(Quinta-Feira)

Bella terminou seu longo banho depois das nove horas. Não tinha demorado tanto assim, apenas tinha acordado tarde. O lado bom de ter ido ao Charlie em Seattle para que ele fizesse exames médicos e físicos que a policia exigia constantemente? Ela teria o dia inteiro de folga. Charlie também estava de folga, então ficaria no restaurante com Sue em seu lugar. Seria engraçado ver Charlie sendo “garçonete” por dia, era uma cena que Bella iria querer ver se não tivesse outros planos, estava com saudades de seu forasteiro. Iria passar o dia inteiro com ele. Ou ele passaria o dia com ela, já que seria na casa dela.

Colocou uma calça jeans e um moletom preto com capuz e dois bolsos na frente. Prendeu os cabelos em um rabo de cavalo bagunçado, seu all star preto e desceu pra cozinha, onde Charlie tomava café.

— Bom dia pai, pronto pro seu dia de garçonete? — zombou indo até a geladeira pra pegar suco.

— Garçom, por favor. — deu um gole no café que tomava sentado a mesa. Já tinha colocado na mesa ovos e bacon, torradas e geléia para os dois. — Você vai também pro restaurante?

— Não, vou ficar em casa. — sorriu, sentou a mesa e colocou a jarra de suco sobre ela, serviu um copo para si e deu um longo gole.

— Não sei por que, mas não acredito. Vai trazer o Edward pra te fazer companhia?

— Na verdade vou. E você já tinha que estar no restaurante ou então vai ouvir uma palestra da Sue sobre como cumprir horários. — disse zombeteira. Charlie viu as horas no relógio de pulso que usava, ficou em pé num pulo, estava atrasado.

— Juízo com o Edward. E lembre-se que eu vou voltar pra casa, hein? Tchau amor, até depois. — se aproximou e beijou a cabeça da filha.

— Tchau pai, boa sorte lá.

Bella tirou a mesa e lavou a louça que tinham sujado, guardou tudo e organizou a cozinha; deu uma organizada na sala, tirando os sapatos do meio da casa e arrumou a mesinha de centro; depois subiu pro quarto de Charlie, arrumou tudo (era definitivamente o cômodo mais bagunçado da casa), descartou limpar o banheiro dele e então foi arrumar o próprio quarto. Esse trabalho durou pouco mais de uma hora e meia, quase duas.

Colocou o celular no bolso do moletom e pegou as chaves da picape, fechou a porta e entrou nela. Hora de ir buscar meu forasteiro.

Foi com o rádio ligado e cantando junto. Antes de ir, passou na casa de Jacob e pegou emprestado seu violão, colocou na caçamba da picape em baixo da lona e voltou para a casa da Alice, onde Edward estava. Buzinou três vezes e desceu do carro, ficando recostada nele.

Edward escutou o barulho, curioso saiu da frente do netbook onde escrevia e andou até a janela, sorriu ao vê-la lá parada. Bella sorriu e acenou. Confuso, ele a mandou esperar, salvou o arquivo do livro rapidamente e desceu correndo. A casa já estava vazia, então saiu porta a fora rapidamente, apenas de jeans e camiseta.

— Nativa! — exclamou animado, como sentia falta daquela nativa. Um dia sem ela, pareciam anos.

— Ei forasteiro, sentiu minha falta? — sorriu faceira.

— Você não sabe o quanto. — sorriu e tomou o rosto dela entre as mãos, beijando-a lentamente. Sua língua adentrou sua boca carinhosamente e lá foram se entrelaçando.

— Também senti a sua. — Bella falou entre o beijo, lhe dando vários selinhos. — Vamos lá pra casa comigo?

— E seu pai? O restaurante? — perguntou lhe encarando confuso, Bella lhe deu outro selinho.

— Estou de folga por ter ido ontem com o Charlie, sabe? E ele vai passar o dia com a Sue, vai pro restaurante e depois pra casa dela... A casa será nossa. — sorriu maliciosa e depois riu.

— Sem sofá hoje? — perguntou zombeteiro, Bella gargalhou.

— Aham, sem sofá. Prometo.

— Vou só pegar meu celular e desligar meu netbook e podemos ir. — lhe deu um último beijou e foi fazer o que tinha dito, antes de irem pra casa dela.

