Nem Todos que Vagam, Estão Perdidos... escrita por emiliepp


Capítulo 25
Capítulo 25




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[...]- O jantar já deve estar acabando... é melhor irmos antes que Fingon nos descubra aqui e tenha motivos pra encher nosso saco pelo resto das Eras. [...]

            - Sua sorte é que você é pequena, assim consegue sair sem ser vista de qualquer lugar! – Maedhros estava vermelho como o cabelo e a túnica dele. – ah, se o Fingon nos vê agora... não quero nem pensar no que vai acontecer. Ele vai passar as próximas três Eras me importunando.

            - Não se preocupe, nós achamos um jeito de sair daqui... – AHA! Bem nessa hora uns três casais passaram dançando por onde estávamos. – Anda, corre!

            Puxei Maedhros para o meio deles, passei minha mão pelos ombros dele e fomos dançando, como se nada tivesse acontecido.  E agora que o meu pensamento estava voltando pra mim... eu pensava sobre tinha acabado de acontecer. Talvez eu devesse fazer o que ele disse, e seguir os meus sentimentos. Não desperdiçar o tempo que eu tenho me afastando do que eu mais quero.

 Mas EI, eu ouvi errado ou ele tinha me chamado de nanica?

            - Ei, saiba que para os humanos até que eu era bem alta!

            - Mas você está em Valinor, pequenininha. – E me deu um beijo na ponta do nariz.

            Eu só espero que Fingon não tenha visto ISSO.

            Depois disso, não vi o tempo passar, afinal estava dançando com Maedhros... o Maedhros que, por alguma força divina ou sei lá o que, gosta de mim. O Maedhros que, pelo que parece, acabou de achar um apelido novo pra mim. O MAEDHROS QUE ME TASCOU UM BEIJO NÃO FAZ NEM CINCO MINUTOS. A música parou, e parece que, não interessa para quem eu olhava, olhavam de volta para nós. Fëanor e Nerdanel, sentados nos lugares principais e assistindo à dança, Galadriel; Fingolfin; Maglor e sua harpa, Celegorm, OBVIAMENTE Fingon; e, vamos ver, quase todo o resto do salão. WTF?

            - Por que é que tá todo mundo olhando pra gente? – perguntei bem baixinho pro Maedhros.

            - Giulia, seu coração bate tão alto, que nem um tambor seria páreo para ele.

            Nossa, mas que BOM! Quer dizer que o Tirion inteira pode ouvir que eu estou tendo um colapso nervoso!? OBRIGADA, SUPER AUDIÇÃO ÉLFICA!

            Mas logo outra música começou. AMÉM.

            - Quem sabe você possa fazer o meu coração ficar mais discreto, já que você consegue fazer ele ficar assim tão bem...

            E Maedhros não disse nada, mas riu e me girou. E acabei bem pertinho do rosto dele... gente, dançar com um elfo é tipo o paraíso. Ficamos assim, ele me puxando pra perto, eu ora me afastando, ora deixando ele me guiar. Até que eu comecei a me soltar... e puxei ele pra perto de mim, o que acabou resultando no rosto dele a milímetros do meu (a boca dele nem se fala RS) e... numa chuva de aplausos. PRA NÓS. Só agora que eu notei que a música tinha acabado bem nessa hora. TENSO.

            Não preciso nem dizer que eu larguei dele bem rapidinho, né. E que AINDA BEM QUE ESSES ELFOS ESTAVAM MEIO BÊBADOS.

            Meu Deus, eu estou morta. Crucificada, assada e servida com batatas no jantar. POR QUE É QUE EU FIZ ISSO? Mas os elfos pareciam se divertir com a gente, e Maedhros me catou pela mão e fez uma reverência, e saiu da, hm, pista de dança.

            - AH MEU DEUS. Eu totalmente NÃO deveria ter feito isso...

            - Giulia, se acalme.

            - Mas olha só o que eu acabei de fazer! Eu praticamente te... beijei na frente de Tirion inteira! VÃO ME MATAR!

            - Anda, Giulia, pára de se preocupar. Você não fez nada de errado. Nós, elfos, também demonstramos sentimentos... e a época é propícia para isso. O fim do ano é sempre um momento de festa, e de coisas alegres, e de união, e de felicidade, e de... amor.

            - Mas –

            - Não. Shhh. – Ele colocou o dedo em cima dos meus lábios.

             E me estendeu uma mão cheia de neve.

            - Agora sim, o suficiente para você provar.

            O que eu ia fazer? Eu comecei a rir da cara dele, oras. E comi a neve, lógico, e tinha um gosto totalmente ótimo e geladinho. Ainda rindo, não me segurei:

            - Até que foi bem rápido, pra um elfo. Quer dizer, além de eu nunca, jamais, cof, never ever em nenhuma possibilidade iria imaginar que isso pudesse acontecer...

            - A paciência não é uma das maiores virtudes da Casa de Fëanor... e creio que também não seja da sua. –Um sorriso brincou no rosto dele. -  Aliás... eu nunca imaginava que eu fosse ver um pilar de luz verde descer do céu... muito menos encontrar uma garota desacordada no meio da cratera que ele fez. E veja só o que aconteceu...

            Deu-se por entendido que deveríamos ficar encabulados e nos apoiarmos no parapeito, corados e olhando para os telhados lá embaixo, sorrindo para a neve. Tipo um casalzinho de crianças. Só que mais... aprimorado. He.

             De repente, ele pareceu se lembrar de algo.

            - Ah, tem mais uma coisa que eu preciso te mostrar.

            E ele me pegou pela mão e me levou até o meu quarto, onde ele pegou de dentro de uma caixa na penteadeira o ipod da Emilie.

            - Meu pai conseguiu transformá-lo em uma forma de comunicação entre você e sua amiga, contanto, é óbvio, que ela também esteja com o seu ipod.

            ILÚVATAR. SÉRIO MESMO? VOU PODER FALAR COM A EMILIE? MEU DIA PODE FICAR MAIS PERFEITO???????

            - Uau, SÉRIO MESMO?

            - Sim, sério mesmo.

            Não me segurei. Subi nas pontas dos pés e beijei ele.

            - Le hannon.

            Ele ficou surpreso, mas sorriu e me entregou o ipod.

            - Então... não vai chamá-la? 


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