Hanging By a Moment escrita por Fernaanda


Capítulo 6
The Party Don't Start 'Til I Walk In


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo demorou bastante de sair. É um capítulo meio chato porque é só de ligação. Mas espero que gostem.



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  Era uma manhã de sexta feita quando Quinn saiu do carro da irmã, acenando com a mão, e começou a andar pelo estacionamento. Poucos carros estavam estacionados, talvez porque ainda era muito cedo, mas ela notou uma BMW azul estacionando em uma vaga próxima de onde ela estava e um garoto usando um casaco vermelho e calça jeans saiu de dentro. O garoto fechou a porta do carro antes de se virar e notar a loira. Ele deu um sorriso e colocou a chave no bolso antes de andar até ela.

- Bom dia, Quinn – ele falou ajeitando a mochila nas costas e lhe oferecendo seu braço.

- Bom dia, Mike Chang – ela entrelaçou seu braço no dele e os dois começaram a andar em direção as portas do colégio.

- Animada para o fim de semana? – ele perguntou abrindo a porta e segurando para que a outra passasse, sem soltar seu braço.

- Confesso que eu não tenho nada para fazer – ela disse parando na frente do armário do seu amigo, esperando ele abri-lo e pegar suas coisas. Os dois tinham a primeira aula juntos.

- Nenhuma garota interessante para você levar para um encontro? – ele mexeu suas sobrancelhas de forma engraçada fazendo a garota rir e fechando seu armário em seguida. A loira juntou seus braços novamente e os dois voltaram a andar, dessa vez em direção ao armário dela.

- Não. Talvez eu possa convidar a Tina – ela falou fazendo o outro rir enquanto alguns outros alunos olhavam com uma cara estranha para eles. Era cedo demais para estar animado daquele jeito – Por falar nela... Onde está a sua namorada?

- Tina não tem o primeiro horário – ele sorriu e a loira sentiu um pouco de inveja da asiática. Ela daria tudo para ainda estar dormindo.

  Os dois amigos pararam em frente ao armário dela e a garota fez todo o processo que ela fazia todos os dias. Ela só esperava que Figgins tivesse um pouco de pena dela e concordasse em mudar o armário. Mas claro que o indiano não tinha pena de ninguém além de si mesmo e provavelmente iria dizer não a ela. Assim como havia dito todas as outras vinte e três vezes em que ela lhe fez esse pedido.

- Ei, Quinn – a loira virou seu corpo para encarar o amigo – Eu vou ali no banheiro. Você me espera ou a gente se encontra na sala?

- Eu não vou ficar te esperando na porta do banheiro, Chang – a garota disse com um tom divertido antes de fechar a porta do armário e sorrir para o asiático – Eu vou guardar um lugar para você do meu lado.

- Você me ama, Fabray – ele falou piscando o olho e dando um tapinha no ombro dela antes de começar a andar em direção ao banheiro masculino.

- Nos seus sonhos – ela falou arrancando um sorriso dele antes do garoto entrar no banheiro.

  Quinn olhou para o seu relógio e notou que ainda faltavam vários minutos para começar a aula. Seus olhos percorreram o corredor e ela encontrou Azimio e um outro garoto, provavelmente Dave Karofsky, conversando e olhando para ela. Ao notarem que a garota havia percebido os dois acenaram com a cabeça entre si e foram para direções opostas. Aquilo era sem dúvida alguma suspeito. Antes que ela pudesse pensar em teorias conspiratórias uma mão surgiu no seu ombro e ela se virou encontrando Noah Puckerman com uma cara de quem estava planejando alguma coisa.

- Bom dia, Q – o garoto disse puxando-a em direção a um outro corredor e colocando seu braço nas costas dela, abraçando sua cintura, e andando.

- Bom dia, Puckerman – ela olhou desconfiada para ele enquanto os dois continuavam a caminhar – O que você quer?

- Não posso levar uma adorável colega para sua sala? – ele devolveu piscando para uma garota com uniforme das cheerios antes de olhar pelo canto do olho para Quinn.

- Você ao menos sabe qual é a minha próxima aula?

- Er – ele olhou para um lado e para o outro, coçando a cabeça em seguida e depois olhou para o chão – Não.