***

Edward gargalhou sem acreditar no que ela tinha acabado de dizer. Bella riu junto. Estavam os dois sentados no sofá da casa dela, um olhando para o outro, enquanto ela contava o que tinha feito no dia anterior.

— O pior que é sério. Quando um enfermeiro se aproximou para dar uma injeção no traseiro de Charlie e meu pai surtou. — falou rindo. Edward gargalhava imaginando a situação. — Gritando tipo “Que isso? Não tem uma enfermeira mulher? Não quero nenhum homem metendo a mão no meu traseiro, muito menos furando ele” e o enfermeiro tentando acalmá-lo, dizendo que a enfermeira só começaria o turno dela depois das duas, e meu pai “Tudo bem cara, eu espero, mas no meu traseiro você não mete a mão” e depois ainda me olhou “Que isso, um cara na minha idade tendo que passar por uma dessas” como se estivesse certo.

— Nossa... Minha barriga está doendo de tanto rir. — Edward falou tentando parar a risada. — E você não riu com isso?

— Você é louco? Eu gargalhei. Na hora eu estava brincando com o estetoscópio, tipo coloquei no ouvido e tentando ouvir meu próprio coração — riu da própria idiotice, assim como Edward. — E quando escutei quase cai da cadeira gargalhando. Até o enfermeiro estava se controlando. Tipo, eu me virei pra não ver a cena da injeção e depois quando virei Charlie estava arrumando o cinto da calça e falando essas coisas, foi bem engraçado.

— Aposto que se fosse a Sue com ele o obrigaria a tomar.

— Com certeza, seria tipo “Pare com esse chilique, Charlie, cavalo velho com medo de uma agulha mínima?” e isso seria pouco, capaz que ela pegasse a injeção e fincasse no traseiro do Charlie pra ele aprender.

Os dois riram. Era bem possível que Sue fizesse isso mesmo. Bella então parou de rir, lhe olhando com um sorriso de lado.

— E você, o que ficou fazendo o dia inteiro sem mim?

— Dia durou quase um ano, sério, passou muito lentamente. Só melhorou a noite porque eu falei com uma pessoa de Nova York que eu estava morrendo de saudades, foi ótimo revê-la e matar as saudades. — Edward falou radiante, animado, sorridente.

Bella sentiu uma pontada no peito... Ciúmes.

— Ah, aposto que deve ter sido uma noite divertida. — tentou fingir indiferença, muito mal, por sinal. Edward gargalhou.

— Que bico lindo, sabia que você fica uma nativa ciumenta muito linda?

— Idiota. — mostrou-lhe o dedo do meio.

— Quanta educação, Swan. E a pessoa que eu falei era minha irmã, Rosalie!

— Por que não disse de primeira, idiota? — bateu no braço dele duas vezes.

— Queria ver sua reação, valeu à pena. — riu.

— Idiota, não sei por que me surpreendo. Enfim, como está sua irmã? Conversaram muito?

— Ela está ótima. Conversamos por mais de uma hora, não sei exatamente quanto tempo, acho umas duas ou mais, não sei, mas foi como se tivessem sido dias conversando e ainda assim pouco. Não foi a mesma coisa que pessoalmente, mas só de vê-la na tela e conversar com ela, valeu a pena. — sorriu. — E eu falei sobre você com ela!

— O que?! Não, idiota. E se ela não gostar de mim? Quero dizer, o que ela disse? Eu não... — repentinamente ela se sentiu nervosa.

— Ei Bella, calma, ela é minha irmã mais velha, só isso. — riu da expressão de Bella, que ia se relaxando aos poucos. — E eu falei um pouco sobre você e ela ficou ainda mais curiosa sobre você, com certeza vai adorar te conhecer.

— E o que você falou de mim pra ela? — Bella perguntou hesitante com um adorável beicinho.

Edward a chamou pra perto, antes de contar. Ele estava sentado de lado no sofá, com uma perna sobre ele e a outra no chão, Bella estava com as duas sobre o sofá e o joelho dobrado junto ao peito, engatinhou até ele e ficou entre suas pernas, esticou as pernas – uma sobre sua coxa e a outra por trás, ficando com as intimidades próximas, mas sem se tocarem ou a malicia da posição.

