Selene escrita por Tamires Vasconcelos


Capítulo 18
Meu primeiro beijo


Notas iniciais do capítulo

Eis ai mais um capitulo, em breve vou postar com mais frequência, já que vou entrar em FÉRIAS!!



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Cameron me acompanhou até em casa, ele parecia um pouco mais tímido, talvez por ter quase me beijado. Enquanto caminhávamos ele pegou minha mão devagar, como se tivesse medo que eu recuasse.

- Está sã e salva - Ele disse assim que chegamos em casa.

- Obrigada por me acompanhar.

Ele sorriu.

- Foi um prazer.

Ele pigarreou.

- Então eu posso vir de pegar as oito? 

- Claro as oito está bom.

- Até mais tarde.

Ele me deu um beijo na bochecha e saiu.

- Até mais tarde.

Entrei em casa com um sorriso que eu não consegui tirar, do rosto. Coloquei Dinka no meu quarto, pois se eu deixar aquele cachorro solto por ai, ele poderia fazer uma bagunça terrível.

Meia hora depois Dylan chegou, ele esperava por mim no carro com um lindo sorriso.

- Oi - Ele disse assim que cheguei.

- Oi.

Ele ficou em silêncio durante um tempo mais voltou a falar.

- Eu vi você e o Cameron no parque - Ele disse por fim.

- Você viu?

- Eu vi.

Ele tentou dar um sorriso, mas não se saiu muito bem.

- Ele tentou te beijar, não foi?

Eu não disse nada, talvez ele nem esperasse mesmo uma resposta então continuou.

- Eu sei quem sim, eu vi, e para falar a verdade eu não gostei nada, depois você me lembra de agradecer o cachorro, ele é seu?

- È sim.

- Eu tive que ir me segurar para não dar uma porrada naquele cara.

- Não quero que faça isso.

Ele deu risada.

- Porque você sabe que eu o arrebentaria, não é?

Agora foi eu quem deu risada.

- Na verdade, é porque eu não quero que você se machuque.

- Isso não teve graça.

- Teve sim.

Na verdade se houvesse mesmo uma brigada entre Dylan e Cameron, duvidaria que Cameron saísse mais machucado do que o Dylan, os dois podiam ter mais ou menos a mesma altura, mas Cameron parecia ser um pouco mais atlético e mais forte também.

Nós chegamos finalmente na loja, e Dylan começou a abrir as portas.

- Está feliz hoje? - Ele perguntou.

- Porque eu teria que estar?

Ele se virou para mim com um sorriso malicioso.

- Porque vamos passar o dia todo juntos, e sozinhos.

Eu fiquei encarando ele talvez ele possa ter achado que fiquei assustada com a noticia.

- Não se preocupa eu não mordo, só se você quiser - Ele completou.

- Você costuma mesmo falar dessa maneira com as meninas?

Ele piscou.

- Só pelas as que eu estou apaixonado.

- Dylan...

- Não me diga que não gosta de mim - Ele me interrompeu

- Eu não ia dizer isso.

Ele se apoiou na porta.

- E o que você ia dizer?

Ele ficou esperando que eu dissesse.

- Tudo bem, eu ia dizer isso, mas não da maneira como você falou.

Ele deu risada.

- Você é tão hipócrita Selene.

Fiquei perplexa com o que ele disse.

- O que?!

- Você mente pra você mesma.

- Eu sei o que quer dizer a palavra ''hipócrita'' e você não sabe nada sobre mim.

- Você não é tão difícil de decifrar quanto pensa - Dylan disse rápido.

Revirei os olhos.

- Como eu ia dizendo você diz que não sente nada por mim, mas eu sei que sente - Ele continuou.

- E você é muito convencido, não acha?

- Na verdade, eu não acho não.

Eu já ia entrando na loja, mas Dylan ficou na minha frente, me impedindo de passar.

- Você fica linda quando está nervosa. 

- Eu não vou falar mais nada para você.

Ele deu um sorriso do tipo vencedor e fez um sinal para que eu entrasse na loja.

- Primeiro as damas.

***

- Eu quero uma fantasia de princesa - Disse uma garota irritante segurando um vestido que era apenas para meninas de 5 anos.

Agora a loja vendia fantasias, apenas para crianças, pois a maioria das festas as crianças queriam ir fantasiadas, mas era muito irritante ter que aturar o charminho de garotinhas que não encontravam suas fantasias, apesar de que a garota segurando o vestido de princesa estava lá pelos seus 17 anos.

- Não tem fantasia de princesa da sua idade.

- Eu quero uma fantasia de princesa! - Ela gritou.

Dylan que estava ao meu lado no balcão se segurou para não rir.

- Essa eu vou deixar pra você - Ele sussurrou no meu ouvido e foi para um canto da loja.

Respirei fundo.

- Essa é uma loja para fantasias de crianças, e eu acho que você já passou dessa faze a muito tempo.

Ela deu um sorrisinho que eu não entendi o por que.

