A Agiota (tell Me) escrita por seethehalo
Notas iniciais do capítulo
Atrasei a fic. Fiquei sem internet na sexta, e só liguei o computador à noite porque precisava passar um e-mail urgente. Acabei não postanto, ontem eu também nem liguei o pc.
Mas bom, aqui estamos nós. (:
O que será que o Bill andou fazendo que o deixou tão possesso no capítulo passado?
Surpresinhas marotas aguardam vocês :B
Enjoy (:
Pelo silêncio que se seguiu, Bill imaginou que ela estivesse com a mesma expressão de quando se viram pela primeira vez.
- Katherine?
- Oi? Ham... eu...
- Eu não uso o cabelo pra cima pra ir num restaurante, fica tranquila.
- Hein? Ah... Claro... claro que sim. Onde nos encontramos?
- Pensei no Scheffer. O que você acha?
- Uma ótima ideia.
- Às sete?
- Às sete. Combinado.
- Até mais tarde, então.
- Até.
- Um beijo.
- Outro... Tchau.
Bill desligou o telefone com um sorriso de orelha a orelha. Deu uma longa espreguiçada e levantou-se.
Encontrou Tom à mesa. Fingiu ignorar a presença do irmão, mas o próprio quebrou o gelo dizendo:
- Aí, Bill, foi mal por ontem.
- Hmpf.
- É sério... foi mal. Eu tava brincando e acabou saindo o que não devia.
- Tá. – resmungou.
- Eu sei que você detesta falar nisso, mas foi sem querer, desculpa mesmo.
- Tá, Tom, que seja; caso você não perceba, está me fazendo lembrar dessa maldita história de novo.
Percebendo o fora, Tom achou melhor não falar nada.
- Tá desculpado. – disse Bill após alguns segundos. - Mas presta atenção no que tu fala, ainda mais de brincadeira.
- Vou tentar.
Bill chegou ao restaurante com dez minutos de antecedência. Às sete em ponto, a pessoa que ele esperava entrou no recinto. O maître foi ao seu encontro e acompanhou-a até a mesa onde Bill a aguardava. No ato um garçom entregou-lhes o cardápio.
- Olá – disse ele.
- Boa noite. Como vai?
- Bem. Melhor agora. E você?
- Também.
- Você tá linda.
- Obrigada. Você também.
- O que você acha de uma taça de vinho?
- Vinho? Mas você é menor de idade. Tecnicamente, você não pode beber.
- Tecnicamente. São detalhes. Mas se você estiver tão preocupada com a minha integridade e ansiando por não ser apontada como minha responsável caso haja a necessidade de eu ir parar num centro de detenção... – ele riu. – Vamos parar por aqui, isso não é assunto que se comente. Eu não sou tão chave de cadeira assim.
- Imagino.
- Bom... Eu vou pedir um ravióli. E você?
- O mesmo. Ravióli é o meu prato favorito.
- Sério? Também adoro massa.
Aquele foi o primeiro de muitos encontros que se seguiriam.
Três meses se passaram e Bill e Katherine estavam juntos. Ela já contara para Bill no que trabalhava e o que realmente aconteceu na tarde em que se conheceram.
Flashback *
- Eu trabalho emprestando dinheiro pra gente endividada. Mas isso não é por bondade. Se alguém me pede dinheiro emprestado e não paga no prazo, eu tenho o direito de sugar até as porcas dos circuitos dos eletrodomésticos dessa pessoa. Herdei esse talento do meu pai, e depois que ele morreu, parece que foi mais refinado ainda. Eu chego a não ser a mesma pessoa que tá aqui contando isso pra você quando tô dentro da minha sala.
- Então você é...
- Uma agiota. Esse não é o trabalho mais seguro do mundo, mas eu gosto de fazê-lo. Me faz muito bem, até porque eu estou continuando o trabalho do meu pai.
- O seu pai. Você fala tanto dele. Qual era o nome dele?
- Você já ouviu falar em William Bach, Bill? Pois o meu pai era o próprio.
- Já vi que isso tem alguma coisa a ver com o que aconteceu no dia em que nos conhecemos. Por que você não me conta?
- E por que você não me conta por que nunca quer dormir comigo?
- Não muda de assunto. A gente não tá falando disso agora. Por favor.
Ela suspirou e começou a contar:
- Um cara tinha me entregado aquela pulseira que eu joguei longe como pagamento de uma dívida. Não é raro eu receber joias com esse fim. Eu geralmente vendo, mas quando alguma me interessa em particular, como era o caso daquela, eu pego pra mim. Bom, naquela hora, quando eu tava contigo na sorveteria, Gustav me mandou uma mensagem avisando que tinha um rastreador, e depois me ligou e disse que tinha cinco capangas de Hans Weinberg nos meus calcanhares. O cara que me deu a pulseira era um pobre-diabo que deve ter sido ameaçado ou recebido alguma propina de Weinberg pra aceitar participar disso. Hans Weinberg era um rival do meu pai e não ficou nada feliz quando eu peguei os negócios dele e porque eu sou melhor que ele. Tanto que armou esse esquema pra tentar me seqüestrar e me matar.
- O quê?!
- Por isso que eu precisei sair correndo pra qualquer lugar que não fosse a minha casa.
- Olha... – disse ele surpreso – que vida que você leva. Eu vou ser sincero com você, eu não gostei nada disso. É muito perigoso; quer dizer então que você acorda todos os dias e sai de casa depois do almoço pra correr risco de vida? Eu não gosto disso. Talvez seja hora de pensar em parar, não?
- Não. É claro que não. É o meu trabalho, é o que eu faço. Eu gosto de você, Bill, mas me recuso a abrir mão da minha vida de antes só por sua causa.
- Eu to falando isso pro seu bem. Porque eu me preocupo com a sua segurança!
- Você tem algum moral pra falar sobre a minha segurança? Você é dois anos mais novo que eu, nem terminou o colegial ainda! Tenha a santa paciência!
- O que não significa que eu seja um pirralho imaturo que não sabe como é o mundo através do vidro da janela! Eu não quero brigar com você.
- Tá... Me desculpe. Mas não tente querer mudar o que eu faço porque você acha errado. E eu vou continuar querendo saber por que diabos você nunca dorme comigo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Prestem uma atenção aleatória nessa insistência da parte dela. Katie não é ninfomaníaca, mas essa história vai ter um certo peso mais pra frente.
Aguardem! HAHA