Ele tomou seu rosto entre as mãos e beijou delicadamente seus lábios.

— O que você falou? — insistiu Bella.

— Hum... — pensou um pouco nas palavras ditas a Rosalie. — Eu disse que você é uma morena de olhos claros... — Edward roçou os lábios pela bochecha dela e beijou seu olho com cuidado, Bella sorriu. — E que você tem um sorriso sarcástico... — Beijou os lábios dela novamente e depois beijou somente o lábio inferior. — Eu disse que foi difícil que você deixasse eu me aproximar e que agora é tão difícil ficar longe de você. — roçou o nariz no dela. — Eu disse que você me chama de idiota o tempo todos... — beijou seu queixo e lhe deu uma leve mordidinha. — Terminei dizendo que você é diferente, minha nativa!

Bella não conseguia parar de sorrir, sua bochecha até doía um pouco, colocou os braços sobre seu ombro e lhe beijou, acariciando sua nuca. Quando Bella abriu os lábios, suas línguas se tocaram com leveza e assim o beijo foi evoluindo. Edward desceu as mãos para sua cintura, apertando-a, ela aproximou seu corpo ainda mais.

A nativa o empurrou, desajeitada, e ficou em pé num pulo. Edward não entendeu nada. Bella sorriu maliciosamente e correu para escada, parou no segundo degrau e o chamou com o dedo indicar, continuou sua corrida para o próprio quarto. Edward riu e ficou em pé mexendo nos cabelos, como desejava aquela mulher.

— Pois é sofá maligno, um dia eu durmo com você e no outro com a mulher maravilhosa, conviva com isso. — falou com o sofá, se lembrando do dia em que teve que dormir nele e acordará no dia seguinte todo dolorido. Sentiu-se idiota por conversar com o sofá, mas quem liga? Bella estava lhe esperando no quarto. Deixou de perder tempo e correu atrás dela.

http://www.youtube.com/watch?v=EMOPNw9OngE

Kings of Leon - Sex on fire

A casa estava silenciosa e era apenas dos dois, isso era ótimo. Edward entrou no quarto da sua nativa sorridente, Bella lhe esperava em pé e sorrindo de lado, já sem o moletom, usando apenas uma blusa branca de alças e sem o all star.

— Demorou hein? — Bella zombou.

— Isabella, não abuse do meu autocontrole. — avisou.

— Eu abusando do seu autocontrole? Nunca. — disse irônica e sorriu mordendo o lábio inferior. Levou as pequenas mãos ao cós do próprio jeans, abriu lentamente, rebolando um pouco. — Estou a fim de te enlouquecer hoje. — riu.

— E está conseguindo. Oh se está. — Edward respondeu com uma voz meio abafada. Tentava controlar a respiração e o próprio membro, que insistia em reagir a qualquer pequeno gesto da nativa.

— Ótimo. — Bella ficou de costas para ele, mas virou a cabeça para ver seu rosto. Abaixou o jeans um pouco, deixando a mostra sua pequena calcinha. Virou-se para ele novamente, um sorriso malicioso surgiu em seus lábios. — Para de ficar me olhando e me pega logo, idiota!

Seu desejo é uma ordem, Edward pensou antes de andar até ela.

Pegou-a pela cintura e colou seus lábios abruptamente, invadindo sua boca com a língua. Desceu suas mãos lentamente até seu jeans e terminou de abaixá-lo, Bella ergueu as pernas deixando o jeans descer por elas até o chão e então ficou apenas de calcinha. Edward subiu as mãos lentamente pelas suas coxas, pelo seu bumbum, até sua cintura novamente, sem descolar seus lábios.

Ofegante, Bella separou seus lábios, mordendo o canto do próprio lábio inferior. Esticou o braço até a barra da blusa de Edward e a ergueu rapidamente, para ajudá-la ele levantou os braços. Depois de tirar sua blusa e jogá-la longe, Bella acariciou aquele peito nu, quase desenhado, foi passando os dedos do ombro até a cintura, parando no cós do jeans, abriu o primeiro botão e olhou para Edward, que lhe beijou. Enquanto suas bocas se cruzavam, Bella terminava de abrir seu jeans. Quando ela terminou de abri-lo e depois tirá-lo, deixando-o apenas de cueca, Edward tirou sua blusa rapidamente, deixando a mostra aqueles seios perfeitos e enrijecidos, já que estava sem sutiã.

