A Agiota (tell Me) escrita por seethehalo
Notas iniciais do capítulo
AEAEAE a galera ficou curiosa no último, hein?
HAHA *-*
E weee a Mandie veio ler, a Nat também, e ganhei uma leitora nova também *-*
Semana feliz õ/
Enfim, sem mais enrolação, enjoy (:
Bill acordou com um leve chacoalhão. Levou um minuto para processar os últimos registros da memória e então respondeu:
- Katherine? Eu precisava ter te dito pra não sair de casa. Mas você brigou comigo... Agora olha onde a gente veio parar.
- Do que você tá falando?
- Gustav deixou recado. Era pra você não sair de casa. Você tem um informante ótimo e bem preciso.
- Eu fui idiota, né?
- É. Mas mais ainda fui eu acreditando que você confiaria em mim. Né?
Ele se levantou e se sentou no outro canto da saleta onde foram confinados.
- Era pra eu ter sido sequestrada sozinha, mas você se intrometeu, e...
- Eu me intrometi? Eu corri tentando te ajudar! Mas ok, tia, não me meto mais na sua vida.
- Bill...
- Não quero saber.
Bill fechou a cara. O clima ficou pesado. Dali a pouco, um cara de cabelos compridos, aparentemente alisados, adentrou a saleta rindo-se.
- Então, em vez de uma mocinha, os caras trouxeram duas... Interessante. Parece que vamos ter pra quem pedir resgate, porque eu soube que a loira aí é órfã... Bom, vou tirar uma boa grana antes de acabar com vocês.
- Fala muito grosso pra quem alisa o cabelo com chapinha, colega.
- Tu não tem voz de mulher, aí!
- Porque eu não sou uma, gênio.
- Segura aí, deixa eu tentar entender... Tu é um homem que pinta as unhas, usa maquiagem na cara, espeta o cabelo pra cima, usa essas roupas e ainda vem me falar que EU falo grosso por alisar o cabelo? HAHAHAHAHAHAHA TEM QUE VER ISSO AÍ, COLEGA!
- É, um homem que faz tudo isso mas que aposta que come uma mulher melhor do que você.
- E ainda é hétero. Ok, tu é bizarro.
Bill levantou-se de onde estava sentado, apoiou o braço no ombro do ‘colega’ e disse:
- Escuta, vamo’ conversar. Quem é você, o que você quer, por que nos trouxe aqui e blablablablablá?
- Sou um agente contratado pra liquidar a loira aí. Mas você veio de brinde. Vai ser foda matar uma figura tão interessante.
- Fale isso por você. A única pessoa que eu já matei foi a mãe da loira aí.
- Tu? Matou a mãe dela? Rapaz, você não tá do lado certo. E ela é o quê tua?
- Namora comigo, mas né... Eu tive meus motivos, não foi frescura de genro. A sogrinha gostava de mim... até demais.
- Qual teu nome, colega?
- Bill. E o seu?
- Georg.
- A gente pode fazer um trato... O que você acha?
- Ihh, quê que tu tá querendo?
- Relaxa, cara. Depois eu te explico. Deixa eu me acertar com a outra ali, falou? Tem um cigarro aí?
- Vou ver com os caras, eles devem ter. Depois eu te trago. Entra aí, mané, tu continua sendo meu refém.
Bill entrou na sala e se jogou no velho sofá que havia lá. Georg trancou a porta e se afastou. Então Katherine disse:
- Estou errada ou você tem em mente algum plano audacioso?
- Sim, eu tenho um plano, Katie. Bem arriscado. E vou precisar da sua colaboração.
- Pode contar. Muito bom o blefe de que matou a minha mãe.
Ele demorou a responder:
- Foi um detalhe bem lembrado. É.
- O que você pensa em fazer?
- Você vai ter que fingir que é submissa a mim. Espero que seja uma boa atriz. E que tenha muita coragem, porque depois que eu tiver certa confiança do cara, a sua parte vai ser bem arriscada. Depois eu te conto.
Georg abriu a porta anunciando:
- Sem cigarro, camarada. Seu último desejo vai ter que esperar até amanhã.
- Não tem problema, desde que você não esteja pensando em nos matar de fome.
- Não... eu gosto de métodos mais rápidos. Mas vocês vão me divertir por um tempo até o general mandar concluir o serviço.
- Que diferença, tu vai matar a gente mesmo... – disse Bill olhando para as unhas.
Bill e Katherine permaneceram presos por cinco dias. Bill ia fazendo “amizade” com Georg, o carcereiro e líder do bando, e nesse tempo conseguiu certa confiança – já podia, por exemplo, caminhar pela casa que lhes servia de cativeiro. Katherine representava bem o seu papel e o Dia D seria o seguinte.
À tarde, quando Georg trouxe-lhe um cigarro e lhe chamou para ver um jogo na tevê, Bill acendeu-o ainda na pequena sala e jogou a caixa de fósforos para dentro, como se sempre fizesse isso, e saiu deixando Katherine sozinha. Ela não se mexeu durante cinco minutos.
“É agora”, pensou.
Pegou a caixinha jogada no chão, riscou um palito de fósforo. Olhou por um segundo para a chama e depositou o palito ainda aceso em cima do velho sofá.
Demorou cerca de vinte minutos para que o fogo se alastrasse o bastante para que, como Bill havia dito, poder começar a correr risco e implorar por socorro. Logo, ela chamou a atenção dos homens que estavam na casa, que na tentativa de apagar o fogo, não perceberam que Bill escapuliu – pela porta da frente.
Katherine já estava sufocando quando Georg e seus dois capangas resolveram averiguar os gritos – e desmaiou segundos antes de ele abrir a porta. Os capangas correram à cozinha para pegar água a fim de apagar o incêndio enquanto Georg levava a moça para a sala e tentava reanimá-la.
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Confundi a cabeça de vocês? HAHAHAHA
Georg dlç dando o ar de sua graça... :9
Um detalhe: essa parada de queimar o sofá eu li num livro MUITO BOM uma vez... Desculpem-me pela falta de originalidade quanto a isso (porque aliás, o que mais teria pra se queimar dentro de um quartinho; ou que outra forma eu usaria pra distrair os 'caras maus' pro Bill poder fugir?). Minha inspiração anda meio em baixa... (vamos fazer de conta que o Bill também leu o livro, ok? IUHSHSIHSHSIH)
Até sexta! :D