mão na minha boca que estava vermelha e um pouquinho inchada.

—Puta que pariu o que aconteceu com você Six?! - Era a Sandrinha eu ri e fui até a sala e quando a Sandrinha me viu. - Ahhhh tá me desculpe Six. - Eu fiquei vermelha e o Andy encarava ela com uma cara meio de bravo.

—O que você quer Sandra?

—Calma estressado, eu já pedi desculpas, era só para saber se você tinha alguma coisa da música nova?

—Na verdade eu não tenho nada, no máximo o refrão.

—Beleza então, amanhã a gente se vê no estúdio?

—Sim, você veio aqui só pra isso?! - Ele perguntou com raiva.

—Não só isso, eu ia te chamar para sair com a galera já que você ficou enfurnado em casa o dia inteiro, mas eu percebi que tudo já se concertou entre vocês então bye. - Ela disse mandando um beijo com a mão para mim e eu dei risada.

—Então... onde paramos? - Ele disse se aproximando de mim.

—Lugar nenhum. - Eu disse sorrindo e ele olhou surpreso.

—Como assim lugar nenhum? - Ele perguntou confuso.

—Você é um demôninho de gente pega elas desprevinidas e nos momentos mais díficeis, isso não é justo. - Eu disse fazendo bico.

—Como assim não é justo, Mah você que está sendo injusta comigo agora. - Ele disse cruzando os braços e olhando emburrado para a TV.

—Ahhh vai ficar emburradinho agora? - Eu disse chegando perto e virando rosto dele para o meu e me aproximando.

—Uhum. - Ele disse sem tirar a cara de emburrado.

—Ainda vai fcar com essa cara emburrada? Então não ganha beijo. - Eu disse próximo dos lábios dele.

—... Erm... você venceu. - Ele disse segurando meu rosto e me beijando e eu comecei a dar risada. - Quieta como quer que eu te beije com você dando risada? - Eu dei mais risada e ele completamente se jogou em cima de mim e me beijou a gente acabou caindo do sofá eu cai em cima dele e ele caiu de costas no chão, agora estavam os dois rindo.

—Ai meu deus você é impagavel.

—Porque? Você queria me vender.

—É Andy eu queria te vender. - Eu disse com cara de 'Aff'

—Nossa valeu então.

—Conhece alguma coisa chamada ironia?

—Nossa grossa. - Ele disse com voz de Gay e eu comecei a rir. - Senti sua falta pequena.

—Eu também Andy. - Eu disse sorrindo, meu celular toca.

'Alô?'

'Alô Marcella sabe quem está falando?'

'Oi Nono-chan tudo bem?'

'Tudo sim e com você?'

'Estou ótima, fale'

'Então nós temos uma turnê marcada de aproximadamente 1 mês, só que vai demorar ainda porque precisamos fazer a passagem de som com a sua guitarra e meu baixo'

'Ok, tudo bem, mas quando vai ser o próximo ensaio'

'Amanhã.'

'Já?!'

'Sim.'

'Fuck Yeah!'

'Louca, ok então vou desligar tenho que tomar banho que eu e o Jake vamos sair, beijos'

'Hmmmm to sabendo eim, beijos se divirta'

Ela desligou o telefone e eu sentei no sofá enquanto o Andy ainda estava deitado no chão me encarando com uma cara estranha.

—Que foi? - Eu perguntei encarando ele.

—Era a Enoe.

—E o que que tem?

—A gente está com uma turnê de 1 mês marcada mas antes precisamos passar o som da Guitarra e do Baixo para as músicas então vai demorar.

—É eu acho que sim. - Ele disse sorrindo.

—Ahhh que canseira. - Eu disse bocejando.

—Está tarde mesmo, quer ir deitar.

—Não.

—Então quer fazer o que?

—Dormir.

—Mas o que?! Usou drogas é?

—Não é que eu estou com preguiça de levantar e ir deitar.

—Haha muito engraçado, força levanta ai. - Meu celular começa a tocar de novo. - Mas quem é agora?

—Sei lá... eu não marco o número de ninguém no celular. - Atendi.

'Alô?'

'Alô filha?'

'Mãe?! Tudo bem? Nossa que saudades.'

'Também estou filha, tenho uma notícia.'

'Qual?!'

'Você vai voltar para o Brasil e matar essas saudade da mamãe.'

'O QUE?! Como assim?'

'É você vai voltar.'

'Mais porque? Eu sou de maior eu posso ficar aqui e as coisas estão se ajeitando.'

'Não parece, o Max não disse isso pra mim'

'Aquele Filha Da Puta de novo não.'

'Filha olha a boca.'

'Mas mãe é mentira, eu tenho um namorado que é o mais incrível, estou feliz, tenho uma banda, foda-se o Maxxie!'

'Olha só até chamou ele de Maxxie que coisa mais fofa.'

'Mãe você está me escutando EU NÃO VOU VOLTAR PARA O BRASIL, você anda usando drogas?!'

'Não filha.'

'Então qual é o motivo de querer me tirar daqui.'

'Eu não posso sentir falta da minha filha?'

'Pode, então venha você pra cá, amanhã eu tenho ensaio e daí a gente passa a atrde juntas e com o Andy.'

'O Andy? Esse nome não me é estranho.'

'Sim mãe o Andy o Six, lembra?! Meu melhor amigo.'

'Olha só você se encontrou com ele aí que bom, está tudo bem mesmo filha?'

'Está sim mãe, só não estrague tudo não me obrigue a voltar.'

'Mas filha...'

'O PAPAI NÃO FARIA ISSO ELE ME DEIXARIA SER FELIZ!' - Eu gritei e eu comecei a ouvir os soluços da minha mãe do outro lado da linha.

'Ok filha...'

'Desculpa mãe, me desculpa mesmo é que você me deixou nervosa, faz o seguinte, venha me visitar a gente mata as saudades e você vê como eu estou bem.'

'Ok filha, desculpe se eu te deixei brava.'

'Calma mãe, vai dormir deve estar muito tarde aí.'

'Está mesmo, beijos.'

'Beijos.'

Eu desliguei o celular novamente e o Andy me encarava assustado e meu rosto estava molhado e eu nem percebi que tinha chorado. Ixi melhor parar com isso.

—Acho que eu entendi a história inteira, essa não precisa explicar ok? - Ele disse sorrindo e me abraçou.

—Pensou se ela me tira daqui de novo? Eu acho que eu morro no Brasil com o Maxxie no meu pé.

—Aquele desgraçado não desistiu? - Ele falou me apertando mais contra si.

—Não. - Escuto a campainha e levanto para atender e quando abro a porta. - MAXXIE O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?!

—Oi Honey sentiu saudades?