Edward beijou seu pescoço e foi descendo com leves beijos por seu colo, até capturar seu seio com a boca, mordiscou seu mamilo e então foi passando a língua por ele. Bella jogou a cabeça pra trás e soltou um arrastado gemido com aquela sensação. As mãos de Bella involuntariamente lhe agarraram e marcaram suas costas ferozmente. Logo se livraram das últimas peças de pano cobrindo seus sexos e estavam prontos.

A cama parecia boa, mas não tão excitante para Edward, queria algo melhor. Enquanto beijava o pescoço da nativa, ele a pegou no colo e andou para o banheiro. Estava de olho naquela pia desde o sexo no chuveiro, era ali que queria tê-la. A pia de mármore estava limpa e vazia, atrás o espelho – Edward via o reflexo das costas nua de Bella, seus cabelos caindo nela e seu bumbum, além de parte do próprio reflexo, fodidamente excitante

Bella deixou-se ser sentada sobre a pia, estremeceu com o frio do mármore contrastando com o quente de sua pele e se arrepiou quando a mão quente de Edward foi diretamente a sua encharcada intimidade, massageando seu clitóris. Abriu ainda mais as pernas, sentindo-o com os olhos fechados, gemendo quase em sussurro, levando Edward e a si mesma a loucura. Seu corpo ardia e respondia a cada toque de seu forasteiro, queria gritar para que ele fosse rápido, mas aquela tortura era fodidamente deliciosa. Edward tomou sua boca em um beijo abrupto e guiou o membro até a entrada de Bella, acariciou-a e então a penetrou lentamente. Bella gemeu e quase gritou por entre o beijo.

Edward começou a estocá-la com vontade. Começou lentamente, indo o mais fundo que podia e voltava para o começo, quase tirando, logo depois aumentou a velocidade, indo rápido demais, e assim foi alternando a velocidade em uma mistura dolorosamente deliciosa para aquela nativa-nenhum-pouco-inocente.

Bella flexionou os joelhos e ergueu mais as pernas, segurando-se em Edward, fincando as unhas em sua pele. Gritava de prazer, gemia seu nome, atiçava-o ainda mais. Subiu as mãos por seu corpo e entrelaçou os dedos aos seus cabelos, puxou-os com violência e gritou. Edward, enquanto a penetrava, beijou seu pescoço, dando leves chupões e lambidas, enquanto ela arranhava suas costas.

Ele ergueu o rosto e a olhou nos olhos, ambos estavam em chamas. Colou suas testas e foi até o fim, sentindo-se explodir nela. E logo depois ela se jogou para frente e mordeu seu ombro com força, abafando um grito, transformando-o em gemido e explodiu junto.

O fogo foi se acalmando, a ardência passando. Edward a abraçou, deixando-a pousar a cabeça sobre seu ombro. Seus corpos estavam suados e esgotados. Uma das experiências mais intensas para ambos, não apenas fisicamente. Porque a relação de ambos não era apenas física, envolvia sentimento. E o sexo era uma conseqüência deliciosa disso.

Edward a pegou no colo novamente e a levou de volta pra cama, saindo do banheiro, com um sorriso satisfeito no rosto.

Colocou-a no chão e deitaram-se cama. Bella pousou a cabeça sobre o braço de seu forasteiro, recebendo carinho dele, uma das pernas sobre a dele e a outra mão sobre seu peitoral, fazendo desenhos com o dedo. Passaram vários segundos, que logo se transformaram em minutos, apenas deitados em silêncio. Seus foram voltando à temperatura normal, a respiração já tinha se estabilizado, o suor foi secando sobre a pele, transformando-se em um leve brilho.

— Suas costas deve estar toda arranhada. E com certeza vai ficar com uma marca depois da minha mordida em seu ombro. — Bella disse rindo, Edward a acompanhou na risada.

— Realmente, mas sabe que valeu a pena? Isso foi... Quente.

— Isso foi quente e... Intenso. Ainda nem acredito. — falou sorridente. — E por que me levou pro banheiro ou invés da cama?

