Selene escrita por Tamires Vasconcelos
Notas iniciais do capítulo
Quero dedicar esse capitulo a todas minhas maravilhas leitoras, nunca acreditei muito nesse nogoso que reviews inspiram, mas agora sempre que vejo um novo, fico super ansiosa para escrever outra capitulo. Beijos
- O que?
Lauren abriu a minha porta e fez um sinal para que eu saísse.
- Não se preocupe, tem vezes que da um branco, mas é só você relaxar e tentar se lembrar de tudo - Ela sussurrou impaciente.
Sai do carro e fiquei parada do lado de fora.
- Qual é menina entra logo - o Homem me apressou.
Me sentei no banco do motorista, segurei firme o volante sem saber o que fazer, eram tantos botões, luzes tanta complicação.
- Coloque o cinto - O homem disse sem paciência.
Coloquei o cinto como a outra garota. Eu encarava o nada na minha frente.
- Olha, eu realmente não sei o que estou fazendo.
Ele respirou fundo.
- Eu sei andar de bicicleta.
- Olha, eu tenho mais dois testes para fazer, e ainda tenho que visitar minha sogra. Então por favor vamos logo com isso.
- Mas...
- Se eu por acaso te ajudar você faz o teste?
- Faço.
- Ei, isso não pode! - Disse a outra garota que eu não conhecia.
- Qualquer coisa pra esse carro andar, se você quiser eu também te ajudo.
- Por mim tudo bem - Ele disse parecendo mais feliz.
Ele respirou fundo.
- O primeiro pedal é a embreagem, o segundo o freio e o terceiro o acelerador. Agora gire a chave e quando o carro ligar você solta ela.
Fiz o que ele mandou.
- Tudo bem, vai soltando a embreagem devagar e acelere.
- E qual é a embreagem?
- Aquele! - Ele apontou
Fiz o que o ele mandou e o carro começou a andar.
- Você pode acelerar um pouco agora.
Comecei a acelerar mais.
- Tudo bem, freie de leve.
Eu ia frear mais errei o pedal e o carro começou a andar cada vez mais, ele começou a ficar muito rápido, sorte que estávamos em uma rua vazia.
- Freie, Freie! - Ele gritava o que me deixava mais confusa.
As meninas que estavam atrás começaram a gritar. Eu não conseguia pensar direito, nem ouvi o que ele falava.
- O que?...Não gritem!
Mais percebi que eu mesma estava gritando.
- O poste, o poste! - Ele gritava.
Tentei lembrar qual era o freio, e freei quando quase ai bater no poste.
Todos ficaram em silêncio durante um tempo.
- Saia do carro agora! - O homem disse claramente desesperado e nervoso.
Sai devagar do carro, as outras meninas ainda estavam se recuperando.
- Você quase matou a gente! - Disse a Lauren.
- Você não morreu, morreu? então pronto
O homem saiu do carro.
- Você está reprovada - Ele tremia muito ao escrever isso na sua prancheta e me entregar o papel.
- Eu avisei que não sabia dirigir!
O vento começou a mudar outra vez.
Ele não disse nada, olhou em volta e apenas voltou para o carro e fez um sinal para que Sarah fosse para o banco do motorista.
Ela começou a dirigir, estava calma e com certeza sabia o que estava fazendo.
- Droga - Eu murmurei.
Fiquei parada lá vendo eles irem embora.
- Nossa ele ficou nervoso - Disse alguém atrás de mim.
Virei para trás e vi Cameron reprimindo um sorriso.
- Porque sempre venta desse jeito quando você está por perto? - A pergunta para ele foi claro um brincadeira, mais para mim tinha sido sério.
Arrumei as mechas do meu cabelo que estavam na frente do olho.
- Você podia pedir para que o deus do vento lhe ajudasse, ele parece estar ao seu lado.
- Eu ja tentei, e acredite ele não está do meu lado.
Ele começou a se aproximar.
- Você viu? - Perguntei.
- O vento ou você quase matando se professor?
Tentei dar um sorriso mais não consegui.
Olhei para a folha e estava escrito, reprovada, tomando a folha inteira, com uma letra tremula.
- Clarie não vai gostar disso.
Ele riu, se aproximou mais de mim pegou o papel amaçou e jogou no chão.
- Esquece isso. Acho que você precisa de uma carona.
