Senhor e Senhora Sa escrita por Luuck


Capítulo 16
Itachi's story - Parte I: Sou um chefe


Notas iniciais do capítulo

Olá gente. :D
Devem ter estranho o nome enorme do capítulo, porque nessa fic o nome dos capítulos se centralizam em apenas duas palavras, mas vou explicar porque isso não ocorreu nesse capítulo.
Bem, a partir desse capítulo, vou contar-lhes a história do Itachi e Sasuke, ou seja, vou fugir um pouco do presente e voltar ao passado.
A história deles terão 3 partes, essa é a primeira. ^-^
A história deles será contada pelo Itachi em primeira pessoa, ele vai contar como foi a vida dele antes, durante e depois da tragédia.
É a primeira vez que escrevo algo em primeira pessoa, então não sei se vai ficar tão legal como em terceira pessoa. D:
Espero que gostem. ^-^



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      - Alguns chefes chamam de pombinhos. Um prato romântico para aquela ocasião especial. Adequadamente cozidas, ficam macias como manteiga. Podem ser assadas, recheadas com arroz selvagem(ou, cevada). Ou você pode assar na grilha. Pode até ser na panela, mas não há pecado maior do que cozinhar mais de uma codorna. No ponto certo deve ter um toque rosado no peito, mas você precisa da codorna certa, tem que ser carnuda, ou então pode ficar muito seca. Eu prefiro servir assada, faz o sabor ficar mais rico e robusto. E um acompanhamento de raviola, de trufa e cogumelo selvagem fica delicioso. Claro, também pode cozinhar uma bexiga de porco, com misto de... chá chileno e conhaque. Bem, a bexiga ajuda a proteger a codorna, a mantê-la úmida. Pode servir com alho de tomilhos, cebolinhas, cebolas caramelizadas... trufas! Trufas combinam perfeitamente com quase toda a codorna porque elas ressaltam o sabor delicado, intensificam maravilhosamente o sabor delicado da codorna, mas, tem que poder comprar as trufas, ou então, é melhor esquecer.
         - Maravilhoso! ▬ todos levantaram dos seus lugares, e me aplaudiram fortemente. De alguma forma, isso me deixou um pouco sem graça.
         - Muito obrigado! ▬ agradeci várias vezes, até que, finalmente, parassem de aplaudir. - Por favor, saiam por aquela porta. ▬ apontei, enquanto os mesmos saíam lentamente.
         - Ah, filho! Como sempre sendo perfeccionista em seus pratos. ▬ uma mulher... não. Minha querida mãe falara enquanto chegara até mim, me abraçando.
         - Mas é claro, mamãe. Tenho de ser assim, pois você sabe, sou um chef de cozinha.
         - Eu sei, baby. Anotei tudinho aqui, quero tentar fazer. ▬ mamãe estava sorridente. Isso me deixava, com certeza, muito feliz. Mas é claro que, seus cabelos médios junto de seu olhar forte, ressalta tudo. - E então, Ita. Como estão as coisas? Fez uma semana ontem que não te via. ▬ perguntou ela, enquanto começamos a andar em direção da saída, para assim, andássemos por alguns lugares.
         - Ah, mamãe... Estou bem, né? Desde tempos consigo me virar ▬ e sabia mesmo. Mamãe teve de me deixar por causa do idiota do meu pai. Meu nascimento foi por puro acidente e, por esse e mais motivos, o imbecil do meu pai fez com que ela me deixasse com uma outra família aos oito anos de idade. Caso contrário, mamãe viveria na miséria junto de mim. Ele não queria de forma alguma que eu, um dia, ocupasse o lugar dele. Contudo, acho que mamãe deveria ter enfrentado a tal miséria comigo à que me deixar, só que eu a perdoo. Ela nunca me "deixou", para falar a verdade.
         E agora com dezenove anos, estou megaamadurecido e independente. Vivo sozinho, e dediquei minha vida social e econômica à cozinha. Sou considerado o melhor empregado da Inglaterra, me sinto realizado por isso. É algo que faço de paixão. E nunca abandonarei.
          - Isso é ótimo, filho. E me desculpe, tenho que voltar pra mansão... seu irmãozinho precisa de mim. ▬ já estávamos andando pelas ruas de Londres, minha cidade querida.
          - Tudo bem. Cuide bem dele, viu?
          - Sempre cuido. Sinto muito por você não poder vê-lo, seu pa-
          - "O idiota do seu pai". ▬ interrompi. Ela sempre esquece do lindo adjetivo que deixei para ele.
          - É... ele não deixa você vê-lo. Mas prometo que vou fazer de tudo para você conhecê-lo!
          - Obrigado, mamãe! Quero muito conhecê-lo. ▬ com certeza quero muito! Só o vi por fotos e olhe lá! Não posso entrar na mansão, e nem ligo. Mas tirar o direito de ver o meu irmão? Eu poderia processá-lo! Imbecil!
          Er... me desculpe. Estou exaltado. Eu sei.