— Sei lá. Desde o dia em baixo do chuveiro, quando vi aquela pia tão espaçosa, decidi que queria experimentar. — riu após confessar.

— Uau, então você fica planejando lugares para transarmos?

— Claro. Ainda quero experimentar seu carro, o praia, a campina... Uau, só de imaginar fico com vontade de te carregar nua agora mesmo pra esses lugares. — disse sorrindo, imaginando.

— Forasteiro maníaco sexual. — Bella disse sorrindo, até que gostaria de ir a todos aqueles lugares com ele e fazê-lo, então riu.

— Eu não quero sair daqui nunca, sério. — Edward comentou mais sério e carinhoso, Bella riu.

— Estamos aqui há um bom tempo e hoje não vamos poder ficar até o dia seguinte na cama, meu pai vai voltar, lembra?

— Oh, obrigado por me lembrar, isso me incentiva a sair. Ainda não estou disposto a levar um tiro no traseiro.

— Idiota. — ela revirou os olhos rindo, Edward a apertou em seus braços e beijou sua cabeça.

— Você que me deixa assim, todo bobão.

— Ah! Calma, vou pegar um negócio que esqueci lá em baixo, quero fazer um negócio.

— Você falou a palavra negócio duas vezes na mesma frase, o que você vai pegar? — perguntou zombeteiro.

Bella lhe mostrou a língua e ficou em pé rapidamente, ainda nua. Pegou na gaveta uma calcinha preta que se assemelhava a uma boxer masculina, vestiu-a rapidamente e por cima colocou a blusa branca de Edward, que ficou maior nela.

— Você fica sexy com a minha roupa. — Edward elogiou.

— Eu sei. — apoiou um joelho sobre a cama e lhe beijou rapidamente. — Já volto.

Ela saiu correndo, quase saltitante, do quarto. Edward aproveitou sua saída e saiu de baixo da coberta, ficou em pé e vestiu sua cueca boxer novamente, já que Bella estava com sua blusa e não estava com vontade de colocar o jeans, ficou apenas de boxer. Voltou a sentar na cama, esperando por ela.

Bella não demorou a sair de casa, pegar o violão na caçamba do carro e voltar pro quarto. Mostrou a ele sorrindo. Um brilhante violão preto. Pegou em cima da mesinha de cabeceira uma palheta que tinha.

— De quem é essa belezinha? — Edward perguntou, enquanto dedilhava as cordas do instrumento, soltando algumas notas, sentindo o violão e vendo se precisava de afinação, mas não.

— É do Jacob! — sorriu. — Eu me lembrei de você tocando na praia, lembra? Então, queria te ouvir tocando novamente.

— Jacob. — bufou o nome dele com desdém.

— O que? — perguntou confuso, mas ele não tirou os olhos das cordas. — Ah não, sério? Você tem ciúmes do Jacob?

— O que?! Não! Não é ciúmes, é... — pensou, mas do que adiantava esconder? — Ok, é ciúmes sim.

— Você é mais ciumento do que eu pensava. — Bella riu. — Jacob é meu irmão, nada mais do que isso. Seria nojento pegar um irmão, acredite.

— Eu sei que é besteira, mas é mais forte que eu. — baixou a cabeça.

— Porque você é idiota. — sorriu carinhosamente e lhe deu um selinho. — Agora toca aquela música da praia, que tal?

Edward lembrava-se da música. Começou a tocá-la, sem tirar os olhos do violão.

http://www.youtube.com/watch?v=-Lb557lk060

Thiago Iorc – Nothing but a song

I read your mind a thousand times. Exempt myself from alibis

Eu leio sua mente mil vezes. Me isentando de álibis

Surrender to me softly. You're trying to find a different side on me

Se entregue a mim suavemente. Você está tentando encontrar um lado diferente em mim

You see this life, as nothing but a song without no rhyme

Você vê esta vida, como nada mais que uma canção sem rima

Bella o escutava com um sorriso no rosto. Estava com as pernas cruzadas sobre a cama e vendo-o tocar apenas de boxer. Era sexy e romântico. Ele estava com toda sua atenção voltada ao violão, enquanto ele fazia a parte instrumental, fazia um biquinho fofo. Até começar a cantar, o que ele fazia a maior parte com os olhos fechados.

