Nem Todos que Vagam, Estão Perdidos... escrita por emiliepp
[...]- O jantar já deve estar acabando... é melhor irmos antes que Fingon nos descubra aqui e tenha motivos pra encher nosso saco pelo resto das Eras. [...]
- Sua sorte é que você é pequena, assim consegue sair sem ser vista de qualquer lugar! – Maedhros estava vermelho como o cabelo e a túnica dele. – ah, se o Fingon nos vê agora... não quero nem pensar no que vai acontecer. Ele vai passar as próximas três Eras me importunando.
- Não se preocupe, nós achamos um jeito de sair daqui... – AHA! Bem nessa hora uns três casais passaram dançando por onde estávamos. – Anda, corre!
Puxei Maedhros para o meio deles, passei minha mão pelos ombros dele e fomos dançando, como se nada tivesse acontecido. E agora que o meu pensamento estava voltando pra mim... eu pensava sobre tinha acabado de acontecer. Talvez eu devesse fazer o que ele disse, e seguir os meus sentimentos. Não desperdiçar o tempo que eu tenho me afastando do que eu mais quero.
Mas EI, eu ouvi errado ou ele tinha me chamado de nanica?
- Ei, saiba que para os humanos até que eu era bem alta!
- Mas você está em Valinor, pequenininha. – E me deu um beijo na ponta do nariz.
Eu só espero que Fingon não tenha visto ISSO.
Depois disso, não vi o tempo passar, afinal estava dançando com Maedhros... o Maedhros que, por alguma força divina ou sei lá o que, gosta de mim. O Maedhros que, pelo que parece, acabou de achar um apelido novo pra mim. O MAEDHROS QUE ME TASCOU UM BEIJO NÃO FAZ NEM CINCO MINUTOS. A música parou, e parece que, não interessa para quem eu olhava, olhavam de volta para nós. Fëanor e Nerdanel, sentados nos lugares principais e assistindo à dança, Galadriel; Fingolfin; Maglor e sua harpa, Celegorm, OBVIAMENTE Fingon; e, vamos ver, quase todo o resto do salão. WTF?
- Por que é que tá todo mundo olhando pra gente? – perguntei bem baixinho pro Maedhros.
- Giulia, seu coração bate tão alto, que nem um tambor seria páreo para ele.
Nossa, mas que BOM! Quer dizer que o Tirion inteira pode ouvir que eu estou tendo um colapso nervoso!? OBRIGADA, SUPER AUDIÇÃO ÉLFICA!
Mas logo outra música começou. AMÉM.
- Quem sabe você possa fazer o meu coração ficar mais discreto, já que você consegue fazer ele ficar assim tão bem...
E Maedhros não disse nada, mas riu e me girou. E acabei bem pertinho do rosto dele... gente, dançar com um elfo é tipo o paraíso. Ficamos assim, ele me puxando pra perto, eu ora me afastando, ora deixando ele me guiar. Até que eu comecei a me soltar... e puxei ele pra perto de mim, o que acabou resultando no rosto dele a milímetros do meu (a boca dele nem se fala RS) e... numa chuva de aplausos. PRA NÓS. Só agora que eu notei que a música tinha acabado bem nessa hora. TENSO.
Não preciso nem dizer que eu larguei dele bem rapidinho, né. E que AINDA BEM QUE ESSES ELFOS ESTAVAM MEIO BÊBADOS.
Meu Deus, eu estou morta. Crucificada, assada e servida com batatas no jantar. POR QUE É QUE EU FIZ ISSO? Mas os elfos pareciam se divertir com a gente, e Maedhros me catou pela mão e fez uma reverência, e saiu da, hm, pista de dança.
- AH MEU DEUS. Eu totalmente NÃO deveria ter feito isso...
- Giulia, se acalme.
- Mas olha só o que eu acabei de fazer! Eu praticamente te... beijei na frente de Tirion inteira! VÃO ME MATAR!
- Anda, Giulia, pára de se preocupar. Você não fez nada de errado. Nós, elfos, também demonstramos sentimentos... e a época é propícia para isso. O fim do ano é sempre um momento de festa, e de coisas alegres, e de união, e de felicidade, e de... amor.
- Mas –
- Não. Shhh. – Ele colocou o dedo em cima dos meus lábios.
E me estendeu uma mão cheia de neve.
- Agora sim, o suficiente para você provar.
O que eu ia fazer? Eu comecei a rir da cara dele, oras. E comi a neve, lógico, e tinha um gosto totalmente ótimo e geladinho. Ainda rindo, não me segurei:
- Até que foi bem rápido, pra um elfo. Quer dizer, além de eu nunca, jamais, cof, never ever em nenhuma possibilidade iria imaginar que isso pudesse acontecer...
- A paciência não é uma das maiores virtudes da Casa de Fëanor... e creio que também não seja da sua. –Um sorriso brincou no rosto dele. - Aliás... eu nunca imaginava que eu fosse ver um pilar de luz verde descer do céu... muito menos encontrar uma garota desacordada no meio da cratera que ele fez. E veja só o que aconteceu...
Deu-se por entendido que deveríamos ficar encabulados e nos apoiarmos no parapeito, corados e olhando para os telhados lá embaixo, sorrindo para a neve. Tipo um casalzinho de crianças. Só que mais... aprimorado. He.
De repente, ele pareceu se lembrar de algo.
- Ah, tem mais uma coisa que eu preciso te mostrar.
E ele me pegou pela mão e me levou até o meu quarto, onde ele pegou de dentro de uma caixa na penteadeira o ipod da Emilie.
- Meu pai conseguiu transformá-lo em uma forma de comunicação entre você e sua amiga, contanto, é óbvio, que ela também esteja com o seu ipod.
ILÚVATAR. SÉRIO MESMO? VOU PODER FALAR COM A EMILIE? MEU DIA PODE FICAR MAIS PERFEITO???????
- Uau, SÉRIO MESMO?
- Sim, sério mesmo.
Não me segurei. Subi nas pontas dos pés e beijei ele.
- Le hannon.
Ele ficou surpreso, mas sorriu e me entregou o ipod.
- Então... não vai chamá-la?
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