O Milagre escrita por Beatte


Capítulo 15
Les fantômes du passé


Notas iniciais do capítulo

Olá meros mortais.
#táparei. Como eu sou muito boa e me desculpando pelo atraso postei dois dias seguidos. Nesse capitulo , eles tem 13 anos. Tudo bem ? Eu não sei o que tá me dando , mas eu tô querendo praticamente que eles vão p. cama eu tenho que me controlar acho que estou adiantando as coisas. Bom na minha opinião o capitulo tá uma merda , a fic tá uma merda e eu quero excluir.
Ta bom , eu já decidi. Esse é o ultimo capitulo e eu vou excluir a fic. Desculpe.



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- O que? – eu me lembro de ter perguntado.

- Não me faça repetir, meu bem. Eu sei que você ouviu perfeitamente o que eu disse, fique longe dele imediatamente. E não pense que eu me esqueci do dia em que você jogou refrigerante de cola na minha saia de marca, sabe quanto àquela saia custava? Nem na melhor lavanderia eu consegui tirar aquela mancha enorme e não me venha com o papo de que tropeçou porque isso é um completo fingimento, me admiro que a escola inteira acreditasse em você se está na cara que você tem inveja. – ela me disse pronunciando as palavras devagar como se falasse com uma débil mental enquanto suas amigas riam as minhas custas. Não, não eu não me sentia uma perdedora naquele instante por estar completamente sozinha apoiada na parede oposta enquanto Samantha cometia um dos seus shows chutando as portas e me humilhando com suas amigas.

- O que você tinha dito mesmo? É que uma borboleta bem feinha daquelas que nem chamam atenção passou bem ali pela janela e eu acabei me distraindo afinal você é tão entediante. – eu disse olhando para a minha unha despreocupada ou pelo menos fingindo estar despreocupada.  O banheiro não era um lugar seguro e eram cinco horas da tarde agora, eu não sabia o que ela poderia fazer muito menos em seu território.

- Pare de fingir, Christianna. Eu não sei de onde você tirou coragem para me interromper hoje de manhã afinal eu só estava dando uma lição em uma de minhas amigas que foi... Desobediente. – ela disse se referindo ao fato de que praticamente afogou pela privada uma das meninas que ela descobriu ser apaixonada pelo Jack.

- Isso não é amizade, Samantha. – eu disse olhando naqueles olhos cor de merda. Era essa a cor dos olhos de Samantha, dizem que os olhos refletem a alma e eu nunca concordei tão plenamente com algo.

- E o que você sabe sobre amizade?- ela me perguntou se aproximando e pela primeira vez eu fiquei sem palavras.

- Não, nem tente. Você não pode falar nada sobre amizade, porque você não tem amigos. Ninguém quer ser seu amigo! Essa é uma das realidades da sua vida, você dá uma de durona, mas tudo o que você quer é algumas pessoas que te aceitem. Sua própria família te abandonou, o garoto que prometeu se casar com você... Qual o nome mesmo?

- Como você...

- É claro! O doce Damon. Sim. Ele também te abandonou, seus amigos e é claro o propriamente dito seu irmão! Todos te abandonaram! Sabe por quê? – ela me perguntou sem esperar pela resposta.

- Cale a boca, vadia. – eu murmurei prometendo a mim mesma que não iria chorar na frente dela. Ela riu ácida e eu senti que todo aquele escudo que estava em volta da minha alma, endurecer cada vez mais e mais como o meu primeiro dia no reformatório. Os fantasmas do meu passado enchiam minha cabeça em murmúrios.

- É melhor desistir dele, ele nunca gostara de você. Nem ele, nem ninguém. – ela disse como se acabasse de me dar um conselho como uma grande amiga, mas eu não me enganei, eu vi em seus olhos cor de merda a verdade. Era como se meu cérebro acabasse de ser desligado e eu via borrões vermelhos que tingiam a minha visão. E em segundos eu estava em cima da Samantha dando-lhe tapas tão fortes que eu via uma de suas bochechas inchando, todas as suas amigas não estavam mais lá.

Mas nada disso importava e naquele momento eu me senti libertada e ora ou outra um dos meus fantasmas vinham sussurrar no meu ouvido asneiras sem fundamento até que as bordas vermelhas sumiram e eu parei com uma das minhas mãos no ar. Uma lágrima escorreu do olho direito de Samantha e molhou o piso e lentamente redobrando a consciência eu me levantei enquanto ela corria pela porta.

É melhor desistir dele, ele nunca gostara de você. Nem ele, nem ninguém. – a imagem de Samantha rindo no banheiro percorreu a minha mente.

Eu te amo. – Damon dizia.

Cadê seus pais quando você precisa deles? – a irmã Lourdes ria enquanto minhas pernas sangravam no mármore.

Por que você não senta com alguém no refeitório? Sempre te vejo na biblioteca nesse horário, comendo seu sanduiche e olhando livros com imagens. Talvez deve ser por isso que você tem uma nota tão boa em artes cênicas. – Jack começou e eu me virei.

- Não era para ser assim. Não era mesmo. – eu murmurei enquanto as lágrimas saltavam pelos meus olhos e rolavam pelas bochechas onde eu poderia abastecer uns pequenos paises do Haiti. Naquele momento eu queria desesperadamente ir para casa, mas não tinha forças para aquilo.

- Christianna? – uma voz masculina disse na porta do banheiro feminino.

Eu não respondi e me arrastei rapidamente até uma das cabines e me sentei no trono sem querer ser perturbada por um zelador inconveniente.

