Livre Arbítrio: Eu Escolho Você. escrita por MilaBravomila


Capítulo 43
Capítulo 43




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Cameron estava me levando em direção aos vestiários, do lado oposto de onde Daniel e os outros haviam ido. Eu estava apavorada e muito confusa. Um cheiro horrendo impregnava meu nariz e estava quase me fazendo vomitar. A criatura que Daniel decapitou há pouco era a coisa mais medonha que já vi. Tinha uns dois metros e meio e a pele cinza e brilhosa, como se fosse gosmenta. A cabeça era careca e com orelhas enormes e pontudas. Seus braços colossais eram musculosos e de suas pontas pendiam garras ou unhas absurdamente grandes, não sei. Os olhos vermelhos e sem pupila. Os dentes eram horripilantes, numerosos e pontudos, com um aspecto de podre.
Os anjos estavam prontos para um possível ataque dos banidos, bem como Daniel havia me contado, mas tudo foi tão rápido que eu mal pude processar os fatos. E quem eram essas criaturas? Daniel os tinha chamado de Primeiros, mas eu nunca tinha ouvido falar neles e nunca poderia imaginar a existência de criaturas assim.
Os braços fortes de Cam rodeavam meu corpo e ele voava comigo para onde parecia ser um beco sem saída. Eu lembrei de quando os banidos nos atacaram, há semanas atrás, e que eu tinha feito o mesmo trajeto com Miles e Shelby, mas eu duvidava que Cameron iria me levar pra dentro dos tubos de ventilação...
Nós invadimos com tudo o vestiário masculino e ele trancou as portas assim que passamos. Estávamos contra a parede mais distante e eu olhava desesperada para a porta por onde tínhamos passado. Ela não representaria nenhum bloqueio para os banidos, muito menos para aquelas criaturas nojentas.
- O que vamos fazer? Pra onde vamos? – eu perguntei a ele, sem, no entanto, conseguir tirar os olhos da porta.
Cam não respondeu. Ele parecia estar se concentrando muito em alguma coisa, mas eu não fazia idéia do que poderia ser.
Segundos mais tarde eu avistei o motivo de sua concentração: um anunciador estava perto dele, parecendo obedecer seu chamado. Era marrom escuro e relativamente grande. Cam rapidamente o pegou nas mãos e começou a fazer intrincados gestos com a sombra. Sua concentração era extrema.
Ele esticou a sombra e formou uma espécie de porta. Eu sabia o que ele estava fazendo, só esperava que desse tempo para fugirmos dali. Minha mente processava tudo ao mesmo tempo e não conseguia parar de pensar em Daniel e nos outros, em Shelby e Miles... Meu Deus, como será que eles estão?
Um barulho alto veio da porta e eu vi um banido se aproximar. Ele era enorme e fixou seus olhos em mim de cara. Ele sabia quem eu era e estava focado em seu objetivo.
Minhas mãos se fecharam e meu corpo se preparou pra batalha. Ele portava uma espada antiga e grande, toda enferrujada e veio correndo em minha direção. Cameron ainda estava terminando com o anunciador e eu teria de enfrentá-lo sozinha.
Eu desviei da lamina de sua espada por pouco, me jogando pro lado. Ele tinha uma velocidade impressionante e quando dei por mim, já estava em cima novamente. Eu rolei no chão e minhas costas colaram nos armários dos alunos; eu estava encurralada. O banido investiu contra mim com tudo e minha mente não via saída daquela situação.
Ele parou de repente, como se estivesse sendo sugado pra trás. Era Cameron, que o pegou pelo pescoço e o estava desviando pra longe de mim. Eu aproveitei a oportunidade e levantei.
- Vai! – Cam gritou enquanto lutava com o outro, que não parava de me encarar fixamente – Entra no portal e me espera!