- Por aqui – ela apontou com a mão para um outro corredor e os dois viraram a esquerda – Pode falar o que você quer.

- O que faz você pensar que eu quero alguma coisa? – ela encarou ele com uma sobrancelha arqueada e o garoto rolou os olhos, sorrindo para ela – Ok, eu quero alguma coisa.

- Então me diz logo o que é – ela parou no meio do corredor e se virou se frente para ele, segurando seus livros contra seu peito com suas duas mãos.

- Eu vou dar uma festa no sábado – ele falou mexendo suas sobrancelhas de forma sugestiva enquanto a garota apenas lhe dava sinal para continuar a falar – E você está convidada a se juntar a mim e aos meus convidados.

- Sinto muito Puck, mas eu vou recusar – ela voltou a andar apenas para ter seu braço puxado pelo garoto e voltar onde ela estava antes.

- Você tem que ir, Fabray. Meus garotos do time querem ter uma chance com você.

  A loira quase teve um ataque de riso quando o rapaz com o moicano falou isso. Ela havia notado alguns amigos de Puck olhando em sua direção, mas ela nunca tinha pensado que eles poderiam estar interessados nela. Quer dizer, a garota era provavelmente uma das grandes inimigas de Azimio, e estar no glee club não era lá grande coisa, era na verdade o que o colégio chamava de “suicídio social”. Às vezes a vida no McKinley High parecia muito com o filme “Mean Girls”. Quinn estaria nos matletas e Azimio seria Regina George. O único problema era que Quinn era fã de Rachel McAdams...

- Fabray? Fabray... Quinn você está ouvindo? – ele bateu palmas na frente do rosto dela e a garota deu um pulo, saindo dos seus pensamentos.

- Olha Puck, eu vou ver o que eu posso fazer – ela ajeitou a mochila nas costas e olhou para o relógio. Ótimo, faltava pouco tempo para a aula começar – Mas não prometo nada.

  Ela não esperou a resposta e foi andando rapidamente para a sala de aula. A garota parou ao ver que todas as cadeiras estavam ocupadas com exceção de duas: uma do lado de Finn e uma do lado de Santana. Quinn não precisou pensar duas vezes antes de escolher onde iria sentar. Ela jogou os livros na mesa ao lado da de Santana e sentou-se na cadeira, recebendo um sorriso da latina que ela retribuiu com um aceno de cabeça. Mike entrou em seguida e fez uma cara de confusão ao não ver uma cadeira vazia do lado dela. A loira apenas falou “Sinto muito” quando ele passou pela sua mesa, indo em direção a de Finn. Ele sorriu e sentou-se na cadeira, fazendo o outro garoto olhar para ele e dar um largo sorriso, começando a falar sobre alguma coisa. Provavelmente futebol. A garota se assustou ao sentir uma mão fria no seu braço.

- Olá Q – a morena falou alisando seu braço e olhando por cima do ombro da outra, em direção a outra mesa onde duas pessoas, um garoto e uma garota, estavam sentados.

- Santana – ela deu um breve sorriso olhando para a mão da outra e depois voltando a olhar para o seu rosto, que agora estava virado em sua direção.

- Já está sabendo da festa do Puck? – a líder de torcida perguntou mordendo seu lábio inferior em seguida e desviando o olhar por um segundo antes de voltar a olhar para a garota na sua frente.

- Ele acabou de falar comigo.

- E você planeja ir?

- Não sei. Não confio muito no Puck perto de mim se eu ficar bêbada – a loira deu uma risada e olhou de relance para a porta, vendo um professor carregando uma caixa entrar na sala. O homem não falou com ninguém, colocando a caixa em cima de sua mesa e olhando para o conteúdo dela.

- Você pode ficar perto de mim – a latina falou perto do ouvido da outra garota, que não tinha notado a nova proximidade das duas. Mike estava observando aquela cena com um olhar curioso, escolhendo ignorar tudo que Finn estava falando em apenas concordar com a cabeça em momento em que ele julgava serem apropriados. O asiático agora sentia pena de Rachel por agüentar aquilo todo dia.

- E quem disse que eu posso confiar em você? – a loira arqueou uma sobrancelha, tocando com seus dedos no braço da outra. Ela sentiu a latina se arrepiar e sorriu com isso.