                                                                     -/-

Eu estava mergulhada em pensamentos sentada na privada, tão entretida que nem reparei o tempo passar até que meu estomago roncou e eu acordei enquanto começava a chutar a porta e berrar comigo mesma até novamente ouvir o barulho de passos o que me fez gritar ainda mais e assim que eu vi uma sombra de dois pés a minha frente e a tranca girando devagar. Eu fiquei paralisada com o medo, meu deus! Quem será? Um ladrão! Só pode ser! Mas que tipo de neurótico vem roubar uma escola? – eu pensei assim que a porta da cabine se abriu.

Ele gritou e eu gritei também, passamos segundos que pareceram eternidades gritando um para o outro. Quando eu percebi que Jack segurava um bastão de beisebol como se uma bola viesse em sua direção e ele fosse rebater.

- O que você pensa que está fazendo? – eu disse voltando a me sentar com a mão no coração que batia acelerado.

- O que você pensa que está fazendo?- ele rebateu e eu gemi.

- Eu acabei ficando presa no banheiro, porque esse taco de beisebol? – eu menti.

-Eu achei que você fosse um tipo de animal, tinha noção dos seus berros? Eu pensei que você era um orogotango ou algo do tipo... – ele explicou.

- É orangotango, idiota. E obrigada pelo elogio. – eu disse com toda a ironia que eu consegui reunir que por acaso era muita.

- Eu vou te largar aqui, se você começar porra. – ele me ameaçou largando o taco de beisebol no canto e me estendendo a mão.

- Obrigada. – eu murmurei olhando para o piso do banheiro.

- Não, há de que. Mas porque você ficou trancada todo esse tempo? – ele perguntou e eu me soltei da sua mão.

- Por sua culpa! – eu berrei e comecei a distribuir tapas no seu corpo enquanto ele cambaleava para trás. Se ele não existisse Samantha nunca teria me prendido aqui no banheiro e me dito aquelas coisas e eu poderia muito bem conviver pensando que tudo aquilo não passava de uma grande mentira. Eu podia explodir de raiva pelas orelhas e peguei o primeiro objeto que vi, que por acaso era um taco de beisebol e lhe ataquei com toda a minha força, mas por um inferno ele era mais rápido do que eu imaginava o que fez rodar pelo banheiro que nem uma bailarina. Percebi que no lugar do Jack, eu havia acertado outra coisa que por acaso fazia uma grande pressão contra o taco.

- Oh, merda. – eu murmurei assim que vi um jato enorme de água me jogar contra o piso do banheiro. Eu estava tremendo de frio enquanto o cano que havia estourado me cobria da cabeça aos pés e em poucos segundos a pressão sumiu e eu podia respirar novamente. Eu olhei para cima e vi os olhos azuis do Jack e como ele se controlava para não cair na risada.

- Nem ouse rir! Isso é tudo culpa sua! Eu fiquei no banheiro por sua culpa e ainda me molhei por sua culpa, seu babaca! – eu berrava e ele me ofereceu a mão para me levantar, mas eu dei uma tapa e me segurei com os cotovelos, mas acabei caindo novamente e dessa vez aceitei a mão dele ainda reclamando.

- Sua sorte é que você só girou a chave do cano principal do banheiro e não me pergunte como fez isso. – ele disse dando de ombros e levantando as mãos como se retirasse qualquer culpa que ele pudesse ter.

- O que eu vou fazer agora?  Minha casa é daqui a oito quarteirões e já anoiteceu provavelmente meus pais estão morrendo de preocupação nesse exato instante. – eu reclamei e ele riu.

- Fica tranqüila, você está a salvo comigo. Está comigo? Está com Deus. – ele disse andando para fora do banheiro e eu abri a boca para reclamar, mas acho que preferi segui-lo.

- Ei, ei, ei. – eu disse atrás dele. Ele parou e olhou para trás tirando o casaco do time de futebol americano e colocando nos meus ombros.

- O que você está fazendo aqui essa hora? – eu perguntei o olhando de esguelha enquanto passava os braços pelas mangas do casaco de Jack.

- Eu passei um tempo na quadra treinando. Daqui a duas semanas eu vou ter um teste importante para capitão do time de futebol o problema é que eu só posso participar se minhas notas em francês ficarem pelo menos um terço melhor, ou seja, eu preciso estar na média em basicamente duas semanas. – ele explicou e seus olhos me pareceram imensamente cansados.

- Vous plaisantez? Le français est facile! Ne dites pas des choses stupides ... – eu falei e ele me olhou como se acabasse de ganhar um mapa com um tesouro perdido por séculos.

- Não acredito ! Fala francês ? – ele atropelou as palavras enquanto uma de suas mãos agarravam o meu braço.

- Parfaitement. Mas me diga , no que está pensando ? – eu disse.

- Christianna , eu poderia beija-la agora. – ele disse sorrindo e eu rezei para que estivesse escuro o suficiente para que ele não me visse corando.

- Não faça isso , já estou com ansia de vomito. – eu disse revirando os olhos.

-  Não diga besteira ! Você adoraria me beijar mas isso em outro caso , você vai me dar aulas Chris , aulas de francês e daqui a duas semanas eu estarei pronto para ser capitão do time de futebol americano da escola. – ele disse e correu na minha frente como uma criança que ganhou um grande presente , eu somente suspirei e deixei para pensar nas consequencias quando chegasse em casa.


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Notas finais do capítulo

É , eu sei falar francês.
OBS : PRA QUEM NÃO LÊ NOTAS INICIAS , EU VOU ACABAR COM A FIC.
Bisous et pardonnez-moi
Gostaram da capa ?