Selene escrita por Tamires Vasconcelos
Notas iniciais do capítulo
Quero dedicar esse capitulo para Sophie215, e agradecer pela maravilhosa recomendação que você fez, eu adorei ela.
Eu acordei com lembidas no rosto, aqui era realmente muito nojento.
- Não Dinka para.
Eu o peguei e coloquei no chão.
- E não fica olhando com essa carinha para mim.
Eu fui me arrumar para ir a escola, e em 30 minutos eu já estava pronta. Eu estava arrumando meus materiais na mochila quando Clarie gritou.
- Selene telefone pra você!
Desci as escadas correndo, peguei o telefone e Clarie estava com um sorriso bobo no rosto.
- Alô.
- Hnh... Oi Selene, aqui é o Cameron.
- Oi - Eu disse em um tom baixo e tímido.
- Eu queria saber se você não quer uma carona pra escola hoje, é claro se você não for com o Dylan - Ele disse Dylan, parecendo nervoso.
- Quero sim.
- Sério? - Ele pareceu surpreso.
- É.
- Então daqui dez minutos eu passo ai para te pegar.
- Tudo bem.
- Tchau - Cameron parecia constrangido.
- Tchau.
Quando desliguei o telefone Clarie falou.
- Você está vermelha.
- Não estou não.
Ela sorriu.
- Tudo bem, vai tomar seu café da manhã.
Comi meu cereal o mais rápido que pude, e assim que terminei ouvi Cameron buzinando.
- Tchau Clarie tenho que ir.
- Selene espere!
Eu já estava na porta.
- Talvez você pudesse chamar Cameron para jantar com a gente hoje.
- Tudo bem.
Clarie abanou as mãos.
- Vai ele deve estar te esperando.
Cameron estava parado encostado no carro, realmente um Deus grego.
- Bom dia - Ele disse assim que me aproximei dele.
- Bom dia.
Cameron abriu a porta para mim.
- Obrigado.
Ele entrou no carro e começou a dirigir, os movimentos que eu tive que me concentrar o maximo para fazer, ela fazia com a maior calma.
- Vendo você parece tão fácil dirigir.
Ele deu risada.
- Depois que aprende é fácil, não sei no caso das mulheres é claro.
- As mulheres dirigem bem.
Ele sorriu e mexeu um pouco as pernas.
- Suas pernas estão doendo? - Ele perguntou com uma cara de dor.
- Um pouco.
- Acho que perdi o jeito de andar de cavalo.
- Eu também - Disse pensativa - Você não quer jantar na minha casa hoje?
Ele olhou surpreso para mim.
- Quero, é claro que quero.
Seus olhos se encontraram nos meus e de repente ele voltou a olhar pra frente.
- Primeira lição: Nunca tire os olhos da estrada, por mais bela que seja a distração.
Ele disse rindo.
- Anotado.
Chegamos à escola um pouco atrasados, mas nada que desse outra detenção.
- Qual sua primeira aula? - Ele perguntou.
- Arte.
- Eu te acompanho até lá.
Ele segurou minha mão e fomos em silêncio até a minha sala.
- Até mais - Ele disse e foi embora.
A aula não havia começado mais o professor já estava na sala, eu abri a porta devagar e fui para meu lugar.
- Hoje teremos uma aula diferente, vocês terão um parceiro e vão fazer um retrato dele.
A sala começou a gritar. O professor pegou um chapéu.
- Peguem um papel e leiam o nome do seu parceiro em voz alta. Lauren quer ser a primeira?
- Sim.
Ela foi até lá e tirou um papel do chapéu.
- Selene! - Ela olhou o papel outra vez - Selene?
Eu acenei para ela. Só agora ela tinha me visto, não parecia com raiva por eu te-la quase matado, mas parecia animada.
Ela foi até meu lugar.
- Que coincidência! - Ela falava mais alto que as pessoas normais - Ontem você estava tentando me matar, e hoje é a minha parceira na aula de arte
- Pois é.
Os outros alunos começaram a tirar os nomes.
- Eu posso te pintar? Sempre quis pintar alguém ruivo - Ela já estava posicionando a tela.
- Tudo bem.
Ela me deu um banco.
- Cruze as pernas, e sorria só um pouco, como a Mona Lisa.
- A Mona Lisa não sorri.
- Tanto faz.
