Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 14
Capítulo 14 – Doença ou Dom?!


Notas iniciais do capítulo

Ok, mais um capítulo para vocês.
Enjoy!



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Nos alimentadores, Adrian e Dimitri se encontraram com Lissa, Christian, Mia e Jess. Adrian já ficou sério. Ele detestava Jesse Zeklos há muito tempo e a recíproca era verdadeira.

“Adrian!” Lissa o abraçou. “Tudo bem, primo? Você está melhor?!” Ela perguntou por que no dia anterior, depois do show de Rose, ele voltou ao seu quarto muito chateado. Ele deu um sorriso torto.

“Sim, estou bem. Só de ressaca, mas vai passar.”

“Algum programa para hoje?” Perguntou Christian.

“Ainda não. Veremos mais tarde...”

“Então você vai tomar café com a gente?” Perguntou Mia e ele até que tentou negar, mas Lissa também começou a insistir e ele acabou concordando.

No salão onde o café da manhã estava sendo servido, eles se sentaram em uma mesa próximo à de onde um Abe, muito cabisbaixo, remexia seus ovos mexidos. Lissa foi falar com ele.

“Sr. Mazur? Tudo bem? O senhor está se sentindo bem?” Ele a olhou e abanou a cabeça.

“Princesa, você viu a Rose hoje?” Ela negou e ele baixou a cabeça de novo, não dizendo mais nada. Ela resolveu deixá-lo sozinho e nisso, ela viu Mason entrando e o chamou.

“Mase, você viu Rose?” Ele negou. “Então a encontre. Acho que o Sr. Mazur está preocupado...” Disse apontando para Abe. Mason ligou para Mikail que chegou rapidamente ao salão e foi direto falar com Abe.

Trocaram algumas palavras e Abe, embora aliviado, ainda parecia muito triste. Adrian notou a aura dele e a de Mikail e teve uma idéia. Pediu ao Mason que convidasse Mikail à mesa a seu pedido.

“Pois não, Lord Ivashkov. Em que posso lhe ser útil?” ‘Sim, ele era realmente formal.’ Pensou Adrian.

“Eu gostaria de conversar com você em particular, se não se importa.” Mikail olhou sério para Dimitri e esse pensou: ‘Merda! Agora eu to ferrado!’

“Sim, mas pode ser mais tarde? Agora eu tenho que fazer algo para o Príncipe Mazur.” Adrian assentiu.

“Tudo bem. Estarei no meu quarto ou na pista de patinação. Dimitri, dê a ele o meu número. Guardião Tanner, é importante!” Mikail assentiu e se repreendeu. ‘O cara é cego seu idiota!’

“Sim, senhor!” E saiu, mas não sem antes olhar duro para Dimitri.

***********************************

“Rose, abra a porta! Sou eu!” Ela abriu. Ainda estava brava, mas estava pronta para sair. Mikail riu.

“Onde vamos?!” Ela revirou os olhos.

“Não sei você, mas eu vou patinar como pode ver...” Disse apontando para os seus patins.

“Bem, seu pai te aguarda para o café da manhã!” Ela bufou.

“Então avise-o que coma antes que esfrie. Eu não quero comer nada.”

“Rosemarie, isso não é uma opção. Espero que não queira que eu te leve carregada nos ombros como um saco de batatas...”

Ela deu de ombros e saiu. Foi ao salão e se sentou com Abe, mas nem um ‘bom dia’ ela disse. Seus amigos também foram ignorados, mas porque ela não os viu mesmo. Eles começaram a resmungar, mas Lissa e Adrian disseram juntos.

“Ela não viu!” E Lissa emendou. “Deixem-na! Depois ela melhora.” Jess parecia chateado. Eles falavam em turco.

“Kiz...” Abe segurou sua mão e ela aceitou.

“Baba, nem comece. Eu não vou falar com ela nem que o senhor me ameace me mandar para a China desta vez! Eu não quero ficar com raiva do senhor também!”

Ele passou a mão pelo seu rosto que agora estava quase sem mancha alguma do soco. Ela aproveitou o toque.

“Querida, eu não vou exigir nada, nem te ameaçar Rose. Eu só estou te pedindo...” Ela disse baixo, mas categórica.

“Não!” Ele abanou a cabeça.

“Você pode, ao menos, me explicar por que?” Ela suspirou.