- Eu não quero saber o que você acha, só sei que quero uma fantasia igual a essa, e de preferência do meu tamanho.

- Eu disse que não tem! Se essa ai couber em você pode ficar.

- Olha eu tenho uma festa para ir hoje, e eu quero uma fantasia de princesa, você entendeu ou é surda?

Eu já estava começando a ficar com muita raiva daquela garota.

- Tem aquela de vaca se você quiser, acho que é perfeita pra você.

Dylan agora se contorcia de tanto rir.

A garota jogou o vestido no chão.

- Eu vou processar você! - Ela gritou.

- Processa, eu não tenho medo.

Ela saiu furiosa da loja.

- Desse jeito vamos perder todos os clientes - Dylan disse pondo-se ao meu lado.

- Os únicos clientes que temos são crianças e eles não podem processar ninguém.

- Eu já disse que você fica linda quando está nervosa?

Respirei fundo. Dylan levantou as mãos em forma de rendição.

- Me desculpe, é por isso que gosto de deixar você nervosa.

O sol já estava começando a se por, Dylan e eu estávamos preparando para fechar a loja.

- Você pode arrumar as fantasias no lugar certo, enquanto eu fecho o caixa? - Ele perguntou em um tom um tanto profissional.

- Claro.

Comecei a arrumar as fantasias de acordo com os temas e os tamanhos, era incrível como as pessoas não colocavam nada no lugar depois que desarrumavam tudo, será que era tão difícil assim?

Dylan estava quieto no caixa eu podia apenas ouvir ele cantando alguma musica bem baixinho.

Eu estava distraída, agora arrumando vários tipos de mascaras em uma prateleira, quando ele me deu um susto por trás e deixei caírem todas às mascaras.

- Dylan olha só o que você me fez fazer!

Verei-me para ele que estava rindo.

- Tudo bem eu arrumo.

Ele deu um passo em minha direção e eu dei outro pra trás.

- Porque está fugindo de mim?

- Eu não estou fugindo de você.

- Então porque deu um passo para trás?

- Por que você não respeita meu espaço.

Ele deu risada, mas continuou se aproximando e eu continuei dando andando para trás até que cheguei à parede.

- E agora para onde você vai? - Ele perguntou com um meio sorriso um pouco ameaçador.

Tentei dar a volta por ele, mas Dylan foi mais rápido e colocou suas mãos sobre a parede me deixando presa.

- Isso não tem graça Dylan.

Com uma de suas mãos ele colocou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha e segurou meu rosto.

- Eu só quero ter uma chance também.

Então ele me beijou, tentei me afastar dele mais Dylan me segurou firme junto a ele, até que me rendi, senti uma coisa estranha em nosso beijo, o vento agora soprava em meu rosto, podia sentir meus cabelos voando, me concentrei o maximo nele era como se o vento fizesse parte de cada célula do meu corpo até que finalmente consegui me afastei dele, empurrando para longe de mim, com uma força surpreendente.

Dylan me olhava confuso mais ao mesmo tempo com um pequeno sorriso nos lábios.

- Dylan... Eu não posso fazer isso.

- Você não parece ter muita certeza disso.

- Eu tenho, eu tenho certeza disso.

- Mas você retribuiu - Ele me provocou.

- Porque você não me largava.

- Mas você gostou, não foi?

Eu abaixei meu rosto, ele veio até mim hesitando um pouco e pegou delicadamente meu queixo me fazendo olhar para ele.

- Selene, eu estou apaixonado por você - Ele disse cada palavra com muita firmeza.

Eu não conseguia dizer uma palavra se quer, apenas fitava seus lindos olhos castanhos.

Dylan apenas deu um meio sorriso e então deu um beijo na minha testa.

- Eu arrumo essa bagunça - Ele disse pegando as mascaras do chão.

Eu comecei a ajudá-lo.

- Não precisa, pode deixar que eu faço isso.

Dylan começou a arrumar as mascaras e em apenas 5 minutos já tinha colocado todas as mascaras em seus devidos lugares.

Depois que ele terminou de arrumar as mascaras eu o ajudei a fechar a loja.

- Te dou uma carona até a sua casa - Ele disse apenas.

Durante o caminho até a minha casa ficamos em total silêncio, era até um pouco constrangedor.

- Obrigada pela carona - Eu disse assim que ele parou o carro.

- Não há de que.

Eu já ia saindo quando Dylan pegou meu braço e me fez virar para ele.

- Quero que você saiba que eu não vou desistir tão fácil.

Ele começou a se inclinar para mim, eu coloquei a mão em seu peito impedindo que ele continuasse.

Dylan olhou para minha mão e deu um sorriso largo.

- Eu entendi - Ele disse se afastando.

- Tchau.

Eu sai do carro, eu podia estar de costas enquanto abria a porta, mas eu sabia que Dylan estava ali, ele só foi embora assim que entrei em casa.


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Notas finais do capítulo

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