Estou aqui para manifestar minha indignação com a existência do filme “Bruna Surfistinha”.  Como é possível que alguém tenha perdido tempo atuando e direcionando esse absurdo?   

            Eis aqui a sinopse: Raquel pertencia à classe média e nada lhe faltava. Um belo dia, por alguma razão que está ligada a falta de discernimento e juízo, essa mesma jovem decide tornar-se uma meretriz, utilizando-se do codinome Bruna Surfistinha. Após adquirir “experiência” e finalmente tornar-se “profissional” em seu “negócio”, suas “aventuras” tornam-se nacionais e dão vida a um livro, que, acredite ou não, transforma-se num best seller.

            Agora você sabe do que eu estou falando, está a par do quanto esta história não traz nenhum conhecimento proveitoso e ainda homenageia uma mulher mal agradecida e entediada que opta por uma vida que é um inferno para muitas outras mulheres ao redor do mundo.

            Existem no Brasil tantas figuras célebres, tantos nomes que montariam um enredo construtivo e aproveitável para a mente humana, como por exemplo: Cruz e Souza, Alphonsus de Guimarães, José de Alencar, Vinícius de Moraes e Fernando Veríssimo. Contudo, é com imenso pesar que faço essa afirmação: a maior parte da população planetária despreza conteúdo útil. O pior é que só resta para nós, detentores de um gosto proeminente, engolir essa situação, pois pertencemos a um grupo reduzido da sociedade.

            Eu sei que pode parecer misantropo da minha parte dizer que a espécie humana está perdida, porém isso é mais do que uma crítica singular e própria de mim, é a realidade.