- O que eu poderia fazer com você? – foi a vez da outra perguntar, tentando tomar o controle da situação. A garota estava acostumada com o poder.

- Não sei – a loira deu de ombros com um sorriso provocante no rosto e depois ficando séria – Você poderia tentar me molestar.

- Eu aposto que você gostaria disso – Santana sorriu vitoriosa, piscando o olho para ela e abrindo seu caderno ao ver que o professor de filosofia já ia começar a dar a aula.

- Que tipo de garota você pensar que eu sou, Lopez? – Quinn também virou para a frente, mas não fez menção de abrir seu caderno ou pegar algum livro. Ela apenas se estirou na cadeira e cruzou os braços, observando o professor andar de um lado para o outro enquanto falava sozinho.

- Prefiro não responder a essa pergunta – a latina disse voltando a olhar para a loira – Mas ainda assim você deveria ir. Para uma rebelde você parece ser muito certinha.

- Quem disse que eu sou rebelde? As pessoas tem visões erradas de mim – sentindo um par de olhos fuzilando as suas costas, Quinn virou a cabeça para trás e encontrou Mike lhe observando com um sorriso no rosto. Quando ela perguntou “O quê?” ele apenas olhou dela para Santana e depois deu de ombros, se virando para falar alguma coisa para Finn.

- Podemos descobrir isso no sábado.

- Acho que eu não tenho muita escolha, não é?

- Não mesmo – a latina sorriu maliciosa, pegando um lápis e escrevendo alguma coisa em uma página qualquer do caderno de Quinn.

- O que você está fazendo? – ela perguntou quando a outra terminou de escrever.

- Esse é o endereço do Puck. Você vai precisar para chegar lá.

  As duas ficaram caladas durante o resto da aula. A loira sentia os olhares da outra para ela de vez em quando, mas Quinn apenas ignorava, prestando atenção no que o professor estava falando. Ela não estava muito interessada, mas parecia meio obvio de que teria de saber alguma coisa para passar em filosofia, mesmo que seu professor fosse completamente louco e tivesse surtos no meio da aula.

  Quando o sinal indicando que a aula havia acabado bateu, a latina se levantou rapidamente, dando um beijo no rosto da loira e se despedindo, antes de sair da sala com a cabeça erguida e mexendo os quadris exageradamente, provavelmente sabendo que a loira estava observando. Quinn não estava entendendo o porque daquele interesse todo da latina nela quando era meio obvio que a garota estava interessada em uma outra pessoa... Talvez ela quisesse fazer ciúmes nela, quem sabe.

  Mike apareceu do seu lado, acenando para Finn que saia da sala. A garota pegou suas coisas e jogou na mochila, antes de levantar e dar um sorriso para o seu amigo, saindo da sala com ele e andando em direção ao outro corredor. Era cansativo ter de mudar de sala tantas vezes.

- Você e a Santana são amigas agora? – o asiático perguntou enquanto os dois andavam e passavam por Mercedes e Kurt que cumprimentaram eles antes de continuar a andar.

- Ta com ciúmes, Mike? – ela perguntou arrancando uma risada dele – Saiba que você é o único homem da minha vida.

- Mas ela é uma mulher, Q. Isso significa que eu vou ter que te dividir com ela – ele perguntou fingindo estar magoado e fazendo a outra rir bastante. Algumas pessoas olharam para os dois, mas nenhum dos amigos se importava com aquilo.

- Respondendo a sua pergunta inicial... – ela fez uma pausa dramática enquanto o outro esperava pacientemente pela sua resposta – Eu não faço a mínima idéia.

- Como assim?

- Eu já tinha falado com ela algumas vezes. Antes deu entrar no glee club e mesmo depois, mas ultimamente as coisas estão ficando estranhas. Ela fala comigo como se me conhecesse e soubesse algum segredo meu, além de flertar comigo abertamente inúmeras vezes – ela terminou balançando a cabeça e com um fraco sorriso no rosto.

- É obvio que ela flerta com qualquer coisa que se move, mas ela faz isso com quase todo mundo, até mesmo comigo – ele terminou com um ar pensativo, franzindo a testa depois de pensar um pouco – Você acha que ela sabe que você é... – ele fez gestos com as mãos que quase fizeram sua amiga morrer de rir, se o assunto não fosse serio.