Não discuti. Corri em disparada para a porta negra que estava nos fundos do vestiário e a atravessei, mas não antes de ver mais dois banidos entrarem no vestiário e irem em direção à Cam. Continuei a entrar pelo anunciador, como Cameron ordenou e quando minha visão foi totalmente bloqueada eu parei de andar. Já não ouvia nenhum som do exterior ou nada que vinha do anunciador. Estava frio. Mesmo com o casaco de Daniel que eu ainda vestia, senti meu corpo tremer. O silêncio era incômodo e eu estava com medo.
Então um par de mãos quentes me segurou pela cintura. Eu tentei gritar pelo susto, mas o grito ficou preso na garganta. As mãos me empurravam pra frente e poucos segundos depois eu estava vendo luzes e ouvindo sons. Era música misturada com buzinas e conforme os sons foram ficando mais altos e distinguíveis, as luzes foram tomando forma.
Era um beco. A alguns metros a minha frente havia uma rua muito movimentada e eu via pessoas passando pela calçada. Eu estava numa cidade e era noite.
- Você está bem? – Cam me perguntou preocupado e só então eu vi que as mãos misteriosas que me guiaram até aqui eram dele e que ainda estavam em minha cintura.
- Sim. – respondi com a voz que restava em mim. A adrenalina ainda estava alta demais, minha cabeça doía.
- Você se machucou? – ele perguntou me avaliando. Eu levei a mão automaticamente para minha nuca, onde percebi uma dor aguda. Quando olhei, havia sangue em minha mão.
- Eu acho que bati a cabeça quando me joguei no chão – eu disse.
- Vamos. – Cam respondeu me fazendo andar para a rua, para fora daquele beco estranho.
Meu queixo caiu. Não estávamos apenas em uma cidade grande, era Vegas, com certeza era. Os letreiros luminosos, os sons variados, o movimento, as pessoas. A cidade estava viva, fervendo. Eu passei as mãos pelo cabelo, que devia estar lastimável àquela altura. O tempo estava abafado e eu retirei o casaco de Daniel delicadamente e o segurei com um braço. Ainda bem que meu vestido estava intacto, assim eu não destoava tanto das pessoas a minha volta.
- Estamos em Vegas? – perguntei a Cam que andava calmamente ao meu lado. Ele parecia que tinha acabado de se arrumar, que injusto!
- Sim.
- Quando? – perguntei. Eu sabia que tínhamos feito uma viagem no tempo para dentro do anunciador, eu já tinha tido essa experiência e era muito além de apenas ver um momento do passado. Aqui, nós poderíamos alterar o futuro, interagir com os lugares e as pessoas. Foi uma fuga inteligente.
- Humm... isso é cinco anos antes de você aparecer em Sword e Cross. Você deve estar com uns treze anos nessa época, mais ou menos.
OK, eu nunca tinha ido a Vegas, isso era um fato. Cinco anos no passado ou não, a cidade ainda era impressionante. Nós paramos em frente a um cassino – um dos muitos - e eu travei na hora. Fiquei olhando bobamente pra Ferrari vermelha que girava em frente ao local. Estava exposta com uma fita dourada em volta, era um prêmio.
- Então, você vem ou não? – ele perguntou apontando a entrada com a cabeça.
- E-eu não posso entrar...
- Ah, qual é?! – ele disse me olhando com aquela cara – Vamos logo.
Eu me apressei em ficar ao seu lado e ele disse em meu ouvido enquanto passávamos pelos seguranças e entrávamos no saguão principal:
- Eu sou um cliente muito especial eles não vão nos incomodar, mas vê se tenta ser menos criança, tá?
- Ei!... – eu protestei, mas me calei na hora em que chegamos ao balcão de atendimento.
Corrigindo: balcão de atendimento era quando se tratava de um hotelzinho qualquer. Esse aqui era O hotel. Tipo cassino luxuoso + hotel cinco estrelas. Todos vestiam roupa de gala e havia mais lustres de cristal no teto que dedos em minhas mãos. Os corrimões das escadas, as portas dos elevadores, tudo era de ouro. O mármore nos meus pés era tão brilhante que eu quase podia ver minha calcinha. Meu Deus.
