The Love Between Us escrita por ToxicDown


Capítulo 8
Memórias Dolorosas




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/128651/chapter/8

Amy seguiu Seth por entre as altas árvores, deixando as meninas sozinhas com os garotos. Seth lhe deus a mão e timidamente a segurou. Os dois adentraram a floresta, e a escuridão quase tampou a visão de Amy, mas Seth a ajudou a andar. Após alguns minutos andando em meio a escuridão, chegaram a uma clareira, que ficava próximo ao centro da floresta. O céu estava preenchido de estrelas, brilhando e piscando, dançando no céu negro.

Que lindo, Seth – ela falou, olhando para o céu, abismada. – Aqui é magnífico, eu amei.

Fico feliz que tenha gostado – ele falou, puxando-a pela mão e sentaram-se embaixo de uma árvore.

Ficaram ali, por alguns segundos, apenas olhando para o céu, completamente estrelado.

Então, Amy.. bem não te trouxe aqui apenas para isso, eu.. – ele parou e a encarou novamente e segurou as pequenas mãos da garota. – Isso pode soar estranho para você, mas eu quero te proteger.. Me corta o coração te ver chorar, e eu realmente desejo isso, do fundo do meu coração. Eu acho que estou apaixonado, desde que te encontrei na floresta, e vi seus lindos olhos me encarando.. – ele parou novamente, fitando-a e sorriu, fazendo ela retribuir o mesmo. – Você gostaria de namorar comigo?

Amy, lá no fundo, queria mais que tudo dizer sim, mas pensou melhor. Tinha medo. Medo, que depois de um certo tempo ele se cansasse e a deixasse.. fazendo ela voltar ao inferno que sua vida era. Ela o encarou mais uma vez e olhou para o chão, não sabia ao certo o que fazer.

Seth, eu.. – ela começou. – acho que estamos indo longe demais. Acho que deveríamos ir mais devagar..

Ok, mais devagar.. – ele pensou e sorriu. – Ótimo, poderíamos começar com um cinema.. Aceita?

Claro, seria um prazer – ela aceitou, sorrindo. – Me desculpe por não ter aceitado.. agora.

Então, ainda tenho chance? – ele perguntou, esperançoso, e ela fez que sim.

Ele sorriu de tanta alegria, e a puxou para se levantar e começou a bailar com ela, mesmo sem musica. Amy rodopiava e Seth a conduzia, para lá e para cá em uma bela sintonia. Terminou puxando-a para os seus braços e acabaram ficando com os rostos a centímetros um do outro. Amy fechou os olhos e encostou o nariz no de Seth, ficando assim por alguns segundos. Depois, deixou o rosto pender para o lado, encostando-se no ombro dele. Tudo o que pedia era que desse tudo certo, pelo menos dessa vez.

Minutos depois, voltaram a reserva, sorrindo e brincando, assim como os dois casais que estavam de frente com ele, só que de maneira diferente. Nessie ria de alguma piada que havia sido dita enquanto estava entre os braços de Jake. Já Claire, estava apenas de mãos dadas com Quil e o encarava, sorrindo de lado.

Olha quem está de volta! – Nessie gritou, quando viu Amy e Seth se aproximando. – Por onde o casal esteve?

Ah.. onde.. ah estávamos apenas andando– Amy respondeu, sem saber o que falar. – Diferente de vocês duas, não é?

É, com certeza – Seth falou, mas não convenceu.

Minutos depois, tiveram que se separar e ir embora. Amy seguiu com Nessie e Claire se dirigiu para a casa dela, na reserva. Ao entrarem na casa dos Cullen, Amy subiu para o quarto de hóspedes, enquanto ouvia uma guerra começar atrás de si. Edward gritava com Nessie e Bella, calmamente, tentava intervir tudo aquilo. No fundo, Amy achou tudo muito engraçado, mas se arrependeu, ao lembrar que aquilo nunca aconteceria com ela. Entrou no quarto e fechou a porta em seguida. Se jogou sobre a cama de solteiro, se encostou na enorme janela de vidro e juntou os joelhos ao redor dos braços, permitindo que as lagrimas começassem a cair. Oh Deus, como ela sentia falta de uma família. Com ela sentia falta do pai. Aquilo era o que mais lhe machucava.

