You Are My Star escrita por Fernanda Redfield


Capítulo 2
Conspiração


Notas iniciais do capítulo

Oi gentee!
Antes de tudo, muito obrigada pelos comentáriops para continuar a fanfic. Muito obrigada mesmo! Reviews ajudam os autores a pararem de ter preguiça e começarem a escrever *-*
HSAUHASUHASUASHUASHUSA

Inicialmente, eu postaria esse capítulo na segunda-feira, mas resolvi fazer a felicidade (?) de vocês antes!

Ah... Uma má notícia: semana que vem começam as minhas aulas da faculdade e possivelmente, a fic começará a ser atualizada mais raramente =/ Espero que compreendam!

Bem, chega de enrolação, boa leitura!



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            O choque já passara, mas Rachel Berry ainda podia sentir o toque leve e doce de Quinn Fabray em seu pescoço. A morena estava há algumas horas em observação, sendo examinada minuto após minuto pela ex-cheerio e cada vez mais surpresa com a atenção e a preocupação que Quinn demonstrava com ela.

            Eu sou apenas mais uma paciente dela... Mais uma e pelo que parece, uma paciente que atrapalhou os planos que ela tinha feito.

            Rachel não sabia ao certo o que se passava dentro de si. Parecia que a fortaleza que erguera quando Finn a traiu estava estranhamente fraca pela primeira vez em anos, parecia que algo diferente tinha explodido dentro de si. Algo que misturava lembranças, decepções, slushies, apelidos, caricaturas... Algo que era facilmente representado pela figura de Quinn Fabray.

            Talvez fosse aquele velho ódio vindo a tona novamente... Mas ela nunca odiou Quinn Fabray. Já teve vontade de se vingar dela, mas nunca conseguiu odiá-la. Quinn era perfeita demais para ser odiada.

            Rachel mordeu o lábio enquanto trocava de canal aleatoriamente no controle da TV do hospital, já era madrugada e o quarto onde fora transferida era isolado dos demais pacientes, não precisava se preocupar com barulho. Mas ela estava sem sono, seus pensamentos confusos sobre Quinn não a deixavam dormir e ficavam martelando em sua cabeça.

            A porta do quarto se abriu, assustando a diva por alguns segundos. Quinn entrou por ela, com os óculos de grau no rosto e um ar aparentemente muito cansado. A loira a olhou com repreensão e disse, colocando as mãos nos bolsos do jaleco:

            - Não abuse da sorte, é melhor você dormir. Você levou uma pancada na cabeça.

            - Estou sem sono, não quer me dar algo para apagar? – Rachel questionou um pouco atrevida, a sua cabeça latejou levemente e ela fez uma careta de dor. Quinn aproximou-se e sentou-se na cama, colocou a mão sobre a testa da morena e pela segunda vez naquele dia, Rachel Berry sentiu sua pele queimar.

            A mão fina e delicada de Quinn apalpou-lhe a testa e uma ruga intrigada vincou-se na testa da doutora. Quinn olhou séria para Rachel e perguntou:

            - Está sentindo dor, não está?

            - Sim, mas foi só uma pontada, nada demais. – Rachel respondeu nervosa com aquela aproximação súbita, Quinn Fabray era bonita e provocava arrepios em qualquer pessoa e era exatamente aquilo que acontecia ali, quer dizer, Rachel queria que fosse apenas aquilo. Quinn bufou um pouco descontente enquanto ajeitava o óculos no rosto e voltou a questionar:

            - Eu não perguntei se era ou não algo, Berry... Eu perguntei sobre a dor, ela está em qual intensidade?

            - Na menor possível, na verdade, só voltei a sentir dor porque você apareceu aqui! – Rachel respondeu mimada e revoltada com o tom de Quinn, a sombra de um sorriso divertido passou no rosto da loira, mas ela continuou séria e massageou o pescoço da morena, provocando alívios instantâneos. Rachel chegou até a soltar um fraco gemido que Quinn fingiu não escutar.

            Em seguida, a loira verificou a respiração da morena e anotou tudo no prontuário. Estava saindo da sala sem dizer nada, quando a voz amedrontada de Rachel Berry perguntou:

            - Você vai ficar aqui nesta noite? Porque Paulie foi para a casa e eu...

            - Claro que sim, Berry. Eu sou sua exclusiva, não vou te deixar até achar que você está recuperada. – Quinn interrompeu com um ar profissional e saindo da sala, apagando a luz em seguida. Rachel esperou a porta bater para cobrir-se até a cabeça e tentar dormir.

            Inexplicavelmente, ouvir alguém dizendo que não ia abandoná-la fez com que o sono da diva viesse mais rápido e mais tranquilo.

            Quinn deixou o quarto com uma expressão cansada e ao mesmo tempo, dura. Ela simplesmente não sabia como reagir à presença de Rachel Berry ali. A diva estava próxima dela como ela nunca imaginou que poderia estar e a surpresa só fez com que seus sentimentos ressentidos entrassem em erupção.

