Assim que acordei vi Alec me olhando, seu olhar era doce e sereno, ele sorriu e me beijou. Ficamos ali abraçados por um bom tempo, ninguém me afastaria dele de novo.

-Como você está?- perguntei.

-Bem melhor e você está bem?- ele perguntou afagando meu rosto.

-Sim foi uma ótima noite- respondi sorrindo.

Alec realmente estava melhor e agora me falava onde tinha ficado quando cometi o pior erro da minha vida.

-Fiquei aqui perto, não era nem muito perto nem muito longe de você, era um bom meio termo, o melhor lugar que consegui ficar- ele contou.

-Como me achou ontem?- perguntei passando a mão em seus belíssimos cabelos.

-Estava caçando e senti seu cheiro, estava por todo lado, parecia que você estava perdida, segui ele até que desapareceu, então lá estava você na mão daquele... – Alec respondeu ficando furioso na última parte.

-Se você não tivesse aparecido sabe-se lá onde eu estaria agora- falei me abraçando mais a ele- O que acha que ele vai fazer agora?

-Klaus é o pior monstro que já vi, ele vai fazer qualquer coisa pra te ter, mas não se preocupe vou matar ele é uma promessa- Alec disse, queria muito que ele realizasse aquela promessa o mais rápido possível- Enquanto isso você não vai sair sozinha- ele acrescentou.

-Tudo bem- concordei.

Um forte esquema de segurança foi montado naquele dia nenhum de nós sairia desacompanhado a partir de agora. Tio Emm brincou dizendo que seria meu segurança particular e que ninguém se aproximaria de mim, bom eu pensava que era uma brincadeira, mas quando Alec tentou se sentar ao meu lado foi empurrado por meu tio, fiquei extremamente preocupada Alec ainda estava se recuperando da briga de ontem. Tia Rose tratou de brigar com Emmett.

Elizabeth brigou comigo quando ficou sabendo qual foi meu verdadeiro motivo de me separar de Alec, ela disse que eu necessitava ser um pouco mais egoísta. Aceitei a sugestão dela e não falei nada sobre ela e aquele que ela chamava de namorado, iria me afastar daquilo o máximo possível.

Voltamos para Boston quando Alec já estava totalmente curado, nenhuma marca permanecia em seu corpo do dia em que ele salvou minha vida. Os dias ou talvez as semanas, não sabia já que parei de contar o tempo quando meu doce vampiro voltou, passavam por mim tranquilamente, Klaus não apareceu o que foi um gigantesco alivio.

Estávamos na hora do almoço na escola quando minha prima recebeu uma mensagem, ela leu e releu esta umas cem vezes antes de conseguir falar.

-Marcelly está grávida- meu corpo reagiu a essa frase.

-É verdade?- perguntei esperançosa.

-Sim- Ever confirmou se Marcelly estava grávida isso queria dizer que minha espécie podia gerar um filho, era divino.

Liguei para Carlisle quando a aula acabou perguntando se poderia ir até o hospital falar com ele. Fui correndo pra lá, Alec foi comigo mesmo sem saber o que eu queria fazer lá. Meus pais tinham ido caçar então minha conversa com Carlisle não seria interrompida por ninguém, pedi que Alec ficasse na recepção, precisava de muita concentração.

-Entre- Carlisle falou quando parei na frente da sala dele- Algum problema querida?- ele perguntou.

-Não está tudo bem, é que eu fiquei sabendo que Marcelly está grávida e queria falar com o senhor- ele assentiu e disse:

-Sobre você poder ter filhos.

-Se ela está quer dizer que eu também posso, não é?- perguntei ansiosa.

-Aumenta suas chances- ele respondeu.

-Como assim?- perguntei confusa.

-Pode ser que o corpo de Marcelly seja mais próximo do corpo de uma humana que o seu.

-Então eu não posso engravidar?- perguntei começando a ficar desnorteada.

-Não é bem assim, mas mesmo humanas tem restrições e nem todas podem engravidar. E até hoje não sabemos se você tem aquele problema que dificultaria uma gravidez- ele falou me lembrando daquele bendito exame.

-Se eu tiver esse problema minhas chances diminuem, não é?

