P.O.V Elizabeth

Alguns dias após Clarisse nascer fui jantar com Bernardo, nos estávamos bastante próximos, bastante amigos. Na noite daquele jantar ele me pediu em namoro, acabei aceitando.

Nunca me esqueci de Alexandre, então talvez namorando minha cabeça se aliviasse. Era uma estratégia.

Um mês após o começo do nosso namoro fiquei sabendo de um festival de musica que aconteceria perto de Londres. Convidei todos para irem comigo, mas todos estava ocupados.

Foi complicado convencer meus pais a me deixarem ir sozinha, eles ainda estavam preocupados com o fato de Drina estar a solta, mas no final eles cederam. Seria so um fim de semana, nada iria acontecer.

Mas eu me enganei, um fim de semana pode ter mais surpresas do que um século inteiro. Na primeira atração do festival me deparo com ele.

Alexandre!

Ele estava la, mais lindo do que antes, nos olhamos e eu recordei de tudo que passamos. Ele veio em minha direção e sorrimos um pro outro, quando parou na minha frente Alexandre falou:

-Que bom te reencontrar!- e aquela foi apenas a primeira frase de uma longa conversa.

Contei a ele tudo o que havia acontecido desde a ultima vez que havíamos nos visto, ele escutou pacientemente meu falatório. E quando estava na hora de voltar para meu hotel, não consegui. Alexandre e eu tínhamos algo mito forte nos unindo, talvez o mesmo que unia minha irmã a Alec, então naquela noite ficamos juntos e em todo o resto da semana também.

Tomei uma decisão, Alexandre queria ficar comigo e eu com ele, sabia que se contasse isso para meus pais iria ser proibida de chegar perto dele. Por isso decidi fugir. Alexandre não queria aceitar que eu deixasse minha família, mas com jeito eu o fiz mudar de ideia. Ate que foi fácil.

Tínhamos que decidir para onde iriamos, mas qualquer lugar com ele seria ótimo, ate o fim do mundo. Estávamos no aeroporto, riamos por qualquer coisa, era tão fácil ficar com ele. Eu não era aquele tipo de garota que precisava de um casamento para minha vida estar perfeita, poderia só ficar com Alexandre, sem aliança alguma.

Alexandre queria ir para a Espanha e eu para a Califórnia, era uma duvida cruel, ele tentava me convencer que a Espanha era melhor. Ele beijava meu pescoço, por sorte estávamos em um lugar deserto do aeroporto, mas foi ai que eu a vi.

Drina me torturou por horas, se eu tivesse forças perguntaria por que ela não me matava de uma vez por todas, mas não conseguia nem manter os olhos abertos. Alexandre estava desmaiado desde que ela nos encontrou, Drina e uma cumplice nos levaram para uma casa, mas naquele momento estávamos no porão.

Ela ria ao me ver gritar de dor. Minha morte era sua maior alegria.

-Isso que da se meter com meu Alexandre!- ela exclamou.

 -Ele não e seu- falei reunindo forças.

-Cale a boca seu verme- ela disse e voltou a me atingir- Fique de pe!- ela ordenou.

Não fiquei e ela me levantou e me amarrou na parede, percorreu com o dedo meu rosto o apertando.

-Chegou sua hora!- ela se afastou de mim e quando parou tentou me atingir, so não conseguiu porque Alexandre despertou bem na hora e ficou na minha frente, recebendo os poderes de Drina no meu lugar.

Drina ficou parada vendo o que tinha feito, tinha dor e ódio em seu olhar, so saiu dali quando sua cumplice a tirou de la. Consegui me soltar e fui ate Alexandre, ele estava vivo, mas muito fraco.

P.O.V Nessie

Elizabeth ainda não havia voltado do festival, por isso começamos a ficar preocupados. Scoot, o amigo de Alexandre nos ligou perguntando se tínhamos noticias dele, ai foi so ligar os pontos, eles deveriam estar juntos.

Seguimos o rastro de Eliza, que acabava em um aeroporto, Scoot que estava conosco sentiu o cheiro de Drina, Fomos para onde o cheiro levava, uma casa, la encontramos Eliza desesperada, agarrada ao corpo quase sem vida de Alexandre, ela nos contou brevemente o que havia acontecido.

Quase toda família estava ali, com a exceção de Ever que tinha ficado com Clari. Minha irmã não conseguia acordar Alexandre, nem Carlisle conseguiu, Eliza respirou fundo e falou:

-Meu sangue vai lhe devolver a vida.

-Nem pense em fazer isso!- papai exclamou.

-Eu preciso, ele salvou minha vida- ela  falou, papai tentou contestar, mas Eliza não deixou e com a própria boca cortou seu pulso e o colocou sangrando na boca de Alexandre, do mesmo jeito que havia feito comigo a tanto tempo atrás.

