ONE-SHOT: Um Erro Para o Amor

Onde você está?

A guerra tinha terminado. Finalmente... terminara. Harry Potter, o Eleito, o Menino-Que-Sobreviveu, o Menino-de-Ouro, conseguira vencer o Lord das Trevas, Voldemort. No entanto, o preço estava sendo cobrado. Várias mortes, entre elas Remus John Lupin, Ninphadora Tonks e Jorge Weasley.

Harry sentia-se destruído por dentro. Queria se matar... A dor era insuportável. Não deixou que fizessem entrevistas, não falou com ninguém, indo se sentar em algum corredor escuro.

Era hora como essas que se lembrava de um estranho garoto, que a pouco tempo conhecera. Tinha sua idade naquela época, e provavelmente, se não tivesse morrido, teria 17, assim como Harry, um pouco mais novo, loiro(mas não como o Malfoy) e olhos azuis, brilhantes, como duas pedras raras, da Hufflepuff. Ele era fofo. Todavia, Harry não sabia o por que de estar pensando nele agora.

Flash Back On

Estava andando apressado pelos corredores. Tinha acordado tarde, e se atrasara para a aula. Quase corria. Foi quando sem querer esbarrara em alguém.

 - Desculpe, ando distraído. - Desculpou-se Harry. Ajudando-o a se levantar.

E então, viu sua aparência.

Era uma garota de Hufflepuff. Loiro, olhos azuis, um pouco mais baixo que ele. O garoto deu um sorriso. Até um Slytherin tinha que admitir que esse garoto era belo.

 - Tudo bem. - Disse o garoto, calmo.

 - Tenho que ir. - Falou Harry, correndo.

Deixara para trás um garoto com feições divertidas, e se o mesmo lhe permitisse pensar, até felizes.

Flash Back Off.

Sentiu um toque suave em seu ombro, e se virou, pronto para gritar xingamentos e azarações em qualquer pessoa que estivesse o irritando. No entanto, quase pulou ao ver ele ali. O mesmo garoto. O mesmo garoto de 1 ano atrás que sorrira para ele e não gritara, dizendo que ele era Harry Potter.

 - Posso me sentar? - Perguntou, um tanto cauteloso. Harry só assentiu. O garoto se sentou. - Pensando? - Novamente, Harry assentiu.

 - Desculpe, mas não sei o seu nome. - Disse, meio sem-graça, o Potter.

 - Damien. - Respirou fundo. - Damien Pettigrew. - Terminou, parecendo fazer um grande esforço para terminar seu nome.

 - Pettigrew? - Perguntou, alarmado. E se ele fosse um Comensal querendo se vingar?

 - Hummm... Sim, desde que eu me lembre, ou, desde que eu vi minha certidão de nascimento. - Sorriu. Harry tentou, mas não conseguiu, logo estava rindo.

 Logo estavam conversando, falando sobre tudo, amigos, inimigos, passado, presente, o futuro que planeja, mas então, chegou num assunto delicado, para ambos: Família.

 - Fui seqüestrado pelos Comensais quando bebê. - Murmurou Damien. - Meu pai, sim, Peter Pettigrew, foi pressionado pelos Comensais a contar onde estavam os Potter. - Olhou para Harry, como se dissesse perdão. - Ele se empenhou em descobrir isso, e quando foi o fiel do segredo, foi a ruína. Ele não queria ferir seus amigos, mas também não queria me perder. Então, por que não contou para os amigos? Estava sendo vigiado, e se ele tentasse contar, iriam me matar. Acredito, Harry, que você saiba que os pais fazem tudo para proteger seus filhos, correto? - Harry assentiu, sabendo que a história de Damien parecia tão trágica quanto a sua.

 "Ele já tinha perdido minha mãe, e não queria me perder, ele tomou a decisão mais difícil de sua vida. Entregou seus pais. Acredito eu, Harry, que outras pessoas, que estivessem na mesma situação que meu pai, tentaria proteger seu filho a todo custo, não é? Mas ele estava arrependido. Não conseguiria te matar. Via em você, seus pais, seu melhor amigo James Potter, e Lily Evans, a garoto muito gentil. E então, morreu."

Terminou a narração, olhando para o chão.

 - Não te culpo, e muito menos o seu pai, Damien. - O garoto voltou a mirar o mais velho, estupefado. - Não é sua culpa, e nem mesmo do seu pai, com certeza, eu faria a mesma coisa, e acredito que meus pais fariam a mesma coisa, com o mesmo pesar de seu pai. - Sorriu para o loiro, que corou. Passou a mãos nos cabelos do mais novo.