“Porque ela me odeia!”

“Rose... A sua mãe não te odeia, kiz!”

“Odeia! Ela me expulsou de casa para se livrar de mim... Nunca! Nunca quis saber dos meus problemas, do meu sofrimento, da minha dor. Aí, quis comprar o meu respeito com presentes... O que ela pensa que eu sou??? E depois me chamou de prostituta, de vadia... Não! Eu não vou perdoá-la! Ainda que ela me peça perdão de joelhos! E me desculpar???? Isso não é uma opção!”

Ela disse categórica, fria, sem gritar, sem chorar. Abe nem reconheceu a sua filha, sua princesinha... Tão doce, tão delicada e emocional! Ela se levantou e ele segurou firme a sua mão, obrigando-a a se sentar novamente.

“Kiz, eu não estou te reconhecendo!”

“É!” Ela deu uma risada sem humor. “Sou eu mesma. A sua filhinha que a megera transformou em um monstro! Eu sou um monstro! Uma aberração! Eu sempre fui uma aberração, mas vocês nunca notaram... Nunca notaram. Agora eu estou piorando e vocês só se preocupam com coisas irrelevantes. Se eu bebo ou se dou uns amassos... É só isso que importa para vocês! Para a megera... Vocês não vêem o que está debaixo dos narizes de vocês...”

Abe nunca tinha visto sua filha falar com tanta frieza e amargura. Ele se levantou e a puxou em um abraço. Ela aceitou. Ela amava seu pai. Ele sempre a entendia e a ouvia e ela estava sendo muito injusta com ele e ela sabia, mas ele permitiu que ela fosse afastada e queria lhe causar dor.

“Kiz... Quanta dor! Fale comigo, querida! Seja lá o que for, eu vou tentar entender e te ajudar. Ninguém saberá Rose, mas eu sou seu baba, eu preciso saber querida! Eu sei que tem algo muito errado com você e o Mikail não me fala! Fale comigo, kiz...” Havia desespero em sua voz, em sua aura.

Adrian observava aquilo de longe e podia ver a batalha que rose travava com si própria e, a energia escura do espírito a dominava. Podia ver o quanto ela lutava para se manter no controle... Ele a admirou.

Por fim, Rose saiu acompanhada de seu pai para o seu quarto, decidia a contar-lhe todo. Sobre as auras, as curas, a super-compulsão. Ela queria dividir com ele os seus segredos. Ele não a trairia.

*********************************

Em seu quarto...

“Entre, baba!” Abe tinha a nítida sensação de que não iria gostar da conversa, mas ele tinha necessidade de proteger sua filha. Fosse o que fosse de tão terrível. Ele se sentou e ela estava séria.

“Rosemarie, você está me assustando! Você está doente? Alguém te feriu, kiz?!” Ela sorriu ainda amarga. Mas de repente, ele tinha razão. Vai ver ela estava mesmo doente e por isso tinha essas coisas acontecendo... Por isso ela tivesse se especializado em dois elementos... ‘eu sou uma aberração mesmo...’ Ela pensava.

“Baba, talvez eu esteja mais doente do que tudo. Eu sou uma aberração, baba...” Baixou a cabeça e se sentiu sendo novamente dominada por aquela energia estranha. Ela queria uma bebida para não sentir! Ela queria bater em algo e Rose nunca foi uma pessoa violenta. Abe a abraçou e ela se sentiu envolvida pelo amor dele.

“Querida, você não é nenhuma aberração! Por que você pensa assim, Rose? Por que você acha que está doente? O que você está sentindo? Quer que eu chame um médico?”

“Baba, eu preciso te contar uma coisa, mas...”

“Fale kiz. O que é que está acontecendo????” Ela suspirou e as lágrimas já brotavam. Abe ficava cada vez mais aflito.

“Rosemarie, você está grávida???” Ela arfou. ‘Como ele podia pensar isso de mim??? Eu sou virgem!!!! Será que ele também me acha uma vadia?!’ Ela enfureceu.

“Bem Príncipe Mazur, se você está pensando assim, é melhor eu não dizer nada e o senhor sair daqui!” Ele recuou com a ira dela. Definitivamente tinha algo errado com ela. ‘Por Alá! O que é que está errado com a minha filha, então?Eu tenho que saber...’

“Kiz...”

