Doce Engano escrita por sara_nunes


Capítulo 3
Terceiro capítulo (último)


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura gente.

Nos despedimos lá em baixo.



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Na hora do almoço eu e ela fomos para o restaurante e meu filho já nos esperava lá.

  

- FILHO!

Ele me viu e veio rapidamente ao meu encontro, me dando um abraço que poderia sufocar um urso. Estávamos há muito tempo sem nos vermos, a saudade era imensa.

- Pai, quanto tempo!

- É sim filho, é sim.

Depois que terminamos de nos abraçar achei que era hora de começar as apresentações.

- Bella, esse é meu filho, Edward. Edward, essa é a Bella. – Disse apontando enquanto dizia os respectivos nomes.

- Prazer. – Edward disse e deu um beijo em cada bochecha da Bella. Percebi olhares “estranhos” e ela corou. (?)

- Bem, vamos almoçar? – Eu disse quebrando o clima estranho que estava pairando no ar.

- É... Pai, eu trouxe minha secretária comigo. Apesar de está de folga eu nunca posso abandonar o trabalho totalmente. – Meu filho fez uma careta de desgosto.

- Tudo bem. Onde ela está? – Perguntei olhando ao redor.

- Ela está no banheiro, mas já deve está saindo.

Quando eu olhei para o banheiro uma mulher linda, que aparentava ter 30 anos, estava saindo de lá. Meu coração bateu mais depressa, o que não fazia o menor sentido. Eu gostava da Bella. Não é?

- Pai, essa é Jessica, minha secretária. Jéssica esse é meu pai. – Disse apontando para mim. – E essa é a Bella. – Disse apontando para ela. Todos nos cumprimentamos.

Pedimos o almoço e eu e Edward colocamos todos os assuntos em dia, colocando Bella e Jessica na conversa sempre que possível. Edward continuava olhando para Bella de vez em quando, e ela pra ele. Quando os olhares se encontravam ela sempre corava e ele escondia um risinho, parecendo satisfeito.

Jessica também olhava para mim e corava às vezes, mas eu estava confuso demais para responder de qualquer forma.

- Filho, aproveita que você está na cidade e vem visitar a minha casa.

- Ok pai. E se ela ainda tiver parecida com aquele barraco de antes eu juro que compro uma casa nova e te arrasto pra lá, nem que seja a força.

- Não, ela está bem melhor, graças à vo... – Ele fez um gesto para que eu parasse, ele disse que não fazia o menor sentido me agradecer, porque eu fiz muito mais por ele do que ele por mim. Eu não concordo, já que tudo que eu fiz foi minha obrigação de pai.

- Tá, eu e Jessica vamos dar uma volta e quando você terminar no trabalho me liga. – Disse meu filho - Ah... Bella... Você quer vir conosco?

- É... Eu estou trabalhado lá, com seu pai, então não posso, sinto muito. – Sua expressão deixava bem claro que queria dar outra resposta.

Eu e Bella trabalhamos por mais poucas horas. Ela parecia está se dando realmente muito bem no caixa, já tinha feito amizade com as outras moças e fazia seu trabalho competentemente bem. Fiquei muito feliz por isso.

Quando terminamos eu liguei pro meu filho e ele veio à nosso encontro.

- Filho, você ainda lembra onde é a casa, não é? – Desde que ele foi embora, nunca mais tinha vindo aqui, então – mesmo sendo uma ideia ridícula, já que ele passou a vida toda aqui – fiquei preocupado com que ele tivesse esquecido o caminho para nossa casa – sim, nossa, porque aquela casa sempre seria dele também.

- Claro que eu lembro pai. – Disse revirando os olhos.

- Bella, você vem comigo? – Perguntei.

- Claro, claro. – Disse decidida, mas ela olhou para Edward antes de entrar no meu carro.

Jessica entrou no carro do Edward, mas antes também me lançou um longo olhar.

Bem, depois que Edward nos visitou, ele admitiu que a casa estava bem melhor, mas ainda lamentava não poder fazer mais nada por mim, porque eu não deixava.

Bella ficou estranha durante toda a visita, corava muito e fazia questão de se olhar no espelho a cada poucos instantes.

Duas semanas tinham se passado e Edward deu um jeito de vim mais três vezes aqui, duas delas com a Jessica. Ela era encantadora, tão parecida com a minha Esme, isso estava me deixando totalmente confuso. Eu fingia que estava tudo bem. Como se adiar o assunto na minha mente fosse fazer o problema desaparecer na vida real.

E assim se foram duas semanas: Edward sorrindo, Bella corando e eu fingindo. Até que todas as certezas foram tiradas da minha cabeça, como se o destino estivesse apenas brincando comigo todo esse tempo.

Aconteceu numa tarde, Edward deu um jeito de aparecer de novo, sem a Jessica, e eu deixei ele e a Bella a sós um minuto. Um minuto que acabou com todo direito que eu tinha de fingir pra mim mesmo.

