Angel Of Mine escrita por Deanna


Capítulo 17
Capítulo 17 - O Estranho


Notas iniciais do capítulo

Olá :) Desta vez demorei um pouco menos a postar, e espero continuar a conseguir postar sempre o mais rapidamente possivel :)
Espero que gostem deste capitulo, é a continuação da introdução do personagem do capitulo passado...
Boa Leitura:)



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Cheguei a casa e cumprimentei Charlie e Jacob, que se encontravam no sofá a ver um jogo qualquer.

Subi para o meu quarto para deixar as minhas coisas, pousei a mala com cuidado em cima da cama, e procurei o telemóvel que estava sem bateria para o carregar.

            Atrás de mim, ouvi a porta bater lentamente e voltei-me.

            Não me sobressaltei como outras vezes, ao ver a figura perfeita e imóvel de Edward.

            - Edward!

            Corri a abraça-lo, mas ao sentir o meu toque ele pareceu ficar petrificado.

            Não era, de todo, esta a reacção que esperava.

            - Passa-se alguma coisa?

            - O teu… cheiro… - Afastou-me dele de maneira um pouco brusca. – Com quem estives-te hoje?

            Estava confusa e magoada. Não acreditava que depois de um fim-de-semana separados, fosse este o nosso reencontro.

            - Com as pessoas do costume.

            Edward olhou-me ainda estático e parecia avaliar a veracidade das minhas palavras. Aquilo magoou-me ainda mais.

            Porém, após uns segundos pareceu compreender que lhe dizia a verdade, e de que não tinha a menor ideia do que se estava a passar. Manteve-se em silêncio e parecia pensativo.

            - Edward está tudo bem? – A sua expressão manteve-se vaga e não tive qualquer resposta da parte dele.- Passa-se alguma coisa?

            A minha pergunta, era estúpida, sabia-o bem. É claro que se passava alguma coisa, estava estampado na cara dele. Só faltava saber o que era.

            Sentia-me cada vez mais confusa. Havia algo que me estava a escapar. Tinha aquela estranha sensação de conhecer a resposta de um problema, mas não me recordar dela no momento.

            Aos poucos, a expressão rígida e vaga de Edward foi desaparecendo, mas conseguia ver que apesar de se esforçar ao máximo por se mostrar tranquilo, demonstrava preocupação.

            - Desculpa. – E foi ele que desta vez veio ao meu encontro, envolvendo-me no abraço que há pouco não tinha correspondido. – Precipitei-me.

            - Edward vais ter de me explicar o que acabou de se passar aqui!

            - Nada com que tenhas de te preocupar Bella. Como te disse precipitei-me, peço desculpa, não voltará a acontecer.

            Não sei quem ele tentava enganar. Passava-se alguma coisa e a sua recusa em falar sobre o assunto só me vinha confirmar que devia ser algo de importante, ou ele não se esforçaria tanto para o esconder de mim.

            No entanto, naquela noite ele parecia decidido a não falar sobre isso, e por isso sabia que não valeria de nada tentar pressiona-lo. Quando ele estivesse preparado para falar comigo ele falaria.

            - Como foi o teu fim-de-semana? – Edward arrastara-me consigo e dei por mim deitada na cama ao seu lado.

            Falar de tamanhas banalidades como um fim-de-semana, parecia irreal depois do que se havia passado, mas dei o meu melhor por lhe responder acertadamente a todas as perguntas que me fazia. Notei que evitava falar ele próprio do seu fim-de-semana, mas também não insisti nesse assunto.

            Conversamos durante mais um bocado, mas quando chegou a hora de fazer o jantar, despedi-me dele antes que Jacob ou Charlie viessem à minha procura.

            Senti-me um pouco aliviada, quando finalmente me senti sozinha e livre para pensar em tudo o que tinha acontecido.

            Depois de tantos dias a imaginar que vivia um conto de fadas com o rapaz dos meus sonhos, dei por mim mais magoada e confusa do que alguma vez me sentira. Pensava que depois de este tempo todo ele confiasse mais em mim. Pensei que tinha deixado claro que o amava e nada do que ele me pudesse dizer sobre ele, me ia afastar da sua companhia. Afinal tinha aceitado o facto de ele ser um vampiro, de ele ser o líder dos vampiros. Tinha mentido por ele, escondia constantemente factos importantes às pessoas que me eram próximas por ele. Achei que isso valia alguma coisa, que merecia mais confiança da sua parte. Pelos vistos tinha-me enganado. Ele falava comigo, mas nunca me dizia toda a verdade, nunca me contava todos os dados.

