Alvo e Transparente escrita por LyraBlack


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Uma visão diferente de um acontecimento importante dentro do mundo mágico.



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Cabelos ruivos na altura da cintura.Silhueta esguia e afeminada, o rosto fino e delicado,olhos azuis cinzentos, mas de um brilho encantador. É assim que o viam no auge de sua beleza. Aos 17 anos Alvo Dumbledore era motivo de admiração por todos não só por sua rara aparência, mas por seus dotes extraordinários em magia.Seus feitos até então lhe renderam os mais cobiçados prêmios por bruxos acadêmicos e as mais variadas homenagens.

Embora seja um bruxo versado em diversas Artes o que mais impressiona a todos são seus modos impecáveis e sua maneira sempre delicada de se dirigir a todos, que trata como iguais desde os bruxos mais miseráveis até os grandes membros das cortes.

Alvo sempre teve muitos problemas para aceitar que era diferente dos outros garotos fisicamente, fazendo de tudo para parecer mais masculino, até seu 5º ano em Hogwarts quando foi parar na enfermaria após uma tentativa frustrada de mudar sua aparência utilizando magia e seu Diretor Fineus Nigellus Black lhe fez uma observação: "As aparências nos são dignificadas divinamente antes mesmo de nascermos. Elas podem ser nossas piores inimigas quando não a aceitamos verdadeiramente como realmente são e nossas maiores aliadas quando com elas conseguimos causar confusão. Em verdade vos digo - não há aparência que satisfaça inteiramente os olhos alheios, para elas sempre encontramos algum defeito, então não viva apenas para agradar os outros mas sim para agradar a si mesmo e seus olhos, afinal sempre existem aqueles capazes de nos aceitar como somos."

Após esse incidente Dumbledore ainda jovem decidiu-se por manter a aparência feminina e se tornou famoso em Hogwarts por conta dos inúmeros admiradores que conquistou e também pelos corações partidos que suas recusas causaram.Fato que me relatou com profunda naturalidade e em tom divertido como costumava contar as coisas corriqueiras que lhe aconteciam. O resto eu soube por seu irmão Aberforth.

Aos dez anos já tinha controle de sua magia fato que se comprovou quando ele conseguiu salvar sua irmã Ariana dos trouxas que a atacavam porem o que fez atraiu a atenção dos garotos para si e eles passaram a atacá-lo ao invés de sua irmã.Os jovens de uns 15 anos encontraram em Alvo a imagem de uma menina indefesa e só não chegaram a estuprá-lo por que seu pai chegou do seu trabalho no Ministério da Magia e perdeu a cabeça matando os trouxas, o que o levou a ser preso. Aberforth assistia tudo e foi ele quem acudiu Ariana após seu salvamento, mas ela ficou traumatizada com a cena que presenciou em seguida e se tornou mentalmente instável fato pelo qual Alvo ainda se culpa. 

Mas o maior problema que a feminilidade de Alvo lhe causou foi atrair aquele que futuramente seria seu pior inimigo, eu Gellert Grindewald:

Flashback on

Era um dia cinzento e minha tia me obrigava a permanecer no cemitério para o sepultamento de Kendra a matriarca dos Dumbledore, eu certamente não ficaria ali um minuto sequer se não fosse o fato de Aberforth e Ariana terem ficado hospedados em casa durante os 7 dias de luto, e a mais nova não tivesse enumerado as muitas características e curiosidades do irmão mais velho ao qual era extremamente apegada e que não dera sinal de vida para velar a própria mãe. Eu estava extremamente curioso para conhecer essa figura excêntrica que encanta minha tia que praticamente concorda e exalta tudo que a menininha falava sobre ele e que as mulheres daqui odeiam com todas as forças que lhes restam.Segundo Aberforth, isso aconteceu quando o marido de uma dessas senhoras se declarou para Alvo, que tinha 15 anos, diante de toda a vizinhança e após receber uma negativa abandonou a casa e a familia para se tornar um bêbado sem rumo.

