Seja Meu, com Carinho... escrita por Mandy-Jam


Capítulo 2
Ops


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai mais um capítulo.



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“Terminei.” Disse para mim mesma.

Ainda estava sozinha no chalé. Meus meio-irmãos e irmãs deveriam estar treinando, ou ajudando o resto dos campistas á enfeitar o acampamento.

Saí do chalé com a carta na mão.

Olhei em volta.

As decorações ficavam cada vez mais bonitas. O chalé de Demeter estava fazendo crescer várias rosas vermelhas. Os campistas de Apolo estavam tocando músicas românticas. Deviam estar treinando para a apresentação.

Bem... A carta estava na minha mão, só que ainda não tinha certeza de como entregá-la. Nunca, de jeito nenhum, eu a daria pessoalmente ao Percy. Não tinha tanta coragem.

Eu pensei que o melhor jeito de entregá-la seria indo até o chalé dele e deixando por baixo da porta.

Aproveitei a ausência dele para isso. Sabia que ele estaria tomando banho.

Com um passo apressado eu atravessei todos os chalés. Não queria que ninguém notasse o que estava fazendo. Andei bem rápido principalmente quando eu passei pelo chalé de Afrodite.

A última coisa que eu queria era a Silena falando comigo.

Assim que cheguei á porta do chalé de Poseidon, eu fiquei petrificada. Pensei em dar meia volta e correr de volta para a minha cama. Talvez rasgar aquela carta, e fingir que nunca fiz nada, e ignorar o dia dos namorados.

Mas então... Eu não sei o que deu em mim. Por puro impulso eu empurrei a carta por baixo da porta.

Já estava feito.

Percy pegaria a carta mais tarde, e diria para mim o que achou. A única coisa que podia fazer era rezar aos Deuses para que ele dissesse que gostava de mim também.

Quando me virei para ir embora, algo me assustou.

“O que é isso?” Perguntou uma voz atrás de mim.

Eu me virei devagar.

“É uma carta para mim, Annabeth?” Perguntou Percy.

Meu rosto inteiro ficou vermelho.

“Pe-Percy?!” Exclamei.

Ele ficou parado lá me olhando sem entender. Eu também estava paralisada. Não era para ele estar no chalé!

“Isso... É para mim?” Perguntou ele pegando a carta do chão.

“É que... Eu... Ahm... Bem...” Eu tentei dizer milhões de coisas de uma só vez, e acabei não dizendo nada com sentido.

Eu não tinha idéia do que fazer, mas por puro reflexo eu saí correndo de lá. Eu não lembro direito se alguém notou eu correndo como uma desesperada pelo acampamento. Provavelmente sim.

Mas depois de correr bastante, eu parei á beira da água. Sentei na areia e fiquei olhando o mar.

“Não deu certo?” Perguntou uma voz atrás de mim.

Silena.

“Parece que deu certo?” Perguntei irritada.

“Calma.” Falou ela andando para se sentar ao meu lado. “O que aconteceu?”

“Eu escrevi a carta, e resolvi que iria deixá-la no chalé dele, mas... Quando eu cheguei lá, para a minha surpresa, o Percy abriu a porta.”

“O que isso tem de mais?” Perguntou sem entender.

“Você ainda pergunta?! Eu não... Não queria entregar a carta pessoalmente. E agora?! O que eu faço? Me escondo?” Eu estava perdendo a cabeça.

Era uma coisa rara para mim, mas estava acontecendo.

Silena respirou fundo.

“Annabeth... Vocês dois foram feitos para ficarem juntos.” Falou ela. “O Percy te adora, e você adora ele. Não tem nada de mais nisso. Ele ia ler a carta mais cedo ou mais tarde, não é mesmo?”

Eu refleti.

“Tem razão...” Concordei.

“Viu só?” Falou ela sorrindo triunfante.

“Eu nunca devia ter escrito aquela carta para começo de história!” Exclamei.

“Claro que devia! Assim ele vai ficar sabendo do que você sente por ele.”

“Bom, e se ele não sentir o mesmo?” Perguntei.

Silena não respondeu.

“E se ele só quiser ser o meu amigo?” Insisti. “Ele vai ler aquela carta, descobrir o que eu sinto, e vai vir falar comigo. Vai me dizer um não, e não vamos continuar a nossa amizade do mesmo jeito.”

Ela levantou-se e pôs a mão sobre meu ombro.

“É um risco que você vai ter que correr.” Falou. “Mas não se preocupe... Tenho certeza de que ele sente o mesmo.”

Eu franzi o cenho.

“Como pode ter certeza?” Perguntei.

“Minha mãe é Afrodite.” Lembrou ela. “Pode acreditar. De amor, eu entendo.”

Eu ri.

“Certo... Bem... Obrigada... De qualquer jeito.” Falei sem graça.

“Sem problemas.” Sorriu ela.

Silena virou-se e foi para seu chalé novamente, me deixando ali sozinha.

Ela devia ter sorte, pensava eu. Ser filha de Atenas ajuda muito quando você está em uma batalha. Quando você tem que pensar em um plano, ou quando tem que responder á uma pergunta difícil. Porém, de nada ajuda quando o assunto é amor.

Agora ser filha de Afrodite, por outro lado... Ela é a Deusa do amor, e não tem problemas nenhum em expressar o que sente. Muito menos para entender o que os outros sentem.

Naquele momento eu desejei saber o que se passava dentro do coração de Percy. Será que ele realmente gostava de mim? Será que ele me achou idiota por entregar uma carta?

Eu nunca ia saber se não falasse com ele.

Mas o problema é que ao mesmo tempo em que eu sentia curiosidade, eu sentia medo. Temia que ele não sentisse o mesmo por mim.

Eu fui direto para o chalé de Atenas. Tentei ser bem discreta, para ele não me notar. Sabia que não podia me esconder para sempre, mas precisava de um tempo para pensar e respirar.

Meu coração doía. Minha respiração era irregular. Eu tinha que lembrar a mim mesma de que precisava de oxigênio.

Quando cheguei ao chalé, fechei a porta atrás de mim.

Lembrei do que escrevi na carta:

Meu coração bate em um ritmo próprio, eu não consigo me concentrar em nada direito, as vezes esqueço que tenho que respirar.
O dia dos namorados nunca foi tão importante para mim, e a culpa é toda sua Percy Jackson! Mesmo assim... Peço... Seja meu.

Com carinho,

Annabeth.”


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam da carta que a Annabeth escreveu?

Reviews, por favor!

E até o próximo capítulo.



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