Na manha seguinte, Hermione acordou e viu que Draco voltou para dormir com ela, e em um susto, se levantou.

- O que há com você? – Draco perguntou assustado

- Desculpe... Precisamos ir para a aula. - Hermione falou andando de um lado para o outro tentando disfarçar

- Hermione, - Draco falava com um tom bravo – hoje não tem aula!

- Ah, é, é verdade, desculpe. – Hermione falou timidamente

- Então, venha dormir mais um pouco... – Draco falava sonolento enquanto puxava Hermione para a cama.

- Er, eu quero, hum, ir à biblioteca sabe, quero estudar. Depois nos vemos. – Hermione se arrumou e saiu.

Chegou na biblioteca. Gostava de ir para lá quando queria pensar em algo.

“É muito estranho estar com ele, quero dizer, eu não me acostumo com a idéia de namorarmos, embora já tenhamos namorado uma vez.”

- Tao pensativa por que Hermione? – Ron chegava ao seu lado

- Ah, Ron. Onde estava?

- Tava conversando com Harry, fizemos uma aposta e vim aqui pegar um livro com a resposta.

- E qual seria a aposta? – Hermione fitava um pergaminho na mao de Ron.

- Ah, não e nada.

- Deixa eu ver o papel então

- Não... Quero dizer – logo disse quando viu o olhar mortal da garota. – Não e nada como eu disse, não contem nada.

- Bom então ta! – Hermione suspirava – Posso lhe fazer uma pergunta?

- Pode

- Você já se sentiu estranho perto de uma pessoa que dizia a si próprio amar?

- Não, por que?

- Bom deixa pra la, vou indo Ron, ate mais

- Ate mais – Ron se despediu

Hermione viu um loiro sentado num banco perto do jardim. Ele a viu e piscou pra ela, tornou a se virar.

Resolveu ir conversar com ele.

- Draco posso falar com você?

- Bom já esta falando ne? – Draco logo parou de falar e completou – Bom, pode.

- Er, sabe, hoje quando eu acordei, hum, me senti, digamos que, estranha, me senti estranha.

- E o que isso tem?

- Não sei, quando olhava para você e sentia estranha, como se aquilo fosse errado, sabe, precisamos para, isso esta dando peso em minha consciência. – Hermione falava timidamente

- Olha, não sei porque se sente assim, já namoramos e podemos namorar outra vez...- Draco foi interrompido por Hermione

- A questão é essa. Não quero namorar, te beijar, te abraçar, te amar outra vez. Isso ta me deixando muito mal, como se isso fosse, não sei, torturar o ministro da Magia. – Hermione falava chorosa

- Então é assim? Pararemos aqui, e voltaremos à estaca zero? – Draco falava raivoso e desapontado ao mesmo tempo

- Acho que sim Malfoy, me desculpe – Hermione soltava algumas lagrimas

- Sim... Mas pensei que você gostasse ainda de mim – Draco falava se afastando

- Eu gosto de você, mas eu não posso continuar assim! Eu me sinto estranha! Você não entende? Isso e errado, nunca foi para ser assim! – Hermione elevava seu tom de voz

- Então voltaremos à estaca zero! O que nunca foi para ser diferente. Sangue-ruim Granger! – Draco falava contra sua vontade, mas se esforçando.

- POR QUE VOCE ADORA ME CHAMAR ASSIM? – Hermione se esquecera das magoas do momento e ficou raivosa

- Eu te odeio lembra? – Draco falava indiferente

- Mas agora pouco... - Hermione perdera as palavras

- Voltamos à estaca zero lembra? – Draco deu de ombros, por fora estava com seu sorriso sínico de sempre, mas por dentro estava triste, mas por um estranho momento se sentiu feliz

- Lembro – Hermione falou seca e saiu

Draco ficou ali olhando o lago, refletindo o sol. Ouviu Hermione chorando, teve vontade de abraçá-la, mas preferiu não faze-lo, e por mais um estranho momento, não sabia o porque nem o o que estava sentindo, mas se sentia um pouco feliz, um pouco satisfeito, um pouco nervoso. Ficou sentado ali, pensando na vida. Passou suas mãos pelo cabelo e foi para seu quarto.

Hermione não estava ali, mas ele sabia onde estava. Estava, ou na biblioteca ou “Ah, ela está com o cicatriz, cabeça de cenoura, com a lunática e com a Weasley” pensou.

Hermione não estava em nenhum dos lugares, estava no banheiro dos monitores, chorando. Por estranho que fosse, Murta Que Geme não estava ali para irritá-la.

“Por que chorar por ele? Não quero mais saber dele! Eu o odeio! Aquela doninha ridícula, nojento! Metido! Como eu o odeio!”

Suas lagrimas se transformaram em raiva. Saiu dali e foi para seu quarto. Tomou um banho e foi procurar Ron e Harry.

Viu Harry e Ron sentados no Salão Principal comendo – se esquecera que era hora do almoço, e logo Draco estaria ali -, junto de Gina e Luna.

Foi sentar-se ao lado deles, de costas para a mesa de Sonserina.

Draco ficou com fome, e viu que era hora do almoço. Foi comer.

