Angel Of Mine escrita por Deanna


Capítulo 1
Capítulo 1 - O Demónio e o Anjo


Notas iniciais do capítulo

Olá

Esta é a minha primeira fic, espero que gostem.
Se gostarem e quiserem mais, por favor deixem reviews :)



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            Eu tinha 7 anos quando tudo aconteceu.

            Era mais um dia de Inverno, tudo se encontrava coberto de neve.

Sempre morei em Forks com o meu pai, pois a minha mãe morreu pouco depois de eu nascer, não tinha qualquer memória dela. Na verdade, nem saberia como ela era, não fossem as fotos que o meu pai guardava.

            O meu pai, Charlie, sempre cuidou de mim, e acima de tudo, é uma figura paternal afectuosa e protectora. Sempre tentou que eu não sentisse falta de nada, por não ter mãe. Mas o facto de sermos só os dois, levou a que eu crescesse mais depressa, muitas vezes tentando ser adulta também e cuidar dele como ele cuida de mim.

 Costumava levar-me e buscar-me à escola, apesar dos seus horários complicados, Charlie é médico no hospital da cidade. Era raro, mas lá havia um dia ou outro em que ficava mesmo impossível sair do hospital, e nesses casos, restava-me caminhar até casa, ou ir de boleia com Billy, o melhor amigo do meu pai, a quem ele ligava nestas pequenas emergências. Mas nesse dia, algo aconteceu que não permitiu nem a Charlie, nem a Billy lembrarem-se de mim.

 Enquanto observava todas as outras crianças a ir embora, e o tempo a passar, ocorreu-me que talvez se passa-se alguma coisa. Não tive tempo para me alongar sobre esse assunto, pois nesse momento alguém me chamou.

            - Bella, ainda por aqui?- ergui a cabeça para um carro preto, e vi que era Sra. Newton com o filho Mike sentado no banco de trás, quem me chamava.

            - Sim. O meu pai está um pouco atrasado hoje.

            - Bem se quiseres vir connosco, posso deixar-te em casa.

Mike ergueu-se um pouco no banco traseiro e olhou pela janela, esperançado. Hum, não me parecia boa ideia. Há uns tempos, Jessica espalhara por toda a escola que o Mike e eu namorava-mos, acho que acabei de descobrir de onde toda essa mentira tinha saído. Achei melhor recusar educadamente.

            - Obrigado, mas o meu pai deve estar a chegar e pode ficar preocupado se não me encontrar aqui.

            - Bem, sendo assim nós vamos indo. Este tempo está a ficar cada vez pior. Se calhar devias esperar pelo teu pai lá dentro, Bella.

            - Obrigado, Sra. Newton.  Adeus. – Fiz um aceno breve e vi Mike recolhendo-se desapontado. Corri para dentro do recinto da escola e abriguei-me debaixo de uma árvore.

            Enquanto pensava em maneiras de fazer Mike perceber que eu não tinha qualquer interesse amoroso nele, apercebi-me de que entre os meus devaneios, já quase uma hora se tinha passado, e o meu pai sem aparecer.

            Decidi caminhar até casa. Afinal, numa cidade pequena como Forks, tudo ficava relativamente perto, e deviam ser só uns vinte minutos a pé até casa.

            Enquanto caminhava, pensava na minha sorte, por a escola primária ficar tão perto de casa, de outra maneira era impossível para mim fazer o percurso sozinha. O caminho até casa, era um pouco deserto, havia uma habitação aqui ou além, mas maioritariamente a paisagem era constituída por árvores.

            Depois de já ter caminhado por cerca de dez minutos, ao olhar em frente, vi recortado na neve um homem de cor negra, de pé sem se mexer. Parecia fixar algo por entre as árvores, pois encontrava-se de costas para a estrada, aparentemente absorto.

Apesar do frio, ele continuava imóvel, e claramente não vestia roupas para aquele tempo. Usava uma camisa branca debotada e ligeiramente desabotoada, e umas calças de ganga rotas e de aspecto sujo.

Não era alguém que eu reconhecesse da cidade, e por isso achei que era melhor tomar cuidado. Tentando não fazer barulho, e visto que ainda me encontrava longe do sujeito, passei para a outra berma da estrada e pensei que assim iria passar despercebida.

            Sentindo-me um pouco mais aliviada, continuei a caminhar, deitando o olho em intervalos regulares ao sujeito, que ainda se mantinha exactamente no mesmo sítio onde o avistara.

            No exacto momento em que passava por ele, virou-se de repente para mim.

            Pela minha visão periférica, consegui perceber que ele se havia voltado, mas tentei ignorar esse facto, com algum temor. Fixei os olhos no chão e concentrei-me na ideia de que Forks era um lugar seguro. Nunca tinham ocorrido grandes incidentes por aqui, e de certeza não iriam começar nem hoje nem comigo. Agarrei-me a esse pensamento, quando de repente algo me fez parar. O homem encontrava-se, sem eu perceber como, na minha frente.

            - Olá.- A sua voz saiu um pouco rouca, como se já não falasse há algum tempo.

            Levantei os olhos para o olhar e o que vi assustou-me. Apesar de ser belo, tinha olhos negros, com sombras também negras debaixo deles,  e olhava-me de um jeito demoníaco, na boca pairava um sorriso torto. Tentei recuar, mas as pernas não me obedeceram.

            Paralisada pelo medo, foi aí que o vi.

            Por detrás do homem tinha surgido um outro. Mas este não parecia um homem, parecia um anjo. Era nitidamente mais novo, não devia ter mais de vinte anos, pensei eu. Era a criatura mais bela que eu já tinha visto, com cabelo revolto e acobreado, olhos de um castanho dourado e pele branca. Ao contrário do primeiro homem, este estava bem vestido, com um ar limpo e perfeito. Usava um casaco cinzento até a cintura, com uma camisola preta e calças pretas.

 Fiquei tão hipnotizada com esta visão que o medo me abandonara, com certeza o anjo não me faria mal.

            - Laureant, não devias ter vindo. – O anjo falou ao homem com uma voz melodiosa que lhe assentava na perfeição, mas que deixava antever uma ligeira nota de ameaça.

            O homem petrificou, como se nessa altura tivesse sido atingido pelo frio que fazia, congelando-o numa expressão um tanto aterrorizada.

            - Edward?- O homem voltou a falar na sua voz rouca.

            Com que então o anjo tinha nome, Edward.

Voltou-se costas para mim e encarou o anjo. De repente curvou-se numa vénia.

- Já acabou Laureant, podes partir agora. Deves partir agora. – O anjo voltou a usar o seu tom de ameaça.

O homem, Laureant, olhou o anjo e parecia tremer quando falou novamente.

- Eu não sabia… Eu não fazia ideia… Tens de acreditar em mim.- parecia suplicar quando se dirigiu ao anjo.

- Vai-te embora Laureant, e diz ao James, quando o encontrares que não volte a aproximar-se. Ele sabe o que o espera se o voltarmos a encontrar.

O homem não respondeu, apenas ficou a olhar o anjo, e eu ali a olhar os dois. Eles pareciam completamente ignorantes da minha presença. De repente, tão depressa quanto apareceu, Laureant desapareceu, deixando-me a olhar para o anjo. No mesmo momento em que olhei mais fundo para os seus olhos dourados, senti as forças a abandonarem-me e a escuridão envolveu-me.


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Notas finais do capítulo

E Então o que acharam? Espero que tenham gostado tanto de ler quanto eu de escrever.
Beijo