Doce Engano escrita por sara_nunes


Capítulo 1
Primeiro Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Gente, minha primeira fic. Então peguem leve, plase.

Boa leitura.



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Maldito carro, quebrando de novo. Era a terceira vez nesse mês! Era realmente frustrante ser pobre... Não que isso me incomodasse, porém haviam horas – como essas, em que eu estava parado no meio de uma estrada deserta – em que seria bom ter um jatinho particular para não atrasar em todo santo compromisso em que se deseja ir.

Bem, o jeito, como sempre, era andar até tentar encontrar abrigo, ou um mecânico, ou qualquer coisa que não fosse asfalto, eu já estaria bem satisfeito.

Passaram-se quase meia hora, e eu finalmente pude ouvir algo, a alguns metros à frente, de costas e chorando – era perceptível somente pelo barulho dos pequenos soluços, já que não podia ver seu rosto – estava uma moça, que me parecia ser muito jovem.

- Tudo bem? – Perguntei.

Ela se virou, com os olhos vermelhos, parecia que vinha chorando já fazia muito tempo. Percebi que mesmo com os olhos inchados ela era muito bonita, o seu corpo era perfeito, e seu olhar era tão profundo que ela parecia estar vendo a minha alma. Mas ela era muito jovem para mim, pelo menos parecia. Eu tinha 38 anos, e ela aparentava ter aproximadamente 18.

- T-tudo. – Ela disse, em meio a outro soluço.

- Qual seu nome?

Ela pareceu hesitar, claro, afinal eu era um estranho, mas, pra minha gratidão ela respondeu:

- Isabella, mas eu prefiro Bella.

- Prazer, meu nome é Carlisle. – Eu esperei alguma reação dela, mas ela somenete continuou me fitando, como se esperasse que eu dissesse alguma coisa. - Me desculpe se estiver sendo intrometido, mas por que estava chorando?

Ela me fitou por um segundo e deixou uma lágrima escapar. Eu entendi aquilo como “eu preferiria não falar sobre isso” então deixei de lado, pelo menos por enquanto.

- Vejo que está sem carro. – De repente me perguntei como ela havia chegado até aqui sem um veiculo. – Eu até te oferecia uma carona, mas meu carro está quebrado.

- Não importa. Eu não tenho pra onde ir. – Isso me deixou confuso, mas seu tom de voz deixava bem claro que não queria falar desse assunto. – De qualquer forma, meu... meu ex-namorado – ela deixou cair uma lagrima que deixava bem claro que esse ex-namorado era o motivo de toda aquela angustia – era mecânico, então eu entendo um pouco de carros, posso ajudar.

- Isso... isso seria ótimo. – Eu estava planejando ajudar ela, e não o contrario, mas eu não estava em posição de recusar nada, duvidasse que fosse achar alguém naquela estrada deserta, e daqui a pouco iria escurecer. De qualquer forma, meu filho, Edward, com certeza já tinha cansando de me esperar onde nos tínhamos combinado. Ah, meu filho, há quanto tempo eu não o via.

- Então podemos ir.

- Na verdade, meu carro está um pouco longe, tem certeza que quer me ajudar?

- Não tem problema, eu não tenho nada para fazer, e nem tenho como sair daqui, talvez seu carro seja minha ultima esperança. – Outra lagrima solitária caiu.

- Tudo bem, então vamos. – Apressei-me em disser, fingindo não ter visto sua lagrima.

Quando chegamos ao local onde estava o meu carro, ela se mostrou realmente ótima em mecânica. Bem, ela disse que o problema não estava resolvido completamente, e que o carro poderia voltar a dar problemas, mas que pelo menos ou poderia usar por um pequeno tempo.

- Muito obrigado mesmo, eu nem sei como te agradecer. Quer que eu te leve para algum lugar?

- Eu já disse, não tenho lugar para ir. – Dessa vez ela não chorou, mas sua voz estremeceu.

- Seus pais?

