Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 12
Capítulo 12 – Noite Ruim


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal, quero me desculpar por não estar respondendo aos reviews, mas assim que der responderei a todos. Estou trabalhando muito e fiquei sem net! Eu sei, é um saco, mas enfim, aproveitem o capítulo!

Quero também agradecer as recomendações que recebi e fiquei realmente emocionada.

Obrigada Linnascimento e Carol Midori!

Bjn. R.I.



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Rose estava em seu quarto, jogada na cama, de calcinha e sutiã, olhando as flores e o cartão. Será que ele gostou da cesta? Ela se perguntava. O telefone tocou. Era Lissa.

“Alô!”

“Rose. Liss! O que você vai fazer mais tarde?” Rose fez uma careta. Seu pai a havia obrigado a jantar com eles.

“Jantar com o casal Mazur!” Disse sarcástica. Lissa deu um muxoxo desaprovador, porque ela só pensava que queria ter seus pais e não os tinha.

“Não fale assim, Rose...”

“É, Lissa, agora, além da megera me deixar com o olho roxo, sou obrigada a ficar olhando para a cara dela. Mas já avisei: só no jantar eles terão o prazer da minha ilustre companhia...” Liss riu do seu sarcasmo. Rose parecia sóbria e com um humor melhor.

“É que depois do jantar, Chris e eu iremos ao quarto do Adrian. Vamos ajudá-lo a comer uns chocolates.” Ela riu. Rose ficou séria.

“Eu acho que ele não gostou...”

“Rose, pare com isso! É claro que ele gostou. Ele até disse que só nos dará umas tâmaras, porque os chocolates e as bebidas são só dele!” Rose sorriu satisfeita.

“Então ele gostou? Ah! Liss, me conta...! Ele falou alguma coisa?”

“Não, ele não disse nada específico, mas estava com um excelente humor. Melhor do que já tinha visto em muito tempo...”

“Mas ele não me convidou como eu sugeri no cartão.” Rose parecia decepcionada. Lissa riu.

“Rose, ele estava super atrasado para ir falar com a rainha, mas pareceu feliz quando eu disse que você iria.”

“Peraí?! Você disse que eu iria? Como uma oferecida que vai a lugares sem ser convidada?! Ah! Liss...” Lissa a interrompeu.

“Hey! Não foi bem assim...”

“Mas mesmo assim, Liss...”

“Ok. Se você quiser ficar trancada no quarto sozinha, tudo bem, mas...”

“É. Acho que o jantar será desagradável o suficiente. Eu não precise que ele se sinta mal com a minha presença...”

“Rose...”

“Não Lissa, eu vou jantar com o casal Mazur e vou dormir. Quem sabe eu dou sorte, me embriague rápido e durma mais rápido ainda.”

“Rose...”

“Tchau, Liss. Amanhã a gente se fala.” Com isso ela desligou. Ela só pensava que não queria se decepcionar. Ter seu coração quebrado de novo. Ela ao podia pensar em fazê-lo e sentiu-se mal de novo. Não. Eu não vou. A menos que receba um convite formal.

Rose ficou ainda encarando as flores por um tempo e resolveu se arrumar. Ela não estava a fim de muita produção, então colocou uma calça jeans reta escura, uma cachemère roxa e um sobre tudo preto. Deixou seus cabelos soltos e como maquiagem, rímel e gloss. Se sentia muito desanimada com esse jantar. Seu olho ainda ostentava uma mancha meio roxa meio amarelada e ainda era bem visível, mas ela não se importou. Colocou seu scarpin preto e pegou sua bolsa, conferindo se o porta bebidas estava cheio e foi se encontrar com os pais.

Entrou no salão de jantar e foi direto para a mesa onde seus pais a esperava. Ela estava atrasada.

“Está atrasada Rosemarie.” Disse Janine desaprovando e abanando a cabeça. “Atrasada e sem maquiagem... Você quer mesmo me humilhar?!” Rose a olhava furiosa e virou-se para Abe.

“O senhor que mesmo que eu fique? Porque nem com fome eu estou para ter que aturar isso!!!” Apontou para a sua mãe. Abe se levantou, não tomando conhecimento da provação das duas e a beijou no rosto.

“Sente-se kiz, me dê o prazer de sua companhia! O que você fez hoje?! Eu soube que patinou.” Ele sorriu para ela que retribuiu ignorando completamente a presença da mãe.

Janine tentava conversar com Rose, mas era como se ela não existisse ali. Por fim, resolveu se ausentar da mesa com a desculpa de ir ao banheiro e voltou para o seu quarto, em prantos, com a certeza de que sua única filha jamais a perdoaria. Abe viu que Janine não voltava e ligou para o seu celular, que ela atendeu chorando.

“Eu... Eu... Ah! Eu só não podia mais agüentar a minha filha me ignorando daquele jeito, Abe... Ah!!! Vem logo para cá!” E desligou.

Abe ficou preocupado com sua mulher porque não era de seu feitio chorar daquele jeito e ela estava muito descontrolada. Ele ficou nervoso e Rose notou, mas nada disse. Ela não queria provocá-lo porque sabia que aquilo era por causa de sua mãe.