- Eu não sei, acho que não. Quer dizer, ela já insinuou algumas coisas... Mas nada anormal. Pode ser só paranóia minha, não precisa de preocupar – ela terminou parando em frente a outra sala e lhe dando um sorriso – Eu vou entrar, obrigada por me trazer.

- É por isso que você não deve me trocar pela Santana – os dois riram e depois ele acenou com a cabeça para ela, pronto para ir para a sua sala – Fabray.

- Chang – ela lhe fez uma reverencia e entrou.

***

  Rachel estava contente com o seu desempenho. Ela havia conseguido evitar todos os jogadores de futebol, hóquei, ou qualquer outra pessoa que pudesse jogar slushie nela. Nessa sexta a morena estava vestindo seu suéter favorito e ela não queria que nenhum aluno estragasse sua manhã.

  Mais cedo, Finn tinha lhe contado sobre a festa que Puck ia dar no fim de semana, já que sua mãe e suas irmãs estariam viajando para conhecer um filho de uma tia dele que havia acabado de nascer. Ela tinha concordado em ir, apenas porque ela sabia que era importante para o seu namorado e que ele queria ir. Talvez ele fosse mesmo que ela tivesse dito não, mas assim era mais fácil de evitar uma briga e ficar de olho nele.

  Ela nem havia notado que estava de frente a porta do banheiro feminino, quando a porta se abriu e uma garota usando óculos pediu licença para passar. A morena sorriu e deu um passo para o lado, deixando a menina sair e entrando em seguida. Ela caminhou em direção ao espelho, parando em frente para analisar sua aparência. Seu cabelo estava bom, partido corretamente e seu brilho labial não havia sido prejudicado. Era bom olhar uma reflexão limpa no espelho. A garota tomou um susto quando ela registrou um barulho de descarga e uma porta sendo aberta. Mais surpreendente ainda foi ver Quinn Fabray saindo de lá, com um sorriso.

- Nos encontramos mais uma vez, Berry – a loira disse indo em direção a pia ao lado da que Rachel estava – No banheiro.

- Se você vai começar com a sua história de que eu estou te seguindo pode parar...

- Ei, não fica na defensiva – Quinn fez um sinal com a duas mãos como se estivesse se rendendo, andando em direção ao lugar onde estava o papel toalha para enxugar as duas mãos.

- Sinto muito, eu só estou... nervosa – Eu sempre fico quando estou perto de você. Passou pela cabeça de Rachel.

- Sem problemas. Você vai para a festa do Puck? – ela perguntou andando em direção a saída do banheiro, pronta para voltar para a sua aula.

- O Finn quer ir, então... – a morena falou deixando subentendido que ela também iria, por causa do namorado.

- Eu acho que a gente se vê lá – a loira deu as costas para a diva e acenou com a mão, antes de sair do banheiro.

  Agora ir para essa tal festa não parecia ser tão ruim assim.

***

- Oi Sammy.

- Quinnie – os dois rolaram os olhos ao ouvirem os apelidos. Era sempre assim. Quando um falava um dos dois nomes, o outro tinha que retrucar – Precisando de uma carona?

- Como se você ainda tivesse dúvidas – ela disse abrindo a porta do carro dele e sentando no banco do carona, enquanto o garoto se ajeitava no banco do motorista. Ele iniciou o carro logo em seguida.

- Sua irmã vai estar em casa hoje? – ele perguntou sem tirar os olhos da pista, enquanto a garota do seu lado encarou ele e arqueou uma sobrancelha.

- Porque? Não me diga que você está interessado na Chris, porque ela é tipo... muito velha – ela disse fazendo gestos exagerados enquanto o garoto parava em um sinal vermelho.

- Você sabe que ela é 10 anos mais velha que você, não sabe? – ele perguntou sorrindo e balançando a franja. Mania irritante.

- Viu o que eu disse? Velha.

- De qualquer jeito, eu não estou afim dela. De verdade – ele completou quando a garota olhou para ele com dúvida – Eu só gosto de conversar com ela.

- Isso porque vocês são dois nerds viciados em Avatar, Star Trek e Star Wars – ela disse quando o sinal abriu e o garoto deu partida no carro novamente, abrindo um largo sorriso ao ouvir as palavras dela.