- Morreram em um acidente de carro há um ano. – O seu olhar era triste, mas sua voz era firme. Pelo visto ela já havia superado isso,

- Enquanto isso, você morou com quem?

- Meu namorado... ex-namorado. – Sua voz estava muito instável, e eu via que ela podia começar a chorar a qualquer momento.

Eu estava muito curioso com o que tinha acontecido com esse namorado dela, e como ela veio para aqui, mas esses eram os assuntos mais sensíveis, eu não queria que ela chorasse, ou que ela saísse correndo, então preferi um território mais seguro:

- Parentes?

- Todos os meus avos morreram quando eu ainda era muito pequena. Meu pai e minha mãe eram filhos únicos. Tenho uma tia-avó por parte de pai, mas ela mora na França, e nem sabe que eu existo. – Pelo menos ela não aparecia a ponto de chorar dessa vez. O que para mim já era uma grande vitória.

- Escuta, não tem nada mesmo que eu possa fazer por você?

- Na verdade... Se... se não for pedir muito. – Ela estava hesitante. – Eu gostaria de ir na casa dele... do meu ex... para pegar minhas coisas, acho que eu tenho direito a tudo que é meu. Não é muito... mas... mas, tem minhas roupas, e minhas fotos... – Ela não conseguiu terminar, estava bastante ansiosa pela minha resposta.

Bem, depois do que ela fez por mim seria totalmente sem sentido recusar, além disso eu realmente queria saber o que tinha acontecido.

- Claro. Eu te levo, é só me dizer onde ele mora.

- Bem, na verdade, ele fica do lado contrario para onde você estava indo. – Ela disse, mordendo os lábios.

- Eu estava indo encontrar meu filho, mas ele com certeza já cansou de me esperar, então eu vou voltar de qualquer forma.

- Ah, está ótimo então, eu vou te indicando o caminho.

Entramos no carro, e ela indicou o caminho até a casa do seu ex – que eu nem sabia o nome ainda. Na verdade, não era muito longe da minha casa.

A casa era boa, não era de rico, mas era melhor que a minha, a rua parecia tranqüila, mas já estava escuro, talvez fosse por isso. Bella pediu que eu ficasse no carro, e eu obedeci.

Ela bateu na porta e esperou. De lá, saiu um cara moreno e alto. Eu não conseguia ouvir o que eles estavam falando, mas eu vi que ele lançou um olhar que misturava raiva e talvez, um pouco, mas bem pouco de carinho, quando viu a Bella. Depois disso, ela entrou na casa, ele entrou logo atrás, pareciam está discutindo. Pouco tempo depois Bella apareceu na porta com uma mochila.

Quando ele a viu entrando no meu carro foi tomado pela completa confusão, mas ele não conseguiu ver mais nada, porque eu dei a partida. Bella parecia de novo a ponto de chorar.

- Jacob é um idiota. – Ela disse com a voz fraca.

- Quer me contar o que aconteceu?

- A gente brigou no meio da estrada, e ele resolveu me deixar lá.

Vi que isso era um grande resumo do que tinha acontecido, mas esclarecia um pouco as coisas. E eu tinha que concordar com ela, esse tal de Jacob era um idiota. Como que se deixa uma mulher que não tem para onde ir no meio da estrada?

- Bella, você realmente não tem para onde ir, não é? – Perguntei.

- Não.

- Sem nenhum dinheiro?

- Nada.

- Bem, você... você... poderia ficar morar comigo por um tempo, pelo menos até ajeitar as coisas, você não pode ficar sozinha na rua. – Meu coração batia depressa, tudo que eu mais queria naquele momento era ouvir um sim. – Claro, como amigos. – Acrescentei depressa, já que ela não respondia. – Bom, e ai? – Aquela espera realmente estava me deixando nervoso.

Ela pensou por mais alguns segundos, que pareciam horas para mim.


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Notas finais do capítulo

Bom, como eu disse é minha primeira fic, então saber a opinião de vocês é importante para mim. COMENTEM! Eu quero muito que essa fic vá pra frente, já tenho as ideias na minha cabeçinha.

Beijos !



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