Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 22
Capítulo 22 – O Acordo


Notas iniciais do capítulo

E aí vai mais um capítulo da dobradinha.

Por favor, revisem, senão eu vou demorar mais que o esperado para postar mais.

Agora eu só vou postar quando eu ver quatro reviews em cada um dos capítulos.

Bjn. R.I.



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Rose, ao atender a porta, achando ser Lissa, se surpreendeu ao ver Pavel parado ali. Ela não tinha mais como se esquivar dele, ela pôde perceber isso em sua expressão e em sua aura.

“Acho que agora podemos conversar, não é Rosemarie?” Ela o deixou entrar. Não conseguiria escapar e notou que ele a olhava com tristeza e preocupação. “Venha cá! Me dê um abraço, querida!” Era tudo o que ela queria. Ela o considerava e o chamava de tio e correu para ele e o abraçou... Tão forte como quem se agarra em uma bóia em um naufrágio e chorou.

“Ai tio Pavel... Meu pai quer me mandar para uma clínica de drogados e malucos!!! Eu contei a ele o meu segredo pensando que ele pudesse me ajudar e agora ele quer se livrar de mim! De novo! Ele é igual àqeula bruxa megera que se diz minha mãe! A minha vida é uma merda... Eu não deveria ter sido salva... Eu deveria estar morta!!!”

Ele a abraçou mais forte e ela chorou ainda mais. Ele não disse nada porque sabia que não adiantaria nada, enquanto ela tivesse daquele jeito. Ele então esperou. Depois de um tempo, ela acabou se acalmando.

“Querida, nunca mais diga isso! Você é muito importante e especial. E eu, Pavel Hachid, lhe dou a minha palavra de honra que ninguém  vai te internar em lugar nenhum!” Rose sorriu em meio as lágrimas, assentiu o abraçando.

“Obrigada tio Pavel! Obrigada!” E deu um beijo no rosto dele. Ela parecia uma criança e ele sorriu e lhe deu um beijo na testa.

“Agora, eu quero lhe pedir duas coisas.” Rose analisou sua aura e pela apreensão dele, ela não iria gostar, mas assentiu, mesmo porque não tinha escapatória.

“Querida, você precisa conversar com seu pai e com Mikail.”

“Eu não quero falar com nenhum dos dois. Meu pai me magoou muito e Mikail me traiu. Eu não confio mais em nenhum deles. Eu sei que só não vou ser trancafiada em uma clínicas porque o senhor falou com meu pai. Só por isso, mas a vontade dele é essa. Mikail sempre soube dos meus problemas e só porque eu me embriago às vezes...” Pavel fez uma careta – às vezes... – “Ainda assim me impede de beber, sabendo que é a única coisa que me afasta da energia ruim, de enlouquecer... Eu não quero falar com eles!”

“Mas eles e sua mãe também te amam muito querida...”

“Minha mãe?! Ah... tio, nem me fale naquela megera. Ela foi a primeira a querer se livrar de mim! Ela tem vergonha de mim... Ela nunca aceitou meu amor por Mohammed... Ontem mesmo ela me olhava com nj=ojo só por causa do Adrian e eu estava tão feliz!!! Ela me afastou do meu bebê e ele quase morreu por causa disso... Ele nem comia... Eu falei com ele hoje...” Ela sorriu, triste. “Será que o senhor poderia dar um jeito de trazer o Boris para ficar comigo? Eu tenho certeza que ele seria um bom menino...” Pavel riu. Agora lhe passava uma idéia na cabeça e ele iria tentar.

“Eu tenho então uma proposta! Uma troca.”

“Estou ouvindo.”

“Você promete parar de beber, de se embriagar, vai passar em um médico e voltar a fazer terapia e eu prometo que darei um jeito do Boris ir para a St. Vlad’s!” Ela pensou. Ela odiava médicos e terapeutas, mas era melhor que internação em uma clínica. Pavel a observava e quase podia ouvir as engrenagens na mente de Rose. ‘Ela é uma negociadora nata! Igual ao pai... Pesa os prós e os contras e acaba tomando sempre a decisão que melhor lhe pareça. Aquela que mais possa lhe beneficiar. Ela sabe que ainda pode ser internada e está difícil de manter Janine afastada desta idéia. Ela vai aceitar. Estou certo disso!’

“Mas e se eu não conseguir me controlar? O senhor vai levar o Boris para longe de mim?”

“Querida, com o tratamento adequado, você vai conseguir.” Ele pensou e resolveu tocar no assunto. “Rose, eu sei do seu dom. Eu já era desconfiado há algum tempo e tive aconfirmação quando seu pai me contou. Não fique zangada com ele por isso, querida.”