Devote myself with compromise. Selfishly lying, giving bad advice

Me dedico com compromisso. Mentindo de forma egoísta, dando maus conselhos.

Surrender to me once again. You're trying to find a boy inside a man

Se entregue a mim mais uma vez. Você está tentando encontrar um menino dentro de um homem

You ask me why we suffocate our lives beneath the sky

Você me pergunta por que nós sufocamos nossas vidas sob o céu

A parte o improviso da música, que era meio o refrão, ele cantava sorrindo, como se achasse aquela parte engraçada, Bella controlava a vontade de rir.

Maybe we're losing all reason in our silly fights,

Talvez estejamos perdendo toda a razão nas nossas brigas tolas,

Maybe this time it'll seem right.

Talvez desta vez parecerá correto.

Edward ergueu o rosto. Como da última vez, a última parte da música seria cantada diretamente a Bella, era para ela.

I wanna tell you 'bout the day we first met and how I feel when you're holding me tight,

Quero te falar sobre o dia em que nos conhecemos e como eu me sinto quando você me abraça forte,

Oh and how you've changed my life.

Oh, e como você mudou minha vida.

Ele cantou o refrão novamente, até acabar a canção, rindo desconcertado. Bella o aplaudiu sorrindo.

— Você é tão bom, você canta tão bem. — sorriu,

— Eu lembro que da primeira vez que cantei na praia, eu olhei apenas para você e você não sorria como os outros, parecia... Surpresa, mas no final você me aplaudiu sorrindo e aquilo foi bom. — admitiu meio envergonhado.

— Eu estava surpresa de verdade. Eu pensava em você um pouco só como o forasteiro idiota, só isso. E você me mostrou que tinha talento, foi bom estar errada. — sorriu e Edward esticou o braço, acariciou seu rosto e se aproximou para beijá-la.

— Hum... — terminou o beijo com vários selinhos. — Eu quero ver você cantar, que tal?

— Não, eu não canto, canta mais uma pra mim, por favor. — Bella choramingou com um biquinho gracioso.

http://www.youtube.com/watch?v=5yJzW1tNXyk

Neon Trees – Baby

— Ok. — Edward pigarreou e jogou o cabelo pro lado. — Ohh wooaah, ohh wooaah, ohh wooaah.

Bella gargalhou ao reconhecer aquele comecinho. Perguntou rindo: — Sério?

Edward apenas piscou e riu, começou a cantar: — You know you love me, I know you care, just shout whenever and I'll be there, you want my love, you want my heart and we will never, ever, ever be apart… Are we an item? Girl quit playing! "We're just friends"? What are you saying? Said there's another and looked right in my eyes, my first love broke my heart for the first time… And I was like Baby, baby, baby, oooh!

— Oooh! — Bella cantou com ele.

— Baby, baby, baby no… Thought you'd always be mine! — parou de cantar, sorriu faceiro: — E ai, você vai cantar pra mim ou posso começar a cantar One Time? Talvez High School Musical? Ou Backstreet Boys?

— Você não sabe cantar High School Musical ou Backstreet Boys. — Bella o desafiou com os olhos.

— Não? — ele passou os dedos nas cordas, tocando uma nota e então riu. — Eu não sei mesmo, não sei tocar ou cantar High School, mas sei cantar Backstreet Boys... Tell me why, ain't nothin' but a heartache, tell me why, ain't nothin' but a mistake, tell me why, I never wanna hear you say, I want it that way! — ele cantou fazendo caretas engraçadas, como se estivesse se esforçando para cantar.

— Puta que pariu. — Bella gargalhava. — Edward Cullen de Justin Bieber a Nick Carter em poucos segundos? Como fui me envolver contigo mesmo?

— Porque eu sou fodidamente atraente. — sorriu convencido.

— Só pode ter sido por isso mesmo, sabia? O que mais me atrairia em você? — perguntou retoricamente.