          Mas o que posso fazer? Nada! Além de chingar e... chingar.
          - Bem, se cuida. ▬ e, assim, me deu um leve abraço, beijando minha bochecha esquerda, saindo.
          Depois disso, fui rapidamente para o restaurante onde trabalhava. Como tinha de dar palestras hoje, só iria entrar no trabalho mais tarde.
          E assim foi. Me dirigi rapidamente ao restaurante, entrando na cozinha, prendendo o meu cabelo(bem, o fato do meu cabelo ser quase do mesmo tamanho do cabelo da mamãe não me incomoda. Na verdade, até gosto dele, e prendê-lo no trabalho é essencial.), colocando o avental, respirando fundo e me aproximando dos pedidos.
          - Pedido dois, mesa cinco: Degustação. Prepare café espresso. ▬ disse, indo para o pedido seguinte.
          - Um café expresso!
          - Mari. ▬ chamei.
          - Sim? ▬ perguntou ela.
          - Eu preciso de uma codorna. ▬ disse, já vendo o outro pedido. - Prepare o amis bouche para a mesa nove, eles ainda estão esperando, onde está? ▬ perguntei para outro cozinheiro que estava pegando algumas coisas.
          - Tá saindo, chefe. ▬ respondeu.
          - Tá. Servindo! ▬ disse, chegando com dois pratos na recepção, um local onde entrego os pedidos, e os garçons servem.
          - Chefe, acho que devia saber. Tem um grupo de amigos aqui, e disseram que as codornas nunca estevem tão boas. ▬ disse um dos cozinheiros que estava pegando os pedidos junto de outros.
          - Ah, é? ▬ anotei umas coisas no papel enquanto perguntei. - E quem não sabe? ▬ sorri pra ele.
          - Itachi, o Phelip e Ann querem dizer à você o quanto é brilhante. ▬ essa é a minha chefe e, antes de tudo, dona do restaurante. Ela é muito exigente, as vezes me dá raiva.
          - Não, me desculpe. Mas os chefes brilhantes têm que ficar na cozinha. ▬ respondi.
          - Itachi, pelo menos um oi, sabe que eles são ótimos clientes. ▬ respirei fundo quando ela dissera isso.
          - Eu já vou. ▬ respondi, andando até Mari. - Não cozinha por muito tempo, se não ela vai ficar muito seca. Eu fico doido quando a codorna fica seca.
          - É, eu sei, eu sei. ▬ respondeu Mari, sorrindo pra mim.
          Não estava com má vontade de ir dar um oi ao casal, mas, sei lá. Eu preciso estar na cozinha o tempo todo, oras!
          Enfim, fui até a porta de entrada e saída do restaurante, que era onde eles estavam.
          - Oh, Itachi! Queríamos dizer à você o quanto seus pratos são deliciosos. Phelip chegou a repetir três vezes.
          - Obrigado mesmo. Faço com muito carinho.
          - Estamos indo agora. Com certeza voltaremos amanhã.
          - Voltem sempre.
          - Claro! ▬ e assim, saíram.
          Às nove da noite fui embora. Estava cansado, eu sei. Entretanto, satisfeito.
          Minha casa não ficava muito longe do restaurante, então nem demorei à chegar.
          Ela tem dois andares. Eu moro no segundo(não, minha casa não tem elevador).
          Já estava subindo as escadas, quase chegando na minha porta. Só parei quando ouvi a voz dele.
          - Itachi.
          - Oi, Deidara. ▬ bem, esse é o meu inquilino. Ele mora no primeiro andar. Certamente ia sair para algum lugar.
          - Que bom te encontrar. Quando vamos jantar? ▬ não é o que está pensando... tenho que admitir que eu pensava isso no começo. Mas ele o que ele quer mesmo são as minhas receitas.
          - Olha, eu não janto com meus inquilinos. Desculpe, é uma regra. ▬ respondi. Olhando para ele.
          - Huh, você é cheio de regras. ▬ disse ele, saindo.
          Entrei em casa. Ela é bem espaçosa, especialmente a cozinha e a sala. Já os quartos são duas vezes menores, mas em compensação, tenho três deles.
          Eu gosto muito do corredor da minha casa. Andando nele, encontra-se os quartos, o banheiro e meu telefone. Sempre vejo se alguém deixou uma mensagem.
          - Você tem duas novas mensagens. ▬ disse a voz programada enquanto eu me trocava. - "Filho, acho que vou aí antes de você ir trabalhar." ▬ uma boa ideia. Mas será que dá tempo de dar um oi? - "Ooooi, é a Mari. Agora minha codorna sai perfeita, e isso graças à você. Até amanhã."
          - Ahhh! ▬ me joguei na cama, olhando pro teto.
          As vezes tenho medo do futuro. Já fazem nove anos que estou esperando mamãe me apresentar meu irmão. É ele quem vai ocupar o lugar de conde.
          Penso nele como se eu precisasse cuidar dele. Eu queria poder fazer... isso... a...gora...