- Boa noite. – Cam disse a uma das recepcionistas elegantes e lindas que estavam atrás do enorme balcão. Ela sorriu e desviou sua atenção do computador.
- Boa Noite Sr. Briel. É um prazer recebê-lo novamente.
- Obrigada. – ele disse sorridente. Tudo era tão normal, tão fácil.
- Em que podemos servi-lo? – ela perguntou ainda olhando pra ele. Ela tinha ignorado totalmente minha presença. Novidade.
- Eu gostaria de um quarto, por favor, pra mim e minha acompanhante.
Aí sim ela se deu conta que eu estava com ele. A atendente me olhou com uma cara de surpresa disfarçada, mas qualquer um saberia o que ela queria dizer: “Essa aí???” Minhas sobrancelhas levantaram.
Depois de alguns segundos de devaneio ela se voltou a ele novamente:
- A suíte de sempre, Sr. Briel?
- Por favor. – ele agradeceu.
Em menos de trinta segundos ela fez o registro dele e no que se referia a mim, ela apenas perguntou meu nome completo. Cam respondeu em meu lugar dizendo que eu me chamava Michaella Gilbert. Ela nem contestou e logo nos deu o cartão do quarto com um grande 1403. É, era uma chave eletrônica.
Ficamos calados até chegarmos à suíte 1403. Estávamos em frente à porta, ele a abriu e me deixou entrar.
- Nossa. – A palavra saiu da minha boca antes de eu pensar.
- É, eu também gosto. – ele disse fechando a porta atrás de nós.
O quarto era tudo e mais um pouco. Móveis caros e elegantes, lustres enormes no teto, detalhes folheados. Só o quarto parecia ter o tamanho da minha casa inteira. E havia uma varanda. Enorme.
Fui andando até ela, me controlando pra não correr. A vista era de tirar o fôlego. A cidade viva lá embaixo, a quatorze andares de nós, os prédios fabulosos ao redor. A noite quente e charmosa ficou completa com a lua crescente pintada no céu.
- Eu adoro essa vista. – a voz grave dele veio por trás de mim. Eu suspirei e apoiei as mãos no parapeito.
- O que houve lá, Cam? Que coisas eram aquelas atrás de mim?– perguntei. Eu tom desanimado refletia minha preocupação com todos que ficaram e com o futuro que viria.
Ele se postou ao meu lado e apoiou o corpo de costas pro parapeito virado de frente pro quarto.
- Primeiros. Eles são demônios, Luce, demônios muito maus.
- Demônios maus? O que você quer dizer?
- Anjos caídos como eu, que escolheram um outro estilo de vida, são comumente chamados de demônios, mas esse é um nome que generaliza muito. Existe uma raça diferente de demônios, os demônios genuínos, aquelas criaturas que você viu hoje, que são os Primeiros. - Cam explicava tudo calmamente, tentando me fazer entender... ou não me assustar muito – Eles são criaturas antigas, de tempos em que anjos não existiam. Eles são o mal encarnado.
- O mal... – minha voz era apenas um sussurro.
- Sim. Tudo no universo existe um balanço, um equilíbrio. Se existe uma criatura suprema, o bem absoluto, pro oposto também é verdade.
- Espera. Você está tentando dizer que existem demônios de verdade, tipo das histórias da Bíblia e de filmes de terror, ou algo assim? – meu desespero não era em vão.
- Anjos – respondeu ele – são nada mais que um exército criado para combater esse mal, um exército criado pra que a humanidade não se perdesse em meio a eles.
- Mas onde entram vocês, quer dizer, os caídos?