“Tudo bem. Ele confia no senhor. Isso era inevitável. Eu só espero que ele não tenha falado disso com a megera...”

“Não! Ele não disse nada, não se preocupe.”

“Então eu aceito.” Eles sorriram e Pavel foi embora pensando que para ela falar com Abe e Mikail, seria apenas uma questão de tempo. Rose se sentia melhor, mais segura. ‘Ele deu a sua palavra! Eu não vou ser internada!’ Ela sorriu e ficou ali assistindo TV um tempão, até que dormiu e sonhou.

Ela estava no salão onde se realizou o baile no dia anterior, só que estava vazio. Adrian usava uma calça clara, uma camisa azul marinho e sapato preto. Ela se olhou e usava um vestido curto, verde, soltinho no corpo e sandálias.

Ele caminhou até onde ela estava e sua aura demonstrava insegurança. Ela esperou. Ele tomou suas mãos e a as beijou.

“Você está linda, como sempre, mas também está triste! Eu não quero lhe causar tristezas... Eu quero explicar. Pessoalmente!” ela assentiu e disse:

“Isso É pessoalmente e eu não quero explicações. Eu já entendi. Você não me quer e pronto. É só!”

“Não é isso, minha pequena turca, não é que eu não te queira. Eu só não posso, não tenho o direito de te prender em uma relação quebrada. Eu estou quebrado e não tenho mais conserto! Eu sou ranzinza, odeio e não aceito a minha condição! Todos os dias eu quero estar morto...” ele suspirou e abaixou a cabeça.

“Eu também... Eu quero estar morta sempre, desde que Mohammed se foi. Foi minha culpa a morte dele e eu queria ter sido morta com ele. Então somos dois quebrados... Mas você foi capaz de me despertar para um sentimento que eu pensei que não pudesse mais sentir. Você me fez sentir amor! Mas não tem importância. Você não quer, então tudo bem... Eu não fui feita mesmo para o amor...”

“Não diga isso. Você é ótima! Não tem nada de errado com você e você é jovem e inteligente, delicada e linda! Você é perfeita para o amor...” Ela sorriu com uma ponta de esperança, mas a aura dele dizia outra coisa.

“Mas...” Ele suspirou.

“Mas eu não sou feito para se amar. Eu sou amargo e não sou um bom partido. Não terminei meus estudos... vivo na barra da saia da minha tia... Vivo do legado dos meus pais. Você... Você é a futura única herdeira do legado Mazur!”

“Adrian...”

“Me deixe terminar. Rose, eu sou cego! Será que você não percebe o que isso significa?! O tipo de limitação que eu tenho que conviver pelo resto da minha vida medíocre?! Eu não posso nem escolher as minhas roupas sozinho!!! Eu não consigo nem mesmo comer em público, por medo de virar a piada da Corte!!! A minha vida é um inferno de escuridão e auras. A única coisa que eu tenho são os sonhos e nem mesmo posso aproveitar tanto quanto gostaria porque corro o risco de enlouquecer por causa das sombras... Você sabe disso... Você sente os efeitos! Eu sei!”

Ele dizia tudo isso gritando, desesperado de dor, medo e revolta. Rose estava sentada no chão encolhida. Quando ele viu como ela estava assustada com a sua explosão, ele baixou a voz e deixou escapar as lágrimas, sentando-se no chão defronte a ela.

“Adrian, eu te entendo, mas você não pode usar a sua deficiência para afastar quem se importa...” Ela sussurrou de cabeça baixa e ele se lembrou do que Dimitri havia lhe disto. Mas ele era teimoso e não queria que ela se empatasse por causa dele. Ele acreditava mesmo não ser digno dela.

“Pequena turca, a sua mãe me odeia!” Ele murmurou porque aquilo realmente o havia afetado. Ele realmente queria a aprovação dos pais dela, independente dela querer, se importar ou não com isso.

“Rá! Então empatou de novo, porque ela também me odeia...” Riu sem humor.

“Rose, você tem dó de mim?!” Ela o olhou, perplexa. Ele ainda estava de cabeça baixa e então, ela pegou seu rosto e o obrigou a olhá-la.

“Repete! Acho que não entendi direito. Você acha que eu fiquei com você por dó?! Você ao menos, ouviu alguma palavra do que eu te disse???” Ele não respondeu. Ela continuou. “É... Você é realmente doente! Me devolva para o meu sono. Me deixe dormir em paz! Saia do meu sonho agora Adrian! Saia e me deixe em paz de uma vez!” Sua voz era baixa e fria. Havia só mágoa em sua aura.

“Rose...”

“Só vá!” Ela murmurou e voltou ao seu sono, sem sonhos.


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