- Diz a garota que tem os três últimos Star Wars – ele constatou lembrando-se da segunda vez que foi na casa da garota e encontrou um DVD de Star Wars em cima da cama dela. A loira demorou quase duas horas para confessar que o DVD era dela e que ela ainda tinha os outros dois da trilogia.

- Duas palavras para você – ela fez uma pausa e deu um sorriso – Natalie. Portman.

- Ainda assim você é uma fã dos filmes – ele apenas deu um sorriso ao não ouvir resposta – Mas mudando de assunto. Você vai para...

- ... a festa do Puck? – ela interrompeu e continuou quando seu amigo confirmou com a cabeça – Acho que sim.

- Ótimo, precisamos de mais gente para dirigir o pessoal.

- Como assim?                                           

- A galera precisa de gente sóbria para dirigi-los de volta para casa – ele apenas deu de ombros parando em outro sinal vermelho. Lima tinha muitos sinais para uma cidade pequena.

- O que eu recebo em troca?

- A gratidão eterna dos seus colegas...?

- Você também vai ficar sóbrio? – ela perguntou e ele riu da cara dela, balançando a cabeça negativamente inúmeras vezes.

- Claro que não. Mas ainda precisa de alguém para dirigir o meu carro.

- Você é ridículo, mas talvez eu fique sóbria mesmo. Não quero correr riscos – o carro parou mais uma vez, mas agora na frente da casa dela – Obrigada novamente pela carona, Sam – ela se inclinou e deu um beijo no rosto dele antes de sair do carro.

- Disponha – ele gritou antes dela fechar a porta.

  Quinn lhe deu um aceno com a mão e foi caminhando em direção a porta da frente. Assim que ela fechou a porta de casa a garota tropeçou em uma mala que estava na sua frente e quase caiu, só se salvando porque sua irmã havia segurado ela antes que a garota atingisse o chão.

- Mas que diabos...?

- Bom tarde, Quinn. Meu dia foi maravilhoso, muito obrigada. E quanto ao seu? – Christina falou sarcasticamente ajeitando a mala e colocando uma outra ao lado da primeira.

- O que significa isso? – a loira mais nova apontou para as malas ali perto da porta.

- Eu e a mãe vamos viajar amanhã.

- Pra onde vocês vão? Porque eu não estou sabendo disso? - a outra logo tratou de perguntar, confusa do porque só estar sabendo daquilo naquele momento.

- É uma viagem de ultima hora – Judy Fabray apareceu descendo as escadas com a terceira e ultima mala – Nós vamos visitar um tio seu que está doente, mas você não precisa ir com a gente. Desde que cuide da casa.

- Sem problemas mãe, posso lidar com isso – a garota deu de ombros e foi até a cozinha pegar um copo de água, sendo seguida pelas outras duas mulheres que iam terminar de fazer o jantar – Oh, eu ia esquecendo. Vai ter uma festa na casa de um amigo amanhã de noite. Eu queria saber se eu posso ir.

- Você iria mesmo se a mãe dissesse que não – Christina murmurou baixo, de forma que só a irmã ouvisse. A mesma sorriu sabendo que era verdade.

- Tudo bem, desde que não seja uma daquelas festas de vocês jovens com sexo, drogas e rock ‘n’ roll – as duas outras Fabray balançaram a cabeça olhando engraçado para a mãe – O que? É verdade. Eu vejo essas coisas nos seriados de hoje em dia.

- Me diga que você não anda assistindo Gossip Girl? – Quinn perguntou sentando na mesa da cozinha, terminando seu copo de água.

- Eu acho aquele ator inglês bonitinho.

- Ed – Christina completou.

- Exatamente.

- Ok, mãe. Não vai rolar nada disso. E eu vou precisar do seu carro, Chris.

- Desde que você não acabe com o meu bebe, sem problemas – a irmã mais velha deu de ombros, mas estava visivelmente preocupada com seu carro.

- Se eu batesse o seu carro você ficaria preocupada com o meu estado ou com o carro? – Quinn indagou observando a irmã abrir a geladeira para pegar alguma coisa.

- Eu sempre quis ser filha única.