            Ela sentia medo por fazer besteira, angústia por todo aquele tempo longe dela, felicidade por tê-la perto e... Melancolia por saber que talvez, aquilo tudo que tinha dentro de si nunca se tornasse visível para Rachel e que ela ficasse com a lembrança de sua personalidade fraca, fútil e submissa a rótulos.

            A loira tirou os óculos enquanto caminhava e esfregou os olhos, tentando afastar a dor de cabeça que agora latejava. Rachel Berry, consulta médica e exclusividade eram coisas que estavam fazendo com que ela sentisse o cansaço do plantão ainda mais cedo do que o normal. Quinn passou pelo refeitório e encontrou Meg quase cochilando em cima de seus livros de Anatomia, a loira cutucou-a e disse brincalhona:

            - Hey, bela adormecida!

            - Sorte sua que me acordou com um cutucão, se fosse um beijo, você estaria morta agora! – Meg disse mal-humorada pelo sono e fechando o livro com um ar revoltado. Quinn riu dela e sentou-se na mesa com a amiga, escondeu a cabeça entre os braços e respirou fundo, o peso do dia estava sobre seus ombros e acredite, não era nada leve. As duas ficaram caladas, cochilando um pouco. Minutos depois, Meg perguntou irônica:

            - O que tá fazendo aqui? Já colocou a diva pra dormir?

            - Como você sabe que ela está aqui? – Quinn perguntou surpresa enquanto observava Meg dar um sorriso vitorioso, a morena respondeu tranqüila:

            - Eu tenho meus informantes e você tá aí, com cara de boba apaixonada e pensando na vida.

            - Eu não estou apaixonada por ela! – Quinn negou enquanto corava furiosamente, sabia que não adiantava negar. Sempre foi apaixonada por Rachel Berry, só que agora era mulher o bastante para assumir. – Tá bom, eu gosto dela. Só estou preocupada com a saúde dela.

            - Pelo que eu saiba, ela só bateu a cabeça e quebrou um pulso, Fabray. – Meg disse severa e arrancando um suspiro frustrado de Quinn, não podia esconder nada dela. – Você tá preocupada porque não sabe agir perto dela.

            - Se sabe de tudo isso, por que fica perguntando? – Quinn retrucou irritada com o sexto sentido da amiga, Meg compreendera tudo e falara na cara dela. Meg deu um sorriso compreensivo e olhou para Quinn com carinho, segurou a mão da amiga e sugeriu:

            - Podia começar com uma amizade...

            - E eu quero pelo menos a amizade dela! – Quinn disparou um pouco transtornada, foi até a cafeteria e pegou um copo grande de café. Voltou ao local com um ar perdido. – Só que ela é firme que nem uma rocha! Aliás, ela tá me lembrando como eu agia com ela na escola... Só que eu era menos simpática e costumava jogar slushies e xingá-la nos corredores!

            - Isso é porque ela ainda está debilitada, deixa ela se recuperar! – Meg disse com um tom falso de medo, Quinn olhou incrédula para ela e começou a rir. – Divas da Broadway podem ser bem maléficas quando querem...

            - Se Rachel pudesse ser maléfica, ela tinha sido no colégio... Eu dei todos os motivos para que ela me odiasse! – Quinn dissera um pouco distante, lembrando-se com saudade daquele dia em que ela e Rachel conseguiram ter uma conversa franca e sincera, os hormônios da gravidez realmente tinham mudado-a. Meg fez uma carinha confusa e perguntou:

            - Achei que ela te odiasse, ela não odeia, tem certeza?

            - Ela disse com todas as palavras que não me odiava... – Quinn respondeu com um sorriso bobo formando-se em seus lábios, Meg deu uma risadinha, mas ficou calada. Quinn merecia ficar sozinha com suas lembranças. Então a loira chacoalhou a cabeça, querendo chutar aquele pensamento pra longe e Meg resolveu falar, como quem não quer nada:

            - Então é nisso que você se apega para continuar gostando dela?

            - Provavelmente... É nessa frase que eu me apego, por mais que faça tanto tempo agora... Eu torço muito para que ela não me odeie! – Quinn disse com sinceridade enquanto olhava para o nada e tomava um gole de café, Meg deu um sorriso compreensivo e levantou-se dali, indo se preparar para uma cirurgia.

            Pequenos flocos de neve caíam pela janela e Quinn ficou admirando-os, tentando lidar com a tempestade de sentimentos dentro de si.

***

            Rachel conseguiu dormir as suas oito horas de sono necessárias, foi acordada às 9 da manhã por uma simpática enfermeira idosa que veio lhe servir o café-da-manhã. Parecia que alguém tinha informado sua preferência vegan, porque Rachel teve certeza que o que comeu não podia ter vindo do hospital.

