Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 29
Capítulo 29 – Almoço com os Mazur


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês... Enjoy e se puderem, revisem!
Bjn. R.I.



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“Adrian, vamos!!! Relaxa... Meus pais não mordem... Ou pelo menos não aos seus iguais...” Ela riu, lembrando-se que são vampiros. “E já deixei muito bem avisado para a Lady Mazur...” Adrian não
conseguiu não rir.

“Lady Mazur?!” Rose riu.

“É... Ela ADORA essa coisa toda de títulos e linhagem...”

“Mas... Ah! Pequena turca e se eles não gostarem de mim?! Eu não sou o que se pode chamar de ‘cara simpático’ e eu sei que...” Ele falava tudo rápido, demonstrando sua ansiedade que nem ele entendia direito o por quê dela.

“Adrian, respire! Fique calmo!” Ela disse parada na frente dele, segurando em suas mãos. Ele sorriu, ainda se sentindo inseguro. Pavel abriu a porta com um enorme sorriso. Adrian viu pela sua aura que ele estava realmente feliz.

“Oi tio.”

“Oi querida!” E aí falou em inglês. “Lord Ivashkov! Entrem!” Rose havia pedido para que todos falassem em inglês, para que Adrian não ficasse se sentindo ainda mais desconfortável.

“Olá guardião Hachid!”

“Baba(1), anne(2)! Vocês se lembram do Adrian, não?” Abe sorriu e foi até Adrian, pegando sua mão e o cumprimentando.

“Ah, Lord Ivashkov. Que bom que veio. Ficamos felizes! Sente-se!” Disse guiando-o até o sofá.

“Olá, Lord Ivashkov!” Limitou-se a dizer Janine e o seu desagrado era óbvio até para um cego que não leia auras. Rose deu-lhe um beijo no rsto com a cara fechada e olhar desaprovador para a atitude de sua mãe. Janine, surpresa com o beijo, sorriu feliz.

“Oi kiz!” E a abraçou carinhosamente. “Que bom que veio...” Rose a olhou séria. Janine entendeu o recado e emendou. “Digo, vieram...”

Rose sentou-se ao lado de Adrian, que pela sua aura, tudo o que ele queria era sair dali o mais rápido possível. Ela lhe deu um selinho que funcionou como um Valium(3).

“Então baba, qual o menu?!” Abe riu e acariciou o rosto da filha ,se lembrando de seu enorme apetite.

“Pedi ao maître uma comida especial. Afinal, temos convidado!” E a comida estava mesmo especial. Arroz marroquino, carneiro assado, salada verde e sorvete com frutas.

Adrian só pensava que nunca havia comido tanto em toda sua vida e uma comida tão gostosa! Ele se embaralhou um pouco ao comer o arroz e derrubou um pouquinho, quase o fazendo perder o apetite, mas Rose o socorreu com classe e usou a mesma técnica do jantar.  Janine tentava ao máximo disfarçar a antipatia que sentia ao ver sua filha ajudar Adrian a comer. Embora Rose conseguisse fazer tudo parecer natural e romântico, para Janine, aquilo era só mesmo para deixar mais e mais clara a limitação do rapaz.

“Príncipe Mazur, a refeição foi realmente dos deuses. Obrigado pelo convite!” Sim, ele sabia ser educado quando queria e Rose parecia que ia explodir de orgulho e felicidade por ele.

“Abe, filho. Pode me chamar de Abe.” Adrian sorriu.

“Obrigado Abe!” Ele ainda estava constrangido e intimidade pela contrariedade explícita na aura de Janine. Enquanto tomavam um licor, começou o interrogatório que Rose evitou, bravamente diga-se de passagem, durante o almoço.

“Então, Lord Ivashkov? Está cursando qual cadeira na faculdade?” Rose lançou um olhar mortal na direção da mãe e Abe cutucou Janine. Adrian estava visivelmente embaraçado.

“Er... Eu cursava Direito...” Janine, nem diante do olhar da filha e da atitude de Abe, abriu mão do interrogatório.

“Cursava??!!” Adrian pensava. ‘Não é à toa que a minha pequena turca chama a mãe de megera... Mas eu vou tentar aguentar – por ela – essas provocações! Só não sei até quando...’ Ele deu um sorriso que saiu como uma careta.

“Mãe!!!!”

“Deixe, Rose. Tudo bem. Lady Mazur, quando meus pais foram mortos e eu, seriamente ferido, eu cursava o segundo ano de Direito, uma vez que eu terminei o colégio um ano mais cedo, mas depois que fiquei CEGO..” Ele enfatizou ‘cego’. “Eu deixei a faculdade.”

Rose agora estava furiosa por sua mãe ter praticamente obrigado Adrian falar disso, que era absolutamente doloroso para ele. Não só por causa das sequelas que ele enfrenta, mas principalmente pela culpa que ele carrega da morte dos pais que ela já havia notado em sua aura.

“Mãe, já chega!!! Chega disso!!!” Rose falava agora naquele turco primitivo, arcaico que ela sempre usava quando perdia o controle, mas Janine respondeu em inglês.

“Chega por quê? Se ele quer namorar a minha única filha, herdeira do legado da nossa família, eu como mãe, tenho não só o direito, mas o dever de conhecê-lo melhor!” Rose bufou.

“Rose, se acalme! Sua mãe está certa e não tem nada demais...” Rose o olhou de frente, pegando suas mãos.