Ela arrumou meu cabelo.
- Agora não se mecha.
- Vou ter que ficar assim até quando?
- Até eu terminar o quadro, e eu disse para não se mexer.
Eu tive que ficar naquela posição durante a aula toda e ainda teria que ficar na próxima por que Lauren não tinha terminado o quadro.
- Você vai ficar linda! E não se preocupe eu sou uma ótima artista, já pintei retratos de quase todos da sala, do Brad, Janeth, Kiara, Douglas...
Ela disse com muito entusiasmo, enquanto andávamos pelo corredor.
- Eu entendi, de quase todos.
- Pois é, sabe as vezes eu acho que deveria ser artista plástica, mas a maioria deles é considerado louco.
- Imagino porque.
- Você que ir ao Shopping comigo? - Lauren perguntou constrangida.
Lembrei do celular que prometi a Clarie que ia comprar.
- Claro, tenho que comprar uma coisa.
Ela deu uns pulinhos de alegria.
- Ótimo, sabe é aniversário do meu namorado hoje e eu queria comprar um presente legal, mas a Sarah está doente e eu não sabia com quem ia. Pode ser depois da aula?
- Pode sim.
- Ok, então a gente se encontra depois da aula.
Ela saiu andando na frente, provavelmente indo para sua próxima aula, mas se virou para mim.
- Por acaso você passou na prova?
- Não.
Ela suspirou aliviada.
- Graças a Deus, você seria um perigo para a humanidade atrás de um volante.
- Obrigada pela sinceridade.
Ela sorriu.
- Não há de que. E não se esqueça, depois da aula, aqui.
Ela saiu na maior calma pelo corredor que já estava quase vazio. Estava indo para a minha aula que seria E.D Física, infelizmente.
- Selene! Espere.
Alguém me chamou, virei para trás e era o Dylan.
- Oi - Foi a única coisa que consegui dizer quando ele chegou.
- Oi, eu só queria te dizer que vou abrir a loja um pouco mais tarde hoje, e que se você quer fazer alguma coisa comigo.
- Na verdade, eu vou sair com a Lauren.
Ele passou as mãos nos cabelos pensando.
- Então podemos sair outro dia?
- Claro.
Houve um silêncio constrangedor.
- Temos aula juntos agora, não é? - Dylan perguntou enfim.
- Temos.
Nos começamos a andar em silêncio, ele pegou minha mão mas a soltei no mesmo instante, Dylan apenas sorriu.
- Cameron pode segurar sua mão.
- È diferente.
- E porque é diferente? Ele é seu namorado? - Eu não gostava do tom que ele estava falando comigo.
- Ele não é meu namorado, e se fosse isso não seria da sua conta.
- Escuta - Dylan pegou meu braço e me fez olhar para ele - Fiz alguma coisa que te magoou?
Eu não disse nada o que piorou a situação.
- Por que está perguntando isso.
- Você está estranha comigo.
- Não estou não.
Ele me olhou durante um tempo.
- Talvez seja apenas impressão minha.
- Eu só estou um pouco confusa pela morte da Nicole.
Ele deu um sorriso encorajador.
- Belo colar, quem te deu? - Eu sabia que ele queria mudar de assunto.
Não pude contar a risada já estava até imaginando o que ele falaria.
- Foi o Cameron
- É claro. Tinha que ser ele.
- Acho melhor irmos para a aula - Eu disse rápido, não queria ficar falando com ele sobre o Cameron.
O corredor já estava vazio.
Quando chegamos na quadra, Dylan fez um sinal para que eu passasse primeiro.
- Primeiro as damas.
Eu entrei e fui direto sentar na arquibancada e ele se sentou ao meu lado.
- Selene! - A professora me chamou.
- Sim!
- Nem pense que você vai ficar sentada ai hoje, você vai jogar futebol com as outras garotas.
- Mas eu não sei jogar futebol.
- Não se preocupe nenhuma das outras garotas sabe.
Eu me levantei e fui até lá.
- Boa sorte - Dylan disse apenas dando um toque na minha mão.
- Obrigada.
A professora escolheu os times, eu tentava ao máximo não tocar na bola, não ficava como as outras garotas tudo em cima da bola, ficava um pouco mais afastada e quando alguma delas chutava para mim eu chutava de volta.
