A Agiota (tell Me) escrita por seethehalo


Capítulo 5
Vier


Notas iniciais do capítulo

Atrasei a fic. Fiquei sem internet na sexta, e só liguei o computador à noite porque precisava passar um e-mail urgente. Acabei não postanto, ontem eu também nem liguei o pc.
Mas bom, aqui estamos nós. (:

O que será que o Bill andou fazendo que o deixou tão possesso no capítulo passado?
Surpresinhas marotas aguardam vocês :B
Enjoy (:



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     Pelo silêncio que se seguiu, Bill imaginou que ela estivesse com a mesma expressão de quando se viram pela primeira vez.

     - Katherine?

     - Oi? Ham... eu...

     - Eu não uso o cabelo pra cima pra ir num restaurante, fica tranquila.

     - Hein? Ah... Claro... claro que sim. Onde nos encontramos?

     - Pensei no Scheffer. O que você acha?

     - Uma ótima ideia.

     - Às sete?

     - Às sete. Combinado.

     - Até mais tarde, então.

     - Até.

     - Um beijo.

     - Outro... Tchau.

     Bill desligou o telefone com um sorriso de orelha a orelha. Deu uma longa espreguiçada e levantou-se.

     Encontrou Tom à mesa. Fingiu ignorar a presença do irmão, mas o próprio quebrou o gelo dizendo:

     - Aí, Bill, foi mal por ontem.

     - Hmpf.

     - É sério... foi mal. Eu tava brincando e acabou saindo o que não devia.

     - Tá. – resmungou.

     - Eu sei que você detesta falar nisso, mas foi sem querer, desculpa mesmo.

     - Tá, Tom, que seja; caso você não perceba, está me fazendo lembrar dessa maldita história de novo.

     Percebendo o fora, Tom achou melhor não falar nada.

     - Tá desculpado. – disse Bill após alguns segundos. -  Mas presta atenção no que tu fala, ainda mais de brincadeira.

     - Vou tentar.

     Bill chegou ao restaurante com dez minutos de antecedência. Às sete em ponto, a pessoa que ele esperava entrou no recinto. O maître foi ao seu encontro e acompanhou-a até a mesa onde Bill a aguardava. No ato um garçom entregou-lhes o cardápio.

     - Olá – disse ele.

     - Boa noite. Como vai?

     - Bem. Melhor agora. E você?

     - Também.

     - Você tá linda.

     - Obrigada. Você também.

     - O que você acha de uma taça de vinho?

     - Vinho? Mas você é menor de idade. Tecnicamente, você não pode beber.

     - Tecnicamente. São detalhes. Mas se você estiver tão preocupada com a minha integridade e ansiando por não ser apontada como minha responsável caso haja a necessidade de eu ir parar num centro de detenção... – ele riu. – Vamos parar por aqui, isso não é assunto que se comente. Eu não sou tão chave de cadeira assim.

     - Imagino.

     - Bom... Eu vou pedir um ravióli. E você?

     - O mesmo. Ravióli é o meu prato favorito.

     - Sério? Também adoro massa.

     Aquele foi o primeiro de muitos encontros que se seguiriam.

     Três meses se passaram e Bill e Katherine estavam juntos. Ela já contara para Bill no que trabalhava e o que realmente aconteceu na tarde em que se conheceram.

         Flashback *

     - Eu trabalho emprestando dinheiro pra gente endividada. Mas isso não é por bondade. Se alguém me pede dinheiro emprestado e não paga no prazo, eu tenho o direito de sugar até as porcas dos circuitos dos eletrodomésticos dessa pessoa. Herdei esse talento do meu pai, e depois que ele morreu, parece que foi mais refinado ainda. Eu chego a não ser a mesma pessoa que tá aqui contando isso pra você quando tô dentro da minha sala.

     - Então você é...

     - Uma agiota. Esse não é o trabalho mais seguro do mundo, mas eu gosto de fazê-lo. Me faz muito bem, até porque eu estou continuando o trabalho do meu pai.

     - O seu pai. Você fala tanto dele. Qual era o nome dele?

     - Você já ouviu falar em William Bach, Bill? Pois o meu pai era o próprio.

     - Já vi que isso tem alguma coisa a ver com o que aconteceu no dia em que nos conhecemos. Por que você não me conta?

     - E por que você não me conta por que nunca quer dormir comigo?

     - Não muda de assunto. A gente não tá falando disso agora. Por favor.

     Ela suspirou e começou a contar:

     - Um cara tinha me entregado aquela pulseira que eu joguei longe como pagamento de uma dívida. Não é raro eu receber joias com esse fim. Eu geralmente vendo, mas quando alguma me interessa em particular, como era o caso daquela, eu pego pra mim. Bom, naquela hora, quando eu tava contigo na sorveteria, Gustav me mandou uma mensagem avisando que tinha um rastreador, e depois me ligou e disse que tinha cinco capangas de Hans Weinberg nos meus calcanhares. O cara que me deu a pulseira era um pobre-diabo que deve ter sido ameaçado ou recebido alguma propina de Weinberg pra aceitar participar disso. Hans Weinberg era um rival do meu pai e não ficou nada feliz quando eu peguei os negócios dele e porque eu sou melhor que ele. Tanto que armou esse esquema pra tentar me seqüestrar e me matar.

     - O quê?!

     - Por isso que eu precisei sair correndo pra qualquer lugar que não fosse a minha casa.

     - Olha... – disse ele surpreso – que vida que você leva. Eu vou ser sincero com você, eu não gostei nada disso. É muito perigoso; quer dizer então que você acorda todos os dias e sai de casa depois do almoço pra correr risco de vida? Eu não gosto disso. Talvez seja hora de pensar em parar, não?

     - Não. É claro que não. É o meu trabalho, é o que eu faço. Eu gosto de você, Bill, mas me recuso a abrir mão da minha vida de antes só por sua causa.

     - Eu to falando isso pro seu bem. Porque eu me preocupo com a sua segurança!

     - Você tem algum moral pra falar sobre a minha segurança? Você é dois anos mais novo que eu, nem terminou o colegial ainda! Tenha a santa paciência!

     - O que não significa que eu seja um pirralho imaturo que não sabe como é o mundo através do vidro da janela! Eu não quero brigar com você.

     - Tá... Me desculpe. Mas não tente querer mudar o que eu faço porque você acha errado. E eu vou continuar querendo saber por que diabos você nunca dorme comigo.


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Notas finais do capítulo

Prestem uma atenção aleatória nessa insistência da parte dela. Katie não é ninfomaníaca, mas essa história vai ter um certo peso mais pra frente.
Aguardem! HAHA