Entre Dois Corações

2º Cap - Será que dá para piorar?

By MokonaModoki

 O que? Por que isso tem que acontecer comigo? Justo ela? Poderia ser qualquer outra, mas ela? Não é justo...

Prof – Higurashi?

Eu simplesmente não acredito! Continuei olhando fixo para aquela figura no meio da sala, enquanto a mesma olhava descaradamente para mim rindo sinicamente.

Prof – HIGURASHI!        

Kag – O QUE? – puts fiz merda! A sala toda fez um “huuu”. Não tinha percebido que estava em pé na sala [obs.: a única] olhando para Kikyou como um cachorro faminto preste a atacar, estava tão perplexa com tanta raiva que nem prestei atenção que era o professor chamando – Gomene professor eu...

Prof – Por que não se retira da sala e pensa no corredor o que acabou de fazer até o termino dessa aula, que tal? – todos riram, então desolada eu sai.

Por que em toda a escola eu tenho que ser a humilhada? Eu não faço mal a ninguém...

O sinal tocou e com ele veio quase toda a turma que estava na sala, o professor foi o primeiro a sair falou algo que não fiz o menor esforço para guardar na memória, agradeci mesmo assim e entrei novamente na sala. Alguns alunos ainda estavam arrumando seus respectivos materiais para irem para suas casas, notei que justo quem eu menos queria encontrar estava ainda lá. Até parece que ela permaneceu de propósito só para me atormentar! Caminhei até meu lugar de cabeça baixa.

Inu – Você esta bem? – o som meio esquisito de quando ele falava por causa do aparelho me fez levantar a cabeça e mirar seu rosto que demonstrava preocupação, forcei um sorriso

Kag – Sim, sim vou ficar não se preocupe!

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Kagome juntou suas coisas e com Inuyasha em seu encalço seguiram na direção da porta, mas por infelicidade do destino como pensou Inuyasha na hora, Kikyou e as amigas ‘piranhas’ como Kagome as descrevia parou de frente a eles tampando-lhes a passagem. Até então Kagome se perguntava se dava para piorar seu dia, mas agora chegou à conclusão que dá!

Kik – Sabe Kagomezinha mim desculpe pelo que eu disse mais cedo! – Kagome não podia acreditar, não conseguia assimilar as palavras com a pessoa que havia pronunciado-as, será verdade? – pensou – será mesmo que esta arrependida? – Você não é tão feia... – continuou fazendo suas amigas olharem perplexas para ela – Apenas é deformada!

As amigas delas choraram de tanto rir, ela continuou com um sorrisinho patético no rosto esperando uma reposta que não veio. Kagome abaixou o olhar aponto de deixar que sua franja maltratada cobrisse seus olhos e no movimento rápido desatou a correr empurrando Kikyou e suas amigas fazendo com que quase elas fossem de encontrou ao chão.

Inu – Kagome... – suspirou  e olhou para a causa do problema – Sabe Kikyou? – ele parou e esperou que ela parasse de rir e olhasse para ele curiosa – Eu tenho pena de você! – ele não esperou uma resposta e passou calmamente por elas indo na direção onde a outra correu.

Kik – Era só o que mim faltava, levar desaforo de gente feia! – falou pousando uma mão na cintura e colocando uma mexa do seu longo cabelo negro atrás da orelha, ela não quis admitir, mas ficou extremamente incomodada com o que Inuyasha falou.

Kagome corria pelo corredor com todas as suas forças, se é que sobrou alguma depois de tanta humilhação em um dia só. Quando em um movimento rápido enquanto passava a manga de seu suéter verde nos olhos para enxugar as lágrimas esbarrou em alguém, por pouco não caiu, pois a pessoa a segurou pela cintura e puxou para perto de seu corpo. Ela só enxergou porque estava bem perto dele, pois no esbarro seus óculos caíram. Ela então percebeu que todo o sangue do seu corpo resolveu fazer uma festinha no seu rosto, pois aquele ao qual estava abraçada era na mais na menos que Kouga.

Kouga percebeu que a ‘canhão’ como era denominada por toda a escola não era tão feia como todos a viam. Sem óculos até que era ‘comestível’ assim ele imaginou principalmente corada como ela estava desde o momento que ela olhou para ele. Ele ficou encarando ela com um sorriso sedutor deixando ela mais desnorteada, Kagome não podia imaginar que enfim alguma coisa boa poderia acontecer com ela depois de tudo.