Edward encarou o tom da nativa como outro desafio, colocou o violão de lado e pegou o rosto dela com uma mão e lhe beijou. Sua língua abriu espaço entre seus lábios e depois por entre seus dentes, até alcançar outra língua, seu beijo foi... Quente. Quando percebeu, já estava com cima dela com uma das mãos acariciando sua coxa nua e outra em seu rosto, estava apenas de boxer, seu membro roçava a barriga da nativa e ameaçava acordar novamente. Bella o empurrou, procurando por ar. Ofegante, Edward lhe encarou divertido e sentou-se.

— Te lembrei por que você está tão atraída por mim?

— Hum... — Bella ainda tentava buscar ar e organizar os pensamentos. Quando voltou a respirar direito, sentou e riu lhe encarando. — É, lembrou sim. Com certeza.

— Ótimo, agora canta pra mim. — Edward pediu.

Ela pegou o violão meio hesitante e mordendo o lábio inferior. A primeira música que veio em sua cabeça não era tão conhecida, mas sabia cantá-la, tinha notas mais fáceis, pelo menos pra ela.

http://www.youtube.com/watch?v=2qea3lLr5qQ

I Wouldn't Mind - He Is We

Merrily we fall out of line, out of line

Alegremente nós saímos da linha, saímos da linha

I'd fall anywhere with you, I'm by your side

Eu cairia em qualquer lugar com você, eu estou do seu lado

Swinging in the rain, humming melodies

Balançando na chuva, melodias sussurrantes

Were not going anywhere until we freeze

Nós não vamos a lugar nenhum até congelarmos

A voz de Bella era mais doce do que Edward esperava, com uma mescla muito suave de rouquidão. Quase única. Ele não conhecia a música, mas a letra, melodia, a imagem de sua Bella cantando... Não esqueceria tão fácil.

I'm not afraid anymore, I'm not afraid

Eu não estou mais com medo, eu não estou com medo.

Forever is a long time, but I wouldn't mind spending it by your side

Pra sempre é um tempo longo, mas eu não me importaria de passar ao seu lado

Bella se sentia um pouco constrangida cantando, mas o sorriso de Edward a incentivava, ela ia parar depois de cantar depois de ter cantado a primeira parte, mas Edward percebeu antes.

— Continua cantando, por favor. — pediu num sussurro. Algo em seu tom de voz, olhar, sorriso, algo nele a fez continuar.

E assim Bella cantou a música até o fim.

Ela não tava mais com medo, definitivamente.

No fim da música, Edward sorria como nunca. Orgulho, amor, alegria. Aquele momento era tão deles, tão íntimo, que nada ao redor era percebido.

— Sério? Você canta tão bem, tão bem. — elogiou sorrindo. Bella colocou o violão de lado e corou.

— Idiota. — engatinhou pra cima dele, entrelaçou os dedos aos seus emaranhados cabelos e lhe beijou.

Ainda tinham o resto da tarde inteira até que Charlie chegasse.

*

Já passava das sete horas e a noite já tinha caído sobre Forks, depois de muito enrolarem na cama (o dia inteiro, pra falarem a verdade), Edward convenceu Bella a irem tomar banho e se recomporem. Isso era assustador até para ele mesmo, afinal quando se imaginaria negando fogo? Ria com esse pensamento. E agora a apressava para que saíssem da cama e se arrumassem antes que Charlie chegasse e atirasse em seu traseiro. Ele não sabia se Charlie era realmente capaz disso, mas pra que arriscar um traseiro tão lindo, não?

Após tomarem banho, um de cada vez (afinal Edward ainda não tinha um autocontrole tão grande), eles se trocaram e arrumaram a cama, então desceram pra cozinha pra preparar o jantar.

Edward ficou responsável por fazer o macarrão – afinal era apenas colocar água no fogo com um pouco de sal, deixar ferver e colocar as varetas do macarrão. E Bella faria a parte mais complicada, o molho – que não foi tão complicado, apenas dourou um pouco de carne e depois colocou em molho pronto com alguns temperos.

Eles comeram na mesa conversando sobre música e bebendo suco. Poucos minutos depois de terem começado a comer, Charlie chegou. Bella se ofereceu para preparar um prato pro pai, enquanto ele tomava banho. Depois ele desceu e sentou-se à mesa com a filha e o quase-genro.

— E ai pai, como foi o dia de garçonete? — Bella perguntou zombeteira, enrolando macarrão no garfo.

