Aya entrou. Todas as luzes da casa estavam apagadas. Será que haviam saído? Provavelmente não. Ela tinha visto a pequena demônio entrar naquela casa. E se ela estivesse se escondendo?

- Hatate, acho que não tem ninguém aqui. - Aya começou a procurar o interruptor para lugar a luz. Hatate entrou, um pouco desconfiada. - Me ajude a procurar o interruptor.

As duas começaram a caminhar pela casa, desviando dos objetos, no escuro. Hatate achou o que seria o interruptor, e apertou. A luz acendeu, e as duas viram que o lugar estava bem decorado, mas não tinha nada de suspeito. Uma mesa de madeira redonda no meio da sala, com dois sofás brancos ao redor. Realmente, era uma casa bastante bonita.

- Olhe ali. - Aya sussurrou para Hatate, apontando para algo atrás do sofá. Eram dois... Chifres. Alguém não tinha se escondido direito. Conhecia aqueles chifres. Eram bastante grandes, e com curvas. Só podiam ser os chifres da Suika.

Hatate obedeceu. Começou a caminhar lentamente, com sua câmera fotográfica na mão. A cada passo que dava, sentia um arrepio. Era como se algo estivesse errado. Mas não tinha outra opção, certo? Quando achou que estava perto o bastante, saltou por cima do sofá, e agarrou a garota. O barulho da queda tinha sido imenso. Estranhamente, a garota não estava se debatendo nem nada do tipo. Estava parada.

- Hatate, essa não é a Suika! - Aya estava assustada. Quer dizer, era uma coisa parecida com a Suika. Era um robô! Hatate soltou a falsa Suika e afastou-se, com a câmera em suas mãos.

O robô não parecia estar entendendo muito bem o que estava acontecendo. Seu rosto era idêntico ao da Suika, mas notavasse que o robô era um pouco mais... Inocente. Aparentemente, ela - já que parecia com uma garota, vai ser chamada de "ela" - não queria fazer nada de ruim. Ficou observando Aya e Hatate, com um sorriso no rosto. Por um instante, Aya exitou, mas caminhou lentamente até a garota robô, um pouco preocupada. Mas percebeu que ela estava confusa, e tentou explicar a situação para ela:

- Sinto muito se a Hatate assustou você. - Aya agachou-se, ficando de frente para a robô. - Mas precisamos de sua ajuda.

A outra garota já estava ficando entendiada com aquela conversa. Onde estava Suika? O que ela estava planejando? Enquanto Aya conversava, ela decidiu procurar outras pessoas pela casa. Caminhou até uma porta, do lado esquerdo da sala. Estava vazia, provavelmente era onde guardavam as coisas. Observou que, mais para frente, havia uma escada de madeira, um pouco velha. Decidiu subir.

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Suika estava escondida em seu quarto, debaixo da cama, esperando a Mini-Suika acabar com Aya e Hatate. Mas ela não sabia que a robô estava gostando da companhia das garotas, e fazendo amizade.

- Acho que já posso descer para verificar. - Se arrastando, tentou sair debaixo da cama, mas a porta se abriu, e ela teve que correr de volta para onde estava. Quem seria?

- Alguém aqui? - Hatate procurava com os olhos, mas não achava nada. Era apenas um quarto. Provavelmente de uma garota, pois estava decorado com bastante rosa e roxo. Pelo menos, essa era a opinião de Hatate.

Entrou no quarto, e sentou-se na cama, que estava forrada com roxo. Ficou lá, sentada, dando uma boa olhada ao seu redor. Era um quarto bastante bonito. Do lado da cama, havia um porta-retratos, com uma foto. Hatate reconheceu rapidamente, pois havia sido ela quem tinha tirado a foto. Suika e Reimu eram as pessoas da foto. Estavam abraçadas, sorrindo. Era uma foto bastante linda. Seus pensamentos foram interrompidos por uma batida na cama.

- Que droga! - o som vinha de baixo da cama. Alguém estava se escondendo, e bateu a cabeça na parede. Hatate colocou a câmera no chão e tirou a foto. Viu Suika, com uma cara de dor, alisando seus chifres. Antes mesmo que tivesse tempo de reagir, a demônio escapou rapidamente, saltando para fora do quarto. Hatate ficou alguns segundos sem entender o que acontecia.

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- E então, tem alguém por aqui, sem ser você? - Aya ainda estava conversando com a Mini-Suika, mas não estava conseguindo boas respostas. - Por favor, responda.

A garota robótica fez que "sim" com a cabeça, balançando seus cabelos ruivos. Mas antes que Aya pudesse perguntar outras coisas, uma garota passou rapidamente por ela, e disse:

- Mini-Suika! - ela não acreditava no que estava vendo. Sua criação estava fazendo amizade com inimigos. Não tinha sido isso que ela tinha ensinado para ela. - Destrua-os!

A garota robô não entendeu. Ela estava confusa. Um minuto atrás, estava fazendo amizade, e estava gostando. Agora, tinha que destruir a pessoa que tinha conversado com ela. Não sabia o que fazer.

- Vamos! - Suika estava nervosa. - Destrua-os!

Continua...