Little Lies escrita por yellowizz


Capítulo 9
Capítulo 9 - Jogos


Notas iniciais do capítulo

Alou leitores queridos, boa leitura. :)



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Competitivos ou cooperativos.

Como Peter falou, um carro já estava me esperando, saí da empresa e dessa vez nenhum segurança me seguiu. Entrei ainda meio insegura, um outro homem entrou logo após fechando a porta que, imediatamente foi trancada. O som das travas fez meu coração falhar por um segundo, eu sabia o quão perigoso isso poderia ser, mas não hesitei. Fui colocada no meio de dois homens asquerosos que me olhavam todo tempo como se eu fosse um pedaço de um doce deveras delicioso. Por trás da elegância dos ternos que estavam vestidos, os quatro homens dentro do carro, tinham uma postura mais largada. O que estava do meu lado esquerdo ficou por um bom tempo me olhando e só então foi o primeiro a quebrar o silêncio.

- Ela não é mesmo uma graça? – disse ele debochado arrastando o tecido de minha saia para cima e ligeiramente apertando a minha coxa.

- Tire suas patas de cima de mim. – sibilei furiosa batendo em sua mão.

- E agressiva. – o que estava no banco da frente completou mirando-me pelo espelho retrovisor. – Hey, Jep, vamos levar a garota para dar um passeio maior antes de levá-la para o chefe. – ele disse agora se virando para trás e também passando a mão na minha perna. A encolhi como pude, tentando me livrar de sua mão que insistia em tocá-la. Todos riram menos o motorista que parecia muito concentrado no volante.

- Esqueça, o chefe está ligando. – disse Jep, o homem no volante, apontando com a cabeça para o celular que vibrava entre os dois bancos da frente.

- Já estamos chegando. – disse o homem que estava sentado no banco do passageiro na frente atendendo o celular.

O carro andou mais alguns metros até entrar em um galpão, que parecia pertencer a uma fábrica, talvez estivesse abandonado, não havia vestígios de ninguém lá além de nós cinco. Os capangas me fizeram entrar sozinha por uma porta nos fundos, a pouca luminosidade do lugar me impedia de procurar por Peter e Chuck, o que era realmente preocupante.

- Blair! – ouvi a voz de Chuck vinda do outro lado do galpão.

- Chuck! – gritei em resposta. Dei um passo à frente e fiz menção de ir adiante, logo todas as luzes do lugar se ascenderam revelando a platéia que me assistia do outro lado. Chuck amarrado e sentado no chão com Peter apontando uma arma para sua cabeça. Seu rosto demonstrava o que já havia passado desde que fora pego, o risco de sangue em sua bochecha delineava um corte leve, mas provavelmente dolorido no mesmo lugar. Seu cabelo estava desajeitado e seu terno cinza chumbo sujo pela poeira do lugar. – Chuck. – repeti ao vê-lo naquele estado. Atravessando o galpão, corri para perto dele, porém Peter apontou a arma em minha direção.

- Se der mais um passo eu atiro. – ameaçou.

- Faça de uma vez, Peter! – gritei.

- Não! – Chuck falou num fio de voz, respirando profundamente juntando forças de onde não tinha. – O deixe falar.

Olhei-o incrédula pelo pedido feito, mas se era isso que ele queria, então que o fizesse.

- Fale o que tem pra me falar, Peter. – eu disse desviando meus olhos de Chuck para encarar o outro.

- Que bom que ao menos o seu namoradinho você ouve. – debochou. – Espero não me intoxicar com esse cheiro de romance no ar. Me dá nojo. – brincou com a arma em sua mão, vindo em minha direção. – Sabe Blair, não se sinta completamente inútil. Você fez um bom trabalho em se passar por Stella. Tão linda quanto ela. – asqueroso, passou as costas da mão esquerda em minha bochecha enquanto a arma em sua mão direita se colocava na minha cintura. – Me conte, Blair, você achou mesmo que juntamente com esse seu namoradinho iriam conseguir provas contra mim? Sinto lhe informar que você estava estupidamente enganada. – ele afastou-se, voltando em direção a Chuck que não tirava seus olhos de mim. – Sabe aquele DVD empolgante que fizemos no seu escritório? Ele está comigo. Chuck fez o favor de entregá-lo em minhas mãos, não é verdade garoto? – Peter empurrou-o bruscamente com o pé. Chuck nada disse, apenas contorceu sua face em dor.

- Não é verdade. – eu disse com a voz já um pouco embargada. Eu havia contrariado todas as minhas regras de não se apaixonar perdidamente em pouco tempo, mas acabei sentindo as típicas gotas salgadas rolarem pela minha bochecha. – Não pode ser verdade. – tentei parecer firme, mas a verdade é que eu não queria acreditar. Ele não poderia ter feito isso. Ele sabia que não iria adiantar entregar as provas para o autor delas para sair ileso. Por que o idiota fez isso?

- Acredite, Waldorf. Isso é para você aprender que confiança não se tem em dois dias. – ele falou cinicamente. – Não quer dar um beijinho de despedida? – gargalhou logo após, puxando o gatilho da arma em mãos e a apontando para Chuck.

- O que você quer? – questionei decidida.

- Nada. Tenho todas as respostas aqui. – tirou de dentro do paletó um DVD onde provavelmente estariam todas as chaves da situação.

- Então por que não nos deixa ir? – perguntei inutilmente, já sabendo a resposta.

- Porque vocês dois sabem demais. – guardou o DVD novamente dentro do paletó. – Agora chega de brincar. – disparou um tiro em direção ao teto. Eu coloquei minhas mãos sobre a cabeça protegendo minha audição do barulho que o tiro provocou. Mais um tiro. Outro e outro.

- Chega! – eu gritei, apavorada pelo barulho e pela sensação que ele provocava. – Acabe com isso logo. – pedi.

- Você está maluca? – Chuck me perguntou baixo.

- Cale a boca! – gritei com ele também, não sabendo mais nem o que eu estava dizendo.

- Então escolha, Blair. Você ou ele? – mencionou apontando a arma pra mim e para Chuck. – Não! Tive uma ideia melhor. Escolha você, Chuck. – Chuck estava virado da minha direção, mas eu percebi que seus olhos estavam muito além disso.

- Ela. – eu acho que não ouvi direito.

- Ótima escolha. – Peter apontou a arma em minha direção e sem hesitar, um disparo foi ouvido. A dor me invadiu abruptamente. Eu não sabia ao certo onde doía mais, o corpo ou o coração partido, senti minhas pernas fraquejarem e caí. O cheiro da poeira sendo levantada invadiu as minhas narinas, fazendo a minha garganta secar e eu tossir em resposta. Ouvi Chuck gritar o meu nome e em seguida tudo escureceu.


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Notas finais do capítulo

Tá aí um pouco mais da história pra deixar vocês bem curiosos, haha. Reviews né ? ;D



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