— Garçom. — corrigiu, enrolando o macarrão como a filha. — E foi legal... Ok, não foi. Sue é uma tirana e me fez de escravo. Anotar pedidos, entregar pedidos, servir mesa, limpar mesa, depois o restaurante? Escravidão. E o pior? Não podia nem reclamar ou a mulher me agredia com seu pano de prato que parecia ser feito de chumbo!

Bella e Edward gargalharam com a situação. Charlie assentiu e levou o macarrão a boca, então se serviu com suco.

— Eu faço isso todo o dia, pai. Que chefe de policia mais frouxo! — riu.

— Ser chefe de policia de Forks é fácil, o índice de criminalidade da cidade é mínimo, quase zero, pra ser sincero. Só tenho que atender pequenas ocorrências, agora um restaurante tendo a Sue como dona? Não, adeus, eu me demito! Nunca mais fico trabalhando por lá!

— Sue não me parece tão assustadora assim. — Edward entrou na conversa.

— Porque você é a doçura dela. — Bella respondeu irônica.

— Doçura, é? — Charlie perguntou fingindo desconfiança, a filha gargalhou. — E o que vocês fizeram o dia todo?

Edward não sabia como responder sem mentir, apenas trocou um olhar cúmplice com Bella, que sorriu quase maliciosamente. Charlie gargalhou.

— Não respondam, já fui jovem, entendi a troca de olhares. — com dois dedos fez sinal de troca de olhares. — Espero que estejam se protegendo e...

— Ei, vamos parar com o momento saúde da família, ok? Estamos comendo. — Bella o interrompeu.

— Ok. Já parei. — pegou o copo com suco e deu um longo gole, enquanto os outros estavam em silêncio. Voltou a colocar o copo na mesa e pegou o garfo. Não ia conseguir ficar sem implicar com Bella muito tempo. — E o casamento, quando sai?

— Pois é Charlie, eu fico falando isso o tempo todo. — Edward respondeu prontamente.

Bella suspirou pesadamente. Era legal seu pai gostar de Edward, assim como Edward gostava dele. Mas não quando resolviam ficar juntos para enchê-la, ainda mais sem Sue para lhe ajudar. Eram os dois contra ela. Aquele pequeno jantar duraria bastante.

Depois de comerem e conversarem na mesa, foram os três de volta pra sala. E lá ficaram matando o tempo conversando mais um pouco. Edward gostava daquele contato, apenas via Bella e Charlie conversando e rindo de pequenos detalhes, mas em certo momento se viu longe dali, pensando sobre ir embora...

— Então meninos, eu vou subir e dormir, estou cansando. — Charlie disse e ficou em pé. — Vai dormir aqui em casa, Edward?

— Oh, eu ainda não pensei nisso, acho que não.

— Se quiser ficar, é só dizer. — Bella falou sorrindo. — Ou eu te levo na sua casa.

— Ok, então vamos embora agora, pra não ficar muito tarde. — Edward ficou em pé também, murmurando Bella foi junto.

— Então ok. Juízo ok? Tchau Edward. Vê se não volta tarde, Bells. Boa noite! — acenou. Ao passar por Bella beijou sua testa e bateu no ombro de Edward, subiu para o próprio quarto.

Edward e Bella saíram logo depois, foram no carro dela de volta pra casa. Bella foi rápido, afinal a estrada estava vazia, não tardando a chegar. Ele não a deixou descer, se despediram no carro e se beijaram lentamente. Desceu e acenou, ela partiu.

O forasteiro entrou na casa e entrou, subiu as escadas rapidamente, sem trombar com ninguém. Entrou no quarto e fechou a porta, abriu e ligou o netbook sobre a mesa. Edward não esperou, deixou-o ligando e foi fazer outras coisas, pegou a toalha de banho e foi pro banheiro.

Assim que entrou o banheiro e fechou a porta, o netbook terminou de ligar. Como estava no chuveiro, não escutou o barulho e não viu a tela piscando mostrando que tinha um novo e-mail. E por isso ele não sabia o que vinha adiante. Ele não sabia que era um e-mail de Rosalie. Não sabia que se tratava do fim. Não sabia o quanto o dia seguinte lhe traria mudanças. É, ele não sabia.