Já baixavam o caixão quando uma carruagem preta parou em frente ao cemitério e dela desceu a moça mais bonita que já tinha visto, ela era alta, ruiva e tinha um ar misterioso que podia prender por horas qualquer um que ousasse encará-lo. E juro que se já não tivesse ouvido sua descrição por parte do irmão que costumava relatar com escarnio sua aparência eu teria rido de qualquer pessoa que tentasse me convencer de que aquela "mulher" era homem.

Ele subiu até onde estávamos sem pressa acompanhado de outro homem quase da mesma altura que ele, uns centímetros mais baixo, e quando finalmente se postou ao lado da irmã mais nova fez um sinal gracioso para continuarem com as condolências. Passou-se uns dez minutos e ja jogavam a terra sobre a mulher morta, quando Aberforth quis ralhar com o irmão pelo atraso e pelos dias que se passaram o luto:

_ " Se era para aparecer 10 minutos antes da terra cair sobre cabeça de mamãe não precisava ter vindo de fato se quiser partir agora mesmo não nos fará falta."

_" Alvo não vai embora, não é, Al, não vai nos deixar" _ disse Ariana indignada

Alvo porem apenas sorriu e após cantarolar por alguns segundos o que parecia ser  a musica favorita da irmã pôs-se a falar:

_"  O luto esta no coração e as lágrimas foram derramadas pelo caminho. Agora alegra-se porque mais uma alma corajosa ultrapassou as barreiras infinitas para se tornar o pó das estrelas e iluminar os céus, afinal a morte não é para se lamentar, é só mais uma grande aventura.Lembra dos que se foram com carinho e chora apenas a saudade e não o pesar."

Depois disso ergueu as mãos e do chão fez erguer-se roseiras de varias cores transfigurando pequenas pedrinhas em sementes e acelerando seu crescimento, demonstrando sua aptidão nessa Arte e grande destreza. E desse momento em diante Alvo Dumbledore não me saiu mais da cabeça.

Flashback off

Conhecendo-o melhor me descobri apaixonado. A paixão virou obsessão e logo em seguida obsessão pelos seus poderes, pelo menos assim achava eu. O que houve depois não foi uma visão muito bonita. Aberforth que mantinha sua lucidez enchergava perfeitamente minhas segundas intenções e a maneira deformada com que Alvo via nossa relação, em meio a nossa discussão feitiços lançados e uma garotinha caída no hall de entrada entre nós e a cozinha.

Minha amizade colorida com Alvo acabou e eu fui-me embora, começar minha jornada atrás da imortalidade e do poder. E não pensei em Ariana novamente nem naquela cena até meu encontro nada agradável com Dumbledore. Estranho como a morte nos pega desprevenidos. É uma sensação estranhamente esclarecedora. Acontece que eu não poderia morrer, tentei enganar a morte produzindo horcruxes, mas ela foi mais esperta. O Local em que escolhi para derrotar Alvo que deveria se tornar a  terceira vitima para mais uma horcrux era próximo de exatos 150 metros do esconderijo das minhas outras horcruxes.Elas estavam enterradas numa linha reta de modo que a terceira horcrux formaria a terceira ponta de um triângulo minha marca registrada. A explosão que meu rival causou foi tão grande que se estendeu por um quilômetro e meio e rompeu todas as barreiras protetoras que as envolviam.

E não pense você que elas eram poucas ou frágeis, pois ainda sou o maior bruxo das trevas que ja existiu, Lord Voldemort não conseguiu mais seguidores que eu, nem construiu um império como o que eu cheguei próximo de governar. O império Ariano, a raça pura, chegou bem perto de acontecer assim como a minha imortalidade e poder supremo.

