Vinte Anos de Barbaridade. escrita por Yas266


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

Esta fic foi baseada em como eu me vejo. Rá! Bárbara "sou" eu apesar de eu me chamar Yasmin... acho que ficou claro. Não é bem drama, não é necessariamente engraçado mas também não é pra chorar. Há termos chulos no texto, crianças não podem ler! Agora a censura não me pega...

Me inspirei numa música que Elis Regina interpetou chamada "20 anos blues" que eu me identifico bastante: http://www.youtube.com/watch?v=jRpn0SQtwWM&feature=related

O que estiver em itálico é Bárbara se metendo na minha descrição das coisas.



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Bárbara é brasileira, vive com os pais, universitária e desempregada. Tem mais de 20 anos que ela diz ter sido bem vividos. Sonhava ter vivido uma história de amor.

Como eu vim parar aqui? Como eu fiquei assim? As respostas nunca chegam, nunca se mostram. O que vai ser de mim? Bárbara não tem uma bola de cristal ou é sensitiva, tudo que ela tem é um presente vazio; é figurante da vida das pessoas que vivem ao seu redor.

Quando era criança queria ser bailarina e veterinária, até que aos dez anos decide ser tradutora. Ela achou o nome da profissão legal e ouviu dizer que não precisaria falar muito; eu sei escrever, tenho facilidade pra aprender línguas, vou ficar bem; a decisão só se consolidou mesmo uns anos pouco antes do vestibular.

Nunca tinha repetido de ano, passou quinze anos de sua vida (desde o pré-escolar) numa escola onde era invisível. Fez no máximo três amizades fugazes durante todo aquele tempo; Bárbara nunca foi de correr atrás das pessoas e acha que se o destino quer que as pessoas se separem não há muito que ser feito, ela é uma tola covarde, mas agora já era. Foda-se.

Pensou que quando ingressasse na universidade tudo mudaria num passe de mágica; de repente ela se tornaria um modelo de beleza e seria falante também; e arranjaria um par também. Tanta gente consegue, né? Mas por algum motivo que ela desconhece tudo foi dolorosamente semelhante à escola. Bárbara acreditou ter tentado ser mais gentil e falante, se apaixonou por um cara que tratou de arranjar uma mulher bem diferente dela. Se eu fosse homem eu me comeria? Sei lá. Não sei o que os homens querem. Se eu soubesse talvez eu tivesse dado pra algumas dezenas deles. Acho que não dá pra se esforçar demais pra agradar os outros. Isso vale tanto pra arranjar umas transas quanto pra fazer amigos.

Não se sabe ao certo porque, mas Bárbara que estava tão certa de que tinha escolhido o curso e a universidade certos começou a se sentir oprimida e insatisfeita. Infeliz. De qualquer forma, Bárbara se sentia Bárbara e repetiu várias matérias na universidade. Era pra ela estar se formando agora, engrenando um estágio, com um namorado ao menos... Não era pra ser assim. Era pra ser melhor, era pra ser bom. Era pra minha vida valer a pena.

Bárbara não consegue fazer diferente: não consegue deixar de permitir as coisas acontecerem ao acaso, de ser retraída, de ser otimista pros outros, de esperar seu par, de esperar uma mágica Extreme Makeover lhe aconteça. E ela vai continuar andando em círculos por tempo indeterminado.

Eu me vejo como uma garota, nossa! Eu deveria dizer que me vejo como uma mulher porque eu tenho mais de vinte anos, mas não me vejo como “mulher”, leal... É. Eu sou uma pessoa leal, divertida e espontânea; com uma leve facilidade pra se apaixonar e exclamar: “Achei o homem da minha vida” e alguns dias depois descobrir que estava errada; gosto de comidas muito doces ou muito salgadas; gosto de eletrônico, samba, choro, salsa e reggaeton e outras coisas; gosto de gatos e cachorros; gosto de respeito; gosto de gostar. Eu errei e provavelmente vou errar de novo, mas acho que isso é ser humano, né? Tenho que acreditar nesta última frase porque eu sempre meto os pés pelas mãos mesmo. Ainda acredito que vou viver momentos melhores, vou ser mãe e ser avó. Seja como anônima ou famosa acredito que meu destino é viver em paz.

E o ciclo vicioso continua. Parece que ela nunca vai aprender, azar o dela porque ela é só mais uma na multidão. 


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Notas finais do capítulo

A não ser que a Paula Couto ainda queira me ajuda lá na fic dela,esta foi a minha primeira e última escrita aqui. Foi difícil mas agora que acabou tô na onda. Inté.



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