 - ... - Uma lágrima escorreu pelo olho de Damien, sendo limpada pelo Harry. Mas logo outras apareceram, rolando a pele do garoto.

 Damien se sentiu sendo abraçado, e correspondeu ao mesmo, ouvindo o moreno sussurrar palavras gentis em seu ouvido. Parou de chorar, olhando pelo canto dos olhos, vendo dois orbes esmeraldas o observando. Sorriu, um tanto sem-graça. Seu coração batia acelerado, e seu rosto estava mais vermelho do que qualquer outra coisa vermelha.

Harry soltou um risinho baixo. Dane-se! Pensou. Juntando seus lábios com o do mais novo, sentindo que o outro estava estupefado, mas logo não mostrou nenhuma resistência, o beijando se volta, passando seus braços por volta de seu pescoço, segurando o seu cabelo, e acabando por sentar em seu colo.

Ficaram assim um tempo, com as línguas se tocando com gentileza e... amor? Nenhum dos dois sabia dizer. Mas logo se separaram por causa do ar. Damien estava ofegante, assim como o moreno. Sorriu, um sorriso de felicidade, recebendo um outro em troca, e logo voltaram a se beijar.

EPÍLOGO: O Amor Depois do Erro

 - Continua o mesmo, cheio de trouxas. - Murmurou um garoto loiro de olhos verdes, andando pela estação de trem. Seguido por um moreno de olhos verdes, uma garota de cabelos loiros e olhos azuis, uma garota de cabelos negros e olhos azuis, além de um outro garoto, um pouco mais velho, de cabelos castanhos um pouco claros e olhos dourados.

 - 1 ano. - Murmurou a morena de olhos azuis.

 - Sim, princesa, 1 ano, e logo você poderá ir. - Sorriu-lhe o seu pai.

Eles passaram pela coluna, chegando num lugar onde muitos bruxos se despediam.

 - Até mais, padrinho. - Disse o garoto de olhos dourados, saindo correndo.

 - Se cuida, Teddy! - Gritou Damien, sorrindo, sabendo que seu marido, Harry, não iria responder.

 - Cala a boca, James! - Gritou para o loiro de olhos verdes, o moreno.

 - Já calei, mano. - Sorriu-lhe. - Mas, lembre-se Al, não importa em que casa você cai, estaremos do seu lado. - Disse série, bagunçando os cabelos do mais novo. - Fui! Tchau pessoas, tchau pais. - E saiu correndo, do mesmo jeito que Teddy.

 Damien e Harry acenaram para o filho, e olharam para a loira e para o moreno. A loira, chamada Lily, sorriu, deu um beijo na sua família e seguiu atrás de seu irmão, sabendo que o mesmo logo entraria numa confusão. O moreno, chamado Alvo, parecia ter um ataque de nervos.

Harry abaixou-se na altura dele, lhe sorrindo.

 - Vamos, Al, não fique desse jeito. O que James disse é verdade, não importa em que casa cai, nós ficaremos do seu lado... - Mas não terminou, pois foi cortado.

 - HARRY! - Gritou-lhe uma garoto de cabelos cor chocolate, o abraçando, atrás dela vinham um ruivo, uma outra garota muito parecida consigo, e um garoto, mais parecido com o ruivo.

 - Olá, Mione, Rose, Hugo e Rony. - Sorriu para todos, olhando para seu filho, vendo que o mesmo estava mais calmo.

Não tiveram tempo de conversar, pois logo o apito do trem soou, e assim, Alvo e Rose tiveram que entrar, sendo seguidos por um loiro, que estava acompanhado por Draco Malfoy. Provavelmente, seu filho.

Quando o trem começou a sair, Harry e Damien começaram a acenar, alegremente para seus filhos. Quando o trem sumiu, só Harry continuara acenando.

 - Ele vai ficar bem. Eles vão ficar bem. - E sorriu, dando um selinho nele.

Harry, por fim, abaixou a mão, tocando em sua cicatriz.

 - Eu sei. Conto com isso.

Nos anos que se passaram, a cicatriz não tinha incomodado Harry. Ele nunca mais falara com as cobras. E agora, tinha o que tanto desejava, uma família. Tudo estava bem.

Claro que, depois de muitos erros.