Mas Alvo me impediu. E foi quando eu quase me tornei fuligem. Acontece que a morte me passou para trás. Sem querer eu e minha aspiração a maldade criamos uma horcrux instável com a morte de Ariana Dumbledore e ela se fixou em Alvo, absorvendo todas as suas virtudes e se curando aos poucos dos crimes cometidos contra minha alma mutilada. O feitiço de Dumbledore destruiu as outras horcrux. Ou pelo menos é o que você deve ter imaginado mas não foi isso que aconteceu.

Meu querido Alvo ainda nutria sentimentos por mim  e o que ele fez deveria levar nós dois para o túmulo como em um sacrifício. Mas ele apenas conseguiu libertar os pedaços de minha alma que foram se juntar após muitos anos despedaçada. E é por esse motivo que sou conhecido pois eu sobrevivi ao inimaginável, a dor sem limites e a morte certeira. Eu me ergui da Lanterna dos afogados depois de passar pela tortura mais terrível e abominável, uma armadilha que criei para mim mesmo e que não desejo a mais ninguém. Durante 7 dias eu lutei contra o impossível e desejei que a morte me livrasse mas ela foi mais astuta e cruel do que eu jamais poderia ser, nem fui. Se por um lado ela acolhe de bom grado aqueles que a ela se submetem os que a desafiam têm um destino terrível e doloroso do qual eu provei cada gota até acordar em Normengard, a prisão que eu mesmo projetei.

Dois dias em estado de choque e enfim meu julgamento diante da suprema corte.

Meu estado era tão lamentável que eu mais parecia um velho de 90 anos mentalmente inóspito, não havia nenhum pensamento ou vestígio da existência destes por ali. Estava apenas levemente consciente. Utilizaram um feitiço para vasculhar minhas ultimas lembranças ou linhas de raciocínio que passaram por minha mente, mas o que encontraram não deve ter lhes agradado em nada, tudo que havia era a sensação insuportável de dor, desespero e angustia e a lembrança daquele incidente que me marcou mais do que eu tinha percebido, sem querer  eu perdi o melhor amigo que já tive e a unica pessoa que amei. Sim eu amei Alvo Dumbledore, mas minhas obsessões mascararam os sentimentos que guardei durante anos sem nem perceber. Aquela altura aos 25 anos completamente derrotado força, poder, alma e coração me senti humilhado pela primeira vez na vida e rebaixado e tudo que eu pedi naquela conferência interminável foi a morte.

E um dos bruxos que futuramente aprendi a admirar, repeitar e a enxergar como um dos magos mais poderosos que já conheci se levantou após analisar a situção e teve a idéia brilhante de fazer de Alvo meu "dono". Como? Ele prôpos primeiramente a Alvo em isolado e depois a mim diante de toda a Corte que eu fizesse o juramento máximo de amor e servidão. Para isso eu teria que me "casar" por assim dizer.Mas quando eu disse "Eu aceito", eu não estava esperando que Alvo já tivesse aceitado na verdade eu esperava que ele se negasse para que eles mudassem de idéia e me poupassem da loucura e da dor me matando. Mas não foi isso que aconteceu.

Duas semanas após as declarações formais da minha condenação, a Inglaterra inteira de bruxos se encontrava no meu "Casamento?!", outra coisa inesperada já que a unica coisa que jamais esperaria era ter a aceitação pública daquela idéia maluca da Corte mais poderosa de Magos de toda Europa e Asia. O povo acreditava que aquele que me derrotou era o único capaz de se tornar minha "prisão"  já que era o único mais poderoso que eu.

O que você descobriria ser uma grande mentira desde que os Altos Conselheiros e 7 Magos mais poderosos tem mais de mil anos de sabedoria Owell. E foi assim que descobri meu amor por Alvo Dumbledore e me prendi a ele que me vêm me curando todos os dias, porque o amor cura qualquer coisa desde que deixe ele tomar conta de você como o oceano invade a costa e a maré deixa de subir.     


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha sido ao menos aceitavel para uma primeira vez escrevendo...rsrsrs...



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