Selene escrita por Tamires Vasconcelos


Capítulo 12
Desastre


Notas iniciais do capítulo

Quero dedicar esse capitulo a todas minhas maravilhas leitoras, nunca acreditei muito nesse nogoso que reviews inspiram, mas agora sempre que vejo um novo, fico super ansiosa para escrever outra capitulo. Beijos



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- O que?

Lauren abriu a minha porta e fez um sinal para que eu saísse.

- Não se preocupe, tem vezes que da um branco, mas é só você relaxar e tentar se lembrar de tudo - Ela sussurrou impaciente.

Sai do carro e fiquei parada do lado de fora.

- Qual é menina entra logo - o Homem me apressou.

Me sentei no banco do motorista, segurei firme o volante sem saber o que fazer, eram tantos botões, luzes tanta complicação.

- Coloque o cinto - O homem disse sem paciência.

Coloquei o cinto como a outra garota. Eu encarava o nada na minha frente.

- Olha, eu realmente não sei o que estou fazendo.

Ele respirou fundo.

- Eu sei andar de bicicleta.

- Olha, eu tenho mais dois testes para fazer, e ainda tenho que visitar minha sogra. Então por favor vamos logo com isso.

- Mas...

- Se eu por acaso te ajudar você faz o teste?

- Faço.

- Ei, isso não pode! - Disse a outra garota que eu não conhecia.

- Qualquer coisa pra esse carro andar, se você quiser eu também te ajudo.

- Por mim tudo bem - Ele disse parecendo mais feliz.

Ele respirou fundo.

- O primeiro pedal é a embreagem, o segundo o freio e o terceiro o acelerador. Agora gire a chave e quando o carro ligar você solta ela.

Fiz o que ele mandou. 

- Tudo bem, vai soltando a embreagem devagar e acelere.

- E qual é a embreagem?

- Aquele! - Ele apontou

Fiz o que o ele mandou e o carro começou a andar.

- Você pode acelerar um pouco agora.

Comecei a acelerar mais.

- Tudo bem, freie de leve.

Eu ia frear mais errei o pedal e o carro começou a andar cada vez mais, ele começou a ficar muito rápido, sorte que estávamos em uma rua vazia.

- Freie, Freie! - Ele gritava o que me deixava mais confusa.

As meninas que estavam atrás começaram a gritar. Eu não conseguia pensar direito, nem ouvi o que ele falava.

- O que?...Não gritem!

Mais percebi que eu mesma estava gritando.

- O poste, o poste! - Ele gritava.

Tentei lembrar qual era o freio, e freei quando quase ai bater no poste.

Todos ficaram em silêncio durante um tempo.

- Saia do carro agora! - O homem disse claramente desesperado e nervoso.

Sai devagar do carro, as outras meninas ainda estavam se recuperando.

- Você quase matou a gente! - Disse a Lauren.

- Você não morreu, morreu? então pronto

O homem saiu do carro.

- Você está reprovada - Ele tremia muito ao escrever isso na sua prancheta e me entregar o papel.

- Eu avisei que não sabia dirigir!

O vento começou a mudar outra vez.

Ele não disse nada, olhou em volta e apenas voltou para o carro e fez um sinal para que Sarah fosse para o banco do motorista.

Ela começou a dirigir, estava calma e com certeza sabia o que estava fazendo.

- Droga - Eu murmurei.

Fiquei parada lá vendo eles irem embora.

- Nossa ele ficou nervoso - Disse alguém atrás de mim.

Virei para trás e vi Cameron reprimindo um sorriso.

- Porque sempre venta desse jeito quando você está por perto? - A pergunta para ele foi claro um brincadeira, mais para mim tinha sido sério.

Arrumei as mechas do meu cabelo que estavam na frente do olho.

- Você podia pedir para que o deus do vento lhe ajudasse, ele parece estar ao seu lado.

- Eu ja tentei, e acredite ele não está do meu lado.

Ele começou a se aproximar.

- Você viu? - Perguntei.

- O vento ou você quase matando se professor?

Tentei dar um sorriso mais não consegui.

Olhei para a folha e estava escrito, reprovada, tomando a folha inteira, com uma letra tremula.

- Clarie não vai gostar disso.

 

Ele riu, se aproximou mais de mim pegou o papel amaçou e jogou no chão.

- Esquece isso. Acho que você precisa de uma carona.