            Sua cabeça ainda latejava um pouco por causa da dor, mas já estava bem menos intensa do que no dia anterior. Paulie chegou por volta das 11 da manhã, com uma expressão melhor devido a noite de sono, sua assistente sorriu e cumprimentou-a:

            - Bom dia, Miss Berry. Está melhor?

            - Sim, bem melhor. Odeio admitir, mas a Dra. Fabray é uma excelente médica. – Rachel resmungou em resposta como se aquilo fosse horrível de se dizer, ela simplesmente guardava mágoa o bastante de Quinn para ser capaz de elogiá-la em algum momento. Paulie sorriu com o comentário de Rachel, em seguida, uma expressão curiosa formou-se no rosto dela e ela perguntou envergonhada:

            - Me desculpe Miss Berry, mas o que aconteceu entre você e ela?

            Rachel olhou incrédula para sua assistente e Paulie achou que fosse levar uma bronca. Porém, a expressão de Rachel amenizou-se e um ar cansado passou pelo seu rosto, por onde deveria começar? Pelas slushies? Pelos apelidos? Pelas peças que foram pregadas nela por aquela maldita Quinn Fabray? Talvez falar com alguém pudesse ajudá-la, mas inexplicavelmente, ela tinha desenvolvido um bloqueio contra qualquer coisa que envolvesse a ex-cheerio.

            - Eu e ela tivemos problemas no colégio, digamos que eu era a fracassada e ela, era a líder de torcida que todos queriam ser... – Rachel respondeu amargurada enquanto uma série de lembranças passavam por sua cabeça. Paulie sentou-se na cadeira ao lado da cama com um ar compreensivo, apanhou o controle da TV e anunciou:

            - Acho melhor vermos TV, percebi que não quer falar sobre isso.

            Rachel sorriu agradecida, não queria mesmo falar sobre Quinn, tampouco queria ver o que passava na TV.

            - Milhares de hipóteses estavam sendo discutidas sobre o afastamento da estrela da Broadway, Rachel Berry, dos palcos por tempo indeterminado. Mas hoje chegamos ao que parece ser a verdade: ontem à noite, o namorado e possível noivo da atriz, Jesse St. James foi visto saindo de uma boate com uma modelo. A acessoria de imprensa da atriz e do espetáculo não se pronunciaram...

            Rachel bufou furiosa e seus olhos queimavam de raiva enquanto o jornal matinal iniciava outra fofoca, a morena virou-se para Paulie que parecia tão frustrada quanto ela. A ruiva deu de ombros culpada e disse:

            - Não quis soltar nenhum comunicado sem falar com a senhorita antes. Mas eles sequer desconfiam que você está no hospital.

            - Era de se esperar que Jesse fizesse algo do tipo, claro que eu sempre soube dos casos dele... Mas nós tínhamos combinado de não deixar isso ás claras para a imprensa! – Rachel disparou indignada e sentindo as lágrimas de raiva escorrerem pelos seus olhos, Paulie estava atônita. Ela e Jesse tinham concordado com aquele “romance de mentira” porque eram colegas de elenco de espetáculo e também, porque ajudaria a alavancar a carreira de ambos.

            Mas ser humilhada em rede nacional não estava no combinado.

            Nesse instante, a porta se abriu e por ela entrou a última pessoa que Rachel queria ver no momento. Quinn Fabray estava com um ar mais sério e cansado, ela cumprimentou Paulie com um aceno de cabeça, em seguida olhou para Rachel e disse:

            - Paulie, pode nos dar licença?

            A ruiva obedeceu prontamente e Rachel quis matar sua assistente por aquilo, o que menos queria no momento era ficar sozinha com Quinn Fabray. Em seguida, a loira pegou o controle e desligou a TV. Deu um olhar repreensivo e disse:

            - Eu não pude evitar ouvir, sinto muito pelo seu noivado, aliás, não sinto muito porque nós duas sempre soubemos que Jesse era um cretino. Não entendo porque você concordou com isso.

            - A Broadway não é muito diferente de Hollywood, eu precisava me promover e ele também. Nada melhor do que o casal principal do espetáculo também ter um caso na vida real... – Rachel justificou-se, disparando as palavras rapidamente. Em seguida, olhou ironicamente para a loira. – O que você fazia com Finn no colégio não era muito diferente. Você o usava também, afinal, era a head cheerio e ele, o quaterback.

            - Touché, Berry! – Quinn disse com uma risada divertida que surpreendeu Rachel, ela achava que a loira ia disparar mil e um xingamentos para cima dela. Em vez disso, Quinn sentou-se ao lado dela na cama e começou a rotina de exame. – Só achei que você quisesse se promover pelo talento e que gostasse da idéia de se apaixonar de verdade. De qualquer forma, sinto muito por isso.