                                                                    ...










          - Ahh! ▬ quase pulei da cama. - Deus! ▬ olhei para os lados, estava tudo claro. Logo olhei para o relógio. - Já são dez horas! Ai, não. ▬ logo ouvi batidas na porta, e levantei descalço para atender.
          - Oh!
          - Mamãe... ▬ fiquei sem graça, meu cabelo estava bagunçado e tinha esquecido de tomar banho.
          - Já estava desistindo de bater na porta.
          - Desculpe-me. Eu estava tão cansado que dormi assim que cheguei.
          - Tudo bem, baby. ▬ logo ela entrou na casa.
          - E o Sasuke? ▬ perguntei, tinha esperanças de que ela o traria.
          - Sasuke? ▬ virou para mim. - Ele está na escola.
          - Posso ir buscá-lo contigo hoje?
          - Não, filho. Eu ainda não esclareci algumas coisas com ele. Ele vai estranhar.
          - Mamãããe. ▬ chamei a atenção dela. - Eu quero conhecê-lo! ▬ exclamei.
          - Te juro que semana que vem o trago.
          - Eu espero. E, mamãe, tenho que me arrumar já.
          - Ok, eu vou pra casa. ▬ abraçou-me, beijando minha bochecha.
          - Tchau, mãe.
          Tomei banho e me arrumei, e saí de casa depois de uma hora. Eu estaria indo para o restaurante, se não fosse uma ideia que veio à minha cabeça.
          Peguei o celular, e liguei pro restaurante.
          - Cozinha? ▬ perguntou a pessoa que atendeu.
          - Oi, é o Itachi.
          - Pode falar.
          - Diz pra chefe que hoje vou chegar mais tarde, preciso fazer algumas coisas.
          - Ok.
          - Tchau. ▬ desliguei.
          Eu sabia onde ficava a escola em que o Sasuke estudava e, por esse motivo, resolvi dar uma passada lá. Já estava quase na hora de ele sair.
          Era um pouquinho longe, mas dava para ir à pé. E claro que a ideia não é chegar perto dele, mas vê-lo por trás de algo sem que mamãe me visse eu poderia.
          Bem... eu acho.


          Cheguei vinte minutos depois na escola. Fiquei atrás de uma árvore esperando. Mamãe já estava ali perto esperando também.
          Não demorou cinco minutos, e as crianças já estavam saindo da escola. Algumas correndo e gritando, outras andando caladas. Mas o que me importava mesmo, era ver o Sasuke. Mesmo de tão longe.
          Logo vi o meu irmão saindo. Ele estava com um sorriso no rosto, e correu diretamente aos braços de mamãe, abraçando-a enquanto ela o levantou no ar.
          Foi emocionante, mas muito triste. Aquele garotinho lindo parecia ser alguém proibido pra mim.
          Eu queria poder gritar "Sasuke, irmãozinho meu!" naquele momento, mas o receio não deixara e, logo, saí do local, pegando o caminho pro trabalho.










                                                            ...










          - Cadê a lagosta pra mesa doze?
          - Dois minutos, chefe.
          - Três milk shakes pra mesa nove, não esqueça do especial!
          - Saindo, chefe.
          - É só três, eu não faço filme com cena de sexo ▬ disse uma das cozinheiras para outro cozinheiro. -, o mundo tá cheio de tarado! Aquele cara da mesa dez é o pior. Toda semana tem uma mulherzinha nova. Eu juro: Se ele olhar para os meus peitos mais uma vez, vai se arrepender.
          - Quanto tempo pra mesa dezesseis? ▬ perguntou Mari, para um cozinheiro que estava trazendo uma caixa.
          - Quinze pra mesa dezesseis. ▬ respondeu.
          O pessoal estava com muita conversinha. Mas eu nem ligava. Estava tão triste, que comecei a chorar.
          - Itachi? ▬ perguntou Mari. - O que foi?
          - Ahh, nada. Continue trabalhando. ▬ respondi. Na verdade, é por ter um irmão que nunca tive.





CONTINUA...


         


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Notas finais do capítulo

Aí está. Gostaram da foto? :3
Por favor, deixem comentários ok? :D
Ficaria muito contente. ^-^
Quero saber o que acharam do começo dessa história. :D
Bye, até o próximo capítulo!



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