***

Quinn havia passado a ultima hora procurando alguma roupa para vestir. Ela podia muito bem pegar uma calça jeans qualquer e uma camisa xadrez e pronto. Mas por alguma motivo ela queria ir com outra roupa, mudar seu visual, mas sem sair do seu estilo.

- Knock, knock – a cabeça de Christina apareceu atrás da porta – Posso entrar?

- Adianta se eu falar não?

- De verdade? – a mais velha entrou no quarto e fechou a porta atrás dela – Não.

- Então fique a vontade – Quinn se jogou na cama e sentiu alguém deitar do seu lado. Ela ficou encarando o teto do quarto por um bom tempo até uma voz a distrair.

- Precisa de ajuda?

- Se você puder me dar uma roupa para eu ir para a festa eu prometo que nunca mais vou reclamar quando você roubar meu bacon.

  As duas passaram um bom tempo procurando roupas. Christina até pegou vários vestidos seus e levou para o quarto da irmã, que rolou os olhos e disse que não usaria um vestido. Depois de muito reclamar, a mais nova acabou aceitando, desde que ela pudesse usar seus próprios acessórios. Quinn levou um bom tempo se arrumando.

- Uau Quinn, você está linda.

  A garota saiu da dentro do banheiro usando um vestido preto curto, que deixava a mostra suas belas pernas, mas que era suficientemente grande para cobrir suas coxas. Era um tomara-que-caia que tinha um decote que deixava a desejar, ou melhor, era o suficiente para fazer a imaginação das pessoas funcionar. Ela também estava usando uma meia calça, mas nos pés calçava seu velho all-star, só que branco. Seu cabelo estava solto e ela estava usando uma maquiagem que realçava seus lindos olhos.

- Eu não sei... Você acha mesmo? – ela disse olhando para o seu reflexo no espelho.

- Quinn Fabray, fazendo garotas hetero virarem lésbicas e garotas lésbicas virarem ainda mais lésbicas desde 2011 – sua irmã falou arrancando um sorriso da mais nova. Christina ainda estava sentada na cama, ao lado de vários vestidos jogados e de alguns sapatos.

- Então eu acho que eu estou pronta para ir – ela disse sorrindo para o seu reflexo e indo em direção a porta do quarto.

- Espera – a outra lhe deu uma bolsa preta – Eu coloquei a sua carteira, o seu celular e um spray de pimenta da sua bolsa.

- Spray de pimenta?

- Nunca se sabe – Christina deu de ombros e piscou para a irmã, pegando o seu próprio celular enquanto a outra ia andando em direção as escadas, pronta para descer e sair de casa.

  Quinn se despediu da mãe e da irmã, fazendo de tudo para evitar que Christina tirasse uma foto sua usando um vestido. Ela entrou no Audi da irmã e começou a dirigir. A garota demorou um certo tempo para encontrar a rua, ela ainda não estava totalmente familiarizada com a cidade. De longe e com os vidros do carro fechados ela já podia ouvir a música que tocava lá dentro.

Don't stop, make it prop
DJ, blow my speakers up
Tonight, Imma fight

'Til we see the sunlight
Tick tock, on the clock
But the party don't stop, no

  A loira estacionou seu carro perto de um que parecia ser o de Mike. Ela saiu de dentro do carro e ajeitou seu vestido. Ela olhou em volta e notou que a rua inteira estava cheia de carros, provavelmente grande maioria pertencia a alunos do WMHS. Quinn foi andando até a porta da casa de Puck e tocou a campanhia, esperando que o garoto atendesse a porta. Depois de esperar por alguns minutos, ela rolou os olhos e tentou abrir a porta. Claro, estava destrancada. A loira entrou na festa e avistou alguns rostos conhecidos. Ela sorriu ao notar alguns olhos vidrados nela.

Now, the party don't start 'til I walk in


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Notas finais do capítulo

Acho que todo mundo conhece a música do final, mas de qualquer jeito ela é Tik Tok da Ke$ha. Comentem e me digam se tem alguma coisa ruim (deve ter). Eu sei que alguma pessoas não vão gostar de Quinntana (acho que é esse o nome), mas eu preciso que isso aconteça para o bem de duas storylines. Nos próximos capítlos vamos ter bem mais cenas Faberry.



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