            Rachel ficou boquiaberta com as palavras enquanto sentia as mãos de Quinn abrirem sua blusa do hospital e ela colocar o estetoscópio ali, sentindo seu coração. A morena tinha que afirmar: Quinn Fabray ainda exercia um magnetismo inexplicável sobre ela, ainda mais agora que parecia tão... Madura? Rachel não conseguiu tirar os olhos da expressão concentrada da loira.

            - Berry, você está me ouvindo? – Quinn tinha se afastado e a olhava confusa. Rachel chacoalhou a cabeça e pareceu acordar de seus devaneios, respondeu rapidamente:

            - Estava divagando, o que disse?

            - Vamos fazer uma ressonância agora, a sala está vazia e o resultado sai amanhã. Se tudo estiver bem com a sua cabeça, eu posso te dar alta até o fim da semana... – Quinn repetiu tudo com gentileza, levantando-se da cama e anotando algumas coisas no prontuário. Rachel sentiu o perfume doce dela, de rosas ao seu redor. Também sentiu o calor que ela deixara ao sentar-se na cama... Rachel queria que ela voltasse e sentasse ao seu lado de novo...

            NÃO! Aquilo não podia estar acontecendo. Rachel Berry não gosta de Quinn Fabray e muito menos, sente qualquer atração por ela. É tudo baseado no desprezo mútuo. Repita isso três vezes para si mesma, Rachel!

            - Vou ali fora pegar uma cadeira de rodas para você, a ressonância fica no andar de cima... – Quinn disse enquanto olhava séria para Rachel, aqueles olhos castanho-esverdeados tinham uma intensidade da qual ela tinha se esquecido e que estava recordando-se agora. – Não se preocupe, vou me certificar de que ninguém vai vê-la.

            Quinn saiu da sala e Rachel ficou olhando pro teto, sentindo seu coração disparar e seu cérebro trabalhar rapidamente. O que diabos estava acontecendo ali? Quinn voltou antes que ela pudesse responder sua própria pergunta. A loira colocou a cadeira de rodas ao lado da cama e perguntou, profissional:

            - Quer que eu te carregue?

            - Como assim, Fabray? – Rachel perguntou desesperada, Quinn revirou os olhos e respondeu:

            - Para te colocar na cadeira de rodas, se me deixar te ajudar for tão vergonhoso, você pode apenas se apoiar em mim.

            - Prefiro me apoiar, obrigada. – Rachel respondeu com aquele ar de diva, Quinn revirou os olhos novamente e estendeu os braços para que a morena se apoiasse. Rachel jogou os pés para fora da cama e ficou de pé, apoiando-se em Quinn. Quando foi se sentar, sentiu uma tontura e apoiou-se no corpo da loira para não cair.

            Sentiu os braços de Quinn envolverem-na protetoramente pela cintura, a cabeça de Rachel estava contra o peito de Quinn. A morena levantou a face e percebeu que estavam próximas, perigosamente próximas. Quinn estava corando e Rachel percebeu que ela tinha algumas sardas bonitinhas no nariz. A loira pareceu desconcertada ao dizer:

            - Ahm, é... Acho melhor você se sentar.

            Rachel não obedeceu a princípio, o hálito quente e cheirando a café de Quinn tirou um pouco da sua racionalidade. Então a loira forçou-a a se sentar e Rachel pareceu voltar a realidade, estava vermelha também, podia ver pelo reflexo da janela. Quinn pigarreou, mas a voz dela ainda saiu falha:

            - Bem, vamos indo, então.

            As duas percorreram o caminho até a sala de ressonância em silêncio, foram dois corredores, o elevador e três portas em silêncio total. Até que entraram na sala, estava frio por causa do ar condicionado. Quinn ajudou Rachel a se deitar sobre o aparelho e começou a explicar o procedimento:

            - Você vai ficar cerca de meia hora ali dentro, preciso que não se mexa e muito menos, fale. Tem algum problema com lugares fechados?

            Rachel negou com a cabeça ainda desnorteada pelo que acabara de se passar no quarto, Quinn foi até o computador ao lado do aparelho e começou a colocá-la para dentro. A morena via tudo branco acima de si, então exclamou desesperada:

            - Espera!

            Quinn parou o aparelho e a puxou para fora, Rachel estava corada e amedrontada. A loira vacilou e quase deixou seus instintos (que lhe diziam para proteger Rachel) se manifestarem. Porém, fez sua melhor expressão profissional e perguntou preocupada:

            - O que foi, Berry?

            - Você vai ficar aqui, certo? – Rachel perguntou se sentando, Quinn olhou para ela e deu um sorriso divertido, acenando afirmativamente com a cabeça. – Como vou saber? Você já me enganou diversas vezes, Fabray!

            - Eu prometo que vou ficar aqui, sério mesmo. – Quinn disse sincera segurando os braços de Rachel, a morena a olhou com intensidade e abriu a boca para falar algo, mas em seguida a fechou. Rachel fez uma carinha insatisfeita e disse, autoritária:

            - Ok, cante para mim.