“Saia daqui, baba! O senhor também me considera uma vadia para pensar que eu estou grávida! Saiba que eu sou virgem porque o único com quem eu gostaria de ter algo ESTÁ MORTO!!!”

Nesta hora ela pensou: ‘Mas se o Adrian quisesse me desonrar, talvez eu deixasse...’ Abe a segurou em seus braços. Ele estava apavorado com as atitudes de sua filha. ‘Será que ela está enlouquecendo??? Será que a morte de Mohammed foi demais para ela???’

“Kiz, tudo bem. Me perdoe, mas o que poderia ser de tão grave para você ficar assim? E por que você se considera uma aberração, Rose?!” Ela tinha que contar. Seu pai a entenderia e a ajudaria a se livrar desta maldição. Resolveu, então, falar.

“Baba, eu não sei como dizer isso, mas... Ah! Deus! Baba, eu acho que me especializei em dois elementos!”

Abe até achou que tinha ouvido mal, mas diante da seriedade dela ele acreditou. ‘Rose tinha era que ficar feliz e não sombria. Por que diabos ela estava assim?!’ Ele pensou e abriu um sorriso.

“Como assim, filha? Fogo e água? Fogo e terra? Fogo e ar?” Ela balançou a cabeça.

“Baba, eu vou te contar umas coisas, mas o senhor tem que me jurar, jurar que nem a megera nem ninguém saberá!”

“Sim kiz, eu prometo!” E então ela contou. Desde o que aconteceu com Boris até o que tinha acontecido mais cedo. Ele a ouviu atentamente e foi ficando cada vez mais preocupado. Ele já tinha ouvido falar de espírito e sabia que Lissa era usuária deste elemento, mas também sabia dos efeitos que isso poderia causar ao usuário e que não era nada bom.

“Você tem certeza, Rosemarie?” Ela assentiu. Ele a abraçou e tentou acalmá-la.

“Ah! Baba, eu to com tanto medo! Eu sou uma aberração, não sou?! Como eu posso dominar dois elementos???”

“Não kiz, você não é uma aberração, querida, pare com isso! Mas isso explica algumas coisas...”

“O quê?” Ela perguntou curiosa. Tudo o que ela queria eram explicações.

“Explica porque você, às vezes, fica agressiva por exemplo. Pelo que já ouvi falar, trabalhar com esse elemento...” Ele não queria nem falar o nome. Ele tinha medo. “... pode fazer com que o usuário fique tomado de sombras. Filha, você não pode usar isso! Você pode enlouquecer, Rosemarie! Não use mais esse dom. Não deixe que ninguém saiba. Quem mais sabe???”

“Acho que só o Mika. Eu o curei já umas duas vezes...” Abe agora entendia porque sempre que ele perguntava o que estava acontecendo com Rose, Mikail desviava do assunto.

“Bem, eu vou pesquisar e vou falar com a professora Karp e Carmack. Você disse que a princesa treina o seu elemento abertamente?!” Ela assentiu.

“Baba, a Lissa não pode ver aura como eu, senão ela tinha dito, mas...”

“O quê, Rose? Fale querida?”

“Pela aura do Lord Ivashkov, ele também é usuário de espírito e embora ele não enxergue, às vezes, eu tenho a sensação de que ele me analisa e ele sempre consegue identificar as pessoas... Eu acho que ele pode ver auras e se ele pode, ele sabe sobre mim assim como eu sei dele. Ele não se especializou, não é?”

“Pelo que eu soube não e depois do que houve com ele, as pessoas evitam fazer comentários sobre ele. A Rainha é muito protetora...”

“Ah! É isso! Então ele vai para a Academia para treinar espírito com a Lissa...” Abe concordou e a abraçou.

“Ah! Kiz, você não é aberração, querida. Você é privilegiada! Isso é um dom!”

“É, um dom que pode me enlouquecer e acho que já está conseguindo...” Disse sombriamente. “Baba, agora eu vou patinar um pouco. Tentar não pensar...” Mas o que ela queria naquele exato instante era beber todas, para não ver o medo na aura de seu pai.


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Notas finais do capítulo

Gostaria de agradecer a todos os reviews e recomendações recebidas.Isso me deixa muito feliz!
Quero me desculpar pela demora em responder aos reviews, mas hoje consegui responder atodos, sem exceções.
Bjn. R.I.



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