-Sim, mas se você não fizer esse exame nunca saberemos, eu já falava isso antes e volto a falar seria melhor que você faça esse exame.

-Mas se der que eu tenho algo não vou aguentar, seria horrível- falei.

-A escolha é sua- ele disse, mas eu não poderia fazer isso, não poderia deixar que um simples papel destruísse meu sonho, meu maior sonho.

-Acho que não é a hora certa- disse- Não vou fazer esse exame, pelo menos não agora.

-Tudo bem, qualquer coisa sabe onde me encontrar- ele disse compreensivo.

-Obrigado vovô- falei saindo de sua sala.

Alec me esperava na recepção, ele estava preocupado, isso era certo. Veio até mim e perguntou:

-Você está bem? Por que quis vir aqui?

-Estou bem, vamos sair daqui depois eu te falo- minha voz era fraca, cheguei no hospital acreditando que poderia engravidar, mas agora...

Fomos para uma praça, ele continuava agitado querendo saber o que tinha acontecido. Reuni forças e contei minha conversa com Carlisle, depois de um tempo de eu ter contado Alec finalmente falou:

-Também acho que você deveria fazer esse exame.

-Por quê?- perguntei.

-Com ele você tiraria esse peso de cima de você- ele respondeu.

-Com ele um peso maior viria.

-O exame pode dizer que você não tem nada- ele disse.

-Isso é otimismo demais!- exclamei.

-Mas pode acontecer.

-Por que está tão interessado?- perguntei notando o súbito interesse dele.

-Você tinha razão, algum tempo convivendo com você e já se pensa em ter filhos- Alec respondeu sorrindo.

-Você está falando sério ou só quer que eu faça aquele exame?- perguntei em choque.

-É claro que estou falando sério, eu não brincaria com algo tão sério. Eu realmente penso em formar uma família com você, e também sei que você não vai fazer esse exame agora.

-Você quer ter filhos comigo?- perguntei ainda surpresa com as palavras dele.

-Quero- pulei em Alec quando ele confirmou e falei feliz:

-Eu te amo muito.

-Eu também te amo muito- ele disse também feliz.

Dias depois de Marcelly falar que estava grávida ela veio para Boston, junto com Nahuel e Huilen, ela queria passar a gestação com a família. O ritmo desta era tão acelerado quanto foi a gravidez da minha mãe e quando um mês foi completo ela entrou em trabalho de parto.

Ela deu a luz a um menino, o nome dele era Emmett segundo, ele era a cópia do pai, mal se via Marcelly nele, mas Ever estava presente nele com seus olhos verdes. Marcelly era uma mãe possesiva e mal deixava que alguém se aproximasse do filho, tia Rose aproveitou quando ela dormiu e trouxe o pequeno Emmett para todos paparicarem.

-Ele é tão parecido com Nahuel- Esme disse com ele no colo.

-Ele é lindo - mamãe falou pegando ele- Ever querida ele tem seus olhos.

-Isso o torno mais bonito- Ever disse carregando o sobrinho, todos riram.

-Mas ele tem meu maravilhoso nome- tio Emm falou- Sabe Nahuel parabéns eu gostei de ser avô, não é ruim, até me sinto mais jovem- todos voltaram a rir.

-Ser pai também não é ruim- Nahuel disse.

-Espere ele sujar a calça ai quero ver você repetir essa frase- toda a confraternização do momento se dissipou quando minha maravilhosa irmã disse isso, nossos pais a olharam repreendedora mente e ela sabia o que dizer- Desculpe não deveria ter dito isso.

-Tudo bem Eliza, você não quer vir ver ele mais de perto?- Nahuel perguntou a ela, Eliza não gostava dele, nem um pouco, quando ela era criança papai e mamãe tentaram aproximar os dois, mas não deu certo.

-Estou muito bem aqui- essa resposta era em parte porque ela não gostava nem de Marcelly nem de Nahuel, então bajular o filho dos dois estava fora de alcance. O outro motivo era porque Eliza não suportava de crianças, ela nunca chegava perto demais de uma e sempre deixou claro não queria ter filhos, meu total oposto. Tentando quebrar aquela tensão fui ver o mais novo membro da família, era bastante claro que eu queria um filho.