- Acho que sim.

- Mais você não vai dirigir meu carro.

Dessa vez eu ri.

- Acho melhor eu me manter fora de um volante.

- Pelo bem na humanidade - Ele completou.

Cameron que conduziu até o carro e abriu a porta para mim.

- Então, quer que eu te leve para o seu trabalho?

- Não vamos abrir hoje.

Ele assentiu.

- Bem eu também não vou trabalhar hoje, e temos a tarde inteira de puro sol livre, tem algum lugar que deseja ir?

- Não sei, não conheço muitos lugares.

Ele sorriu.

- Òtimo.

Ele ligou o carro e então saiu.

- Aonde vamos? - Perguntei.

- Sabe cavalgar?

- Não muito, tinha vezes que costumávamos cavalgar na ilha...

Parei bruscamente quando percebi o que estava dizendo.

- Ilha?

Ele perguntou.

- É...eu costumava ir em uma ilha... Nos vamos cavalgar?


- Você não achou uma boa ideia? - Ele perguntou preocupado..


- Não, quero dizer sim, eu achei uma boa ideia.


Ele sorriu obviamente achando graça da minha enrolação.


- Você é diferente das outras garotas - Ele disse virando para me olhar.


- Pode ter certeza que eu sou.


È obviou que ele não percebeu o sarcasmo nas minhas palavras.


- Então, o que ta rolando entre você e o Dylan? - Cameron perguntou cauteloso.


- Como?


- Sabe, é que você estão sempre juntos.


Eu me toquei que era difícil falar sobre o Dylan, não que eu gostasse dele, sabia que tinha algo mais em seu jeito meigo. Mas ele sempre estava ao meu lado e eu nunca conseguia dizer não para ele.


- Nada, não está rolando nada.


- Bom - Ele disse abrindo seu sorriso outra vez - Mas ele gosta de você.


- Ele é um bom amigo, eu acho.


- Você sabe que eu não estou falando disso, ele gosta de você de um jeito diferente 


A medida que ele falava seu tom de voz abaixava.


- Posso perguntar um coisa sobre a Clhoe?


Ele se endireitou no banco.


- Pode.


Eu ainda não sabia que tipo de pergunta deveria fazer, mais sabia que deveria fazer uma.


- A quanto tempo ela mora aqui?


Ele soltou o ar que eu nem percebi que estava segurando.


- Ela entrou na escola algumas semanas antes das ferias começarem, na verdade foi na mesma época que o Dylan.


Eu puxei o ar pra dentro.


- Sério? - Tentei falar o mais calma possível - Mas ele se conheciam antes de entrarem na escola?


Cameron olhou confuso para mim.


- Hnh...eu não sei, acho que não.


Comecei a tamborilar os dedos na minha coxa.


- Por que está fazendo essas perguntas?


- É só que eu, estou fazendo um pesquisa sobre os alunos que entraram na escola antes das ferias.


Me impressionei na rapidez que improvisei.


- E é de que?


- Biologia - Foi a primeira matéria que veio na minha cabeça.


- Biologia? tem certeza?


- Eu disse biologia? não, é sociologia.


Cameron sorriu para mim, ele sabia que eu estava mentindo.


- Você tem certeza que sabe onde está indo? - Perguntei para mudar de assunto.


- Claro que eu tenho.


Ele começou a bater os dedos freneticamente no volante e depois de um tempo em silêncio voltei a falar.


- Sério, onde a gente ta indo?


Ele deu risada.


- Você não tem paciência?


- Tenho, mais vai saber se você é algum assassino ou outra coisa, eu não te conheço tão bem assim.


- Não confia em mim?


Ele olhou em meus olhos.


- Confio, mas...


- Poque sempre tem um mas?


- Como?


- Todos as garotas sempre terminam a frase com um ''mas''. Por que?


Eu sorri.


- Não sei, mas... - Eu brinquei com ele.


Nos dois rimos.


- Você quer uma aula de direção? - Ele perguntou.


- Mais eu fui reprovada.


- Não se preocupe nenhum aluno meu nunca foi reprovado.


- Não sabia que dava aulas de direção, quantos alunos tem?


- Até agora um.


Eu ri.


- É uma aula de qualidade, aceita?


- È claro.


Ele ficou um tempo olhando para mim. Olhou para frente animado e então anunciou.


- Chegamos.


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Notas finais do capítulo

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