“Adrian, meu amor, não precisa ser tão gentil não! A minha mãe não tem o direito de mexer na ferida de ninguém, mas parece que para ela, isso é um prazer, não é mãe?!” Virando-se para Janine repentinamente, ainda segurando as mãos de Adrian e faiscando de ódio. “Baba, obrigada pelo almoço, nós já vamos! Veja se o senhor consegue fazer a língua
ferina de Janine Hathaway Mazur ficar dentro da boca!” Disse virando-se para o pai que estava destroçado com toda aquela situação. Ele odiava ver a filha daquele jeito. E agora, virando-se para Adrian novamente, falando em um tom doce. “Vamos amor! Vamos dar uma volta!” Ela entregou-lhe sua bengala e o ajudou a se guiar até a porta. Virou-se e disse em turco, ainda arcaico, pois ainda estava fumegando de ódio:

“Obrigada por nada, mãe! Baba, tio, me desculpem! A trégua com Janine Hathaway Mazur acaba aqui!” E saiu arrastando um Adrian muito chateado porta a fora.

*****************************************


       Abe estava furioso. ‘Um almoço agradável, com conversas leves, minha filhinha feliz com seu belo namorado, que digamos a verdade, é um rapaz muito simpático, inteligente e combina com a minha filha... Como virou uma trincheira de guerra?! Janine há de me pagar...’

“Janine, o que foi aquilo? Satisfeita com o resultado do seu interrogatório?? Tinha alguma necessidade de causar tanto sofrimento àquele rapaz, humilhando-o de forma tão vil, só porque ele não está
estudando??? Deixando nossa filha constrangida daquele jeito??? Esqueceu de quem ele é sobrinho???”

“Abe, eu só quis...”

“Você só quis com isso, fazer o garoto se sentir tão mal até que ele desistisse de nossa filha como você quase conseguiu com Mohammed. Agora eu te pergunto: Do que adiantou??? Tudo o que você passou nesses mais de dois anos, tudo o que você sofreu... Janine, a nossa
filha demorou mais de dois anos para te perdoar! Aí ela resolve deixar para trás tudo que você fez porque está, finalmente, tentando seguir em frente e você em uma hora acaba com tudo???!!! Eu realmente não te entendo... Mohammed não servia porque era damphir e a nossa linhagem que é tão mais importante para você do que para qualquer um de nós Mazur puros, acabaria. Agora ela está feliz com um moroi da realeza e não é de qualquer família... Ele é o sobrinho neto da Rainha Tatiana Ivashkov, nossa atual governante e pela forma que ela o trata, ele
será o seu herdeiro do trono, porque ela pode nomeá-lo príncipe e você também não está satisfeita! Se fosse aquele garoto, o Zeklos, você também não estaria...”

“Mas Abe, ele é CEGO!!!! E não terminou a faculdade. E, pelo que eu soube, ele também é dado ao uso de álcool... Você não percebe o quanto isso pode ser ruim, Abe! Eu só quero cortar o mal pela raiz...”
Abe se enfureceu de vez.

“Não Janine, você só está é preocupada com seu status, como sempre! Você é que não percebe o quanto essa relação pode ser benéfica para os dois. A dor e o sofrimento deles podem ser sanados com amor. AMOR Janine. Você ainda sabe o que é isso?! Amor, compreensão e respeito que um tem pelo outro. Não fale do que você não sabe e se não percebeu, já tem uns dois ou três dias que a nossa filha está sóbria!!!”

“Rá! Grande coisa!!!” Janine debochou.

“É sim um grande feito para quem viva embriagada dia e noite e, quando não estava bêbada, estava mau humorada, de ressaca e enclausurada em seu quarto. Você não consegue valorizar as pequenas
coisas... Você é limitada, Janine!!!”
Olhou para ela com um olhar de...
asco?!? E virou-se para Pavel. “Pavel, vá ver se está tudo bem com eles ou chame |Mikail para Rose não se sentir seguida. Ou ainda o guardião de Adrian... É isso! Chame-o aqui para mim. Eu gostaria de falar com ele.” Pavel assentiu. 

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          Dimitri estava andando pelo jardim, tentando se distrair em sua folga forçada que Adrian lhe impôs, quando seu telefone tocou.

“Belikov.”

“Guardião Belikov, eu sou Pavel Hachid, guardião do Príncipe Mazur. Ele gostaria de dar um palavra com você. Há algum inconveniente nisso?” Dimitri se preocupou porque sabia que Adrian havia almoçado com o príncipe.

“Algum problema com Adrian?” 

“Não exatamente. Se importa de vir até aos aposentos do Sr. Mazur?”

“Tudo bem, já estou a caminho.” E desligou o telefone. ‘Merda Adrian!! O que diabos você aprontou dessa vez para eu ser chamado pelo Príncipe Mazur em seu quarto?! Será que você e a Rose encheram a cara e estão dando trabalho??? Ou você foi grosseiro o suficiente para ser convidado a se retirar do almoço, mas como não pode ficar perambulando sozinho pela estação eu fui chamado??? E porque você não me ligou??? Com certeza, esqueceu o celular...’ 

Ele ligou para o celular do Adrian que só dava caixa postal. ‘Ah! Que ótimo!!!’ Bateu na porta.

“Entre, guardião Belikov!” E Pavel o levou para ver o Príncipe.


          ***********************************************

(1) Baba – pai em turco.

(2) Anne – mãe em turco.

(3) Valium – calmante forte e de receita controlada de ação quase imediata.


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