Tudo havia começado alguns anos atrás, mesmo antes da morte do pai. Ela era nova demais para entender tudo aquilo, mas sua mãe ignorava esse fato. Ela nunca tinha sido 100% estável quando o assunto era sanidade. E tudo só fez piorar. Amy apanhava quase diariamente, segundo a mãe, pela culpa da garota da morte do pai. E as coisas só fizeram piorar. Tentou forçar a mente a lembrar das surras memoráveis, quais essa, ela atribuía a ter ficado com alguma cicatriz permanente ou ter sido tão chocante ao ponto dela nunca ter esquecido.

Amy levou a mão à nuca, os dedos passando sobre uma marca de queimadura e um calafrio lhe percorreu. Aquela, ela havia “ganhado” logo após o enterro do pai. A mãe, enfurecida, jogou-a no chão da cozinha e colocou um bule com água fervendo na parte de trás do pescoço. E depois, despejou a água sobre a mesma. Foi uma das piores dores que sentiu na vida. Desceu com os dedos para o peito. Não havia marcas daquele dia no corpo, mas ela ainda lembrava perfeitamente. Ela deveria ter uns 7 anos no Maximo e sua mãe, com uma faca em punho, os olhos cintilando de ódio, dançando próximo a garota. Amy sentiu a lamina fria encostar em seu peito e depois uma fisgada. Um segundo se passou e ela já estava de pé, como se nada tivesse acontecido e foi então que percebeu o pai que estava na porta da cozinha, apenas observando. Ela foi submetida a tudo. Longos dias sem comer nem beber, obrigada a arrumar toda a casa, muitas vezes aos gritos e berros, apanhando com o cinto nas pernas e nas costas.

Amy acabou voltando a realidade, arfando e chorando ainda mais. Jogou-se sobre a cama, percebendo o enorme silencio no andar debaixo. Ignorou, tentando dormir e encontrar um pouco de paz em seus sonhos.

No andar debaixo, minutos atrás, Edward ao ouvir os pensamentos de Nessie sobre Jacob ficou furioso. Quase não percebeu quando Amy subiu pelas escadas. Ainda berrava com Nessie, quando começou a ouvir os pensamentos da garota. Subitamente, se calou. Nessie agora perguntava o que tinha acontecido, seguida por Bella, aparentemente preocupada. Ele recuou e sentou no sofá, atordoado.

Aquilo tudo o chocou. Ele havia percebido nos olhos daquela menina que ela não era normal. Agora ele entendia. Pesando sobre os ombros, ela carregava dor e culpa, sofrimento, arrependimento, angústia.. Algo acima do que qualquer humano normal suportaria. Mas os flashes que ele via era algo muito pior. A culpa que ela sentia pela morte do pai, os dias e noites de sofrimento que a mãe lhe causara, as cicatrizes que ela deixara.. Era demais. Ele gritou, com raiva, perguntando como alguém poderia ter um sangue tão frio.

Pai! Pai! – Nessie o chamava. – O que aconteceu?

Nessie.. – ele começou. – Sua amiga, Amy.. Eu não entendo como ela ainda está viva.

O que? – ela perguntou, procurando um nexo na conversa.

Estava vendo os pensamentos dela – ele suspirou. – A mãe dela é um mostro. Eu vi coisas, que se qualquer um visse, teria pesadelos para o resto da vida.

A alguns metros de distância da casa, sobre uma árvore, ele a observou chorar, sem poder fazer nada. Xingou-se mentalmente por ter visto ela naquele estado e não pode fazer nada. Ela sofria. E ele também. Suspirou e desceu, derrotado. Calma Seth, ele pensou, você ainda vai poder protegê-la de tudo isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem a demora, estava tendo alguns problemas em escrever.. Agora espero que dê tudo certo e eu continue com a história sem para mais uma vez.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Love Between Us" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.