- Bom, como você sabe, tudo não passa de uma questão de escolha, Luce. Só porque fomos criados com um propósito, não significa que temos que continuar nele. O livre arbítrio nos foi concedido e muitos optam por usá-lo. Uns, como Daniel e Arriane, o usam para salvar outras pessoas ou por um motivo puro; outros como eu e Roland, apenas escolhemos viver e desfrutar de prazeres mundanos, pendendo ora para uma lado, ora para o outro, com o que melhor nos convier. Os banidos não servem nem a um lado nem ao outro. Eles são almas perdidas totalmente, sem direito ao Céu ou ao Inferno. Os Primeiros são o outro lado da moeda e servem a um único propósito: levar a humanidade a perdição total.
- Mas... o que essas criaturas querem comigo?
- Eu não sei. Isso foi totalmente inesperado. – ele respirou fundo e continuou – Primeiros não estão interessados em assuntos como o destino dos anjos, eles estão pouco se lixando pra qualquer dessas coisas... de alguma forma, por alguma razão, eles se juntaram aos banidos... eu só ainda não sei o porquê.
- Existem muitos deles? – perguntei temendo a resposta.
- Tanto quanto a legião de anjos para combatê-los. – eu soltei a respiração – Mas tem outra coisa me intrigando.
- O quê?
- Eles nos atacaram em um momento oportuno demais.
- Como assim? Vocês já estavam esperando por isso, não?
- Sim, mas parece que eles sabiam exatamente o que estava acontecendo lá dentro. Nós esperávamos que eles esperassem os nephilins partirem de Shoreline, eles teriam uma vantagem grande com isso, mas parece que eles aguardaram um momento em que os nephilins estavam inutilizados por causa do baile e acontecia uma troca de nossos turnos. Isso retardou nossa percepção deles. Tudo está muito esquisito, eu sinto.
- Você acha que alguém os ajudou... algum de nós? - perguntei desconfiada. Eu não podia imaginar isso acontecendo.
- Talvez... – foi tudo o que ele disse. Seu olhar estava distante e eu sabia que ele não falaria mais nada a respeito. Eu mudei de assunto.
- Bom... qual o plano agora?
Ele se virou para me encarar.
- Quando eu entrei pelo anunciador eu desfiz a porta que poderia fazer algum deles nos seguir.
- O quê? – eu perguntei histérica. Nem tinha pensado nisso.
- Você queria um bando de banidos e criaturas das trevas vindo atrás de nós? – ele perguntou calmamente pra mim.
- Mas... sem a porta, como nós voltamos?
- Bom, pra isso alguém de lá vai ter que abrir uma porta pra esse tempo e nos resgatar.
- Alguém de lá? Mas como eles vão saber pra quando viemos?
- Nós teremos que avisá-los.
- Como? – perguntei confusa. Minhas mãos suavam sobre o mármore do parapeito.
- Você sabe que nós podemos alterar o rumo da história quando fazemos esse tipo de viagem.
- Sim – respondi.
- Então o que temos que fazer é encontrar um deles aqui, nesse tempo, e pedir para que abram uma porta de volta.
Eu pensei sobre isso. Cam disse que eu, nessa época, teria por volta de treze anos e eu tinha certeza que nessa época eu estava bem longe de Vegas ou de qualquer coisa interessante.
Tudo na minha vida era escola e apaixonites não correspondidas. Eu fui pensando e falando ao mesmo tempo, tentando entender o plano dele.
- Então, se nós encontrarmos Daniel, por exemplo, aqui, isso vai alterar a história, não vai? Quer dizer, ele não era pra me ver, mas se isso acontecer ele automaticamente vai lembrar que me viu lá no presente, vai associar os fatos e descobrir exatamente a época em que viemos parar!
- Exato. – ele disse triunfante. – Eu sou ou não sou um gênio?
- Bom, gênio, e como vamos encontrá-lo?