Kou – Vai com calma lindinha... – ele enfim quebrou aquele silêncio que pareciam ter durado horas. Ela o olhou atentamente com os seus belos olhos âmbares sem acreditar no que ouviu. Kouga tinha acabado de chamar ela de lindinha? Uma alegria quase incontrolável pulsou dentro dela. Nesse meio tempo de reflexão ela percebeu que ele ainda estava agarrado a cintura dela, será um sonho? Perguntou para si mesma.

Kag – Gomene... – falou se afastando e fazendo uma mesura, afinal eles já estavam atraindo a atenção de todos e o que ela menos queria naquele momento era ouvir novamente as criticas terríveis que os alunos adoravam falar dela.

Ela então se afastou, pegou seus óculos do chão e voltou a correr pelos corredores em direção a saída, só que desta vez era com um sorriso nos lábios. Kouga apenas abaixou a cabeça e balançou em negação sorrindo, pensando que garota estranha, mas tinha que admitir que belos olhos ela tem.

Inuyasha de longe tinha presenciado toda a cena bufando de raiva. Como ele se atreve a segurar Kagome daquele jeito? Não tinha percebido, mas estava tão vermelho de raiva que se viesse um carro em sua direção parava pensando que o sinal estava fechado. Mas ele não queria saber se as pessoas estavam passando por ele e rindo, ele só queria tirar aquela idéia louca que apareceu na cabeça daquele idiota do Yakazuma - afinal toda vez que o idiota tinha encontrado uma nova vítima ficava com a cara de safado de plantão com um sorrisinho como se dissesse “essa tá no papo”. Mas não com a sua Kagome definitivamente não!

Inuyasha caminhou até ele e frente a frente, olhou bem dos seus olhos azuis cor de piscina e ficou encarando por um tempo. Kouga ficou imaginando - o que aquele idiota queria?

Inu – Kagome não é pro seu bico! – sem arrudeios, ele solto o que lhe afligia, apesar de se condenar por sua voz sair como se estivesse assoviando ele não queria saber naquela hora, apesar de que seu estresse foi para 8.9 na escala Richter, por notar que o maldito Yakazuma estava com uma maldita cara sínica.

Kou – Mas o que é que você esta falando Taisho? – ele o olhou com um fingido olhar inocente – eu realmente não estou entendo!

Inu – Feh! Eu sei o que se passa nessa sua maldita cabeça, Yakazuma! Dá pra ver nessa sua cara! – ele despojou sem quebrar o contando visual. Dessa vez a cara sínica de Kouga desapareceu e uma carranca se pois no seu lugar.

Kou – Como se você soubesse de alguma coisa seu baka! – ele falou empurrando Inuyasha e batendo a mão nos materiais fazendo com que caíssem no chão.

Todos ficaram rindo enquanto Inuyasha recolhia suas coisas. Kouga simplesmente começou a rir com seus amigos e deu meia volta e foi embora. Isso não vai ficar assim – pensou Inuyasha – um dia ele terá o que merece! Ele terminou de recolher suas coisas e seguiu para a saída quase que sozinho.

Kagome corria feliz da vida em direção para sua casa. Nunca imaginava que isso poderia acontecer com ela. Chegou em casa deu um saudoso beijo na bochecha de sua mãe e pegou seu irmão se seis anos e o rodopiou no ar.

Ojii – Mas o que deu nessa menina? – não era só o avô de Kagome que estava confuso com a atitude da neta, mas até por trás do sorriso de sua mãe tinha uma picada suculenta de curiosidade pelo comportamento de sua filha afinal ela tinha um suspeita só bastava saber se era realmente aquilo que imaginava.

Oka – Parece ojii-san que Kagome viu o passarinho verde! – falou sorrindo fazendo a filha parar de rodopiar – deixando o coitado do Souta bêbado metendo a cara no chão – e corar violentamente, sua mãe notou de imediato e teve a certeza que acertou em cheio no ‘x’ da questão – Então onde está o Taisho? – a mãe de Kagome não era fácil de enganar, tinha Inuyasha como um filho e sabia que o rapaz por mais que tentasse não escondia dela que nutriu um sentimento lindo por sua filha.

Mas o que passou despercebido foi que o motivo de felicidade de Kagome não era uma possível declaração que a senhora imaginava.