“Baba, se o senhor quiser ir, tudo bem! Eu não me importo!!!”

“Rose, kiz, podemos conversar em outro lugar?” Ela assentiu, mas já sabia que não ia gostar nada daquela conversa. Eles caminharam até aquela mesma varanda onde ela conheceu o atual dono do seu coração.

Eles se sentaram e ficaram ali abraçados, apreciando o momento. Foi Abe quem quebrou o silêncio.

“Kiz, por que você devolveu a jóia que a sua mãe lhe mandou?” Aiii. Por essa eu não esperava. Rose pensou.

“Porque eu não quero nada que venha dela. Além do mais, eu avisei que não queria presente algum...”

“Mas kiz, aquele não é apenas um presente, Rosemarie. É uma tradição e uma relíquia de família...” Rose sentiu o desapontamento na voz de seu pai e ficou arrasada. Tudo o que ela não queria era decepcioná-lo, entristecê-lo. Ela não sabia o que dizer, afinal, ela sabia da tradição e sabia que o que fez foi cruel, mas ela queria feri-la, assim como ela se sentia.

“Baba, me perdoe... Eu sei que foi crueldade, mas era essa mesma a minha intenção com ela, assim como ela fez comigo quando ela me enxotou de casa, me obrigando a ficar longe de tudo o que eu mais amo, inclusive do senhor.”

A essas alturas, ela já não conseguia mais conter as lágrimas... Lágrimas de dor, de frustração, de saudades...

“Kiz, por que você a odeia? Ela é a sua mãe, você é nossa única filha, nós te amamos. Sua mãe te ama, Rosemarie! Você a rejeitou esse tempo todo. Ela veio da Turquia para te ver e você sequer saiu do quarto! Ela veio no meio da semana e você faltou às aulas... Só comia se o Mikail levasse. Se alimentava em horário humano, perambulando escondida, só para evitá-la, Rose! Não abria a porta a não ser para o Mikail ou para mim. Você fez com que ela ficasse um ano e meio sem tever, nem que fosse por alguns instantes, Rose. Quando você ficou tão cruel, kiz?!”

“E o faria por mais tempo se não fosse por esse maldito ataque! O senhor sabia que enquanto vocês curtiam uma segunda lua de mel, sem se importar se eu queria ir para minha casa, ver meu bebê, eu quase fui morta?!” Ela foi cruel de novo, mas agora com a última pessoa que ela queria ferir, mas ele estava lhe ferindo também... Abe fez uma cara que só parecia dor. Ele ficou irritado.

“Você acha mesmo, Rosemarie, que se eu pudesse prever o que houve, eu te arriscaria?! Eu arriscaria a minha única filha?! Rose, que espécie de pai você acha que eu sou???!!”  Rose se limitou a um “Me perdoe!” e caiu mesmo em prantos nessa hora.

Abe a abraçou e falava com ela bem baixinho para ela se acalmar. Tudo o que ela queria era o colo, o conforto do pai e ele parecia ter adivinhado, sentido isso, a sentando em seu colo, a abraçando e acariciando suas costas, seus cabelos, esperando que ela se acalmasse. Isso demorou um bom tempo e quando ela se acalmou ele falou suavemente.

“Kiz, eu queria te fazer um pedido. Por mim?!” Ela assentiu. “Eu quero que você vá até o nosso quarto e fale com a sua mãe. Se desculpe com ela...” Aquilo encheu Rose de fúria. Ela ainda estava muito afetada pelo espírito.

“NUNCA!!!” Ela saltou do colo de seu pai como se tivesse levado um choque.

“Rose...”

“NUNCA!!! NUNCA, ENTENDEU?! NUNCA! FOI ELA QUEM ME CHAMOU DE VADIA, DE PROSTITUTA... FOI ELA QUEM ME DEU UM SOCO NA CARA E ME DEIXOU COM O OLHO ROXO... ELA É QUEM ME DEVE DESCULPAS!!!”

“Rose, ela é a sua mãe, kiz...”

“NÃO. EU NÃO VOU. NUNCA!” E com isso ela saiu dali correndo, deixando um Abe Mazur tão devastado, se sentindo como se tivesse sido atingido por uma estaca.

Ela entrou em seu quarto, trancando-se e se atirando à cama. Ela estava irada. Como ele pôde me pedir isso??? Ela pensava. Pegou uma garrafa de vodka que estava escondida no closet e bebeu. Toda. Sentou-se na poltrona e ficou ali catatônica. Remoendo sua dor... Seu ódio. Até que cochilou.

Foi acordada com batidas insistentes na porta. Ela até se esqueceu da falar em inglês.

VÁ EMBORA!!!” Com voz embriagada. “VÁ EMBORA! EU NÃO VOU ABRIR!”

“Rose, docinho, abra. Sou eu!!”

“EU NÃO QUERO VER NINGUÉM! ME DEIXE EM PAZ, MIKAIL. ME DEIXE EM PAZ COM A MINHA DOR!!!”

“Rose, abra, você tem visita...”

“EU JÁ FALEI!!!! VÁ EMBORA!!!

Com esses berros, as batidas cessaram e ela foi para o banheiro. Tomou um banho, caiu na cama e dormiu.


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