- Eu não vim pra cá á toa. Eu esbarrei com Daniel nessa época bem aqui em Vegas. Nós não nos encontrávamos há anos e foi por isso que eu vim pra cá. Sei que ele vai aparecer em breve. Então o encontramos e apenas deixamos ele saber que viemos pra cá.
- Em breve... como assim? De quanto tempo estamos falando? – minha alegria se foi tão rápido quanto veio.
- Duas semanas. – ele respondeu se virando para encarar a cidade.
- Duas semanas?! Mas por que tanto tempo? – perguntei histérica. Como eu poderia passar duas semanas em Vegas com Cam??
- Me desculpe por não ser tão preciso, mas estávamos sendo atacados lá. – ele disse me encarando e levantando uma sobrancelha.
Eu o encarei de volta e não sabia o que ler naqueles olhos verdes. Uma parte de mim estava agradecida por ele ter salvado minha vida, mas outra parte se perguntava até que ponto tudo isso foi proposital. Será que ele teria feito isso por acidente ou foi caso pensado para ficar comigo esse tempo todo?
Minha boca abriu, mas fechou. O que eu podia fazer, acusá-lo? Era bastante complicado mexer com anunciadores e talvez esse tenha sido o melhor que ele pode fazer naquela hora.
- Não precisa me agradecer. – ele disse vindo em minha direção e sorrindo.
- Agradecer?
- Umas férias de duas semanas em Vegas na companhia de um cara como eu? Você ganhou na loteria, garota!
Meu queixo caiu. Como ele podia estar pensando em férias ou diversão?
- Cameron! Os outros ficaram pra trás! Daniel está em perigo, lutando contra criaturas das trevas e banidos e provavelmente com um traidor ao lado dele, como você acha que eu vou relaxar?
- Luce, você vai envelhecer rapidinho, sabia? – ele ainda estava sendo... bem, Cam! – Daniel sabe se cuidar melhor que qualquer um, não tenha medo por ele. Nós fomos criados pra isso, não se esqueça.
- Mas e os outros? Shelby, Miles, os nephilins que ficaram em Shoreline... e os Arcanjos que não lutam como você e Daniel?
Ele caminhou até mim e pôs as mãos em meus ombros.
- Você confia em Daniel? – ele perguntou, e pela primeira vez seu tom estava sóbrio.
- Sim.
- Então fica tranqüila. Se preocupe apenas em ficar bem.
Eu olhei fundo em seus olhos e percebi que estava tremendo. Toda essa informação tinha sido demais e a adrenalina da batalha estava começando a baixar. Cam se aproximou devagar e me abraçou.
- Eu não vou deixar nada acontecer com você, Luce.
Eu acenei uma vez e me deixei relaxar em seus braços. Ali eu me senti bem, segura. Ele pôs a mão em minha cabeça e eu reclamei quando ele apertou o lugar em que eu havia batido. Tinha um galo enorme ali.
- Ai! – eu disse me afastando e levando a mão ao local.
- Deixa eu ver isso. – ele ordenou, me virando de costas e abrindo meu cabelo com as mãos.
- Você bateu forte – ele disse me examinando – Vamos colocar um gelo nesse negócio.
Ele me deixou e foi na direção do quarto. Instante mais tarde ele voltou com um bag com gelo e me deu pra colocar na cabeça.
Ficamos em silêncio durante minutos e eu senti a dor ser anestesiada pelo gelo.
- Sabe... – eu disse voltando a encará-lo. De repente eu me senti bem por estar com ele – eu gostaria de comer alguma coisa. – lembrei que não tinha conseguido comer nada. Quando Daniel e eu fomos procurar por algo, os banidos apareceram.
Cam estendeu a mão pra mim e, mesmo que indecisa, eu a peguei.
- O restaurante daqui é incrível. – ele disse me direcionando para dentro do quarto e sorrindo. Eu teria que enfrentar duas semanas apenas na sua companhia... será que seria um sacrifício tão grande?


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Notas finais do capítulo

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