Os garotos é claro que realmente sabiam jogar futebol, ficavam rindo e apontando os erros.
Então de repente uma garota chutou meu tornozelo, a professora disse que ela estava tentando chutar a bola, mas tudo bem, se não fosse é claro o outro chute que ela deu no mesmo tornozelo e me fez cair no chão outra vez.
- Você fez isso de propósito! - Eu gritei com ela.
- Tenho certeza que não fez, voltem ao jogo! - A professora disse.
Mas a garota nem deu atenção.
- Fica longe dele! - Ela gritou.
Eu já não estava entendendo nada.
- De quem?
Ela apontou para a arquibancada exatamente onde Dylan estava, que piscou para mim e deixou a garota com mais raiva ainda.
- Não acredito nisso - Foi tudo que consegui dizer.
Então me virei e sai.
- Eu estou falando com você!
Ela pegou meu braço e me puxou para trás. Tive que sacudir o braço para ela soltar, mas então a menina caiu no chão.
Ela se levantou e foi para cima de mim mas antes de agarrar meu cabelos segurei suas mãos um garoto agarrou ela e puxou para trás, alguém também me pegou por trás, apesar de eu não estar querendo brigar.
A professora apitava sem parar.
- Chega! Chega! - Ela gritava.
Ela ficou entre mim e a garota.
- Dessa vez eu não vou mandar vocês duas para a diretoria, mas se houver uma próxima vez eu mando!
A professora olhou meu tornozelo e percebeu que eu estava me apoiando em uma perna só.
- Selene como esta o seu tornozelo?
- Doendo né.
- Dylan leve ela para a enfermaria.
Só a agora fui perceber que era o Dylan que estava me segurando.
- Tudo bem.
Ele pegou meu braço e colocou em volta do seu pescoço e segurou na minha cintura, para que assim eu pudesse ter apoio.
- Nunca achei que você fosse do tipo que brigasse.
Ele disse enquanto íamos para a enfermaria.
- Isso foi culpa sua.
Ele deu risada
- Não é culpa minha aquela garota estar apaixonada por mim.
- Claro que é.
- Porque tem tanta certeza? Também está apaixonada por mim?
Eu não acredito que ele estava dizendo aquilo.
- Quer mesmo que eu responda?
- Se a resposta for sim, eu quero.
Então eu fiquei em silêncio.
- Doeu mais do que se tivesse falado não - Ele disse por fim.
- Me desculpe.
- Não precisa se desculpar, esse não é o tipo de coisa que deve desculpas.
Chegamos então á enfermaria.
- O que foi que aconteceu? - Perguntou a enfermeira.
Eu ia responder mais Dylan foi mais rápido.
- Ela estava jogando futebol e brigou com uma garota.
- Não foi bem assim.
- Bem isso não importa, sente-se aqui que eu vou dar uma olhada - Disse a enfermeira.
Dylan me ajudou a sentar na maca foi até o outro canto da sala e se sentou em uma cadeira.
- Pode tirar o sapato?
Tirei meu sapato e ela começou a examinar meu pé havia uma mancha roxa bem onde tinha levado os chutes.
- Se eu girar seu pé ele dói? - Ela disse.
Ela começou a fazer um movimento circular.
- Não muito.
Ela continuou girando meu pé.
- Mais agora ta doendo - Eu disse.
Olhei para Dylan que estava do outro lado da sala, então ele piscou para mim outra vez.
- Não é tão grave.
Ela começou a passar alguma pomada no meu tornozelo, depois enfaixou.
- Prontinho, quer um pirulito? - Disse a enfermeira me entregando um pirulito.
- Não obrigada.
- Eu quero - Disse Dylan pegando o pirulito e guardando no bolso.
- Vocês podem ficar aqui até o sinal tocar.
Ela saiu da sala. Coloquei com dificuldade meu sapato de volta. Quando fui amarrar o cadarço tive que levantar o pé e gemi um pouco de dor.
- Eu amarro pra você.
Dylan amarrou o cadarço.
- Obrigada.
- Dói? - Dylan pegou meu pé e começou a fazer os mesmos movimentos que a enfermeira.
- É claro que dói.
Ele soltou meu pé e deu risada.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eai gostaram do capitulo? Sim? Não?
Gostaria que me dissessem o que realmente estão achando da história, sugestões, criticas, elogios, tudo vale. Beijos até mais.