Quando eu voltei os dois estavam se beijando, no meio da minha cozinha. Mas isso não era o mais impressionante. O fato é que eu não fiquei com ciúmes. Eu não me imaginei no lugar do meu filho, e eu não senti nenhum tipo de dor.

Eu saí da cozinha e fiquei ouvindo pela sala o que eles diziam. Eu estava tão confuso com as minhas próprias reações que nem sabia direito o que estava acontecendo. Nesse momento, só uma coisa veio na minha cabeça: Jessica.

Ouvi vozes vindas da cozinha, mas eram baixas, indecifráveis, pelo tom pareciam declarações.

- Bella, quer namorar comigo? – Finalmente ouvi alguma coisa.

Não houve resposta, ou foi tão baixa que eu não pude ouvir. Mas não foi preciso, os sons de beijos era resposta suficiente para mim.

Fui para o meu quarto e fiquei lá um bom tempo, até eu considerar seguro sair. Essa cena mudou tanto minhas certezas, que eu não tinha certeza de mais nada.

Quando cheguei Edward e Bella estavam de mãos dadas na mesa.

- Pai, por que demorou tanto? – Edward perguntou, mas sem está realmente parecendo interessado na resposta.

O que eu tinha ido fazer na sala mesmo? Ah sim, ligar para o Dr. Hale e marcar uma consulta. Ele é um grande amigo meu, e tinha dito que fazer exames de rotina era importante.

- Demoramos para achar um horário que batesse. – O que era uma grande mentira.

- Ok. Pai, nós temos uma coisa para te contar.

Como se eu não soubesse. Pensei.

- Conte.

- Bella e eu estamos namorando. – Ele disse, ela corou.

- Oh, que ótimo meu filho! – Disse, lhe dei um abraço, e deu um abraço na Bella. Eu tentava parecer feliz, e o que mais me surpreendeu, é que no fundo, bem no fundo, atrás de toda a minha confusão, eu estava realmente feliz.

Naquele dia eu e Bella fomos ver a casa do Edward, que era em outra cidade, o que tornou a viagem bem longa.

Eu aproveitei esse tempo para pensar comigo mesmo, e eu só pude chegar a uma conclusão.

A vida brincou comigo de uma forma que nunca tinha feito antes. Depois de anos sem o amor da minha vida, Esme, eu confundi totalmente meus sentimentos achando que estava apaixonado pela Bella. Ela era encantadora, e eu realmente sentia um grande carinho por ela. Mas achar que todo carinho é amor, foi burrice e inocência da minha parte.

De qualquer forma, as coisas estavam andando melhores do que nunca, e no final, toda aquela confusão tinha servido para ver meu filho feliz como eu nunca tinha visto antes. Ele estava radiante, e a Bella também. Estava tudo quase perfeito.

Chegamos na casa do Edward. Ela era tão linda que eu não tinha palavras. Os traços mostravam o quanto ele estava bem financeiramente, mas traziam a simplicidade que ele tinha aprendido a valorizar comigo.

Nesse momento, tudo ficou muito claro para mim. Bella com certeza não iria demorar muito para vir morar com meu filho. Edward, Bella, e ela. Todas as pessoas que eu amo fariam parte dessa cidade em breve. Então o que me prendia à minha casa? Eu gostava do meu emprego, mas com a ajuda do Edward eu tenho certeza que conseguiria um melhor ainda aqui.

Olhei ao redor e no final da rua vi uma casa com uma placa de “VENDE-SE” pendurada. Estava tudo saindo tão perfeitamente que eu estava ficando sem fôlego. Mais uma vez, tudo estava quase perfeito. Mas ainda faltava uma coisa.

- Filho – falei, enquanto entravamos na casa dele, que era tão bonita por dentro quanto por fora. – Você tem o endereço da Jessica?

- Claro. – Ele disse e começou a escrever rápido num pedaço de papel. – Boa sorte. - Entregou o papel sorrindo.

Bella sorriu também. Todos sabiam desde o começo que eu estava apaixonado pela Jessica, menos eu. Idiota!

Saí rápido, com o pedaço de papel segurado firmemente na mão, como se ele fosse um tesouro. Entrei no carro e comecei a dirigir. Agora sim: Meu filho está feliz; Tenho planos para me mudar para perto de todos que eu amo em breve; E eu estou dirigindo para encontrar o amor da minha vida. Os quase’s estavam riscados da minha vida. Tudo estava perfeito.

FIM


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Notas finais do capítulo

Bom, eu realmente gostei muito de escrever essa short.

O último capítulo tava totalmente diferente, o final do Carlisle ia ser um pouco triste. Mas eu não tava satisfeita, então dei um final que ele merece.

Desculpa quem queria que ele ficasse com a Bella, mas essa nunca foi minha intenção :/

Obrigada por lerem. Deixem rewies e façam a autora novata feliz *-*

beijos, desculpa qualquer coisa.



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