            - Eu? Cantar? – Quinn repetiu incrédula, Rachel deu um sorrisinho maldoso e satisfeito. – Eu não canto desde as Nacionais, faz uns oito anos, pode parar!

            - Está com vergonha de cantar para uma diva da Broadway? A velha Quinn Fabray não negava um desafio... – Rachel disse provocativa, Quinn revirou os olhos e pareceu pensar. Enquanto isso, a morena estava confusa sobre o que estava falando. Odiava ser tão impulsiva, queria ouvir a voz doce e meiga de Quinn de novo e sequer desconfiava o porquê daquilo.

            Primeiro aquela sensação estranha no quarto e agora, aquilo. Alguma coisa muito estranha estava revirando-se dentro de si e ela preferia não saber o que era.

            - Tudo bem, eu canto qualquer coisa. Não vai fazer diferença alguma, a máquina faz muito barulho, mesmo! – Quinn disse mal-educada dando-se por vencida e colocando Rachel para dentro da máquina de novo. A morena agarrou-se ao tecido que cobria a maca e fechou os olhos... A máquina começou a fazer barulho e ela não escutou a voz de Quinn.    

            Típico da Fabray: enganar os outros... Deve estar rindo de mim nesse momento!

            Só que no meio daquele barulho ensurdecedor, Rachel conseguiu ouvir a voz doce e esquecida de Quinn. Soando tão afinada e tão perfeita como nunca aos seus ouvidos.

So,

So you think you can tell

Heaven from Hell,

Blue skies from pain

Can you tell a green field

From a cold steel rail?

A smile from a veil?

Do you think you can tell?

            A ausência de melodia só fazia a voz dela ficar ainda mais linda e reconfortadora, Rachel sentiu seu corpo relaxar e sua respiração tornar-se menos ofegante...

Did they get you to trade

Your heroes for ghosts?

Hot ashes for trees?

Hot air for a cool breeze?

Cold comfort for change?

Did you exchange

A walk on part in the war

For a lead role in a cage?

            Do lado de fora, Quinn cantava como nunca cantara na vida. Aquela música parecia fazer sentido para Rachel no momento. A diva mudara. Perdera aquele brilho sonhador nos olhos e aquele sorriso de 1000 watts... Pequenos detalhes que para Quinn, revelavam que alguém tinha tirado de Rachel o bem mais precioso dela: a capacidade de acreditar no melhor das pessoas, independente de slushies e brincadeiras de mau gosto.

How I wish, how I wish you were here

We're just two lost souls

Swimming in a fish bowl,

Year after year,

Running over the same old ground.

What have we found?

The same old fears

Wish you were here

            Rachel arregalou os olhos dentro da máquina, assustada. Quinn queria dizer o que com aquela música? A morena quase se levantou, mas lembrou-se da recomendação para ficar parada. Ela ficou e esperou angustiada, esperou mais alguns minutos até que se sentiu sendo puxada para fora.

            Só que ela não encontrou os olhos castanho-esverdeados e o sorriso inexplicavelmente gentil de Quinn a esperando.

            Um enfermeiro olhava para ela com um sorriso e disse:

            - Está tudo bem, Miss Berry. A Dra. Fabray precisou tomar um pouco de ar.

            - Ok, só me leve para o quarto, está bem? – Rachel ordenou com a voz confusa e o rosto também. Enquanto era levada de volta para o quarto, os pensamentos rodopiavam em sua cabeça.

            Enquanto isso, Quinn Fabray estava suando frio no almoxarifado. Deitada em uma das camas que deixavam ali para os médicos descansarem, a loira tentava entender e compreender a intensidade de seus sentimentos. Porém, ela não entendeu.

            Chorou em seguida, não sabia o que fazer.

***

            Sempre que Quinn pudesse evitar Rachel, ela evitava. Desde o episódio da ressonância, ela estava mandando enfermeiros, assistentes e até mesmo Meg fazer o seu serviço. Simplesmente não tinha coragem e sequer vontade de enfrentar os milhões de perguntas que ela tinha certeza que Rachel faria.

            Conseguiu ficar sem entrar no quarto da diva por dois dias, no terceiro dia (quinta-feira) recebeu o resultado do exame dela e viu-se obrigada a entrar lá. Estava nervosa desde quando chegara ao hospital pela manhã para retomar seu plantão após algumas horas em casa.

            Suava frio. Respirava com dificuldade. Estava distraída.

            O pior de tudo era que Meg tinha percebido. A morena estava tentando falar com ela, mas Quinn conseguia fugir alegando alguma tarefa qualquer. Mas no exato momento, as duas estavam sozinhas no elevador e Meg disparou, direta:

            - Pode ir me contando tudo.