- Acho que sim.
- Mais você não vai dirigir meu carro.
Dessa vez eu ri.
- Acho melhor eu me manter fora de um volante.
- Pelo bem na humanidade - Ele completou.
Cameron que conduziu até o carro e abriu a porta para mim.
- Então, quer que eu te leve para o seu trabalho?
- Não vamos abrir hoje.
Ele assentiu.
- Bem eu também não vou trabalhar hoje, e temos a tarde inteira de puro sol livre, tem algum lugar que deseja ir?
- Não sei, não conheço muitos lugares.
Ele sorriu.
- Òtimo.
Ele ligou o carro e então saiu.
- Aonde vamos? - Perguntei.
- Sabe cavalgar?
- Não muito, tinha vezes que costumávamos cavalgar na ilha...
Parei bruscamente quando percebi o que estava dizendo.
- Ilha?
Ele perguntou.
- É...eu costumava ir em uma ilha... Nos vamos cavalgar?
- Você não achou uma boa ideia? - Ele perguntou preocupado..
- Não, quero dizer sim, eu achei uma boa ideia.
Ele sorriu obviamente achando graça da minha enrolação.
- Você é diferente das outras garotas - Ele disse virando para me olhar.
- Pode ter certeza que eu sou.
È obviou que ele não percebeu o sarcasmo nas minhas palavras.
- Então, o que ta rolando entre você e o Dylan? - Cameron perguntou cauteloso.
- Como?
- Sabe, é que você estão sempre juntos.
Eu me toquei que era difícil falar sobre o Dylan, não que eu gostasse dele, sabia que tinha algo mais em seu jeito meigo. Mas ele sempre estava ao meu lado e eu nunca conseguia dizer não para ele.
- Nada, não está rolando nada.
- Bom - Ele disse abrindo seu sorriso outra vez - Mas ele gosta de você.
- Ele é um bom amigo, eu acho.
- Você sabe que eu não estou falando disso, ele gosta de você de um jeito diferente
A medida que ele falava seu tom de voz abaixava.
- Posso perguntar um coisa sobre a Clhoe?
Ele se endireitou no banco.
- Pode.
Eu ainda não sabia que tipo de pergunta deveria fazer, mais sabia que deveria fazer uma.
- A quanto tempo ela mora aqui?
Ele soltou o ar que eu nem percebi que estava segurando.
- Ela entrou na escola algumas semanas antes das ferias começarem, na verdade foi na mesma época que o Dylan.
Eu puxei o ar pra dentro.
- Sério? - Tentei falar o mais calma possível - Mas ele se conheciam antes de entrarem na escola?
Cameron olhou confuso para mim.
- Hnh...eu não sei, acho que não.
Comecei a tamborilar os dedos na minha coxa.
- Por que está fazendo essas perguntas?
- É só que eu, estou fazendo um pesquisa sobre os alunos que entraram na escola antes das ferias.
Me impressionei na rapidez que improvisei.
- E é de que?
- Biologia - Foi a primeira matéria que veio na minha cabeça.
- Biologia? tem certeza?
- Eu disse biologia? não, é sociologia.
Cameron sorriu para mim, ele sabia que eu estava mentindo.
- Você tem certeza que sabe onde está indo? - Perguntei para mudar de assunto.
- Claro que eu tenho.
Ele começou a bater os dedos freneticamente no volante e depois de um tempo em silêncio voltei a falar.
- Sério, onde a gente ta indo?
Ele deu risada.
- Você não tem paciência?
- Tenho, mais vai saber se você é algum assassino ou outra coisa, eu não te conheço tão bem assim.
- Não confia em mim?
Ele olhou em meus olhos.
- Confio, mas...
- Poque sempre tem um mas?
- Como?
- Todos as garotas sempre terminam a frase com um ''mas''. Por que?
Eu sorri.
- Não sei, mas... - Eu brinquei com ele.
Nos dois rimos.
- Você quer uma aula de direção? - Ele perguntou.
- Mais eu fui reprovada.
- Não se preocupe nenhum aluno meu nunca foi reprovado.
- Não sabia que dava aulas de direção, quantos alunos tem?
- Até agora um.
Eu ri.
- É uma aula de qualidade, aceita?
- È claro.
Ele ficou um tempo olhando para mim. Olhou para frente animado e então anunciou.
- Chegamos.
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