Kag – AH! – exclamou lembrando que o havia abandonado na escola – Ah oka-san aconteceu tantas coisas que fui embora e nem o esperei! – sua mãe ficou um pouco chateada com a atitude de sua filha, mas não poderia mostrar a ela então decidiu fazer um jantar bem gostoso e convidar o jovem Taisho para se unir a eles mais tarde para compensar a cabeça de vento de sua filha.

Kagome decidiu que ligaria para Inuyasha para se desculpar e contar-lhe o que aconteceu. Subindo as escadas e entrando no seu quarto e fechando a porta em seguida Kagome se deparou com o seu calendário atrás da mesma, e ao ver a data que se revelava hoje deu um grito de exclamação! Jogou seus materiais na cama rapidamente e pegou sua bolsa colocou toda sua mesada - que juntará arduamente - na carteira, afinal ao perceber em que dia se encontrava ela tomou uma decisão que mudaria tudo dali por diante. Ela desceu as escadas correndo pensando que Inuyasha teria que esperar, pois ela tinha um encontro marcado com o...

Inuyasha chegou em casa desolado, sabia que Kouga agora tomaria Kagome como sua próxima vítima, ele iria tentar de todas as formas mostrar a verdade para ela, mas no fundo sabia que ela gostava dele e depois ela iria sofrer. Ele subiu para seu quarto ignorando Sesshoumaru que estava na sala assistindo e chamando-o de baka enquanto passava. Jogou suas coisas no chão e foi para a janela do seu quarto que dava vista para frente da casa, e viu a garota que não saía dos seus pensamentos correndo pela calçada. Ele ficou curioso por um momento, mas lembrou para onde ia, e melancolicamente deu alguns passos para trás e caiu de bruços na cama. Durante um bom tempo ficou ali deitado até que sua mãe bateu na porta lhe informando de uma ligação Inuyasha deu um pulo imaginando que poderia se Kagome.

Izayo – É a mãe da kagome-chan filho! – falou ainda atrás da porta. Inuyasha ficou um pouco desanimado, mas lembro que estimava muito aquela gentil senhora e abriu a porta com um pequeno sorriso em seu rosto.

Inu – Arigato oka-san! – sua mãe sorriu e entregou o aparelho para o rapaz que atendeu forçando uma voz animada que não passou despercebido por nenhuma das senhoras – Moshi moshi!

 Oka - Ah moshi moshi Inuyasha-kun como vai filho? – perguntou a senhora ao telefone

Inu – Vou bem oka-san! A que devo a honra dessa ligação? – falou ele meio risonho, arrancando uma risadinha da senhora na outra linha

Oka – Você não muda mesmo rapaz! Bom, gostaria que se juntasse a nós essa noite para o jantar, aceitaria?

Inu – Claro que sim – respondeu sem hesitar – depois da comida da minha mãe a da senhora é a melhor! Bom, avisarei aos meus pais e logo mais tarde estarei em sua residência!

Oka – Fico feliz que tenha aceitado o convite! E meu filho, às vezes a Kagome pode ser meio desligada a sua volta, mas ela é uma menina meiga e com um coração enorme! – ele ficou calado tentando entender o porquê da senhora falar aquilo, mas antes de transformar seus pensamentos em palavras ela continuou - Então, até mais tarde! Ja ne! – falou se despendido recebendo uma ‘meio’ resposta do outro e desligando em seguida.

Inuyasha seguia pela calçada em rumo à quarta casa a esquerda sua. Com o espírito renovado, pois enquanto se arrumava tomou a decisão de que hoje contaria a Kagome como se sente em relação a ela. Pensava que nada poderia atrapalhar essa decisão, e pensava acima de tudo positivo, pois Kagome como a mãe dela tinha a descrevido poderia sim haver uma chance de ela aceitar ele.

Inuyasha chegou a casa e logo foi informado que Kagome saíra – como ele próprio víra – e ainda não tinha regressado, passou um tempo jogando vídeo-game com Souta e depois foi para cozinha ajudar a senhora no jantar, enquanto o ojii-san estava lendo jornal na mesa ele estava colocando os pratos na mesma, quando escutam a porta da frente se abrindo.

Kag – Tadaima! - falou mais animada que o normal – Inuyasha você esta aonde? – perguntou, pois reconheceu seus sapatos na entrada

Inu – Cozinha! – respondeu simplesmente, e virou para olhar para ela que havia chegado finalmente à cozinha.

Mas quando ele vira e olha para ela derruba um prato no chão quebrando-o fazendo com que a mãe dela e o avô olhassem para ela se assustando também...

Inu – Mas o que...

Continua.......................