A Herdeira das Tevas escrita por Dark Lady


Capítulo 4
A Promessa




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Durante os dias que se seguiram até às férias de Natal, Catherine e Draco mantinham-se sempre juntos. Parecia que o facto de ela ter confiado nele para lhe contar aquele segredo os fez ficar unidos por um sentimento que nenhum dos dois conseguia entender.

Quando o primeiro dia de férias chegou, o castelo ficou praticamente vazio, as excepções eram os professores e Catherine. Todos os natais, ela gostava de ir ao cemitério colocar uma flor na campa da mãe e por isso recusou os convites de William e Draco para passar o Natal com eles.

Depois do jantar de Natal, Catherine foi ter com Severus ao hall de entrada para poderem sair do castelo e depois Aparecerem no cemitério.

- Tens a certeza que queres ir? – Perguntou Severus quando ela se aproximou.

- Claro! Vou todos os anos porque iria deixar de ir? O professor Dumbledore deu autorização por isso eu vou.

- Está bem, então vamos.

Caminharam pelos jardins escuros, tendo como única luz a que provinha da lua cheia. Assim que saíram dos terrenos do castelo Catherine olhou para Severus que lhe estendeu a mão para que ela lhe desse a sua e assim a pudesse guiar numa Aparição acompanhada.

Quando Catherine abriu de novo os olhos já se encontrava à entrada do cemitério. Largou a mão de Severus e encaminhou-se pelo tão conhecido caminho até à campa da mãe. Continuava muito escuro e ali a luz da lua era mais fraca mas ambos concordaram em não usar as varinhas a não ser eu fosse mesmo necessário.

Caminharam lado a lado até à sepultura da mãe de Catherine e quando lá chegaram deixaram-se estar de pé a olhar a lápide negra onde se podia ler:

Mary Russell, nascida a 24 Dezembro 1958, falecida a 21 Setembro de 1982

Catherine ajoelhou-se junto da lápide e colocou lá uma rosa branca. Permaneceu naquela posição e de olhos postos na lápide mas Severus parecia distraído com outra coisa.

- É melhor irmos embora. – Disse ele, já de costas voltadas ao túmulo e de olhos fixos num arbusto.

- O que se passa? – Perguntou Catherine que se tinha levantado e agora olhava para o mesmo arbusto que Severus.

- Não sei mas eu ouvi alguma coisa vinda dali e não estou muito confiante que seja um simples animal.

Catherine nesse momento ficou com medo, algo que não sentia há muito. Aproximou-se de Severus, que tinha agora a varinha na mão, e agarrou-lhe o braço. Nesse momento o arbusto voltou a mexer-se e de lá saiu uma luz verde na direcção deles.

- FOGE! – Gritou Severus e empurrou-a para o lado.

No mesmo instante o feixe de luz verde atingiu Severus no peito e ele caiu para trás como se fosse um boneco, sem vida.

- NÃO! SEVERUS!

Catherine arrastou-se até ao corpo de Severus. Abanou-o, gritou mas nada aconteceu. Aquilo parecia horrível de mais para ser verdade.

- PORQUÊ? – Gritou ela ainda ajoelhada ao lado de Severus mas agora olhando para o homem que tinha aparecido por detrás do arbusto.

- Não era a ele que eu queria matar, era a ti. – Disse o homem com bastante calma e isso enfurecia mais ainda Catherine.

- Mas erraste e vais arrepender-te disso.

O homem riu-se, uma gargalhada desprovida de alegria. Catherine continuava ajoelhada ao lado do corpo sem vida de Severus e com a cara molhada das lágrimas que lhe caíam dos olhos. O homem aproximou-se e Catherine levantou-se apontando a varinha ao peito dele.

- Eu vou vingar a morte da minha mãe e do Severus. Nesse momento não irás rir mais. Nesse momento estarás morto!

Catherine não conseguia mais controlar-se. Agora as lágrimas que lhe escorriam pela face queimavam-lhe a pele tal era o ódio que sentia do homem que estava à sua frente. O homem não falou, permaneceu com os olhos postos nela e ela olhava fixamente os olhos escarlates dele.

- Eu sei que foste tu que mandaste procurar e matar a minha mãe. A ideia era matar-me também, não era?

Catherine continuava a olhar para o homem, olhos azuis fixos nos vermelhos. Ela agora já não sentia nenhum medo, agora sentia ódio, um ódio maior do que alguma vez tinha sentido.

- É verdade! Tu também devias estar morta. – O homem falava calmamente, como se Catherine não fosse uma ameaça. – Foi uma pena terem-te escondido quando a Bellatrix foi a casa da tua mãe para vos matar.

- Então foi ela? Foi essa que matou a minha mãe!

- Sim, foi ela. Mas agora vou ser eu a matar-te.

Ele levantou a varinha em direcção a Catherine. Ela não se mexeu, continuava com a varinha apontada ao homem.

- Eu prometo-te! – Catherine já não chorava, o ódio parecia ter secado todas as suas lágrimas. – Eu prometo-te Tom Riddle, vou vingar a morte da minha mãe e do Severus. Nem que seja a última coisa que eu faça.

Tom riu de novo e Catherine aproveitou o pequeno momento de distracção dele, levou rapidamente a mão ao bolço das calças e tirou de lá um saquinho que abriu rapidamente atirando para o chão o pó que estava lá dentro. De repente tudo ficou negro e Tom gritou de raiva por a ter deixado escapar.

- Consegues ver no escuro? – Disse Catherine sorrindo com ironia. – Eu consigo!

Sem perder mais tempo lançou um feitiço de camuflar sobre ela e Severus e também um feitiço de flutuar sobre Severus e correu o mais rápido possível para fora do cemitério. Sendo um cemitério exclusivamente de feiticeiros era impossível Apareceu ou Desaparecer lá dentro, por isso a única hipótese era sair de lá e depois Aparecer para junto dos portões de Hogwarts. E foi o que ela fez.

- AJUDEM-ME! – Gritou ela quando já estava em frente aos portões fechados de Hogwarts.

Agora que se via ali sozinha na escuridão com Severus morto à sua frente, o medo voltou a invadi-la e as lágrimas voltaram a escorrer pela sua face. Estava outra vez sem ninguém que amava, todos iam pelo mesmo caminho, o caminho tempestuoso até à morte, até alguém os atirar ao abismo.


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