            - Tudo o que? – Quinn tentou se fazer de desentendida, mas acabou sendo traída pela sua voz falsa. Meg revirou os olhos e disse enjoada:

            - Sobre a diva, o que foi que você aprontou pra evitá-la nesses dois dias?

            - Ahm... – Quinn pareceu pensar em dizer a verdade, mas estava muito bem suportando a sua vergonha sozinha. – Eu não fiz nada, eu acho.

            - Você fez sim, Fabray! E só vai sair daqui se me contar o que é! – Meg disse ameaçadora e apertando um botão do painel de controle, o elevador imediatamente parou. Quinn arqueou a sobrancelha numa expressão decepcionada, como Meg era tão infantil? Em seguida, deu uma risadinha nervosa e avisou:

            - Você sabe que se alguém estiver morrendo e precisar desse elevador, a culpa vai ser sua, não sabe?

            - Claro que não! Minha consciência está limpa! – Meg defendeu-se com um ar tranqüilo e fingindo ler alguma coisa nos prontuários que carregava. Quinn bufou indignada. – A culpa cairá sobre você se alguém morrer, não existe nada pior do que esconder algo de uma boa amiga!

            - Isso é chantagem! – Quinn disparou indignada enquanto erguia os braços em direção ao céu, Meg riu dela e a olhou com uma expressão divertida. A loira deu-se por vencida. – Eu cantei pra ela, foi isso que aconteceu.

            - Você cantou para ela? – Meg repetiu incrédula e arregalando os olhos negros, Quinn cruzou os braços emburrada. – Você cantou pra ela, mesmo?

            - Sim e se você repetir de novo, eu vou te bater com essa prancheta! – Quinn disse ameaçadora enquanto apontava para o que segurava. Meg piscou várias vezes e respirou fundo antes de perguntar:

            - E qual música você cantou?

            - Wish You Were Here, Pink Floyd. – Quinn respondeu rapidamente, como se falar o nome da música fosse exorcizar a vergonha que tinha dentro de si. Meg deu uma gargalhada recebendo um olhar incrédulo da amiga, quando conseguiu retomar o fôlego, disse:

            - E do que exatamente você tem vergonha?

            - Além de ter cantado para ela? – Quinn questionou irônica, Meg apertou o botão do elevador e ele continuou a subir, a morena tinha uma expressão contrariada, ela sabia que Quinn cantava bem. – Da música em si, fui sincera na letra, sincera demais.

            - Ela não vai te morder, ou algo do tipo! Se fosse para ela fazer da sua vida um inferno, ela já tinha começado. Apenas relaxe e curta, pode ser sua última oportunidade! – Meg aconselhou com um sorriso sincero e uma piscadela, o elevador parou e a morena desceu ali. Quinn acenou para ela e esperou chegar ao seu andar.

            Não tinha que temer. Temia aquele encontro há anos e agora estava tudo acontecendo diante de seus olhos. Tinha que ser forte, tinha que fazer valer.

            - Olha só quem resolveu aparecer... – Rachel Berry comentou irônica, mas com certo alívio na voz ao notar que Quinn Fabray finalmente decidira aparecer para vê-la. Inexplicavelmente, sentira uma falta enorme da loira naqueles dois dias e essa falta refletiu-se em seu comportamento com as pessoas, Rachel perdera a conta de quantos enfermeiros mandou a merda naqueles dias.

            - Desculpe, eu tive alguns problemas... – Quinn disse com um ar vago, mas com um sorriso gentil na face.

            Problemas que se referem a você principalmente, Berry.

            - Espero que tenha resolvido todos eles, porque você prometeu que ia ser exclusiva! – Rachel disse um pouco séria, Quinn levantou os olhos castanho-esverdeados incrédula para ela e em seguida, riu novamente. A loira assinou alguns papéis e disse brincalhona:

            - Mas eu sou sua exclusiva, Miss Berry. Não precisa ficar com ciúmes!

            - Eu não estou com... – Rachel tentou se defender, mas corou tanto que até pareceu perder a voz. Paulie que estava confusa com a situação, também acabou rindo do que se passava, Rachel lançou um olhar severo para sua assistente que rapidamente, ficou séria. Quinn aproximou-se da morena e sentou na cama ao lado dela, examinando-a enquanto dizia cheia de si:

            - Realmente, consegui uma vitória. Te fazer ficar calada é quase impossível!

            - Apenas faça seu trabalho, Fabray! – Rachel murmurou desconcertada, sentindo o rubor tomar conta de si. Quinn sorriu para ela e puxou a caneta de luz, a morena quase ficou cega enquanto Quinn examinava suas pupilas. Em seguida, a loira removeu a mobilização da mão de Rachel e disse:

            - Vou apertar levemente, se doer, você me avisa, tudo bem?

