Á Sua Procura escrita por HopeL


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bom, espero que gostem, eu escrevi com muito carinho.



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Quando Deus lhe da uma chance para viver tudo o que já sonhou na vida você agradece e diz não, os seres humanos são assim, eu fui assim.

Mas agora, nessa cama de Hospital, solitária e praticamente moribunda o arrependimento é grande demais, ainda mais vendo aquela garotinha tendo que passar pelo o que eu passei… duas vezes.

Uma historia de amor pode acontecer de tantas formas distintas, e mesmo tendo a morte contra ela, continua a perdurar.

Porque o amor nos deixa cegos, desinteressados na realidade, só vendo a maravilha que o amor é, mesmo que por pouco tempo.

Mas algumas vezes, o amor vem quando você se vê no fundo do poço, se perdendo de si mesmo. Vem para salvar, para resgatar e libertar.

Todos os problemas se tornam nada diante do problema de seu amado, pois é isso que o amor é: se entregar ao outro.

O destino gosta de brincar com os apaixonados, os fazendo acreditar na eternidade, para que, de uma hora para outra, possa separá-los, criando a dor eterna.

A única dor que nunca cura, a única feriada que não cicatriza, a única lembrança que nunca se esquece…

A morte brinca com a mente, nos fazendo acreditar em reencontro, alguém já voltou? Como existe reencontro sem volta? Como existe vida sem morte? Se existisse ele teria voltado, nem que fosse apenas para me buscar… como havia prometido…

Se a vida tem um fim, por que o amor também não?

Se uma vida pode ser curta, por que o amor também não?

Quando pensei que nada mais me esperava nessa vida ele apareceu rompendo meu pensamento precipitado. Quando ele pensou que era impossível uma historia pior do que a sua, eu lhe mostrei que a minha poderia ser quase pior.

Uma linha tênue, que belos cabelos castanhos teceram entre a morte premeditada e a morte inevitável. A cor neutra, que belos olhos castanhos pitaram em uma realidade preta e branca.

Ele só teria um pedido para fazer a Deus: que o mata-se.

Já eu, tinha dois: que me deixa-se viver, e que ele pudesse viver comigo.

Mesmo sem saber, ambos os pedidos existiam, mesmo nunca sendo pronunciados.

Mas apenas uma coisa eu pude afirmar com a total certeza:

“Eu estava á sua procura”

Mas o destino sempre foi um jogador ardiloso e cruel, me jogou num mundo de tradições e contratos, onde o amor era considerado uma brincadeira de criança… algo que eu não conseguia aceitar. E acabou atendendo apenas um de meus pedidos, continuar viva.

Agora eu me via em meio a sonhos que revelam um futuro que eu vivi num passado distante.

“Os cabelos castanhos voavam ao vento constante daquele penhasco ocioso. A jovem tinha as mãos cobrindo o rosto, á impedindo de enxergar.

Ele caminhou com um sorriso até suas costas e passou a mão pelos cabelos castanhos da garota, os pendendo entre seus dedos.

Ela tirou as mãos do rosto e sorriu abertamente, tocando as mãos dele que ainda seguravam seus cabelos.”

Abri meus olhos e fitei o teto branco do quarto de hospital. Meus ossos doíam mais àquela noite, e aquele sonho a meia noite começava a me deixar confusa. Eu sabia quem era a garota de cabelos castanhos, mas quem seria o rapaz sem face que prendia seus cabelos?

Ter aqueles sonhos, repetidas e repetidas vezes, fazia meu coração doer, por dois motivos:

Primeiro: Eu sabia quem era a garota, e sabia o que ela passava naquele momento.

Segundo: Eu me via naquela mesma garota, ela era como eu havia sido ate os meus vinte anos, quando ele me deixou.

Meu pescoço estava travado e me doía para respirar, aquela doença estava ficando pior a todo o momento, será que a dor nunca teria fim?

E mesmo que a dor acabasse, haveria um lugar para onde ir?

Eu pensava naquela pobre garota, que constantemente vinha me ver, e estava cada vez mais fraca. O que poderia ter feito para receber tal castigo?

Mas então, eu me lembrava do castigo que recebi, não havia sido tão diferente do dela afinal… a única diferença era que ela deixaria a dor aqui… e eu sentia a dor que me deixaram.

Mas então, por que aprendemos que Deus nunca nós fazia sofrer?

Simples, porque ele não faz! Nós procuramos nosso próprio sofrimento e não descansamos até encontrar… Por quê? Porque a vida é assim!


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Notas finais do capítulo

E, bem, não custa nada deixar um comentário depois não é mesmo?

Até o próximo capítulo.