Ele ficou visivelmente melhor, mas não acordou. Carlisle orientou Eliza a parar de lhe dar sangue, após isso todos saímos de la com Alexandre.

P.O.V Elizabeth

Mesmo que meus pais não gostassem nada da ideia de Alexandre ficar na casa deles, eles acabaram permitindo, após eu implorar muito. Mas assim que ele se recuperasse iria embora, mas isso não queria dizer que não ficaríamos juntos, pois íamos ficar, as coisas finalmente estava se encaixando.

Assim que Alexandre se recuperou totalmente ele disse que precisava ter uma conversa urgente comigo.

-Não posso ficar com você Elizabeth, não posso te por e risco novamente, sua família não pode sofrer as consequências e você tem que ficar segura- fiquei paralisada com as palavras dele, ele recolheu suas coisas e partiu.

Fiquei desolada, não tinha força para nada, minha família tentou me ajudar, mas nada adiantava. Bernardo pensava que eu ainda estava viajando, tudo para manter nossa relação.

Fazia uma semana que Alexandre havia me deixado quando não me senti bem, fiquei tonta com enjoo e vomitei. Não tinha ideia do que estava acontecendo comigo, ate que me lembrei dos sintomas de algo que pra mim era uma doença.

Fui ate a farmácia e comprei um teste, não queria nem em sonho que ele desse positivo. Tive que ficar esperando o resultado, li e reli as instruções e quando o resultado saiu entrei em choque. Liguei para a Nessie, precisava muito falar com ela. Esperei ela chegar na frente de sua casa, não conseguia controlar meu nervoso e assim que ela que ela chegou falei:

-Preciso muito da sua ajuda, fiz um teste de gravidez hoje e ele deu positivo- minha irma sorriu e disse após me abraçar.

-Parabéns querida!

-Você entendeu o que eu disse?- perguntei.

-E claro que entendi parabéns – ela disse.

-Você tem que me ajudar a tirar essa coisa- falei rispidamente.

-O que?- Nessie perguntou em estado de choque.

-Não gosto de criança, você sabe disso, além do mais isso e do Alexandre- falei com raiva.

-Você quer abortar?- ela perguntou ainda chocada.

-Sim, devo fazer isso!- exclamei.

-Elizabeth, eu sonho em ser mãe desde sempre, e possível que eu nunca realize esse sonho. Estou a quase um ano casada com Alec e parece que nunca vamos ter um filho, você realmente acha que eu ajudaria alguém a abortar?- ela perguntou em um tom de voz exagerado.

-Não posso contar com ninguém além de você- falei.

-Não posso te ajudar!- ela exclamou indo embora.

O que eu iria fazer? Não iria ter um filho, nunca quis um e nunca ia querer, além do mais era do Alexandre que eu estava gravida, se Drina soubesse daquilo iria sentir mais vontade de me matar. E eu não iria ariscar minha vida por uma criança chorona, minha única saída era contar para meus pais.

P.O. V Nessie

Cheguei chorando no trabalho, as pessoas passavam por mim e perguntavam o que tinha acontecido, mas eu não conseguia responder. Corri para a sala de Alec, precisava muito dele.

-Meu amor o que houve?- ele perguntou quando cheguei lá e pulei em seus braços.

-Elizabeth esta gravida e pediu minha ajuda para abortar- respondi.

-Eliza esta gravida?- ele perguntou, assenti em seu peito e falei desesperada.

-Como ela pode ser tao egoísta? E filho dela, como eu queria ter um filho.

Demorei muito ate me acalmar, não entrava em minha cabeça que haviam pessoas que queriam se livrar de seus próprios filhos, era cruel demais. Eu daria tudo para ter um, mas pessoas egoístas estavam por ai tirando a vida dos seus.

Fui com Alec para ate a casa dos meus pais naquela noite. Elizabeth havia contado a eles, porem se ela não tivesse eu iria, era o que deveria ser feito. Meus pais não gostaram nada da situação dela, mas não apoiaram a ideia do aborto o que foi um alivio, eles iriam cuidar da criança como se fosse dele e Elizabeth teve que aceitar.

-Obrigado!- agradeci a Alec quando ele abriu a porta da nossa casa ao votarmos pra lá, ele assentiu, joguei minha bolsa no chão e me afundei no sofá.

Fechei os olhos e pensei em como minha irmã tinha sorte e não reconhecia isso, era muito rui saber que essa sorte poderia nunca chegar a mim. Suspirei alto com aquela hipótese, abri meus olhos e procurei por Alec, ele estava sentado na mesinha a minha frente.

Estendi minha mão pra ele e me encolhi, Alec entendeu que aquele era um pedido mudo para ele ir me abraçar. Escondi meu rosto em seu peito e comecei a chorar.