Viu Hermione na mesa da Grifinoria e se sentou longe dali.

Pansy veio pular em seu pescoço.

Hermione nem se deu ao trabalho de olhar.

Draco pediu para falar com Pansy em particular.

- Pansy, eu pensei em tudo que já te fiz, e peço desculpas... Namora comigo? – Draco falava chegando perto

- Ai Draquinho, mesmo sendo tarde ainda aceito! – Ela se agarrou ao pescoço de Draco e o beijou com tanta força que ele trombou para trás.

Voltaram para o salão principal. De mãos dadas e se beijando, foram sentar.

- Ih, olha la – Harry apontava para Draco e Pansy

- Por Deus Harry, seja mais discreto – Gina reclamava

Todos se voltaram para olhar, nada discretos, e Draco e Pansy olharam-nos com certa raiva, e Hermione nem se deu o trabalho de olhar.

- Mi, o Draco ta beijando a Parkinson – Luna falava com nojo

- LUNA! Que é isso? – Gina brigava com Luna

- Tudo bem, espero que eles sejam felizes! Muito felizes juntos. – Hermione falava bem alto, para que eles ouvissem – Que eles sejam felizes, se casem e morram juntos

Todos olharam espantados para Hermione – Que? – Ela perguntava sem entender

- Mi você quer que eles namorem? Eles tao se beijando de novo – Dessa vez Luna não foi corrigida nem nada.

- Pouco me importa que eles estejam juntos! – Hermione falava mais uma vez alto, como o salão estava um tanto vazio, dava para se ouvir.

- Gente, vocês não percebem? Ela não gosta mais dele! – Ron falava com certo ar de quem sabe de tudo e de aprovação. Gina o chutou por baixo da mesa.

- Eu não gosto mais dele nao! Obrigado Ron, me poupou de explicação. – Hermione falava sorrindo pra Ron

Na mesa de Sonserina, Draco ria com Pansy, mas continuava a olhar para Hermione, à procura de seu olhar. Sabendo que não Isa conseguir tao cedo, ele desistiu.

Beijava Pansy, mas não era o beijo que tanto gostava. Era um beijo frio, monótono, obsessivo...

- Sabe Draco, ainda bem que você largou aquela sangue-ruim – Blasio falava satisfeito

- Melhor assim – Draco não sentia nenhum remorso em ouvir ou chama-la de sangue ruim. Ate gostava.

- Ai Draquinho eu te amo tanto! Ainda bem que você tomou consciência do que estava fazendo, e voltou para seu juízo perfeito! – Pansy o agarrava. Blasio e Goyle estavam se mordendo de rir

- Pansy, por favor, não me chame assim – Draco falava beijando Pansy

- Tudo bem, amor!

Horas depois, tiveram que fazer a ronda, como sempre.

Hermione e Draco se encontraram na sala comunal e fizeram sem se falar.

Hermione quebrou o silencio.

- Sabe, ainda bem que achou sua cara metade. Ate que enfim esta com uma pessoa que te merece. – Hermione falava sarcástica

- Claro que achei, não e dificl sabe, tem milhões de garotas que combinam comigo, pelo menos uma teria que me merecer. Superiores, ricos... O que mais? – Draco falava indiferente com o seu sorriso típico

- Deixa eu ver... Sangue puro que tanto valoriza, Sonserinos, ridículos, metidos, arrogantes... É, se merecem mesmo! Não teria outra pessoa que mais combinasse com você! – Hermione já estava brava

- Digamos que não tem mesmo! Todos os meus relacionamentos foram uma droga! Não sei porque não namorei a Pansy antes – Draco tentava fazer Hermione mais brava

- Porque você estava correndo atrás de uma garota, só isso – Hermione dava de ombros

- Uma garota de nada, isso sim. – Draco falou, presunçoso

- COMO ASSIM? UMA GAROTA DE NADA? ACHA QUE EU SOU UMA QUALQUER? – Hermione se descontrolou

- Sim – Draco dava de ombros

- COMO OUSA SEU RIDICULO! – Hermione cerrou foi bater em Draco, mas este segurou seu punho, com muita força.

- Deve-se aprender que não se bate em seus superiores. – Draco segurava a mao de Hermione, fazendo-a lacrimejar.

Hermione, com a outra mao livre, foi bater em Draco, mas este segurou sua mao mao outra vez, agora estava com as mãos presas. Draco segurava com muita raiva e força.

- Nao tente me bater outra vez Granger, senão as conseqüências serão severas! – falou Draco, soltando suas mãos e indo para seu dormitório.

Hermione o observou, esperou-o se afastar o bastante, e chorou. Se encostou na parede, e escorregou. Ficou ali, com as mãos em voltas de seus punhos, chorando, sentada no chão. Pos suas mãos no rosto e chorou mais ainda.

Draco não sentiu remorso nenhum, nem pena, mas sentiu algo estranho. Como se ficasse triste. Foi se deitar e logo dormiu.

Hermione chegou chorando ao seu quarto e foi se deitar.

Não acreditou na reação de Draco a alguns minutos atrás, esperou que fosse diferente.