            A sua personalidade era diferente da minha, diferente da dos humanos, já sabia disso quando me deixei envolver, e tentei ao máximo que esse facto não me incomodasse. Mas como podia confiar em alguém que mantinha segredos? Depois de todas as coisas que me contou, todas a atrocidades que cometeu em outros séculos, de todas as batalhas que haviam ocorrido em busca do poder, como era possível que ainda mantivesse segredos? E como era possível esses segredos serem piores do que tudo o resto que partilhara comigo?

            Tinha de espairecer, que aliviar um pouco a minha mente.

            Desci para o andar de baixo e olhei a cozinha. Não me apetecia nada cozinhar hoje, mas também não me apetecia comer pizza outra vez. Decidi que a melhor ideia era ir buscar comida ao restaurante que havia no fim da rua, era um restaurante pequeno e não íamos lá muitas vezes apesar de ser perto de casa. Mas assim poderia caminhar um pouco, apanhar ar e espairecer um bocado.

            Vesti um casaco antes de sair de casa, pois o tempo tinha tendência a esfriar à noite, agarrei na carteira e nas chaves e saí.

            Percorri a maior parte do caminho apenas escutando os habituais barulhos nocturnos, a vegetação a abanar ao vento, o som dos pássaros e outros bichos embrenhados na floresta, no entanto, algo me parecia estranho.

            Sem pensar, parei e olhei a minha volta. Apesar de tudo me parecer normal não me senti mais tranquila. Tinha a estranha impressão de estar a ser observada. Voltei a olhar, e não vi nada de estranho. Ao fim de um tempo senti-me um pouco idiota de estar ali parada, e segui o meu caminho, afastando a ideia de alguém poder estar a observar-me.

            Entrei no restaurante que não tinha muita gente, e esperei que alguém me atendesse. Entretanto verifiquei os pratos do dia e decidi-me pela lasanha vegetariana. A Dona do restaurante, a Sr. Cooper, era amiga de infância do meu pai e pareceu agradada por me ver.

            - Bella, há quanto tempo! – Lançou-me um enorme sorriso do outro lado do balcão. - O que é que vais querer hoje?

            Fiz-lhe o meu pedido, e conversei com ela durante uns minutos antes de agarrar no saco com a comida e sair.

            Voltei-me para ela já do lado de fora para lhe dirigir um aceno de adeus que ela não viu através da janela. Nesse curto espaço de tempo, em que deixei de prestar atenção ao caminho que se entendia à minha frente, choquei com alguém que me projectou a mim e à comida para o chão.

            Tentei levantar-me a custo, tinha-me sentado sem querer em cima de um dos sacos e parecia colada ao chão. Vi uma mão estendida à minha frente. Era uma mão de homem, larga e branca.

            - Bem já é a segunda vez hoje.

            Não lhe reconheci a voz, mas reconheci-lhe de imediato a figura. Era o homem alto e loiro com quem tinha esbarrado esta manhã no corredor da escola.

            Olhei-o embasbacada, não sabendo exactamente o que dizer.

            - A palavra que procuras é “desculpa”. – Disse de forma sarcástica, enquanto me ajudava a levantar.

            - Desculpa, não estava a prestar atenção. – Disse de forma quase automática. Não acreditava no que acabava de me acontecer. Tinha definitivamente de começar a prestar mais atenção por onde ia.

            - Bem eu também não estava propriamente atento, por isso acho que também te devo um pedido de desculpas. – Olhou os sacos com a comida arruinada. – E talvez te deva também o jantar.

            Apesar da situação extremamente embaraçosa, pelo menos para mim, falava com uma descontracção invejável, como se a situação não o incomodasse minimamente.

            Tentei recompor-me o máximo possível, enquanto sacudia vestígios de lasanha dos ténis.

            - Quando te sentires pronta para estar em público de novo terei todo o gosto em entrar contigo.

            Fácil para ele falar. Mantinha a sua imagem limpa e cuidada apesar do nosso pequeno acidente. Não havia quaisquer vestígios de comida na sua roupa. Mantinha a sua postura descontraída, o que na presente situação, começou a irritar-me um pouco.

            - Obrigado, mas pago eu pelo meu jantar, afinal a culpa não foi só tua. Mais uma vez desculpa, não voltará a acontecer.

            Pelo menos era o que eu esperava.


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Notas finais do capítulo

E então, quais as vossas opiniões acerca deste novo personagem?
Espero que estejam a gostar da historia, estou a dar o meu melhor para ela ficar boa, mas cada vez se torna mais dificil por tantas ideias em ordem :P

Até ao proximo capitulo :)
Beijos



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