            Rachel acenou com certo temor, odiava sentir dor. Quinn pareceu perceber o medo da morena, porque tentou realizar tudo da forma mais gentil possível. As mãos da médica envolveram o pulso de Rachel e apertaram levemente, antes de sentir a dor, Rachel sentiu o calor. Parecia que uma onda de energia quente percorrera seu pulso e chegara ao seu... Coração.

            O que tá acontecendo comigo? Eu estou gostando de Quinn Fabray? Não pode... Quer dizer, não deve acontecer!

            Rachel fez um movimento brusco que assustou Quinn, a loira tirou as mãos do pulso dela rapidamente e a olhou com preocupação. A loira perguntou:

            - Te machuquei?

            - Não, é só que... Um pensamento estranho sobre o espetáculo passou pela minha cabeça! – Rachel respondeu apressadamente e com a voz soando incrivelmente falsa, Paulie olhou indagadora para ela, mas a diva ignorou. Quinn deu um sorriso compreensivo e fez um leve carinho com o polegar no pulso da morena, em seguida, disse tranqüila:

            - Não precisará se preocupar com a Broadway por um bom tempo... Por isso, relaxe, está bem?

            Rachel não pode evitar sorrir para a loira e levar o conselho dela a sério. De alguma forma inexplicável, seu coração lhe dizia que Quinn queria seu bem. A morena corou com a idéia de que o sentimento pudesse ser recíproco.

            O que diabos eu estou pensando? Eu a odeio... Não, eu sei que não a odeio! É tudo uma obsessão, isso mesmo... Uma obsessão.

            Rachel estava olhando intensamente para Quinn que retribuía um olhar tranqüilo e leve, completamente diferente daquele olhar venenoso e maléfico da antiga cheerio. A loira então sorriu e deu três tapinhas na perna da morena enquanto se levantava, virou-se para as duas outras garotas e disse:

            - Estou otimista, acho que você sairá daqui no final de semana!

            Rachel tentou sorrir, mas não conseguiu. A idéia de ficar sem Quinn estava tirando-a do sério e ela não sabia por que, antigamente, daria graças a Deus se Quinn resolvesse desaparecer da sua vida. Assim que a médica saiu, Rachel chamou Paulie e ordenou que a garota tomasse providências, a ruiva a olhou com estranheza enquanto ela explicava, mas Rachel apenas ordenou que ela fizesse tudo sem questionar.

            Rachel Berry tinha certeza que se arrependeria mais tarde, mas era intensa e momentânea... E naquele momento, a única coisa que ela queria era estar perto e conseguir a amizade de Quinn Fabray.

            Quinn caminhava para buscar os exames de Rachel Berry quando ouviu uma voz conhecida chamá-la. A loira estacou, temendo que tivesse feito alguma coisa errada. Porém, a Dra. Hopkins tinha um sorriso tranqüilo na face, a mulher mais velha perguntou:

            - Você poderia vir a minha sala, agora?

            - Claro, eu só estava atrás de alguns exames... Mas podemos conversar. – Quinn respondeu um pouco nervosa enquanto caminhava lado a lado com sua chefe, a sala dela ficava no fim do corredor. A Dra. Hopkins caminhava com um ar sereno ao seu lado, as mãos nos bolsos do jaleco e uma expressão tranqüila. Quinn a admirava.

            As duas chegaram à sala e entraram, Quinn fechou a porta atrás de si e permaneceu de pé, até que a médica sorriu para ela e fez sinal para que ela se sentasse, a loira obedeceu prontamente. A Dra. Hopkins sentou-se em sua cadeira de couro e juntou as pontas dos dedos, olhou para Quinn com divertimento até começar a falar:

            - Precisamos discutir o seu futuro, Quinn.

            - Eu quero fazer residência para Neurocirurgia, achei que tivesse falado isso para a senhora... – Quinn disse confusa, a Dra. Hopkins era sua mentora, contara todos os seus planos no início da residência. A médica agitou a cabeça negativamente e olhou mais séria para a sua aluna, em seguida, disse:

            - Sim, você me disse... Mas antes, eu gostaria de te dar alguns conselhos, para você não cometer o erro que muita gente comete, tudo bem?

            Quinn acenou positivamente com a cabeça, a Dra. Hopkins levantou-se e começou a caminhar pela sala. Parou em frente a uma ampla janela de onde podia ver a recepção do hospital. Quinn ouviu quando a mulher suspirou, em seguida, ela começou com um ar sábio:

            - Ao contrário do que você pensa, para ser médico é necessário ter uma família e ter amigos... Através deles é que você vai se esforçar para salvar vidas todos os dias, pois cada vida para você vai passar a ter o valor da vida deles, dos seus entes queridos.

