A Agiota (tell Me) escrita por seethehalo


Capítulo 9
Acht


Notas iniciais do capítulo

AEAEAE a galera ficou curiosa no último, hein?
HAHA *-*

E weee a Mandie veio ler, a Nat também, e ganhei uma leitora nova também *-*
Semana feliz õ/

Enfim, sem mais enrolação, enjoy (:



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     Bill acordou com um leve chacoalhão. Levou um minuto para processar os últimos registros da memória e então respondeu:

     - Katherine? Eu precisava ter te dito pra não sair de casa. Mas você brigou comigo... Agora olha onde a gente veio parar.

     - Do que você tá falando?

     - Gustav deixou recado. Era pra você não sair de casa. Você tem um informante ótimo e bem preciso.

     - Eu fui idiota, né?

     - É. Mas mais ainda fui eu acreditando que você confiaria em mim. Né?

     Ele se levantou e se sentou no outro canto da saleta onde foram confinados.

     - Era pra eu ter sido sequestrada sozinha, mas você se intrometeu, e...

     - Eu me intrometi? Eu corri tentando te ajudar! Mas ok, tia, não me meto mais na sua vida.

     - Bill...

     - Não quero saber.

     Bill fechou a cara. O clima ficou pesado. Dali a pouco, um cara de cabelos compridos, aparentemente alisados, adentrou a saleta rindo-se.

     - Então, em vez de uma mocinha, os caras trouxeram duas... Interessante. Parece que vamos ter pra quem pedir resgate, porque eu soube que a loira aí é órfã... Bom, vou tirar uma boa grana antes de acabar com vocês.

     - Fala muito grosso pra quem alisa o cabelo com chapinha, colega.

     - Tu não tem voz de mulher, aí!

     - Porque eu não sou uma, gênio.

     - Segura aí, deixa eu tentar entender... Tu é um homem que pinta as unhas, usa maquiagem na cara, espeta o cabelo pra cima, usa essas roupas e ainda vem me falar que EU falo grosso por alisar o cabelo? HAHAHAHAHAHAHA TEM QUE VER ISSO AÍ, COLEGA!

     - É, um homem que faz tudo isso mas que aposta que come uma mulher melhor do que você.

     - E ainda é hétero. Ok, tu é bizarro.

     Bill levantou-se de onde estava sentado, apoiou o braço no ombro do ‘colega’ e disse:

     - Escuta, vamo’ conversar. Quem é você, o que você quer, por que nos trouxe aqui e blablablablablá?

     - Sou um agente contratado pra liquidar a loira aí. Mas você veio de brinde. Vai ser foda matar uma figura tão interessante.

     - Fale isso por você. A única pessoa que eu já matei foi a mãe da loira aí.

     - Tu? Matou a mãe dela? Rapaz, você não tá do lado certo. E ela é o quê tua?

     - Namora comigo, mas né... Eu tive meus motivos, não foi frescura de genro. A sogrinha gostava de mim... até demais.

     - Qual teu nome, colega?

     - Bill. E o seu?

     - Georg.

     - A gente pode fazer um trato... O que você acha?

     - Ihh, quê que tu tá querendo?

     - Relaxa, cara. Depois eu te explico. Deixa eu me acertar com a outra ali, falou? Tem um cigarro aí?

     - Vou ver com os caras, eles devem ter. Depois eu te trago. Entra aí, mané, tu continua sendo meu refém.

     Bill entrou na sala e se jogou no velho sofá que havia lá. Georg trancou a porta e se afastou. Então Katherine disse:

     - Estou errada ou você tem em mente algum plano audacioso?

     - Sim, eu tenho um plano, Katie. Bem arriscado. E vou precisar da sua colaboração.

     - Pode contar. Muito bom o blefe de que matou a minha mãe.

     Ele demorou a responder:

     - Foi um detalhe bem lembrado. É.

     - O que você pensa em fazer?

     - Você vai ter que fingir que é submissa a mim. Espero que seja uma boa atriz. E que tenha muita coragem, porque depois que eu tiver certa confiança do cara, a sua parte vai ser bem arriscada. Depois eu te conto.

     Georg abriu a porta anunciando:

     - Sem cigarro, camarada. Seu último desejo vai ter que esperar até amanhã.

     - Não tem problema, desde que você não esteja pensando em nos matar de fome.

     - Não... eu gosto de métodos mais rápidos. Mas vocês vão me divertir por um tempo até o general mandar concluir o serviço.

     - Que diferença, tu vai matar a gente mesmo... – disse Bill olhando para as unhas.

     Bill e Katherine permaneceram presos por cinco dias. Bill ia fazendo “amizade” com Georg, o carcereiro e líder do bando, e nesse tempo conseguiu certa confiança – já podia, por exemplo, caminhar pela casa que lhes servia de cativeiro. Katherine representava bem o seu papel e o Dia D seria o seguinte.

     À tarde, quando Georg trouxe-lhe um cigarro e lhe chamou para ver um jogo na tevê, Bill acendeu-o ainda na pequena sala e jogou a caixa de fósforos para dentro, como se sempre fizesse isso, e saiu deixando Katherine sozinha. Ela não se mexeu durante cinco minutos.

     “É agora”, pensou.

     Pegou a caixinha jogada no chão, riscou um palito de fósforo. Olhou por um segundo para a chama e depositou o palito ainda aceso em cima do velho sofá.

     Demorou cerca de vinte minutos para que o fogo se alastrasse o bastante para que, como Bill havia dito, poder começar a correr risco e implorar por socorro. Logo, ela chamou a atenção dos homens que estavam na casa, que na tentativa de apagar o fogo, não perceberam que Bill escapuliu – pela porta da frente.

     Katherine já estava sufocando quando Georg e seus dois capangas resolveram averiguar os gritos – e desmaiou segundos antes de ele abrir a porta. Os capangas correram à cozinha para pegar água a fim de apagar o incêndio enquanto Georg levava a moça para a sala e tentava reanimá-la.


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Notas finais do capítulo

Confundi a cabeça de vocês? HAHAHAHA
Georg dlç dando o ar de sua graça... :9

Um detalhe: essa parada de queimar o sofá eu li num livro MUITO BOM uma vez... Desculpem-me pela falta de originalidade quanto a isso (porque aliás, o que mais teria pra se queimar dentro de um quartinho; ou que outra forma eu usaria pra distrair os 'caras maus' pro Bill poder fugir?). Minha inspiração anda meio em baixa... (vamos fazer de conta que o Bill também leu o livro, ok? IUHSHSIHSHSIH)

Até sexta! :D