            Ela virou-se novamente para Quinn com um olhar firme e destruidor, a loira pegou-se agarrando as bordas da cadeira com medo. A doutora sorriu, aliviando um pouco o clima, mas continuou no mesmo tom:

            - Você é genial Quinn, uma das minhas melhores alunas... Mas eu não consigo ver esse brilho em seus olhos, essa vontade de querer salvar vidas. Você é muito boa e dedicada no que faz, mas parece não saber se esse é o caminho certo para você.

            Quinn engoliu em seco. Nunca tinha passado pela sua cabeça fazer outra coisa fora a Medicina, parecia ser o certo, ainda mais com suas notas altíssimas. Passara anos em Columbia querendo e conseguindo ser a melhor. Nunca pensara em desistir e agora, sua mentora lhe dizia que não servia para a profissão? Era tudo, no mínimo, frustrante.

            - Quero que você tire férias por algum tempo e pense no que está fazendo com a sua vida. Se você quiser voltar, eu prometo que seu lugar estará assegurado no Presbyterian... Venho pensando nisso há dias, mas a oportunidade só chegou agora. – A Dra. Hopkins tinha um sorriso sincero nos lábios, Quinn abaixou a cabeça tentando conter algumas lágrimas. – A Srta. Berry fará uma viagem, dentro de alguns dias, para sua cidade natal. Fiquei sabendo que vocês duas nasceram e estudaram no mesmo local, estou certa?

            - O que a senhora quer dizer com isso? – Quinn perguntou amedrontada e arregalando os olhos, esquecendo-se completamente da tristeza que sentira há pouco, sabia muito bem quem tinha falado aquilo para sua chefe.

            Meg ia morrer por falar demais.

            - Quero que você a acompanhe na viagem, encare isso como um tipo de tarefa extracurricular... Ela vai precisar de observação médica por mais alguns dias e você pode muito bem aproveitar essa viagem para rever sua família e seus amigos e quem sabe, encontrar o que você realmente quer pra sua vida. – A Dra. Hopkins disse com o tom de voz firme, aquilo soava mais como uma ordem do que como uma sugestão, Quinn abriu a boca para questionar, mas a médica a calou com um olhar. – Isso é uma ordem Quinn, você dará alta para a Srta. Berry hoje e sairá de férias. Ela partirá no sábado, tudo bem?

            Quinn não conseguiu responder e muito menos se defender, estava atônita com o que acabara de acontecer. Assegurara mais alguns dias com Rachel, será que o destino estava conspirando a seu favor?

            A loira levantou-se e pediu licença, estava quase saindo da sala, quando a Dra. Hopkins a chamou de volta. A médica deu um sorriso caloroso e disse em tom de quem se desculpa:

            - Estou fazendo isso para seu bem, não quero nenhum médico frustrado em meu hospital.

            Quinn sorriu de volta, ela podia duvidar de qualquer pessoa. Menos de Dra. Anastasia Hopkins.

***

            Depois que assinou os papéis para a liberação de Rachel, Quinn voltou para seu apartamento e aproveitou o que restava da sua quinta-feira. Tomou um banho, viu alguns filmes, leu alguns livros que ela tinha esquecido que possuía e que estavam escondidos no fundo da prateleira, bem atrás dos seus livros de Anatomia e Histologia.

            Na sexta-feira pela manhã, Quinn deu uma volta pelo Central Park e passou o resto do dia dormindo em casa. Parecia que agora que parara o ritmo que estava vivendo, o cansaço estavam vindo aos montes... Acordou quando já eram quase dez da noite, foi à cozinha, fez pipoca e aninhou-se no sofá para ver um filme.

            Ótimo, a TV a cabo estava passando clássicos e o da vez era Juventude Transviada com James Dean. Quinn deu um sorriso satisfeito e puxou o cobertor que usava até a altura do queixo, esperando o filme começar. Então a capainha tocou.

            Quinn ficou imóvel, esperando que ela tocasse de novo e ela realmente tocou. Meg estava de plantão hoje e possivelmente não ia aparecer ali, então não esperava ninguém. A campainha tocou pela terceira vez e a loira gritou:

            - Já vai!

            Foi atrás de uma camisa mais decente e encontrou uma da Universidade de Columbia no quarto, colocou-a por cima da regata que usava e da calça do moletom e foi abrir a porta. Deu de cara com Rachel Berry, sorrindo para ela.

            - Já que vamos viajar juntas, achei que pudéssemos passar um tempinho a sós! – A diva exclamou excitada e entrando no apartamento, Quinn ficou parada atônita segurando a porta.

            Aquilo não estava acontecendo.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que vocês querem Faberry logo... Mas tentem compreender que eu realmente preciso desses capítulos de preenchimento para a história começar a fazer sentido!

Espero que tenham gostado e gostando ou não, comentem, por favor!

A música do capítulo é Wish You Were Here do Pink Floyd, se quiserem entender o sentido dela que a Quinn menciona, procurem ouvi-la e ler a tradução. É realmente linda *-*

Bem, obrigada por lerem! Beijos e até o capítulo 3!